segunda-feira, 3 de julho de 2023

HAORI: Fim dos Animes da Temporada de Abril 2023

E aí, leitor? Tudo bem?
 
Como eu não tenho controle nesta vida, afinal, sou um ser humano, não uma televisão, resolvi fazer comentários CHEEEEEEEEIOS de spoilers sobre os únicos animes que vi do começo ao fim na Temporada de Abril 2023: aqueles em que trabalhei.
 
Vou falar das minhas primeiras impressões e comentar sobre o que achei do desenrolar das histórias!
 
ENTÃO, PEGA A PIPOCA, A SUA BEBIDA FAVORITA E VEM SURTAR COMIGO!
 
ATENÇÃO!! Este texto contém spoilers importantes de alguns animes, então se você ainda não assistiu, NÃO CONTINUE LENDO!
 
- FIM DA TEMPORADA DE ABRIL 2023 -
Princesa Oferenda e o Rei das Feras/Sacrificial Princess and the King of Beasts/Niehime to Kemono no Ou
Só quem shipa sabe como fica feliz com a interação do casalzão... mesmo que seja apenas na imaginação da nossa adorável Amit.
Opinião: Bom, a gente já começa a conversa com um anime que NÃO TERMINA AGORA. Por incrível que pareça, Niehime tem fôlego até outubro ou pelo menos é isso que ele quer vender para a gente.

Portanto, falarei apenas até o episódio 11, que saiu na semana do dia 26/06.

Mesmo sendo romance e podendo trazer uma série de questões complicadas, como romantização de violência contra a mulher e uma passação de pano para muita coisa errada, quem se desbravou na saga da "Rainha dos Furries" não saiu de mãos abanando.

Até a "metade do caminho", o anime entregou uma história interessante, personagens carismáticos e mais diversão do que eu esperava.
 
QUEM NÃO AMA O ANÚBIS COM VIBE DE VILÃO GAY TRAMBIQUEIRO DE NOVELA DE WALCYR CARRASCO? Na narração da prévia do próximo episódio, eu sempre ri com aquelas falas de "Meretriz humana, ainda hei de te desmascarar" ou coisa do tipo. É UM PURO PERSONAGEM DE WALCYR CARRASCO NESSE ROLÊ!

E o que dizer da nossa amada princesa Amit? EU SURTEI FEITO UMA LOUCA quando ela conseguiu entregar o amuleto ao capitão Jormungand (que minha dislexia transformou em "Jorgumand").
TÃO SOFRIDO ELA TER ESCUTADO QUE ELE NÃO PRETENDIA SE CASAR...
Sim, eu shipo esse casal com mais força do que shipo a Sariphi com o Leonhart.

Gente, capitão Jormungand é partidão demais!
Educado, sério com as responsabilidades e amável com as pessoas.
AMIT, AMIGA, EU ESTOU TORCENDO MUITO POR VOCÊ! QUE ELE MUDE DE IDEIA E QUEIRA SE CASAR COM VOCÊÊÊÊÊ!!!

Já achei que ele valia tudo isso quando passou o flashback da Amit mais nova e ele entregou um lenço para ela enrolar as mãos machucadas. JORMUNGAND PARTIDÃO DEMAIS!

Cy e Clops são a cota FOFURÍSSIMA, as bolinhas mais cuti-cuti. Uma é bocuda e a outra é zoiuda. LINDINHAS DEMAIS!

A Amit, gente... Ela é um docinho de coco.
Uma moça doce, gentil, que cozinha bem e que é aquela amiga fofa que as protagonistas de romance precisam ter na vida.

O que me incomoda um pouco nesta história é a diferença de idade na aparência humana do Leonhart e da Sariphi. Ela parece ter, no máximo, uns 14 anos e o Leo quando o miasma dissipa, no mínimo, uns 16~18 anos.

Na versão fera, a comparação fica mais difícil.
Ainda que ele passe uma impressão de mais velho, a gente sabe que boa parte daquele jeitão é só aparência. O Leonhart se faz de forte para conseguir governar Ozmargo, só que é alguém cheio de inseguranças quanto a sua própria capacidade. Dividir o segredo de ser meio-humano com a Sariphi fez com que ele se sentisse um pouco mais seguro para seguir.

Tudo bem que no episódio da Grande Consagração, ele entrou numa espiral de medo quando o miasma ainda não tinha voltado mesmo na manhã seguinte. AQUELE DIA FOI LOUCO.

Falando nisso... Mais alguém achando aquele Set estranho?
Desde que ele interrogou os assassinos enviados pelos conselheiros, que tenho um pé atrás. É como se estivesse tramando alguma coisa.
Não ajuda muito o fato de ser dublado pelo Kousuke Toriumi, que interpreta de uma forma que gera dúvidas em cima do personagem. Precisa de um espião frio e calculista? Chama o Toriumi (para dublar o personagem) que vai dar bom!

Aliás, o elenco está muito bem servido, e ainda terá as participações de Yuuichi Nakamura e Masaaki Mizunaka (Shall Fen Shall de Sugar Apple Fairy Tale) no segundo cour do anime.
Imagina segurar essa coisinha pitica e fofa? Eu queria!
A Sariphi é uma gracinha, nossa heroína destemida e que está aos poucos aprendendo sobre o caminho do amor.
O Leonhart, rei das feras, é um personagem que dá medo na maioria das cenas, ainda mais quando o pessoal quer segregar a Sariphi de alguma forma. Porém, quando estão só os dois, ele é bastante carinhoso.

Ainda não consegui lidar com algumas cenas dessa primeira parte:
-Leonhart abanando o rabo com vergonha no episódio da Grande Consagração;
-Leonhart lambendo a boca da Sariphi quando ela se retirou do banquete (acho que era no episódio do Duque Galois);
-LEONHART CRIANÇA.

Gente.
NÃO EXISTE.
FERINHA MAIS LINDA.
QUE LEONHART CRIANÇA!

Mentira, tem sim. O BEBÊ CALCARA!
Gente, o que é a fofura daquele bebê que a rainha não quer que a Sariphi encoste por nada!!!

O que me lembra de outros personagens importantes, como o Bennu e o Ilya.
O Bennu foi o resultado de uma das provações da Sariphi como candidata a rainha consorte. Ela se esforçou para invocar aquela fera sagrada e... conseguiu uma fênix de tamanho diminuto e que perdeu boa parte de sua magia durante os anos.

