Olha aí o feriadão mais otaku deste blog! (Acho que é único também...)
Do dia 17/02 (sexta-feira) até 22/02 (quarta-feira), você confere uma programação totalmente especial para quem não curte bloquinho de rua, passa longe de desfile de escola de samba e só tolera confete e serpentina aqui!
Confira a abertura oficial do CarnaKimono e venha fazer a festa conosco! #SeloLaFolia
Como funcionam os posts de Carnaval:
-Assistirei e comentarei os TRÊS primeiros EPISÓDIOS do anime escolhido;
-Independente de gostar ou odiar o anime, não existe nenhuma garantia de que eu vá analisá-lo semanalmente;
-Não importa se a história só vai se desenvolver depois de N episódios, o texto traz primeiras impressões, e não "vou ver a série completa".
Sem choro, reclamação ou chiliques. Este é o esquema de Carnaval aqui.
-Assistirei e comentarei os TRÊS primeiros EPISÓDIOS do anime escolhido;
-Independente de gostar ou odiar o anime, não existe nenhuma garantia de que eu vá analisá-lo semanalmente;
-Não importa se a história só vai se desenvolver depois de N episódios, o texto traz primeiras impressões, e não "vou ver a série completa".
Sem choro, reclamação ou chiliques. Este é o esquema de Carnaval aqui.
Ficha técnica
Título: Police in a Pod/Hakozume: Kouban Joushi no Gyakushuu
Diretor: Yuuzou Satou
Estúdio: MadhouseTítulo: Police in a Pod/Hakozume: Kouban Joushi no Gyakushuu
Diretor: Yuuzou Satou
Temporada: Janeiro/Inverno 2022
Total de episódios: 13
Onde assistir?: Crunchyroll e Funimation
Police in a Pod
1º episódio
Opinião: Se não me engano, Police in a Pod foi o primeiro anime de temporada em que trabalhei. Como mencionei em outras oportunidades, meus trabalhos como revisora de legendas em 2021 foram de séries fechadas que entraram no catálogo da Crunchyroll, então não eram "anime de temporada"/episódio semanal.
E eu tenho um carinho enorme por esse anime exatamente por ser meu primeiro simulcast.
Aliás, eu tenho carinho por todas as séries em que trabalhei. Alguns eu de fato não fui muito fã e não assistiria para o blog, outros viraram queridinhos que eu vou analisar e tem aqueles que sempre guardarei no coração, mas que a análise seria um pouco cansativa de fazer. É o caso do "anime de polícia".
Janeiro foi louco, leitor, mas quando vi que tinha ANIME DE POLÍCIA, de algo completamente normal e que ainda trazia comédia, falei: "Pronto, bora lá!"
A tistreza é que entrou primeiro na Funimation, então... Piada: eu trabalhava no anime e não assistia por estar numa plataforma que eu não assinava.
Ainda bem que com a fusão, as séries foram para a CR e eu aproveitei para cumprir a minha promessa!
E é por isso que estamos aqui!
Bora parar de enrolar e descobrir... como é a vida de uma puliça no Japão!
Chorem, pois eu amo essa abertura.
POLÍCIA NO POTE, EU TE AMO!
Sim, leitor, eu sei que não é a tradução, MAS ERA COMO EU LEMBRAVA DO ANIME.
No começo: "Ah, hoje tem pólicinapód pra fazer..."
Até que um dia: "Hoje é dia de polícia no pote."
Você vê a guria dizendo que vai se arrepender daquele momento, de encontrar a gata da Diretora Fuji, e você só pensa que ela tá louca, que encontrar a Diretora Fuji é uma bênção... até você assistir o resto do anime. HYAHYAHYAHYAHYAHYA!
Brincadeira! Nesta casa cultuamos a Diretora Fuji.
Departamento de Investigação Policial: se estiverem descansados e bem alimentados, eles não são maus. QUANDO É QUE ESSES FODIDOS ESTÃO DESCANSADOS E BEM ALIMENTADOS?!
Diretora Fuji falando que mulher decente e que gosta de criança jamais seria policial. EU ESTOU ROLANDO NO CHÃO E ME ENFEITANDO DE CONFETE COLORIDO NO CAMINHO. A total desmistificação de que toda policial mulher é modelo exemplar... Bom, sociedade, assim como todo mundo não é perfeito, a policial mulher também não vai ser.
YAMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAADA, MEU OTÁRIO FAVORITO!
Tem vários otários nesse anime (brincadeira), mas o Yamada é o meu favorito!
E acabou o primeiro episódio!
Sendo assim, chegou a hora do Telecurso da Polícia - Corre que a Diretora Fuji vem aí*!
Apesar de ser categorizado como "comédia", Police in a Pod está mais para comédia de humor distorcido do que simplesmente feito para dar risadinhas de "olha a polícia sendo besta, hahaha".
Humor distorcido seria o "humor negro".
Não gosto do termo por ser pejorativo e dúbio, então para evitar ofensas desnecessárias, vou com o "distorcido".
E enfia o sua reclamação de "politicamente correto" no bolso da bunda, porque o blog é meu e eu decido as coisas por aqui.
Agora que já dei minha carteirada favorita, falemos do episódio de estreia!
Será que se a gente mandar essa imagem para a polícia que repreende protesto de professor aqui em São Paulo, eles acatam o conselho da Diretora Fuji? |
Somos apresentados à Mai Kawai, uma moça que se tornou policial, pois este foi o único concurso público que ela conseguiu passar. O desejo de ter uma profissão com salário estável para satisfazer seu pai, fez com que a moça ingressasse nessa carreira.
Porém, ao contrário do que pensam os cidadãos comuns, a vida de policial é tão opressiva e instável para corpo e mente como qualquer outra profissão nesse mundo capitalista.
E o mais importante: o anime mostra que a polícia é tão gente quanto a gente.
Sem ironias, acho que isso deveria ser óbvio, até porque nunca vi robô polícia ou coelho polícia, então né... Eu disse sem ironia, né?
Bom, se no Japão uma parte da população tem zero respeito pelos guardinhas por eles aparentemente não terem muita serventia, a visão no Brasil é bem mais ofensiva e causadora de indignação. Por isso é importante ter em mente que Hakozume é uma dramatização do que acontece NO JAPÃO.
Apesar de ter opiniões sobre polícia num geral, vou me abster.
Só prometo fazer piadas com crítica social, pois é para isso que estou aqui.
Voltando à Kawai, quando ela estava prestes a entregar sua carta de demissão e começar sua segunda vida (me pergunto se num isekai), ela teve se encontrou com a Diretora Fuji, a bonitona que mudaria sua vida para sempre.
Nesse episódio de estreia, a gente acha que a série toda vai ser esse "fuwa fuwa" com duas moças bonitas e jovens no cotidiano de polícia fazendo coisas bem tranquilas e... é aqui que eu peço a atenção do leitor.
Eu entrei nesse rolê achando que ia ser isso mesmo, só que conforme os episódios avançam casos mais problemáticos surgem, entre eles, os que envolvem assédio e até mesmo abuso físico. Portanto, se esse é um assunto delicado para você, recomendo que pare neste primeiro episódio mesmo e procure outro anime para assistir.
Algumas cenas foram incômodas para mim enquanto trabalhava nas legendas, por isso quero prevenir leitores que possam também ter algum desconforto.
Bom, neste primeiro episódio conhecemos a dura realidade da polícia japonesa, que é tratada como um bando de verme que rouba os impostos dos cidadãos comuns e que a única coisa que sabem fazer é aplicar multa.
Na primeira metade do episódio, durante a patrulha, um rapaz com um garupa numa bicicleta quase atropela um senhor de mochila, que cai no chão.
No Japão, a pessoa só pode andar de bicicleta sozinha ou com uma cadeirinha apropriada para crianças pequenas, como aquela que o Kazuki e o Rei usam para levar a Miri na creche em Buddy Daddies.
Os caras da bicicleta fogem e as policiais vão prontamente ajudar o que pensavam ser a vítima. Como a Fuji é mais manjada desse trabalho e como era da parte de investigação criminal, ela deveria saber as características do ladrão de casas, por isso foi verificar o sapato e apalpou a mochila dele.
Na primeira vez que vi essa cena não tinha reparado, agora ficou mais claro.
