segunda-feira, 9 de outubro de 2023

HAORI: Fim dos Animes da Temporada de Julho 2023

Tentando ser um pouco mais discreta na imagem de final de temporada...
E aí, leitor?
 
Olha só, chegamos na nossa segunda edição do HAORI de comentários sobre os últimos episódios de animes em que estou trabalhando! YAY! Afinal... São os únicos que obrigatoriamente acompanho semanalmente. HYAHYAHYAHYAHYAHYAHYA!
 
Você pode conferir a lista desses animes em Animes da Temporada de Julho 2023.
 
ATENÇÃO!! Este texto contém spoilers importantes de alguns animes, então se você ainda não assistiu, NÃO CONTINUE LENDO!
 
- FIM DA TEMPORADA DE JULHO 2023 -
Doce Reencarnação/Sweet Reincarnation/Okashi na Tensei
Às vezes tudo o que a gente precisa em momentos assim é um docinho de consolo.
Opinião: O primeiro a terminar nessa minha lista de trabalhos foi o anime com nome de novela das 6 e trama... ok.

Apesar das minhas reclamações por conta de expectativas que coloquei depois de ler a sinopse, olhando com um pouco mais de consideração, dá para perceber que Doce Reencarnação não é a aberração que pintei.

Segue o mesmo modelo da maioria dos isekais e não inventa moda, o que é um bom ponto, mas que exatamente por conta disso não se destaca. Mesmo as tramas com os bandidos no começo, o sequestro da Licorice e o ataque do Lutoroute contra o Hubarek são bem qualquer coisa.
 
Os arcos que mais têm algum tipo de estratégia e lutinha razoavelmente mais elaborada são os bandidos atacando o feudo e a guerra contra o Hubarek, que resulta na primeira campanha agridoce do Lorde Squale.
 
Servem mais para mostrar como o Casserole é bom em estratégia e luta e que o Pastry parece ter herdado ou aprendido alguma coisa com o pai.

E falando no protagonista... Nem tudo foram flores na sua reencarnação, uma vez que, ele nasceu filho de um nobre de patente baixa e num lugar com nenhum acesso a açúcar e doces.

Ainda assim, a vida do reencarnado parece beeeeem tranquila se comparada a outros colegas, o que acabou me lembrando o Farma de Parallel World Pharmacy. Mesmo com as perseguições por conta de suas habilidades, as dificuldades foram ultrapassadas sem exigir um esforço tão absurdo e o "grande inimigo" não foi tão tenebroso assim.

Obviamente, melhor esse tipo de trama do que uma que abusa do fanservice feminino degradante.

Num geral, temos muitas cenas fofas, engraçadas e agradáveis. Principalmente quando o pâtissier reencarnado leva broncas do pai por ter aprontado alguma ou comprado ingredientes a mais sem falar com ele antes.

Algumas situações que poderiam trazer um futuro perigo, se perderam: como o padre ganancioso que achou a compensação muito pouca para não falar da magia do Pastry depois da Santificação e o líder dos bandidos que viu o Pastry utilizando sua magia de um jeito totalmente diferente da batalha.

Se eles entrassem em contato com a Condessa de Retes ou mesmo o rei da nação, talvez o pirralho de nove anos estivesse bastante encrencado.

O design de personagens é bonito, só que meio genérico. O traço não é daqueles marcantes, que você vai reconhecer entre outras obras. Ele preza bastante a fofura dos personagens crianças e não deixa de colocar adultos com cara de adultos, o que me é um ponto extremamente forte.

A mãe do Pastry, Agnes, tem cara de uma mulher madura, ainda que jovem. Assim como a Condessa de Retes.

Não existe nada mais medonho num design de personagens do que crianças e mulheres com cara de crianças e homens com cara de adultos. Nada mais grotesco do que ver um adulto casado com uma criança, mesmo que a história insista que homem e mulher têm mais de 18 anos. Então é muito bom ver Casserole e Agnes completamente jovens adultos.

Isso me lembra que esse anime deu DUAS UNIDADES DE FANSERVICE SIMPLESMENTE MAGNÍFICOS. Num episódio, a bela Condessa de Retes acaba se queimando com o chá. Ele cai no vestido e parece que chega na meia e vemos a linda com a pernocona de fora (de meia) tentando secar a mancha.

"Kimono, isso é fanservice feminino. Você não deveria reclamar?" - Foi close ginecológico? Era numa posição que poderia sugerir abuso? Era numa postura de humilhação? Não para todas as perguntas, inclusive a sua, leitor.

A moça só levantou a saia e foi secar a meia.
Tinha lá o conselheiro na sala, que ficou meio "EITA", só que nada de mais.
Fascinada pelo doce, resolvi tirar print dele. Bonita essa Tarte Tatin, né?
Aí no episódio em que o Pastry estava animado para receber as cabras, tivemos um fanservice masculino divertido. Enquanto o pâtissier reencarnado batia claras em neve, os tanos e seu pai que é um colírio para os olhos, estavam malhando sem camisa.

Sim, gente, esses foram os ápices dos fanservices feminino e masculino desse anime. De resto, a fofura era o que mais comandava o rolê e uma cena ou outra de doce.

O que me lembra que a animação também não foi um grande destaque.
Não era tão bem trabalhada quanto a dos shounen de lutinha de estúdios famosos, mas o resultado não ficou ruim. Claro que se você esperava uma animação caprichada na hora do preparo dos doces, esse anime ficou te devendo.

E falando em doce, parece que toda a história foi se desenvolvendo para que no episódio final tivéssemos a Tarte Tatin, doce favorito do Noé, com direito a toda uma explicação sobre falha e o que fazer quando isso acontece.

Como o Hubarek caiu numa armadilha estratégica do Lutoroute, a primeira campanha do Lorde Squale, noivo da Petra, quase terminou com sua morte e uma situação delicada entre as Casas de Hubarek e Kadlecek. O que permitiria ao Lutoroute uma campanha mais robusta num segundo ataque, aproveitando que o Hubarek estaria enfraquecido.

Ainda que os Morteln tenham chegado na hora certa, a perda de alguns soldados fez com que Squale ficasse bastante chocado, traumatizado e frustrado com o resultado. Afinal, sob ele recai a pressão como herdeiro da Casa Kadlecek, que cuida do exército da capital real.

Pastry então usou seu conhecimento em doces para explicar a origem da Tarte Tatin, um doce tão saboroso que surgiu de um esquecimento das irmãs Tatin.