BENNU BOCA SUJÍSSIMA! ADOOOOOOOOOORO!
Jogada na BR quando ele fala um monte de impropério ao Leonhart enquanto ele procura pela Sariphi, que foi sequestrada pelo Ilya.

E o surgimento do amigo de infância é basicamente para gerar um rival no romance. Se teve aquela princesa felina dando em cima do rei das feras e causando ciúmes na Sariphi, era a hora do Leonhart passar pelo mesmo.

São os mesmos típicos recursos usados em romance, mas não me irrita tanto quando está fora do romance escolar. Bom, leitor, aí fica a dica: se você não curte um "love love" escolar, talvez seja bom procurar por um "love love" em outros cenários.

Também ajuda que, mesmo sendo inocente e meio tapada, a Sariphi não é aquela protagonista tonta, frágil, inútil e água com açúcar. Acredito que a determinação dela seja um diferencial que não me irrite tanto.

Uma coisa que me deixou meio preocupada no trailer do segundo cour é o destaque do Fenrir (que não sei por que sempre acho que é "Fafnir" - trocando lobos por dragões). Não gostaria de ver DOZE EPISÓDIOS só de sequestro da mocinha e do rei das feras indo buscá-la e blá blá blá. Espero que dure, no máximo, uns 4 episódios, senão vai virar saga de shounen de lutinha dos anos 80-90 e eu não tenho paciência.
 
Caso você ainda não tenha visto o trailer... via YouTube.
 
Acho que um dos meus melhores hobbies ao trabalhar com animes é reconhecer a voz de algum dublador ANTES DE ALGUM SITE CREDITÁ-LO.
Como assisto os episódios antecipadamente e nem sempre as pequenas adições ao elenco viram anúncios nos sites de notícias, é divertido ficar sabendo antes de todo mundo.
 
Foi assim com o Hiroyuki Yoshino fazendo o Bennu, o Kenta Miyake (All Might de Boku no Hero Academia) fazendo o Joz e o Houchuu Ootsuka (Sakonji Urokodaki de Kimetsu no Yaiba) fazendo o Duque Galois.
 
Sim, leitor, mais do que os spoilers, eu fico afoita em não poder gritar ao mundo: "TEM DUBLADOR FULANO DE TAL FAZENDO ESTE EPISÓDIOS!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH, SOCIEDADE, ME SOCORRE AQUI!!!"

Sim, eu sou otaku de animes e otaku de dublagem/dubladores. Desculpa.
 
SOBRE O QUE MAIS POSSO SURTAR AQUI? Vejamos...
Confesso que a empolgação com este anime no começo não era tão grande, só que depois de um tempo acabou se tornando uma das boas diversões da minha semana.

E aí, leitor? Vai continuar acompanhando as aventuras da Rainhas dos Furries ou dropou sem dó nem piedade?
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Meu Primeiro Amigo é um Tapado/My Clueless First Friend/Jijou wo Shiranai Tenkousei ga Guigui Kuru
Você quis dizer: nenhuma criança, né? Bases secretas são muito da hora!
Opinião: Eu gosto que sempre tem um esquema engraçado nos animes em que trabalho:
-Hypo muito o anime > Ele acaba ficando chato;
-Acho o começo chato > Acabo hypando no final;
-Gosto pra caramba > Continuo gostando pra caramba;
-Escolhi pelos boletos > Paguei os boletos.

E neste caso virou a primeira situação: estava muito empolgada pelo anime, só que ele foi ficando cansativo.
Não sei se o desânimo também vem por causa de coisas que acontecem durante o dia e a semana, e que daí não me fazem aproveitar tanto o rolê.

Mesmo assim, todo o meu furdunço no começo não se manteve até o final.

Amigo Tapado tem uma ótima abordagem contra o bullying e apresenta personagens interessantes e com toques de carisma. O problema é que, por ser uma comédia, ele usa um recurso que pode cansar rápido, que é a repetição.

As esquetes de repetição visam trazer o humor exatamente pela repetição de alguma situação ou termo, tendo leve variações nas sequências.
 
Atualmente, dá para ver esse tipo de esquete no Programa do Ratinho (SBT) com uma dançarina que se faz de burra/inocente e fala palavras erradas de propósito para gerar uma interpretação errada do público, normalmente envolvendo algum conteúdo sexual.

Daria para dizer que a Escolinha do Professor Raimundo (Globo) é um exemplo um pouco mais aberto, já que temos os personagens sempre com o mesmo "modus-operandi", o jeito de agir.

Em Amigo Tapado, o esquema começa com algum bullying em cima da Nishimura e passa para o Takada revertendo o sentido ruim para algo muito bom, que normalmente resulta na "Dona Morte" envergonhada por ser elogiada pelo amigo.

O problema é que esquete de repetição, em algum momento, se torna cansativa.
A história tenta driblar isso com os elogios completamente gratuitos que o Takada solta só por estar ao lado da Nishimura... e isso também vai se tornando repetitivo.

Mesmo que isso seja feito para reforçar o "tapado" no amigo, até o quinto ou sexto episódio ainda há fôlego. Depois disso fica meio chatinho. O que segura o rolê é a pitadinha de carisma das crianças e algumas sequências que não ficam fechadas nessa relação de amizade e provável começo de amor entre os personagens principais.

O festival esportivo e o acidente em que o Takada quebra o braço são situações fora do comum, saindo daquele cenário do bullying. Sem falar que a Nishimura vai se desenvolvendo aos poucos, se tornando uma garota mais confiante e ligando cada vez menos para as maldades dos colegas.

O 4º episódio foi muito interessante para mostrar que o Takada não é um simples tapado. Ele entende as coisas sérias e se preocupa profundamente com os amigos. Quando ele descobre que a mãe da Nishimura morreu ao dar a luz para ela, o Takada acha mórbido chamarem a menina de "Dona Morte", pois reforçaria uma lembrança ruim, a de que a menina teria "matado" a mãe.

Aquilo pesou tanto no Takada, que ele pediu desculpas e não queria mais chamá-la daquela forma. E daí eu fico pensando: será que se os colegas da escola soubessem desse fato, continuariam implicando com a menina ou teriam um pouco de empatia?

De qualquer forma, foi um acerto não contar a ninguém.
Infelizmente, crianças também são seres humanos e seres humanos são cruéis por diversos fatores, muitas vezes sem sentido.