E provando ser uma boa instrutora, Fuji bota o ladrão para dar uma aula para a Kawai, já que ela tinha saído da academia de polícia há pouco tempo e provavelmente nunca se deparou com crimes reais.
Tanto é que essa experiência serviu depois para a palestra na escola primária.
Chamou bastante a minha atenção quando a Kawai compartilhou a "aula" que teve com o ladrão, porque faz muito sentido.
Numa cidade, ou bairro, em que as pessoas não se importam com o que está acontecendo na vizinhança e que principalmente a polícia não age para repreender mesmo os menores delitos, o criminoso sabe que ali vai ter mais chances de fazer o roubo e sair impune.
Enquanto que num lugar mais vigiado, que os vizinhos se conhecem e que ficam atentos a movimentações suspeitas, o ladrão sabe que a chance de ser pego é bem maior.
Ladrão é um criminoso oportunista, ou seja, ele vai buscar a opção mais fácil.
Um lugar sem policiamento e que ninguém preste atenção em ninguém é ótimo para ele.
Claro que não é apenas isso que motiva um roubo, leitor, mas se você cruzar essas informações com o que vemos nos noticiários, faz bastante sentido.
Celulares sendo roubados, porque as pessoas andam distraídas olhando mensagens ou escutando música. Gente no carro que deixa vidro aberto e portas destrancadas em áreas mais suscetíveis a roubos.
E, PRINCIPALMENTE, falta de policiamento.
Acabei de receber um zap do meu advogado dizendo: "Não se atreva". |
Sim, leitor, acredito que existem pessoas genuinamente imprestáveis e que se metem com coisa errada, porque querem. No entanto, a maioria entra para ter oportunidades que normalmente não teria.
Bandido bom é bandido inexistente. Que não teve a chance de se tornar um.
Não é questão de ser "politicamente correta", "defensora de bandido" ou esse bando de asneira que a gente sempre vê um povo bobão repetindo. É questão de um mundo melhor para todos os que não querem se meter em coisa errada e só desejam uma vida digna.
Já na segunda parte do episódio, temos os percalços de ser policial.
Minha cena favorita é da Kawai falando para a Fuji que o cara, que ACABOU DE SER MULTADO, saiu sem cinto de segurança... e por isso mesmo receberia outra multa. Eu sou má por ter rido? Duvido muito. HYAHYAHYAHYAHYAHYAHYA!
Achei doido a gente descobrir mais sobre os crimes de estelionato mais comuns no Japão... Um é para comprar cobertor caro, que deve ser coisa daqueles anúncios suspeitos de televisão em que o produto promete mundos e fundos e, no final, se funcionar, já é lucro.
O outro é de site pornô que diz que é gratuito, provavelmente pede alguma forma de cadastro e depois os caras mandam e-mail dizendo que vão cobrar. Como a pessoa que entrou no site provavelmente quer esconder esse fato, não quer cair no Serasa de lá e ser exposto, provavelmente pagam.
Os 20 mil ienes convertidos (no dia em que estou escrevendo este post) ficam R$ 799,80. É um valor alto, se a gente pensar que neste ano o salário mínimo finalmente aumentou um pouquinho e ficou na merréca de R$ 1.302,00.
Podia estar mais alto se não tivesse rolado o golpe e o futuro presidiário não tivesse sido eleito em seguida contando mentira.
Já a multa de 15 mil ienes que o pai da Kawai pagou por excesso de velocidade fica R$ 599,85.
Achei fofo ele colocar a multa no altar do santuário que tem em casa para sempre se lembrar da filha chorando e como ele devia ser mais responsável.
Dando contexto desse altar, o Japão não tem uma religião específica, tanto é que muitos japoneses não acreditam em nada ou seguem rituais xintoístas e budistas por costume mesmo.
Aquele altar é xintoísta.
O altar para os parentes que morreram é sempre budista.
O xintoísmo deixa para o budismo cerimônias fúnebres por conta de sua adoração ao kami (não necessariamente o "Deus" que conhecemos, pode ser outros deuses, como Inari, Amaterasu, Tenjin, etc). Por lidarem com o divino, mexer com cadáver deixaria o ambiente impuro, por isso você não vê cerimônias xintoístas de velórios, são sempre budistas.