Normalmente, as tortas tem uma crosta embaixo e frutas assadas em cima.
No caso da Tarte Tatin, as irmãs colocaram as frutas para assar e esqueceram a crosta. Assim que se deram conta, elas tiraram a forma do forno e colocaram a crosta por cima das frutas.

A mensagem que o Pastry quis passar é que a frustração, o erro, uma hora acontecerá. Agora depende apenas de você se vai tratar isso como um grande erro ou vai se esforçar para mudar as coisas.

No caso, as irmãs Tatin poderiam muito bem ter jogado as frutas fora, só que elas escolheram um caminho totalmente novo. Então, agora que o Lorde Squale tem noção de que uma campanha é perigosa e que ele deve tomar a decisão com mais rapidez e firmeza, evitando assim mortes desnecessárias.

Foi uma ótima história, além das fotos casamenteiras, que para mim foram bem divertidas.

Em questão de elenco de dublagem, tivemos participações que me pegaram totalmente de surpresa, como: Takehito Koyasu no Marquês de Hubarek, Takaya Kuroda no Armire (ex-conde) e Kouji Yusa no Lutoroute. SÓ A NATA DA NATA... em personagens menores.

Tudo bem que o querido do Koyasu teve uma participação um pouco maior, o que me agradou horrores, já que ouvia o bonito em Jujutsu Kaisen 2 - #02 como Toji Fushiguro e no Nikolai de Bungou 4 e 5 (Bones).

Essa temporada de julho foi maravilhosa para quem gosta dos trabalhos do Koyasu.

O Ayumu Murase ficou naquela voz fofa de criança e ok. Nada que realmente merecesse um grande destaque.

Boa mesmo era a voz do Casserole, dublado por Hiroshi Tsuchida. QUE VOZ DE GOSTOSO, MINHA GENTE.

Aí em vez de ficar feliz que ia ouvir o Murase, eu ficava feliz em ouvir o Tsuchida.
Vida que segue, né? Não se pode ter tudo nesta vida.
 
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Princesa Oferenda e o Rei das Feras/Sacrificial Princess and the King of Beasts/Niehime to Kemono no Ou
Príncipe Richard sendo pego pelo capitão da guarda de sua mãe, a rainha.
Opinião: Vocês lembram que Deus Salve o Rei (Globo) era uma novela das 7, apesar da ambientação de fantasia? POIS EU VOU METER O LOUCO E DIZER QUE NIEHIME É UMA NOVELA DAS 7!
 
Ainda que tenhamos um romance relativamente água com açúcar, existiram algumas cenas que criaram tensão durante esses vinte e quatro episódios, além de certo grau de violência que acho que de fato combina com uma novela do horário das 7. Podia muito bem, depois de assistir um episódio de Niehime, ver o noticiário nacional e esperar para acompanhar a novela das 9 em seguida.

E o último arco trouxe o que a tradutora chamou de "A saga da certidão de nascimento do Obama", visto que, o ex-presidente dos Estados Unidos foi questionado se seria mesmo americano por adversários.

Bom, acabamos descobrindo AAAAAALTOS BABADOS sobre o rei anterior que... Na verdade, era TIO do noss querido Leonhart.

Tradicionalmente, em Ozmargo, quando nascem gêmeos na família real, aquele que é considerado mais fraco é exilado/abandonado e a isso dão o nome de "queda do leão". E provando que a vida é uma caixinha de surpresas macabras, o antigo rei de Ozmargo, TIO do Leonhart... ERA ESTÉRIL.

RISOS, POR FAVOR.

Não pelo fato do cara ser estéril, e sim em como ele mereceu se ferrar por ter sido um escroto dos infernos com o póbi do Leo e mais todo o resto da população.

O antigo rei se deitou com a rainha consorte e todas as concubinas possíveis, percebendo que NÃO CONSEGUI CONCEBER FILHOS, o que é sempre uma humilhação para um homem soberbo. E mais humilhação ainda é que uma concubina se deitou COM OUTRO HOMEM e ficou grávida.

Para não ficar feio e o antigo rei levar fama de corno e estéril, ele assumiu a criança como sua. Mas como manda a tradição de Ozmargo, só é considerado da família real o membro que nasça da espécie de feras da realeza, Set não virou príncipe.

Pois é, o juiz Set acabou sendo o vilão do arco final.
E olha que o potencial dele foi bem qualquer coisa. O Fa... O Fenrir, que eu tenho mania de lembrar como "Fafnir ou Fagner", me pareceu bem mais imponente e com pretensões importantes.
Póbi do Anúbis... Sofreu, sofreu e como sofreu. E olha que foi vilão biscate na primeira parte do cour, hein? Ficava reclamando da póbi da Sariphi...
Achei injusto o Fenrir, com toda aquela pompa, ter sido usado como vilão do penúltimo arco, enquanto alguém sem carisma como o Set ficou com o melhor pedaço do bolo.

Tudo bem que a trama a "certidão de nascimento" foi maravilhosa, mas... O Set foi um vilão recalcado bem qualquer coisa.

E FALANDO EM CERTIDÃO DE NASCIMENTO...
Descobrimos que a mãe do Leonhart era uma humana, ancestral da Anastasia que vive na fronteira entre o Reino de Maskviana e o reino das feras. E que o pai do rei de Ozmargo é o gêmeo exilado. O LEONHART É A CARA PURINHA DO PAI NA VERSÃO FERA, GENTE! A única diferença é a cor da pelagem.

Muito feliz em saber que o Leo era fruto de um amor sincero e gentil entre uma humana e uma fera. Dois exilados por características fracas/assustadoras, que se encontraram num momento de fragilidade e se amaram tanto.

Triste que o pai do Leo morreu antes de ele nascer e o menino foi arrancado das braços da mãe pelo sumo sacerdote de Ozmargo, a mando do antigo rei.

Com o falecimento da rainha consorte, que diziam ter uma saúde frágil, o antigo rei mandou buscar seu irmão gêmeo exilado e... descobriu que o póbi também tinha morrido, mas deixou um herdeiro, uma ferinha meio humana. E criou o sobrinho como se fosse seu próprio filho.

Quando o Leonhart relembra a morte do que ele achava ser seu pai, também fiquei encucada pensando em como alguém que odeia tanto humanos teria se deitado com uma e concebido um filho. Ainda bem que era só o tio estéril e rancoroso.

Foi muito bonito acompanhar o Leonhart lendo o diário da mãe e descobrinho sua origem e do quanto ele deve se orgulhar de ambos os lados, sem temer sua forma humana.

O que me deixou HORRORIZADA DE TÃO TRISTE foi quando esse homem maravilhoso na forma de homem... CORTOU O CABELÃO.