Esse tipo de coisa mostra que o Takada tem discernimento, porém, ele ainda é bem infantil e vê coisas como "Dona Morte" do mesmo jeito que numa história de super-heróis. Ele acha bacana que a colega seja poderosa.

Quando a Kasahara e as amigas falam sobre namorar e beijar, acredito que seja algo típico da idade, de começar a despertar o interesse amoroso por alguém. Acontece que por serem muito novos, eles ainda não entendem bem desse sentimento e o que é namorar. Só que aquilo fica martelando na cabeça do Takada e da Nishimura. Tanto é que rola aquela cena de confissão em plena véspera de Natal, do menino tendo sentimentos pela amiga e querendo um dia beijá-la.
O Takada não sabe mentir... principalmente se for para a Nishimura!
Crianças, por terem pouco conhecimento de vida, são naturalmente curiosas e por isso mesmo devem ser orientadas por uma pessoa mais experiente e responsável.
Como a Nishimura é uma criança mais responsável e um pouco mais madura que o Takada, ela diz que ainda não é momento e que ele pode mudar de ideia, querendo beijar outra pessoa quando ficar mais velho.

Quando somos crianças achamos que tudo é imutável. Que a padaria da esquina sempre estará lá, que nossos familiares viverão para sempre e que as coisas continuarão como estão. Conforme crescemos, aprendemos sobre a morte e a findade das coisas. As pessoas se vão, os lugares mudam e as coisas também podem se transformar. É isso que faz com que a gente evolua e comece a entender um pouco mais sobre a vida e a nossa volta.

Como o comportamento do Takada não é estimulado por um adulto, é algo próprio dele e da sua idade, não vejo problemas nas suas interações com a Nishimura.

Da mesma forma que comentei na análise do episódio de estreia, são crianças e estão aprendendo sobre sentimentos no seu próprio tempo.

O Takada não tem noção de que elogiar a amiga de algumas formas pode ser considerado "dar em cima". Essa é uma explicação que nós, mais velhos, damos para o comportamento de uma criança que não tem maldade.

Sem falar que, mesmo sendo novinho, o menino não força as coisas ou é de alguma forma violento. Aliás, a violência no anime é normalmente verbal, no caso, representado pelo bullying.

Acho que encerrou bem e que podemos ficar satisfeitos com esta única temporada. Eu talvez teria encerrado com 12 episódios ao invés de 13, pareceu que queria encher linguiça.

Pelo menos, a menina que começou completamente sozinha, terminou o anime cheia de amigos... inclusive sendo uma delas... sua antiga bully, a Kasahara.

Aliás, falando em amizades, a entrada do Hino no círculo da Nishimura foi bastante orgânica. É um moleque bem de boa, que adora regatas e que não tem preconceito com ninguém. Às vezes consegue ser mais tapado que o Takada.
Sua proximidade é quem acabou arrastando a Adachi para se tornar amiga da Nishimura.

A Kasahara foi basicamente uma conversão.
Zoava pra caramba, daí descobriu que a menina tinha um gato e ficou vidrada, daí foi conhecendo melhor quando ambas viraram representantes de classe e acabou percebendo que seu comportamento era bobo. Isso é mostrado quando as amigas dela tiram sarro da Nishimura e a Kasaraha pensa "nossa, que coisa mais besta que vocês estão fazendo".
 
Em suma, foi um bom anime e serviu ao seu propósito de ser leve e entreter.
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The Marginal Service
Theodore perdeu a coleção de ocultismo e ficou putíssimo!
Opinião: Isso aqui foi. Definitivamente foi.
Coloquei na minha lista de prioridades do trabalho e... Fui estapeada até dizer chega.
 
Sabe, leitor, eu não gosto de ficção científica, o meu negócio é sobrenatural japonês. Mete folclore na minha cara que eu vou aplaudir contente.
Daí essa joça jogou ficção científica e umas pitadas de sobrenatural em cima de UM SENHOR ELENCO, e eu fiquei... confusa.
 
Sério, acho que a minha melhor opinião sobre Marginal Service é que esse anime me deixou confusa.

Não sei se a equipe que criou essa joça sabia, de fato, o que queria fazer ou se simplesmente meteram o louco e foram seguindo o fluxo.

Temos uma agência filiada à ONU que lida com criaturas sobrenaturais que vivem entre os humanos. Aí teve ONU "vilã", protestos de imigrantes, uma porrada de referências de ficção científica e... aliens.

Leitor, se tem uma pessoa que não curte disco voador, essa pessoa sou eu.
Sim, eu vim parar nesse anime pelo elenco de dublagem. E, principalmente, pelo Kouki Uchiyama fazendo uma voz muito doida para um mascote.

"Kimono, você quis o trabalho porque tinha o Kouki Uchiyama dublando o mascote?" - Sim. Meus quesitos de escolha de trabalho começam com sinopse, elenco de dublagem e boletos.

Se a sinopse é boa e o elenco de dublagem nem tanto, eu tento.
Se a sinopse é mais ou menos e o elenco de dublagem é papa-fina, eu tento.
Se a sinopse é ruim e o elenco é qualquer coisa, eu penso nos boletos.

Também tem Opus.COLORs que era "sinopse qualquer coisa e elenco foda pra caralho", mas, enfim, Opus.COLORs é assunto para mais tarde.

Acredito que Marginal Service tenha sido interessante para quem gosta de ocultismo e ficção científica. Como não sou entusiasta do chupa-cu de Goianinha, fiquei pelo elenco e pelos boletos.

Olhando com um pouco mais de atenção aos personagens, não parecem tão bem construídos e trabalhados. Há alguns flashbacks para uns e episódios inteiros falando sobre o passado de outros, e mesmo assim não vi tanta profundidade.

A impressão é que juntaram um PUTA DE UM ELENCO FODA PRA UM CARALHO, fizeram um bolôlô de história com várias referências sci-fi e saiu isso.

Uma temática interessante foi a dos Fronteiranos/imigrantes. Inclusive no quesito do preconceito dos próprios membros do Serviço Marginal.
Como quando o Brian comentou que não achava certo como as pessoas tratavam os Fronteiranos, até que o Robin e o Bolts disseram: "Cara, você não pensou nem duas vezes antes de usar o Peck como colete à prova de balas ou jogá-lo ao tubarão".

Talvez tivesse alguma crítica a como o mundo e o Japão lidam com os imigrantes, só que ficou suspenso no ar.
Apesar daquele momento de consciência, tanto os membros do Serviço Marginal quanto o resto dos personagens não se aprofundaram nessa questão.