Enfim, mais um conhecimento que talvez ninguém use na vida... Se bem que eu usei num post, então parece que foi útil. ehehe
Eu diria que o humor de Police in a Pod é um pouco mais adulto. Não por ser conteúdo +18, e sim porque é preciso ter certas experiências para entender a "graça" ou "desgraça" do momento.
Também cai por terra aquela ideia de que policiais são seres extremamente corretos e dignos que não fazem nada de errado. Muito pelo contrário, é preciso humanizar a profissão e mostrar que eles também se cansam e ficam putos da vida quando são xingados por estarem fazendo o seu trabalho.
Aliás, aproveito para linkar aqui uma entrevista interessante da autora do mangá de Hakozume, Miko Yasu, que foi policial por 10 anos e viveu os problemas da sociedade e do sistema em relação à polícia japonesa.
Quando a Kawai e a Fuji estão no carro falando sobre a carreira é uma cena para rir de desespero. Enquanto a Fuji diz que o salário é estável, a Kawai conta que o resto é o puro suco da instabilidade e que a saúde física e mental é sumariamente ignorada.
Aliás, mais para frente, se você continuar assistindo o anime, vai ver o pessoal do Departamento de Investigação Criminal FODIDO de cansaço, de fome... O negócio é insano.
Apesar da autora admitir na entrevista que queria fazer uma espécie de cop propaganda (propaganda policial) para engajar os jovens na carreira, eu não vejo o anime com esses olhos de marketing bonito. Tem umas coisas engraçadinhas? Têm. Mas os casos sérios são realmente medonhos.
A história serve mais para dar uma humanizada na polícia japonesa e mostrar que atrás daquelas pessoas que tentam ser corretas, existem humanos que têm falhas, problemas e virtudes como qualquer outro.
Não sei se renderia uma análise pelo Datena. <- Minha piada horrível do dia.
Antes de encerrar minhas considerações, neste episódio teve participação do Rikiya Koyama em um dos tiozinhos multados. Adoro a voz dele.
Ele faz um policial aí... Acho que mais para frente ele aparece.
A abertura é "Shiranakya" de Riko Azuna e o encerramento é "Chance" de nonoc.
SOU SUSPEITÍSSIMA PARA FALAR DAS DUAS MÚSICAS E ANIMAÇÕES! Amo as duas e sempre que posso estou escutando as músicas.
*Corra que a Fuji vem aí: Referência ao filme "Corra que a Polícia Vem Aí" (David Zucker).
Police in a Pod
2º episódio
Opinião: - !! ATENÇÃO !! -
Este episódio de Police in a Pod contém menção a abuso sexual e assuntos relacionados.
SE ESTE ASSUNTO É UM GATILHO PARA VOCÊ, NÃO ASSISTA E NÃO PROSSIGA COM A LEITURA DA ANÁLISE DO 2º EPISÓDIO!!!
Este episódio de Police in a Pod contém menção a abuso sexual e assuntos relacionados.
SE ESTE ASSUNTO É UM GATILHO PARA VOCÊ, NÃO ASSISTA E NÃO PROSSIGA COM A LEITURA DA ANÁLISE DO 2º EPISÓDIO!!!
Quer dizer que o número da polícia no Japão é 110... Interessante.
Para efeitos de localização, a equipe obviamente escolheu o "190". Afinal, estamos no Brasil.
E olha só... TEMOS O YAMADA NOVAMENTE NO EPISÓDIO!
MEU IDIOTA FAVORITO! Digo... MEU POLICIAL IDIOTA FAVORITO! YAY!
Então... Aqui começa a parte "pesada" da história.
Nos primeiros minutos é só uma abordagem normal de menor de idade fumando, mesmo que lugar certo. Aquele latão com uma gradinha é para os fumantes jogarem fora as bitucas.
Depois disso encontram uma garota de 16 anos que fugiu de casa e o problema vem a seguir: descobrem que ela se prostitui para conseguir algumas compensações. Seus clientes são desde professores de escola a gente que trabalha em empresa famosa.
Calma, leitor, deixa para se chocar quando a gente chegar no Telecurso, porque há muito mais sobre o Japão do que a sua mente weeabo imagina.
Kawai fodida.