SANSÃO, POR QUE VOCÊ FEZ ISSO, SANSÃO?! TÃO GATÍSSIMO COM AQUELE CABELÃO LONGO... Se bem que continuou bonito.

Adorei mesmo foi quando a Amit desfez a magia do Set que mantinha o céu sem miasma. O LEONHART QUANDO VOLTOU À FORMA DE FERA, NOOOOOOSSAAAAA... O BICHO FICOU VIRADO NO CAPIROTO CHUPANDO MANGA BOURBON!

E nessa conversa toda, a gente também descobriu que a mãe queria chamá-lo de Richard, o rei de coração de leão, "Lionheart". A COINCIDÊNCIA COINCIDOSA DO NOME LEONHART E LIONHEART, HEIN?
OS PAIS DO LEONHART! TÃO BONITINHOS OS DOIS!!! AAAAAAHHHH!!!!
E daí Richard virou o nome do filho do Leonhart com a Sariphi.
ADORARIA VER A SARIPHI ADULTA COM SEU REI FURRY. Uma pena que escolheram colocar só uma imagem estática do CASALZÃO DA PORRA enquanto o Anúbis contava fofocas ao Richard, A FERINHA BRANCA!

A prima do Gojou teve um filho e o bichinho tem pelagem branquinha com as pontas das orelhas avermelhadas.
Ainda assim, sociedade, o pódio de criança fofa fica: Calcara, Leonhart e Richard.

NINGUÉM SUPERA PRÍNCIPE CALCARA NENÉM.
SE BEM QUE... o Leonhart neném humano e ferinha ERA A COISA MAIS PITICA TOTOSA DA TIA! Gente, que coisinha mais amorosa. Ele todo lindinho e COM CHIFRINHOS NA FORMA HUMANA!

E já que falei em Anúbis... o moço quase foi de antigo rei de Ozmargo, né? Morrendo no puro suco do recalque.

Sobreviveu e... teve que se contentar em não viver um BL com seu adorado amigo ferão. Ainda assim, fofo demais ele chorando de felicidade por sentir o calor da mão do Leonhart. SOFRENDO DEMAIS POR UM OTÁRIO DE UM CHANCELER CACHORRÃO! Que absurdo.

Gostoso demais lembrar que ele era o nosso vilão gay trambiqueiro do Walcyr Carrasco.

Bom, além do reino humano ajudando a salvar os refugiados de Ozmargo que não queriam viver na ditadura supremacista (uma raça superior à outras), vimos o reino da Tetra dizendo que estava fechado com o Leonhart e... O QUE DIZER DOS NOSSOS AMADOS PEIXES DE ISTAN?!

Saudades enormes do Galois e do Joz! ELES CHEGARAM NO PALÁCIO DE OZMARGO TACANDO O TERROR! Istan tem todo o meu amor e respeito! Que bando de queridos maravilhosos!

Destaque para o Joz comentando que o Galois tinha reclamado de dor nas ancas um dia desses e o cara SIMPLESMENTE DERROTA UM MONTE DE GUARDA DO PALÁCIO E LEMBRA QUE JÁ FOI CHAMADO DE REI DOS MARES.

Galois, conte comigo pra tudo.

Ah... Gente... E A AMIT E O JORMUNGAND, HEIN?
Tudo bem que parece que as coisas estão começando a andar entre esses dois imbecis quando vemos o príncipe Richard matando aula do Anúbis, mas... EU ESPERAVA QUE ELES JÁ ESTIVESSEM CASADOS!

JORMUNGAND, PEDE LOGO A AMIT EM CASAMENTO E REALIZA AQUELA SUA IDEIA DE "AI, QUERIA QUE MEUS FILHOS FOSSEM LIVRES ASSIM PARA SEREM CRIANÇAS NORMAIS, QUE NEM O PRÍNCIPE RICHARD"! CACETE! O CARA DO LADO DA MULHER QUE É CAPAZ DE FAZER TUDO E MAIS UM POUCO POR ELE, E O CARA NADA... MEU, QUEM NADA É PEIXE! E ATÉ ONDE EU SEI TU NÃO É DE ISTAN!

Pronto, vou receber uma mensagem do Joz me xingando em breve. HYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYA! APROVEITA E LÊ PRO GALOIS QUE ELE PODE CONTAR COMIGO PRA TUDO!

Houchuu Ootsuka simplesmente maravilhoso no Galois.

E aproveitando que eu meti dublador na conversa... Eu já era feliz ouvindo o Nagi falar em Mononogatari, né? Só que a postura séria e elegante do Jormungand levou a voz do Chikahiro Kobayashi a OUTRO PATAMAR! Isso sim que é um capitão da guarda!

O que me lembra dele... A NOSSA HIENA FAVORITA! O CAPITÃO DA GUARDA DA RAINHA! O HOMEM QUE DEVERIA SER UM EXÉRCITO SOZINHO, MAS... né? Também é querer esperar demais de alguém que não é um Daryun da vida.
Lantevelt dublado maravilhosamente pelo Tasuku Hatanaka.

LANTEVELT QUANDO COLOCAVA SUA LINGUINHA PARA FORA! SIMPLESMENTE A COISA MAIS MIMOSA DA GUARDA! E como não amá-lo catando o príncipe richard e levando até o Anúbis, dizendo que ele está do lado DA RAINHA. Lante continua com aquilo: "Eu sirvo a Sariphi. O resto que lute".

LANTEVELT, CONTE COMIGO PRA TUDO!

Pois é, leitor, eu não dava nada para Niehime, achei que ia ser um anime arrastado e fui simplesmente ARREBATADA por essas história.
Esperando esses dois grandissíssimos otários se casarem e terem filhos.
Ainda que a trama seja em cima de intrigas palacianas e um romance razoavelmente leve, os personagens são muito carismáticos e a protagonista não é uma tonta que se deixa ser levada por qualquer sopro de vento. Mesmo que a Sariphi no começo não entenda seus sentimentos pelo Leonhart, ela sempre foi segura sobre o que acredita para a vida e o respeito que ela tem com os outros seres vivos.

Acho que principalmente por conta dessa personagem, o romance se desenrolou muito bem, tendo poucos momentos que poderíamos chamar de "chatos".
Posso dizer com toda certeza que esse anime foi uma deliciosa surpresa este ano.
Eu não tinha expectativas e simplesmente ENTREGOU TUDO!

Confesso que tive vontade de rever alguns dos primeiros episódios para relembrar algumas coisas, porém, a minha rotina atual não permite esse pequeno prazer. Ainda assim, caramba... Se no final do ano eu pudesse ver pelo menos os dois primeiros episódios, seria MUITO BACANA. Eu ficaria bastante feliz.