Sem falar que a narrativa foi tendenciosa em boa parte da trama para depois chegar nos episódios finais e a galera descobrir que a ONU pintou os Fronteiranos como terroristas, quando na verdade eles eram parte importante para salvar o mundo de um ataque alienígena.

Não houve um "pedido de desculpas" da ONU, que jogou tudo por debaixo dos tapetes, ou uma melhora nas leis para os Fronteiranos.

E, sempre bom lembrar, que saindo da bolha otaku, o Japão tem sido bastante rígido até mesmo com turistas ou pessoas que estudam lá depois do fim da pandemia. Sem falar no histórico de xenofobia e a dificuldade em estrangeiros residentes no Japão conseguirem ajuda do governo durante a pandemia (em inglês), entre outros problemas (em inglês).

E a xenofobia é inclusive com os dekasseguis (descendentes de japoneses que nasceram no Brasil e vão ao Japão trabalhar). Sei disso por meio de família e de uma amiga da minha mãe que até hoje mora lá.

Também é bom reforçar que o Japão não é oito nem oitenta, é apenas um país comum que tem seus próprios problemas. Lá existem tantas pessoas mal-educadas quanto em qualquer lugar e certos comportamentos louváveis como em qualquer lugar.
 
Uma nação não deve ser idolatrada e demonizada por seus extremos, mas sim, olhada como um país como qualquer outro, que tem seus pontos fortes e pontos fracos.
Rubber Suit sendo maravilhoso desde sempre. É O POP STAR DA TEMPORADA!
Chora, Ai Hoshino!!! (O anime da póbi indo parar em Hidive é de f—)
No quesito da imigração, representado fortemente pelos Fronteiranos, toda a situação parece ser empurrada olhada com desconfiança.
E, olha só a piada, os Fronteiranos são japoneses, nascidos e residentes do Japão.
Mas por terem características específicas são tratados como estrangeiros pelo seu próprio povo. E isso me leva a pensar nos miscigenados, pessoas nascidas de um dos pais japonês e do outro estrangeiro. Por mais que sejam japoneses, essa "herança estrangeira" é mais forte aos olhos do governo.
 
Ainda que os Fronteiranos usem formas humanas (se comportem como japoneses), o governo os consideram estranhos e prejudiciais.
Apesar da história usar a ONU para fazer esse papel de vilão, já que envolve alienígenas, essa visão pode ser aplicada ao governo japonês. Afinal, quem cuida de um país é, antes de tudo, o seu governo local.

Não é a ONU que vai assinar uma lei para o Brasil, dizendo que nossos miscigenados nascidos em solo brasileiro, devem viver em moradias da periferia, né? Eles não têm esse tipo de poder dentro de um país. É mais como um órgão regulador e fiscalizador, até porque, se a ONU servisse de fato para algo assim, eles deveriam ter conseguido parar golpes de Estado e guerras por todos os cantos.

Bom, tirando a questão dos Fronteiranos e os alienígenas, temos muito pouco para falar. Os personagens são estereotipados, o que em si não é ruim se o trabalho for bem-feito, e não entregam profundidade.

O Brian é o ex-policial cabeça quente que perdeu o parceiro numa missão.
A Lyra era hacker, se apaixonou por um cara que ela não sabia que era Fronteirano e que a abandonou, pois tinha uma doença degenerativa e não queria que ela se visse obrigada a cuidar dele.
O Bolts era um mercenário e o Robin um espião.
O Cyrus era um médico brilhante até que deixou a ética de lado num projeto, o que o tornou uma espécie de Black Jack (Osamu Tezuka).
O Theodore, aparentemente, é só um colecionador de coisas ocultistas.
O Peck é uma marmota Fronteirana.
E o Zeno é um ex-investigador brilhante que o filho foi sequestrado e ele não conseguiu encontrá-lo, levando sua família à destruição e o tornando num homem amargo.

O Rubber Suit e a Isabella Thorn, mas os outros membros do "Serviço (Marginal) Fronteirano" também são bem rasos. O que salva todo mundo neste anime é o elenco de dublagem.

O que faltou em profundidade de personagem, sobrou no carisma do elenco, que conta com: Mamoru Miyano, Yuuichi Nakamura, Tomokazu Sugita, Hiro Shimono, Kouki Uchiyama, Shinichiro Miki, Yuuma Uchida, Tomoaki Maeno (o Eddie Snow) e Junya Enoki (Noah, o filho crescido do Zeno)

Esse é um SENHOR elenco.
E The Marginal Service dependeu MUITO DELE e dos rolês de aliens para se segurar até o final.
 
Acredito que a história tinha um potencial muito maior a ser trabalhado, porém, como queriam fazer uma comédia, deixaram tudo na profundidade de um guardanapo de papel de lanchonete fuleira.

Podia ainda ser uma comédia bem desenvolvida, só que o roteirista deve ter ficado com preguiça.

P.S.: Triste que o único fanservice bom ficou espalhado no episódio do Eddie Snow (o pessoal semi-pelado) e no último, com Zeno e Brian juntinhos no paraquedas.
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Rokudo's Bad Girls/Rokudou no Onnatachi
O ciclo vicioso do feitiço fazendo a Ranna ser cada vez mais má... Será?
Opinião: As grandes considerações eu já fiz no primeiro episódio.
 
O Rokudo é o vetor que traz mais personagens à história e, consequentemente, puxa o grande "vilão" da temporada: o líder da União Onishima.

Aliás, muito bem interpretado pelo Daiki Yamashita. Ele deu um verdadeiro show como vilãozinho manipulador e psicopata. Não me lembro de tê-lo visto em algum personagem desse tipo, então foi muito legal.

Não tive muita surpresa com os irmãos Sumire, porque lembrei de ter visto em algum site o anúncio da Reina Ueda como dubladora dos três. A piada é que em algum momento esqueci que tinha um terceiro irmão... que só chega láááá nos finalmentes.

Aliás, acho sacanagem personagem que está na abertura desde o começo e aparece lá pelos últimos episódios. É que nem a Kasahara amiguinha da Nishimura na abertura e isso só vai acontecer nos 40 minutos do 2º tempo.

Bom, além disso, dá para dizer que o Rokudo teve um crescimento digno de protagonista de shounen de lutinha... só que sem o glamour dos poderzinhos.
De um covarde que sofria bullying, aos poucos ele foi tomando coragem para enfrentar os delinquentes. Além de perceber que, se ele queria uma vida escolar normal, deveria começar a agir por si mesmo e dar mais a cara a tapas... e socos.