Para considerações finais... O design de personagens é muito bonito, principalmente na questão das feras, e a animação entregou um bom resultado. Acredito que tenha sido uma série consistente nesse quesito.

Sentirei saudades da 5ª série que a tradutora despertava em nós, toda vez que tinha uma fala meio estranha envolvendo o Cy (da dupla Cy e Clops). Era um risinho bobo garantido em vários episódios.
 
Foi muito divertido trabalhar em Niehime e ficar seis meses me dedicando a uma série que não parou. Foi sequencial, sem split cour ou retomada num próximo ano. Isso foi beeeem doido e divertido.

AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH, SENTIREI SAUDADES DESSAS FERINHAS!!!
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Undead Murder Farce/Undead Girl Murder Farce
Eu adorei a voz da Nora/Jutte nessa parte, porque é engraçada demais.
Opinião: Vampiros e lobisomens. Se tem duas criaturas sobrenaturais que MAIS ME DEIXAM COM PREGUIÇA SÃO VAMPIROS E LOBISOMENS. Isso mina completamente o meu interesse e parece que Undead Farce apertou os botões errados comigo.

Eu tinha altas expectativas pelo rolê detetivesco e o carisma brilhante do palhaço do Tsugaru, no entanto, conforme a história foi seguindo, eu comecei a me cansar.

A parte legal de um mistério é quando você o acompanha e tem parte do fio da meada para fazer suas deduções junto com o detetive, que no caso aqui era a Aya.

O arco dos vampiros foi interessante, só que me pareceu MUITO arrastado.
Eu estava esperando algo mais no estilo "monstro da semana" e os casos levavam muitos episódios para apresentarem uma resolução.

O dos vampiros foi interessante, o do diamante com Sharlock Holmes e Arsene Lupin já deu uma desgastada e o que limou completamente o meu ânimo foi o dos lobisomens.

"Ah, Kimono, talvez você não seja fã de mistério" - Leitor, eu li Edgar Allan Poe por influência de Bungou Stray Dogs 2 e gostei. Eu li Agatha Christie por influência de Bungou e adoro a Miss Marple. Aí eu li Sir Conan Doyle e a primeira coisa que o Sherlock Holmes faz é FALAR MAL DE AUGUSTE DUPIN do Poe.

Tudo bem que a resolução da história "Assassinatos na Rua Morgue" foi bem... "COMO ASSIM, Ô CARAI?", porém, as deduções do Dupin eram interessantes e o personagem bem carismático. Aí eu peguei birra do Holmes.

COMO ESSE BRITÂNICO DE UMA FIGA FALA MAL DO MEU QUERIDO DUPIN? QUEM É ELE NA FILA DO PÃO? Ou seria... Dupin? (Crendo que Dupin se lê "du-pân".)

Por isso que numa briga em que o Holmes se envolva, estarei sempre torcendo pelo outro lado. No caso de ser contra o Moriarty de Undead Farce, eu fico do lado da briga mesmo.

Mesmo o Sherlock aqui sendo dublado pelo querido Shinichiro Miki, eu ainda torço o nariz.
 
Dito isso, eu entendo que a trama precisasse se valer das deduções da Aya sem depender apenas do caso do corpo, senão, teríamos uma simples busca... o que não pareceria ruim. Ainda assim, a trama quis ser detetivesca e por isso teve que "encher dessa linguiça" para não ir simplesmente atrás do objetivo.
 
Certamente o maior acerto de Undead Farce foi a direção e a animação.
Falei um pouco sobre isso no episódio de estreia e gostaria de salientar o quanto esses detalhes enriqueceram o anime visualmente. Aqueles quadros que lembram a disposição dos quadros de um mangá, a sobreposição de imagens no fundo enquanto os personagens narram algum acontecimento ou mesmo no episódio final com a Jutte/Nora olhando para a câmera e questionando se a Aya acreditaria nela.

Visualmente, Undead Farce foi muito feliz.
A movimentação nas lutas também mostra uma coreografia e uma execução muito boas. É tudo fluído e natural.

Também acho compreensível a escolha narrativa de trazer casos em forma de arcos, com mais de um episódio para ser solucionado. O problema é quando ele fica chato a ponto de se tornar arrastado. A impressão é como o último comentário do Tsugaru à Aya, sobre ela ter demorado para encontrar o culpado de propósito.

Bom, eram 13 episódios, né?
O único detetive que descobre em segundos TODO O ROLÊ DE UMA SÓ VEZ é o Edogawa Ranpo, porque esse é o "poderzinho" do querido.

Além disso, eu acredito que nem todas as evidências devam ser reveladas de uma vez, afinal, o mistério só é legal quando vamos descobrindo coisas novas no decorrer da história. Porém, é preciso de fôlego para manter a história interessante.

Claro que por eu estar trabalhando na série, minha preocupação maior não é estudar o caso do arco, e sim ver se as legendas estão corretas, se não tem nada faltando e se os termos têm consistência com os episódios anteriores.

Puxando da memória, até que as tramas do roubo do diamante e das vilas dos humanos e dos lobos são interessantes com as inserções de novos personagens.
Acho que a coisa que eu mais gosto é o pessoal da Royce (companhia de seguros) se lascando.

Tudo bem que a póbi da Fatima não mereceu aquele final.

Gostei da interação "amor x ódio"/"enemies to lovers, só que não(?)" entre a Shizuku e a Carmilla. E prefiro a do arco dos diamantes, porque a Carmilla deu a cagada de falar mal da póbi da cabeça decepada e a Shizuku virou O PRÓPRIO CAPIROTO CAÇANDO ALMA FORA DO INFERNO!

Foi a cota yuri mais intensa do anime, já que a cota amorzinho yuri fica com a relação normal entre Shizuku e Aya. O que me lembra da Shizuku PUTAÇA tirando a Aya das mãos do Tsugaru no arco dos lobisomens depois da troca de saliva que eles precisam fazer.

Será que é por isso que a Shizuku está sempre atrás de motivos para bater no nosso adorável bobo da corte? HYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYAHYA!

E falando no ladrão de calcinha, certamente foi o ponto alto do anime junto com a Aya, os dois esbanjaram carisma.

Destaque para o Taku Yashiro completamente maravilhoso nas sessões de rakugo, contação de histórias, e nas horas de palhaçada. Esse certamente foi um papel bastante marcante para mim, visto que, tinha acompanhado as pequenas participações dele em Opus.COLORs e Raven of the Inner Palace.
Isso que eu chamo de plot twist carpado de precisão.
Vou confessar aqui, bem baixinho, que é só para você saber, leitor: eu aceitaria uma 2ª temporada de Undead Farce só para acompanhar a interpretação divertida do Taku Yashiro. E, claro, para saber se vão conseguir recuperar o corpo da imortal.