Ao mesmo tempo em que o feitiço onmyouji foi juntando as garotas mais porretas e influenciando no plano de Rokudo de tornar a escola um lugar melhor, ele foi aprendendo a não ser tão dependente da força delas, principalmente da Ranna.

E o mais doido é que mesmo iniciando um harém, era com a Ranna que ele tinha mais cenas de carinho e preocupação, caindo em várias situações românticas... Como aquele pedido de casamento indireto que o coitado fez, dizendo que ia fazê-la feliz.

Com a Azami é algo bem de amigos, de querer ajudar e evitar que se meta em encrencas. Com a Osanada era uma tentativa de não traumatizar a menina que ainda estava descobrindo o amor.

Claro que cabe tranquilamente dizer que Rokudo's Bad Girls tem um pano de fundo machista, e isso não vai mudar só porque alguém não gostou de escutar a verdade.

O Rokudo ajudou a Azami por se preocupar com ela pelo fato de ser uma amiga? Sim, mas também pelo fato de ser uma garota.
Ele queria salvar a Ranna por ser alguém que ele gosta muito? Sim, só que também por ela ser uma garota e, na sua concepção, garotas precisarem ser protegidas.

Por isso é importante no episódio final a Ranna fazer aquele discurso. Mesmo que o feitiço esteja ativo, ele não pode mudar quem as pessoas são, e a Ranna é alguém que gosta de violência, pois aquilo faz com que ela se sinta viva.
Claro que a convivência com o pessoal fez com que aos poucos ela visse que existia outro caminho, e isso foi graças ao feitiço E a vontade do Rokudo em conviver com ela e fazê-la interagir com o mundo de outra forma.

Não cito aqui a Osanada, pois o Rokudo passou por uma desilusão amorosa e teve a empatia de pensar que não seria legal acontecer o mesmo com a colega. Não por ela ser especificamente uma menina, e sim porque ele acha que uma desilusão de primeiro amor é uma memória muito dolorida para qualquer um.

Apesar de Rokudo's Bad Girls ser um shounen de romance com comédia, ele segue os princípios de um shounen de lutinha padrão, que é: fazer amigos ao longo do caminho e transformar os inimigos de ontem nos amigos de hoje.

O episódio final deu um gancho para uma segunda temporada, porém, acredito que a história fechou bem aqui e não precisa de uma sequência. Tudo de importante já aconteceu nesta temporada e está bom assim.

Agora comentários aleatórios sobre coisas doidas...
 
...Yashiya dominatrix com lingerie de dominatrix me fez rir por alguns segundos. Entendi que a garota gosta de caras fortes e, principalmente, DE MALTRATÁ-LOS. Achei inovador, já que normalmente o cenário seria o contrário. O que realmente me fez rir foi a Yashiya ver o Rokudo como se ele fosse o Kenshirou de Hokuto no Ken (Buronson, Tetsuo Hara). Espero que eu tenha pego a referência certa. HYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYA! As cenas com o design de personagem de Hokuto foram engraçadas, além da brilhante escolha de timbre mais grave e interpretação hilária do Gen Satou, dublador do Rokudo.
O cara quer a guarda-costas mais forte do planeta... Só isso.
Descobrimos que a primeira União Onishima foi destruída pela Ranna, porque os caras foram mexer com o grupo da Otohime, o qual a Ranna chegou a pertencer por um tempo.

O mais louco foi ver que os dois grandes bullies do anime... foram vítimas de bullying, o Iinuma e o Doji.

Enquanto o Iinuma resolveu se cercar de amigos para fazer uma ganguezinha de arruaceiros, o Doji foi pagando para valentões não mexerem com ele e depois começou a se cercar de gente perigosa.

Apesar de ambos hoje em dia meterem porrada sem dó nem compaixão, o Doji, no fundo, ainda é muito medroso, levando a sério aquela máxima de: "O sonho do oprimido é virar opressor". Assim, ele acredita que não voltará a posição de vítima. E eis que volta a ter medo quando suas vítimas começam a lutar contra ele, a revidar seus insultos e violências.

Ele é salvo pelos únicos que ainda o consideram um líder: o Akai, o grandão dos músculos e o Amano. Todos visivelmente manipulados pelo Doji e ainda assim com consideração por ele. Não é lá a relação mais saudável do mundo.

Num geral, o final foi bom dentro das possibilidades.
Confesso que toda a empolgação que eu tinha no começo foi esvaindo com o passar do tempo e no episódio derradeiro eu só esperei que acabasse logo.

Algumas tramas pareceram corridas, enquanto outras foram alongadas demais. Sério, dois episódios para a Azami e a gangue do Aoi foi demais, podia ser um episódio e meio, e olhe lá!

Sem falar que o editor, que deu uma olhada no mangá, disse que o rolê dos ataques de uma escola contra a Amori no período do festival escolar foi bem corrida.

Não sei se isso teria desenvolvido mais a União Onishima, porém, tudo pareceu resolvido muito rapidamente na animação.
Particularmente, queria que os episódios da Azami tivessem sido mais rápidos. aquilo deu uma freada brusca na minha empolgação.
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Opus.COLORs
Isso aqui merecia ter virado um BL. Teria sido bem mais interessante...
Opinião: Gente, essa foi a decepção que depois ficou surpreendente e que gerou mais um pouquinho de decepção no final.
 
Este anime era o último da minha lista de preferências e, divertidamente, acabei ficando com ele. Escolhi essa maravilha pelo elenco de dublagem e pelos boletos.
 
Bom, como dito na seção de spoilers do post de início de temporada, uma caralhada de informações tornou o anime pouco interessante para o público geral, sem falar na tentativa falha de "bait BL". Detalhe: se trata de uma história original, ou seja, não deriva e nem é adaptado de um jogo, mangá, livro e etc. Simplesmente alguém achou que seria uma boa ideia fazer uma lambança e saiu o que vimos.

Entupiram a história de macho, tendo uma única mulher falante (a mãe do Kazuya) e que só aparecia em flashback, botando todos os tipos de uke e seme, respectivamente, passivos e ativos, para trabalharem juntos mesmo sendo de grupos tretados.

A mecânica metaverso de arte conceitual com Artistas e Graduadores poderia ter sido explicada ao longos dos três primeiros episódios, só que o anime não se garantia no desenvolvimento e por isso apresentou dez apostilas de duzentas páginas cada, falando sobre Arte Perceptiva... no primeiro episódio. E mais quatro apostilas de cem páginas cada no segundo episódio.

Achei a premissa bem qualquer coisa, porém, havia muito espaço para trabalhar esse universo e apresentar os personagens com um pouco mais de calma.

Acontece que a equipe e o roteirista devem ter percebido que escrever uma novela enquanto grava não é tão simples, principalmente quando você tem que desenhar, animar, criar letras de música, arranjos e botar os dubladores para cantar, além de uma avalanche de outras coisas.

E como o Japão não tem o tempo e nem o planejamento da Globo, obviamente as coisas vão desandando durante o processo e vira um caos.

Opus.COLORs começou querendo apresentar a Arte Perceptiva, depois criou um tal de Concurso da Escada que premiaria naquele ano uma dupla de Artista e Graduador, seguindo para o último arco, o da Escrevinhação.

Doze episódios e dois arcos. Alguns poucos para o concurso e o resto só de "quem foi que fez essa Escrevinhação", que daí tentou apresentar os outros personagens.

Boa parte surgiu para dar um "oi" e depois SIMPLESMENTE DESAPARECEU.
Os que mais tiveram destaque, foram: Kazuya e Kyo, Jun e Michitaka, os pais do Kazuya, Iori Haijima e os irmãos Yura. Mesmo o triozinho da faculdade ficaram em segundo plano.

O BL ficou só no cheiro mesmo e a equipe das legendas achou covardia. Todo mundo esperando pelo menos um beijinho de Kyo e Kazuya, e rolou só um abraço... bem estranho. Como que você gira uma pessoa que está ajoelhada no chão com a mesma rapidez como se ela estivesse de pé? É, erros do pessoal da animação, do cronograma, muito provavelmente do diretor... Esse anime em si é um erro. A existência dele não contribuiu em nada para ninguém.

MINTO.
Saiu a discografia de Graduadores e Artistas no Spotify com as músicas que apareceram no anime. Os otakus de dublagem agradecem e os fãs dos dubladores também.

Revoltada que depois disso não teve beijo, só um abraço xoxo.
Enfim...
Acabamos descobrindo que o Kyo indiretamente foi o "culpado" pela morte dos pais do Kazuya. Assim, NA REAL, o culpado pela morte foi um pai que levou um moleque no protesto idiota contra Arte Perceptiva E FICOU LONGE DO FILHO. Quando o moleque viu onde o pai estava, resolveu correr até ele, daí tropeçou num cone. O caminhão que seguia na via foi desviar do cone e da criança, e invadia a via contrária, se chocando com o carro dos Yamanashi.

A Akari e o Naoki conseguiram sair e tirar as crianças do carro, só que o Kyo tentou voltar para pegar o pendrive com as Artes Perceptivas, porque em um deles TINHA O TRABALHO DA MÃE. E quando a história começa, a Yua Takise só apareceu em imagem, nunca falando, então nem esse registro o Kyo tem da mãe.

A Akari afasta o Kyo e vai tentar abrir o porta-malas. O Naoki vê a esposa se arriscando e tenta tirá-la de lá, dizendo que ele vai fazer isso. Enquanto os dois discutem "quem vai e quem fica", o carro explode, já que o caminhão nessa hora já estava pegando fogo.

Pessoal não lembra que porta-malas é trancado e precisa acionar uma alavanca na parte do motorista ou abrir com a chave do carro? NÃO. É PRA SER DRAMÁTICO. O Kyo tem que se culpar pela morte dos pais do Kazuya.

Abri a Crunchyroll para ver desde quando começou essa caceta do Arco da Escrevinhação e foi DESDE O 4º EPISÓDIO, muito provavelmente no finalzinho.
O Concurso da Escadaria durou 2 episódios e meio (do 2º até parte do 4º).
 
E em nenhum episódio vimos uma aula de Arte Perceptiva. É como se o pessoal não precisasse estudar, já que todo mundo sabe como funciona e ele só precisam ficar lá criando. Não existem professores, quem dá as atividades são os únicos TRÊS UNIVERSITÁRIOS da faculdade integrada com a escola. O diretor é pai do Kyo e amigo dos Yamanashi, mas sequer aparece falando com o filho que está no último ano da escola. Só fez algumas aparições no presente falando com o Kazuya.

Os personagens mais "profundos" são o Kyo, o Kazuya e o Haijima. O resto fica refém do comportamento como indicativo de personalidade. É tistre.

Ainda assim, achei o final mais interessante do que o começo... e até melhor que algumas outras séries dessa temporada... ohoho~
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Como Raeliana Foi Parar na Mansão do Duque/The Reason Why Raeliana Ended Up at Duke's Mansion/Kanojo ga Koushaku-tei ni Itta Riyuu
Ih, amiga, mal sabe você que Beatrice tem outros planos... E muito piores!
Opinião: Foi a primeira vez que eu participei de um simulcast e simuldub (que é quando o episódio legendado sai no mesmo dia que o dublado) e achei muito legal.

Nesse meio tempo, fiz um HAORI DUB de Raeliana e foi divertido também.

Agora falando especificamente sobre a história... Eu comecei empolgada, fiquei meio assim no segundo episódio, bastante encucada com o episódio da Raeliana vestida de maid e depois perdi todo o ânimo.

Não sei se eu é que ando enjoada com romance sem graça ou se esse anime realmente foi bem qualquer coisa. E olha que eles tinham o Yuuichirou Umehara fazendo o par da protagonista. Simplesmente uma das maiores VOZES DE GOSTOSO dos últimos tempos.

Aliás, o que segurou esse anime até o final foi o elenco, com toda a certeza.

Se formos comparar com outro isekai de reencarnação de romance, temos I'm the Vaillainess, So I'm Taming the Final Boss, que em 12 episódios entregou toda a história... e infelizmente pareceu corrido.

Aqui parece que quiseram deixar um gancho para uma provável segunda temporada. O problema é que a história vai ficando chata, uma vez que a "principal rival" logo é neutralizada.

Claro que temos a Beatrice, provavelmente a grande vilã e mandante de todas as merdas, só que a Vivian Shamall não causou o furor que prometeu. Do jeito que a pintavam, ela deveria ter dado tanto trabalho quando a Lilia de Taming Boss. AQUELA ATORMENTOU O DEMÔNIO!