Aliás, está aí uma coisa que me deixou bem curiosa nesta temporada: O VICTOR DO GRUPO DO MORIARTY... contando as coisas para o Tsugaru. Ajudou a turminha contra a dupla da Royce e revelou que o corpo da Aya está inteiro, bem guardado em Londres, sede do grupo Banquete.

Carmilla, a Shizuku só falta cortar o pescoço. Aleister é tretento, provavelmente vai tentar matar todo mundo. Jack se pudesse tinha arrancado a cabeça do Tsugaru na melhor oportunidade. SÓ QUE O VICTOR... O Victor é muito parça e eu achei isso MUITO CURIOSO.

De onde que o Victor ficou tão de boa com a turma do Usuário da Gaiola? O QUE FOI QUE ACONTECEU ENTRE ELES QUE EU NÃO VI? Só sei que achei maravilhoso que eles meio que fizeram um acordo de não agressão e ajuda mútua.

Victor muito mais querido que aquele membro da Royce que parecia a Vera Verão e o xingou de criatura horrenda. QUE ABSURDO, VICTOR É UM DOCINHO DE COCO, CARAMBA!

Falando no Banquete... Eles queriam o lobisomem mais perfeitão lá para colocar os genes no Jack, né? Com a Jutte/Nora fugindo graças à Aya, acho que deu ruim, não? Ganchos e mais ganchos para uma possível nova temporada.

Agora tudo vai depender das vendas do anime e como ele vai alavancar a história original. Se tiver muita procura, a possibilidade de termos uma 2ª temporada nos próximos anos aumenta. No entanto, se o público não se empolgar... Os gatos pingados que curtiram, vão ter que desbravar a internet em busca da história original.

Opinião de consumidora embasada em NADA: acho que valia mais uma temporada. Opinião de revisora de legendas: VENHA, QUERO TRABALHAR.
Opinião de blogueira de animes: merecia uma 2ª temporada por conta do caso principal, que é recuperar o corpo da Aya, mas também terminou bem. Acho que o lado detetivesco deu um fôlego para desenvolver melhor a história e os personagens, do que se tivéssemos diretamente uma busca.

Do que mais posso falar?
ARSÈNE LUPIN DO MAMORU MIYANO É HISTÓRICO!
Queria ouvir o Hiro Shimono cantando ópera, já que ele dublou o lindão do Erik.
SHERLOCK HOLMES, NÃO CONHEÇO. NÃO SEI QUEM É.

Adorei a abertura. O encerramento também é bom, MAS A ABERTURA É A ABERTURA, NÉ?

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Sugar Apple Fairy Tale Part 2
O casal mais trouxa desse anime... Aliás, o único casal, né?
Opinião: O NOSSO NOVELÃO DAS 6!
A partir do momento que eu entendi que se tratava de uma novela das 6, acho que parei de me estressar tanto com essa história.

No final da primeira parte da temporada, A EQUIPE TODA FELIZ QUE IA TERMINAR E NÃO TERIA QUE VER A ANNE E O SHALL SENDO BURROS NOVAMENTE. Aí no dia que sai o episódio final, vem notícia que ia voltar em julho.

RAPAZ...
Por um lado todo mundo feliz pelos boletos, por outro...
O QUE PASSAMOS DE RAIVA COM O UNIVERSO DE SUGAR APPLE FAIRY TALE, O FÃ DO MANGÁ DE JUJUTSU KAISEN NÃO PASSA NEM METADE!
 
Sugar Apple teve 3 "vilões": Jonas, Bridget e Lafalle.
Todos são vítimas das circunstâncias que levaram muito a sério aquela frase "o sonho do oprimido é ser opressor".

Jonas é um artesão do açúcar sem muito talento, sobrinho do líder do Ateliê Radcliffe e falso como uma nota de 3 reais. Pelo menos, na 1ª parte da temporada.
 
Ele rouba o confeito de açúcar da Anne para apresentá-lo como seu no concurso que escolherá o novo mestre do açúcar prateado e ainda a coloca numa situação de perigo, que poderia ter causado sua morte (se não fosse a existência do Shall).

Ele tentou ganhar a Anne na conversa, com história de casamento e etc, já que eles viviam na mesma vila e quando a mãe da garota morreu, aparentemente a família do Jonas a acolheu. Porém, decidida a não se prender a um casamento e se tornar mestra do açúcar prateado, ela rejeitou o Jonas de todas as formas, o que culminou no roubo.

Depois do vexame no concurso, com a acusação de roubo, a autoestima do Jonas que já era prejudicada, começou a piorar.

Tentando fazer seu nome, ele foi até o Conde de Philax que queria um confeito muito específico. Pressionado de todas as formas possíveis e apavorado, mais uma vez Jonas ameaça Anne, agora usando a asa de Mithril Lid Pod (que ele roubou anteriormente) para chantageá-la.

Como o conde não aceita desistências e Jonas foi considerado talentoso, ele não podia sair. Jogando a responsabilidade nas costas da Anne, dizendo que ELA FARIA O CONFEITO, o conde aceitou e liberou o cagãozinho.

Depois disso, tivemos o caso do refinamento de açúcar prateado em massa, o que mostrou um Jonas ainda mais fragilizado por seus fracassos. Quando ele é acusado injustamente de tentar queimar a Anne com açúcar borbulhante e é expulso do ateliê, ele deixa de fazer confeitos, começa a beber e vive pelas ruas.

É assim que Anne o encontra e resgata para ajudar com os confeitos do Festival do Início Divino.

Sim, isso meio que vira o "arco de redenção" do Jonas, mas não é nem um arco. São participações ínfimas nos episódios, pois o LaFlávia Alessandra resolveu sequestrar a Anne.

O que me deixa meio pururuca das ideias é que o Jonas em vez de ficar num ambiente mais saudável, QUE É O DO ATELIÊ PAIGE, o cara resolve VOLTAR PARA O ATELIÊ RADCLIFFE.

Não é possível.
Talvez acreditando que as coisas nas mãos do Keith Powell melhorem...
Acontece que o nosso torrãozinho de açúcar AINDA NÃO É líder do ateliê, então...

Isso me lembra que, como o Jonas foi expulso antes do concurso, ele não ficou sabendo que o Sammy Jones foi descoberto e exposto NA FRENTE DO REINO INTEIRO como sabotador e ladrão.