Certo, a Beatrice está para a Lilia assim como a Raeliana está para a Aileen, então não daria para a Vivian ser o capeta na Terra que nem a Lilia. AINDA ASSIM, eu esperava muito mais da famosa mulher raposa, perigosa e o escambau.

É a velha frase: "Cão que ladra, não morde".

Uma das coisas que mais me incomodou no anime foi o uso da violência sexual como mal-entendido. Já não gosto naturalmente desse recurso, pois parece algo que gente sem criatividade precisa usar para fazer com que a história avance. Comentei sobre isso no 1º episódio de Tomo-chan Is a Girl.

Depois de ser sequestrada por Jake Langston e Francis Brooks, Raeliana foi resgatada pelo Noah Wynknight e seus guardas. Cansada pela noite sem dormir, ela dorme em cima do cavalo. Daí quando acorda, ela está com a parte debaixo (onde se senta no cavalo) dolorida e achou que o Noah tinha abusado dela. Ainda mais, o bonito estava sem camisa, então ajudou a dar ideias ainda mais erradas.

O problema é que esse tipo de insinuação não é legal.
Imagina você estar fingindo ser noiva de um cara que tem status e que por isso mesmo pode sair livre de qualquer acusação, e imaginar que foi abusada por ele.
Esse tipo de romantização de violência sexual era muito comum em romances mais antigos, nos anos 80 e 90, só que inaceitável agora que a maior parte do público entende que isso não é legal e pode gerar um entendimento errado sobre consentimento na cabeça das leitoras.

A violência contra a mulher é crescente, entre elas a sexual, com a vítima tendo que provar que foi vítima, já que na maioria das vezes ela não é acolhida nem pelo órgão que deve receber a denúncia. Por isso a necessidade de conscientização da sociedade e da educação das crianças de qualquer gênero, de que ninguém pode tocá-las em suas áreas íntimas e mesmo não tendo idade para entender o que é consentimento, elas devem denunciar qualquer toque nessas áreas.
Tinha esquecido disso... Ele beijou a Raeliana bêbada e praticamente inconsciente... Criadores de romance precisam parar de romantizar esse tipo de coisa.
E, sinceramente, não dá para continuar gostando de uma pessoa que se aproveitou do seu corpo enquanto você estava inconsciente, o nome disso é "estupro de vulnerável" e é crime.

Não importa se o Noah é lindo e faz o nosso tipo, ele não tem esse direito.
É a mesma situação do Theo Bastos (Emílio Dantas) na novela Vai na Fé (Globo). Ele é o cara bonito, rico, loiro de olho claro e que não tem o mínimo problema para arranjar mulher, mesmo assim ele fez várias vítimas.

Nós, como sociedade, precisamos parar de romantizar qualquer tipo de violência dentro de um relacionamento e parar com urgência de passar pano e dar "desculpas" para esse tipo de criminoso.

A reação da Raeliana também foi péssima, porque em vez de confrontar e tentar entender o que aconteceu, ela só ficou meio assustada e depois relevou, fugindo do Noah. Ela demonstra perfeitamente a situação de uma mulher que não sabe o que é um abuso sexual e por isso mesmo não o reconhece.
 
E o pior de tudo é que o Noah não fez nada.
"Pior" porque o cara está levando uma fama grotesca sendo completamente inocente e isso é lastimável.

Depois tudo se esclarece e... fica por isso mesmo.

Fora isso, a história se desenvolve como um típico romance e, no final, temos os dois apaixonadinhos um pelo outro sem confessar seus sentimentos, mas já sabendo o que sentem.

Algumas coisas pareceram jogadas, como a reunião de esposas de nobres, que morreu no esquecimento, e o Heike Demint, que sofre do mesmo problema da Vivian Shamall, ter uma fama que não se confirma.

Dizem que ele é isso e aquilo, quase tratado como a reencarnação do deus desse mundo e... ok, salvou a Raeliana de ter sua cabeça explodida por uma joia mocozada pela Vivian nas coisas dela... e só.

É um personagem mais irritante do que interessante.
Aliás, tirando o leve carisma da Raeliana, a beleza do Noah e o charme do Justin Shamall e do canalha do rei de Chamus, o resto parece isopor: ocupa espaço, mas não tem conteúdo.
 
Em resumo, hypei muito e acabou se tornando uma história beeeeem chatinha. O último episódio fez uma ponte para uma 2ª temporada, introduzindo personagens que poderiam causar um pouco mais de caos: Beatrice, Justin e o rei de Chamus.
Do jeito que a Vivian pintava o cara, todo mundo achava que fosse um idiota bem pobre coitado e... é um bonitão dublado pelo Junichi Suwabe, mais um do elenco de VOZ DE GOSTOSO.

Rapaz, se escalam o Suwabe para um anime de uma história minha, eu faço esse homem gastar as cordas vocais dele o máximo que eu puder! VOZ DE GOSTOSO É PRA SER USADA E ESCUTADA, MINHA GENTE!

Melhor que isso só o Shuuichirou Umeda que dubla o Adam, ou seja, mal abriu a boca nesse anime. Coitado desse menino.

E para finalizar falando de coisa boa, Tomokazu Sugita o puro suco da VOZ DE GOSTOSO no Justin.
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MASHLE: MAGIA E MÚSCULOS/MASHLE: MAGIC AND MUSCLES/MASHLE
Gente, a tirada de sarro de menino Mash para cima do Cell...
Opinião: Acho que a melhor piada é que: li o mangá e gostei, assisti os primeiros episódios e não gostei, depois fui assistindo o resto dos episódios e simplesmente amei. Também não sei como funciona, leitor.

Na real, acho que o dia influencia muito o meu humor durante o trabalho. Se foi tranquilo ou se tive que resolver muitos perrengues, isso reflete em como eu lembro emocionalmente da história do episódio. Obviamente quanto mais estressada eu estiver, menos empolgada estarei para assistir o anime e mais pilhada ficarei para entregar tudo direitinho. Daí o divertimento vai para a ponta da praia.
 
Bom, tirando esse desgosto passageiro, eu ri com MASHLE legendado e ri com ele dublado, inclusive, fiz um HAORI DUB de MASHLE. Inclusive, estou sofrendo por ainda não ter conseguido maratonar o anime dublado.

Enfim... O protagonista Mash é um poço de carisma e simpatia, sendo uma mistura de garoto tapado com forte senso de proteção à família e aos amigos. Ele só usa a força quando a pessoa em questão está sendo gratuitamente má.
No resto das vezes, é só uma criança que não sabe usar magia e gosta de ficar mastigando uns profiteroles.