De qualquer forma, eu recomendaria MUITO o Ateliê Paige.
O ambiente é mais sadio, os artesãos fazem seus próprios trabalhos sem aporrinhar os coleguinhas e querer puxar tapete, os artesãos TÊM CARÁTER e o Elliott, que atua como representante do líder está sempre aberto ao diálogo.

O Ateliê Radcliffe é um poço de machismo, disputas ridículas e gente mau caráter.
Tanto é que o Keith era originalmente do Ateliê Paige e só saiu de lá para não ficar marcado como "o filho do Visconde de Açúcar Prateado anterior", já que seu pai era desse ateliê.
 
Sem falar que o Marcus Radcliffe se finge de tonto quando seus artesãos favoritos vão fofocar as coisas para ele. Foi assim que ele não escutou quando a Anne disse que o culpado do caso do açúcar borbulhante era o Sammy, e não o Jonas (que foi chamar o Shall para socorrer a garota).

Agora sigamos para a Bridget, a "mimada filha do líder do Ateliê Paige".
Ela se apaixonou à primeira vista pelo Shall e foi uma testemunha-chave do roubo dos barris de açúcar prateado da Anne antes do concurso. Aproveitando desse fator, ela faz um acordo com a fada guerreira, em que ela conta a verdade ao rei e o Shall fica com ela, para fazer suas vontades.

Pressionado pela ideia de que a Anne não conseguiria maçãs-de-açúcar em anos posteriores, como dito pelo Keith, a fada aceita e só assim a protagonista consegue se livrar de mais um bololô.

Conforme os episódios vão passando e vamos conhecendo mais sobre a Bridget, percebemos que ela não está feliz com a situação, já que sabe que o Shall só está com ela pelo acordo e que não tem sentimentos românticos.

Depois que o Orland rouba a asa do Shall e dá ao pai dela, Glen Paige, Bridget vai atrás de outra fada e assim o Gladus entra na história.

Tanto a Bridget quanto o Jonas são vítimas do machismo. Ainda que seus erros e crimes não possam ser simplesmente perdoados por conta disso, dá para entender como o machismo os afeta e ferra seus psicológicos.

O machismo é a crença na superioridade masculina, considerando a mulher como um ser inferior. E o universo de Sugar Apple Fairy Tale é montado a partir disso.
Na religião do reino, acredita-se que Deus criou o homem e a mulher para governarem a superfície, porém, a mulher se apaixonou pelo rei das fadas e isso causou a guerra entre humanos e fadas.

Acontece que essa história é falsa e, obviamente, poucas pessoas têm acesso à verdade. Pelo que Shall conta, o rei das fadas era escravo do rei dos humanos, contudo, eles acabam se tornando muito amigos, o que faz com que o humano liberte a fada. Só que pressionados de ambos os lados, eles acabam entrando em guerra e o rei humano mata seu amigo rei das fadas. Muito triste com isso, o rei dos humanos pede para que um artesão faça um confeito em homenagem ao seu amigo e esse confeito acaba servindo como sinal de boa sorte.

A história inventada pela Igreja causa a segregação da mulher nesse mundo, fazendo com que alguém tão talentosa quanto a Anne seja vítima injúria (quando ofende sua dignidade) e seja desacreditada principalmente por ser mulher.

No caso do roubo do confeito pelo Jonas, mesmo a escultura agradando o rei, o concurso ficou sem um mestre do açúcar prateado por conta dessa situação.

E no segundo concurso, quando o Sammy tentou colocar a Anne como ladra e alguém que não tinha usado seu próprio açúcar refinado, ela só conseguiu provar que tinha sido vítima de um complô com a ajuda do testemunho da Bridget e de uma fada que serve a família real, que atestou que o açúcar dos barris roubados e da escultura eram o mesmo.

Isso que eu não comentei o preconceito que a Anne passou ao ajudar no refino em massa do açúcar e da tentativa do Sammy em tentar queimar as mãos dela. Um tipo de violência que, mostrada da forma que foi mostrada, se assemelhou muito a uma violência sexual. Vários homens em volta, segurando a garota, com o Sammy aproximando as mãos dela do tacho.

"Nossa, Kimono, mas comparar isso a uma violência sexual? Nada a ver. É só violência mesmo" - É como eu expliquei ali em cima, leitor. Violência por violência, eles poderiam ter batido nela, feito uma rodinha e batido. Só que o fato de termos um grupo de homens contra uma mulher, de a segurarem para que outro homem cometa a violência é muito semelhante ao que temos em violência sexual coletiva.
É uma forma de humilhar a mulher, de colocá-la em posição de submissão, já que normalmente ela não assume essa postura.

A Anne, mesmo sendo bem cabeça-de-vento, é alguém que consegue se virar sozinha e não abaixa a cabeça para as dificuldades. Tanto é que durante o refino em massa, ela era muito pequena e leve para mexer o tacho e precisou usar a força de todo o corpo para conseguir trabalhar. Ela não aceitou que "por ser mulher" deveria ficar quieta num canto ou fazer trabalhos domésticos, afinal, ela é uma artesã como qualquer outro ali.

Além disso, o açúcar que ela mesmo refinou mostrava uma qualidade superior ao refinado em massa e, muito provavelmente, ao que o Sammy refinou para uso próprio.
Que cena, minha gente, que cena. Pena que não rolou mais lutinha.
Esse ódio infundado por mulheres vem da insegurança e incompetência do Sammy e do Jonas. Ambos, apesar de serem considerados artesãos de ponta do Ateliê Radcliffe, não chegam aos pés dos confeitos da Anne.

E o fato de um ser inferior, que é como a mulher é considerada nesse universo, ter habilidades superiores às deles fere mortalmente seus egos frágeis.

E digo mais: a Anne não é superior porque é mulher, ela é superior por ter talento.

A delicadeza das peças do Hugh e do Keith ou mesmo do Orland não dependem do seu gênero. Todos são homens e são totalmente capazes de fazerem obras lindas e delicadas, como o gatinho que o Orland fez para dar à Bridget.

E falando na "filha mimada"... A Bridget é filha de um líder de ateliê, porém, ela nunca pôde se tornar artesã do açúcar e sequer sonhar em assumir o lugar do pai, por ser mulher.

Na cabeça do Glen, não é que a Bridget não fosse capaz, e sim que as coisas poderiam ficar ainda mais difíceis para ela.