Ainda acho engraçado a roupa de baixo que ele usa.
É para não mostrar o garoto só de cueca? Se bem que... apesar daquela "segunda pele" de tecido, ele USA UMA ESPÉCIE DE CUECA POR CIMA. A sua roupa de baixo é confusa.

Adoro como essa criança é o PURO SUCO DO "MALHOU O CORPO E ESQUECEU DE MALHAR O CÉREBRO". Ser tapadinho é um charme que deixa o cabeça de cogumelo ainda mais adorável.

A Lemon é doidinha, o Finn é fofinho e medroso que nem um coelhinho, o Dot é hilário e o Lance... é aliciador de irmãs. Melhor tradução para "siscon/sister complex".

Amo que o Lance é dublado pelo Kaito Ishikawa. O Kaitinho é ótimo para esse tipo de personagem poderoso, otário e bonito. Todo mundo que o escala SABE EXATAMENTE O TIPO DE CRIME, digo, FANSERVICE QUE QUER COMETER!

VOLTANDO À FAMÍLIA AMES E COELHINHO... Achei que o Rayne fosse super babaca e... nem é tanto. Legal ele ter dado um lenço mágico ao Mash... que depois foi entregue ao Abel para ajudar o Abyss.

O que me lembra da minha MAIOR ALEGRIA nos últimos episódios: Natsuki Hanae. Ninguém NUNCA VAI ENTENDER como eu sou otária por dublador japonês. NINGUÉM NUNCA VAI ENTENDER O QUANTO EU BATI NA MESA E DEI RISADA QUANDO OUVI A VOZ DO HANAE FAZENDO UM PSICOPATA ESTRANHÃO!

Gente, eu matei a minha saudade do Vanitas trabalhando em MASHLE.
Tudo bem que o Vanitas além de psicopata e fugitivo de manicômio, é sedutor e engraçado. SÓ QUE LEMBROU O VANITÃO E EU SÓ CONSEGUIA RIR DO CELL WAR!

É bom demais ser otária de dublagem, digo, OTAKU de dublagem.
Melhor que isso, só trabalhar em TRÊS ANIMES com a voz do Yuuichirou Umehara NUMA SÓ TEMPORADA! Umehara Wynknight, Umehara Haijima e Umehara Abel. Gostoso atrás de gostoso. Sempre muito bom ouvir voz de gostoso no trabalho.

E quando eu descobri que o Innocent Zero era dublado pelo Shinichiro Miki?
NÃO, VOCÊS NÃO ENTENDEM COMO AS COISAS ACONTECEM, GENTE!

Estava eu trabalhando nas legendas, quando o homem solta a voz e eu reconheço na hora. NENHUM SITE TINHA O CRÉDITO DO DUBLADOR, PORQUE O EPISÓDIO OBVIAMENTE AINDA NÃO TINHA SAÍDO, então eu, otaku de dublagem, ouço antes de todo mundo e taco a cabeça na parede de tanto surto.

A única tristeza é que MASHLE só volta em janeiro de 2024.
Tudo bem que é um trabalho já garantido para o ano que vem, mas... POXA! VOU TER QUE ESPERAR MEIO ANO PARA SURTAR NOVAMENTE COM O COMEDOR DE PROFITEROLES?

Ainda bem que SPY x FAMILY retorna em outubro deste ano. Meu único alento.
Completamente otária pelo Abyss dizendo que quer comer profiterole com o Mash.
Adoro essa mistura de shounen de lutinha com comédia com paródia de menino bruxo sem ser criado por uma pessoa transfóbica. Melhor coisa que eu fiz foi colocar esse anime na minha lista de preferências.

Só queria entender como o Regro consegue viver de boa com o Brad, enquanto eles esperam alguma novidade do Mash. Gente, essa relação começou totalmente errada... E daí os caras estão de boa tomando chá juntos.

Eu botaria o Brad para tomar chá do lado de fora da cabana! Se bem que era capaz de quebrar novamente uma parede para entrar, né?

E agora estou lembrando que um aluno aleatório escutou que o Mash não tem magia e vai dedurar... GENTE, QUE PORRA DE FINAL FOI ESSE?! É PRA CHORAR POR ISSO SÓ VOLTAR EM JANEIRO! A ANSIEDADE CHEGA SOBE A PRESSÃO! QUE QUE ISSO, MINHA GENTE!!!

Revoltada, eu daria um tapa naquele moleque e enfiaria tanto profiterole na boca dele, que não ia poder dedurar nada nem ninguém.

Saudades Abel... porque eu simplesmente tenho um cérebro de 5ª série.
Toda hora que falavam desse parça, eu pensava direto no técnico do Palmeiras.
Abel Ferreira e Abel Walker, separados pelo futebol e por um anime de magia.
ALÔ, BLUE LOCK (8bit), AJUDA NÓIS!

Saudades Abyss... Razor... que me fazia lembrar do personagem de Genshin Impact (Hoyoverse).

Saudades Lance! Beijos pro Lance! Onde está o Lance? Será que mor—
Moleque simplesmente evaporou. Ninguém sabe, ninguém viu. Procura-se por Lance Crown.

Se a gente botar uns auto-falantes na escola dizendo que a irmãzinha dele está lá, será que o guri aparece? HYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYA!!!

Fui reler o que tinha escrito e... nada ligando com nada. Simplesmente o puro suco do caos quando espremi meu cérebro para lembrar de tudo que tinha acontecido nos últimos episódios.

AH!
Ainda não abandonei a ideia de analisar MASHLE, mas como dito nas primeiras impressões, só quando a quantidade de animes descer consideravelmente. E isso vai demorar pra caramba. Que tistreza.
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Deveria ter feito isso antes...
...conforme os animes iam acabando. Deveria ter preenchido essa joça, mas eu estava com tantas correrias e problemas para resolver que mal consegui terminar a tempo.
 
É por essas e outras que a programação do blog está com posts esparsos, se eu me matar para trazer conteúdo três dias por semana, semanalmente, eu morro e nem vou deixar uma aposentadoria de herança. Na real, eu ainda prefiro não morrer.
 
E aí, leitor? Curtiu esse tipo de post ou é melhor deixar essas ideias de 2013 em 2013?
 
Por Kimono aquela que quase desiste de fazer este post... - 03/07/2023

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