Se formos pensar no mundo machista de Sugar Apple, até conseguimos entender a preocupação do Glen em jogar a filha aos leões. Contudo, será que não teria valido a pena investir um pouco para ver se ela não seria talentosa, assim como uma Anne Halford? E o mais louco é que a mãe da Anne, Emma Halford, foi mestra do açúcar prateado, né? O que essa mulher não deve ter passado na época de artesã, hein? (O pai da Anne ninguém sabe, ninguém viu).

Será que não teria valido a pena treinar a filha para ter a gentileza de acolher os artesãos, como ele fez com o Elliott, Orland e os outros, e a brigar na base do talento com os outros ateliês? Desistir só por que será difícil?

Toda essa "superproteção" acabou amargurando a Bridget, que foi sendo cortada de todas as maneiras para caber em sua gaiola dourada. E ainda foi obrigada a se tornar noiva e posteriormente casar com o Elliott, para que assim o rapaz assumisse o ateliê quando o Glen não pudesse mais tocar o negócio.

Teria que se casar obrigada, tudo o que queria fazer não podia, e por isso quando ela se deparou com o Shall, ficou fascinada e obcecada, uma vez que as fadas são vistas como escravos dos humanos, o que despertou na Bridget o sentimento de finalmente controlar alguma coisa.

Tudo bem que a fada guerreira é linda, mas o interesse real da moça era o controle.

Bom, Jonas e Bridget foram vítimas diretas do machismo, enquanto o Lafalle foi vítima do sistema humanos x fadas.

É revelado que o antigo rei das fadas, antes de morrer, incrustrou três pedras preciosas no cabo de uma espada: uma obsidiana, um diamante e uma opala. Esperando assim que uma delas se tornasse o novo rei das fadas.

A obsidiana é o Shall, nascido pelo olhar de uma criança humana, a Liz.
A opala é o Gladus/Lafalle, nascido pelo olhar de um animal, uma águia.
O diamante não despertou.

O Lafalle Fen Lafalle nasceu antes do Shall e passou por um monte de situações caóticas, sendo traído pelos companheiros fadas e escravizado pelos humanos. Tanto é que, ao contrário do Shall que tem as duas asas, o Lafalle só tem uma. A sua outra asa não se sabe o paradeiro.

É uma fada guerreira que consegue invocar linhas extremamente cortantes. Foi com elas que ele feriu o Orland e o Elliott DUAS VEZES. Pois é, galera, a fada no meio da estrada que atacava artesãos era ele.

Quando o Gladus apareceu, eu já sabia que se tratava da mesma fada por reconhecer a voz do Soma Saito. Essa é a parte triste de ser otaku de dublagem: não somos enganados facilmente. Aí esse tipo de mistério acaba se perdendo.

Bom, como Sugar Apple é uma novela das 6, nada mais justo do que evocar a atriz que fez as MAIORES VILÃS DE NOVELA DAS 6 DE ÉPOCA: Flávia Alessandra.

Foi Cristina em Alma Gêmea (Globo) que tinha Eduardo Móscovis e Priscila Fantin como os mocinhos, e Sandra em Êta Mundo Bom! (Globo) com Débora Nascimento e Sérgio Guizé no papel dos mocinhos.

Em Êta Mundo Bom!, a Sandra vivia falando "ainda hei de botar as mãos na herança de titia", o que rendeu uma piada minha na equipe de localização de Sugar Apple: "Ainda hei de botar as mãos em Shall Fen Shall".

O Lafalle é muito as vilãs da Flávia Alessandra. Tem grandes pretensões, quer roubar o par da mocinha a qualquer custo e colocar seus planos malignos em ação.
Por isso o apelidei de "LaFlávia".

Falando estritamente do anime, o Lafalle acreditava piamente que era necessário ser o rei das fadas e queria o Shall ao seu lado, já que os dois nasceram das pedras incrustradas no cabo da espada do antigo rei. Lafalle queria subjugar os humanos e controlar as fadas.

No final, acabou sumindo, porque aquela queda do muro do forte, SEM CORPO DESTROÇADO, é mensagem de que ele ainda está vivo.

Se bem que o Lafalle deixou uma herança maldita plantada nos corações de Anne e Shall: a de que não poderiam ficar juntos por conta do tempo de vida. Fadas de pedras preciosas têm vidas mais longas, enquanto nós humanos, se chegarmos aos 90 anos, temos que rezar para estarmos lúcidos, com uma boa mobilidade e uma saúde razoável.

Aí tivemos aquela conversinha, meio mal entendido, entre Anne e Shall na igreja.
Bom, romance água com açúcar estilo novela das 6, só que em forma de anime? Não dava para esperar grandes declarações de amor, afinal, ambos os mocinhos são idiotas.

Vou crer que eles formaram uma família e que o Mithril Lid Pod é o filho adotivo deles.

Ai, leitor, e como NÃO ADORAR Masaaki Mizunaka, né? O elenco de dublagem desse anime estava simplesmente uma belezura. Tomoaki Maeno fazendo o biscate do Hugh Mercury, o visconde babaca e adorável. O Yuuto Uemura fazendo o bananinha cor-de-rosa do Keith Powell...

Keith quando soube do sequestro da Anne foi para cima do Elliott e o cara mandando a real: "Maluco, aqui ninguém é soldado, não. Se um bando de artesão otário for atrás da Anne, a gente não termina o serviço aqui e nem ajuda a coitada. Deixa na mão do Hugh que ele tem as manhas".

O que me lembra do Kato.
SAUDADES, KATO.

Mentira, nem senti saudades. Ouvia o Takuma Terashima toda semana no chanceler Anúbis de Niehime. Estou de boa. HYAHYAHYAHYAHYAHYA!

Só sei que, no final, o Ateliê Paige teve a ajuda de: uma mestra do açúcar prateado (Anne), dois membros do Ateliê Radcliffe (Keith e Jonas) e um mestre do açúcar prateado autônomo (Kato).

Assim, não foi um final satisfatório.
A Bridget até conseguiu sair do casamento arranjado, mas não pôde se tornar artesã do açúcar ou alguma outra coisa. Só resolveu que vai ajudar o pessoal do ateliê.
Anne e Shall são dois idiotas.
Lafalle sumiu.
Jonas em vez de ficar no Ateliê Paige e recomeçar num ambiente sadio, resolveu voltar para aquele cocô que é o Ateliê Radcliffe.
Keith foi menos útil que o esquerdomacho Elliott.
Kato teve pouco tempo de tela.
Hugh Mercury foi pouco biscate nessa segunda parte, senti saudades da paudecuzize dele.
Queria que a Bridget ficasse com o Orland.
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The Masterful Cat is Depressed Again Today/Dekiru Neko wa Kyou mo Yuuutsu
Olha que coisinha mais pitica o Yukichi tentando fazer um bolinho de arroz!
Opinião: A coisa que eu mais amo neste anime é a piada da Saku ser Fukuzawa e ter um gato chamado "Yukichi". Se o bichano tivesse um RGA (Registro Geral do Animal), ele se chamaria "Yukichi Fukuzawa".

E essa piada É CANÔNICA! No episódio 12, quando a Saku achou que o Yukichi tinha fugido de casa ou tinha passado mal, ela foi no supermercado e falou com a Rio, que ela tinha salvado de um ex-namorado babaca episódios atrás.

A Saku disse que os pais a chamariam de "Yukichi" se ela fosse menino.
Aí a Rio, "que nem a figura histórica"? E a figura histórica é Yukichi Fukuzawa, que inspirou o personagem de mesmo nome em Bungou Stray Dogs.
 
Sabe qual é a melhor parte, leitor? Eu trabalhei em dois animes com Yukichi Fukuzawa nessa temporada e simplesmente não sei o que pensar sobre isso.
E lendo sobre o Fukuzawa figura histórica ainda descobri uma coincidência macabra, mas essa eu vou manter só para mim.

FUKUZAWA-SAN, DESCANSE EM PAZ! PARE DE ME PERSEGUIR, POR OBSÉQUIO! OBRIGADA, DE NADA!

Agora falando do anime em si... Acho que eu não gosto de slice of life. Masterful Cat para mim pareceu arrastado, meio chatinho e cansativo...
Apesar do atrativo "gato" e "gato dono de casa", não me empolguei muito, não.
 
Talvez o cotidiano tenha sido muito repetitivo, ainda que tivesse algumas coisas fora da curva como o passeio no aquário, a Saku viajando pela primeira vez depois de começar a cuidar de um gato (se bem que nessa parte, a gente sabe que é o contrário) e a festa de aniversário da Yume.

E, sim, leitor, eu sei que "cotidiano" e "repetitivo" andam juntos, por isso eu comentei ali em cima que talvez não goste desse gênero de história.

Também não sei se o fato do estúdio escolher aquela animação com ângulos estranhos ou a preguiça de desenhar um céu estático, colocando uma gravação de céu um tanto real, tenha causado ainda mais estranheza e me deixado um pouco sem vontade com esse anime.

Sério, simplesmente bizarro aquele céu nada a ver com aquele cenário meio bizarro, daqueles jogos de terror 3D que o Natsuki Hanae joga às vezes.

Talvez se tivessem feito a coisa com um design mais bonitinho, bem-feito de verdade, a história também ficasse mais agradável.
 
Sem falar naqueles momentos que aparece uma cena da rua e o áudio da estação de trem... É uma parte de transição meio... Dá uma vibe de jogo de terror e deprime um pouco.

Aliás, amei aquela sequência da Saku deprimida por ser domingo há noite.
Se no Japão, Sazae-san é sinal de que a segunda-feira está chegando, no Brasil, a gente pode falar dos cavalinhos no Fantástico (Globo) ou da câmera escondida no Programa Silvio Santos (SBT).

Nada mais triste que final de domingo e a lembrança de que uma nova semana começa. Bom saber que o trabalhador japonês também se sente assim.

Fora isso, não dá para dizer que os personagens são muuuuuito carismáticos.
A história tem seu carisma, principalmente quando mostra como Saku e Yukichi se conheceram e como aquele pequeno gato resgatado no meio da neve cresceu.
Completamente entendo. OLHA A MARMITA DA GATA!
E, apesar de ter trabalhado em Niehime, eu agradeço muito por não ter rolado romance em Masterful Cat, pois NÃO TEM NADA A VER. A relação do Yukichi com a Saku é de parceria ajuda mútua. Mesmo que o Yukichi fique de saco cheio muitas vezes, o que é totalmente compreensível, ele tem um sentimento de gratidão e preocupação com a sua dona.

Sei que atualmente a moda é falar "tutor/tutora" para a pessoa que tem um animal de estimação em casa, contudo, é bom lembrar o leitor que nem sempre todo lugar usa os "termos atualizados". E é mais comum para as pessoas fora do meio, se chamarem de "donos". Não vou entrar no mérito e demérito de termo na relação entre humanos e seus bichos. Mais importante do que nomes é a responsabilidade que a pessoa tem pelo animal.

Enfim, acho que a história poderia ter aproveitado os "vazios" dentro dos episódios para encher com mais informações sobre os personagens secundários. Eles são rasos mesmo em seus momentos de destaque, como a colega da Saku de cabelo lilás conversando com a prima (a Rio do supermercado) ou mesmo a vizinha Mei.

A temporada foi tão arrastada e numa cor sem tanta saturação, que deu a impressão que não era só o gato que estava deprimido de novo.

Isso foi de propósito? Porque acho que dava para usar essas cores mais "mortas" e fazer um anime mais expressivo. Ou será que a história original é ruinzinha também?

Bom, tem tanto anime que melhora o que a gente vê no mangá, que eu esperaria o mesmo em Masterful Cat.

Achei interessante colocarem o Hiroki Yasumoto, que tem uma voz bem grave, para "dublar" o gato (em pensamento, já que ele não fala).

Katsuyuki Konishi subaproveitado no chefe da Saku.
Miyu Irino ainda mais subaproveitado no gerente do supermercado que adora gatos e no ex-namorado da Rio.

Foi ok. Só não sei se precisava mesmo de TREZE episódios.
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Bungou Stray Dogs 5
Malevolent Spirits: Mononogatari Part 2
Opinião: Como ambos são animes que constam na programação no blog, não farei considerações sobre seus episódios finais, pois eles serão analisados futuramente.

Adendo: Apesar do MAL considerar o Mononogatari de julho como "2ª temporada", na Crunchyroll ele entrou como split cour da 1ª temporada, ou seja, uma "segunda parte". Na programação do blog, não terá distinção entre parte 1 e 2.
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Deveria mesmo ter feito isso antes...
...mas resolvi que escrever análise de anime era mais importante, afinal, estão esperando há mais de dois séculos.

O bom é que, para tirar prints e colocar neste post, acabo revendo os episódios finais e daí lembro de alguma coisa para comentar.

Sinceramente... Quase desistindo de fazer isso, porque... quero mesmo analisar logo os animes que estão há tanto tempo rodando na programação do blog.

E aí, leitor? Curtiu esses finais ou teve algum que você achou que merecia uma nova temporada ou foi mal contado?
 
Por Kimono aquela que agora vai começar a se ocupar com os animes de outubro no trabalho... - 09/10/2023

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