Não aprendeu terminologia erótica na academia de polícia e agora vai ter que transformar um depoimento cheio de coisa que ela não faz ideia do que seja... em um resumo. ESTÁ FODIDA E MAL PAGA!
Tem aulas, leitor, que a gente simplesmente não pode dormir ou moscar. Fica a dica.
KAWAI RODEADA DE HOMENS E NENHUM PUTO CONSEGUE FALAR O QUE A COITADA TEM QUE ESCREVER... PORQUE TODO MUNDO É PUDICO NESSA PORRA DESSE LUGAR! AH, VAI TOMAR BANHO DE ENXOFRE PRA VER SE O INFERNO TE ACEITA!
Nossa, essa foi criativa.
Homens malditos dificultando a vida da póbi da Kawai, simplesmente por terem vergonha de falar o negócio.
AH.
Eu nem vou repetir aqui, porque... MANO, EU QUERO BATER NO YAMADA, NO POLICIAL SEM NOME E NO TIO DE TOPETE QUE É DUBLADO PELO RIKIYA KOYAMA!
A história dessa primeira parte do episódio é o tipo de coisa que eu penso que a polícia deveria fazer mais: o acolhimento das vítimas.
Mais do que bater em professor protestando por aumento de salário ou em preto pobre porque ele está caminhando na rua. Deveria existir uma cartilha de abordagem e, se ela existe, é obrigação do policial seguir.
Se a pessoa entrou nesse ramo de trabalho para bater em alguém, ameaçar e usar uma arma, deveria ter virado empregado de agiota, não policial.
Enfim... A análise desse episódio vai render uma conversa bastante longa, se prepare, leitor.
UAU.
QUANTO YAMADA NO EPISÓDIO HOJE. Não reclamo, me divirto.
E ainda estou aguardando meu outro idiota favorito: Minamoto.
Diretora Fuji distribuindo patada para os policiais do Departamento de Investigação Criminal. GOSTO. APOIO! BATE MAIS NELES!
Sério, os caras ficam fazendo cara de mal e o Yamada ainda deu a bobeira de ZOAR A FUJI. É um idiota sem amor a vida!
MANO.
A KAWAI TAMBÉM NÃO TEM DÓ!
A Fuji contando que a Maki estudou numa escola só de mulheres e depois entrou nesse departamento cheio de brucutu, daí a Kawai meteu um "do campo de flores para a favela".
Eu acho que seria mais "do campo de flores para a Período Paleolítico".
Leitor homem, não se ofenda. A ofensa foi para o departamento onde a Maki trabalha.
MAKI CURTIA O SHINSENGUMI (a polícia especial do xogunato).
ACHOU QUE IA ENTRAR NO TOUKEN RANBU E ACABOU CAINDO NO PERÍODO PALEOLÍTICO! POBRE ALMA!
Quando não estão pensando em nada, é "comida e putaria".
EU ESTOU RINDO E É DE GRAÇA MESMO! Não sei se eu tenho tanta pena dos homens assim, porque... Em sua maioria, faz sentido dizerem isso.
Os que estiverem pensando em gatos fofinhos, bora se unir e falar sobre gatos fofinhos e peludos.
Risos, Diretora Fuji gosta de idiotas exibidos ou capitão de time de esporte...
DIRETORA FUJI, TEM O MINA—
Falei nada.
Ainda que o tom da Fuji seja de ordem, ela oferece uma oportunidade única para que a vítima denuncie e quebre o ciclo de abusos, isso é muito importante. |
"Nós podemos ser homens escrotos e incompetentes..." - Comandante, não me faça rir mais do que eu já estou rindo SÓ POR VOCÊ TER A VOZ DO KOYAMA! POR FAVOR, PARA!
Existe coisa mais fofa do que as policiais no carro no encerramento? Sim, mas não neste anime.
E acabamos mais um episódio.
Hora de iniciar o Telecurso da Polícia - Loucademia de policiais com topete**!
Vou começar com o elenco de dublagem e depois a gente entra na parte mais complicada da análise.
Seiko Fuji, nossa adorável Diretora Fuji, é dublada por Yui Ishikawa.
Seus principais papéis são: Enterprise de Azur Lane (Bibury Animation Studios), Mikasa Ackerman de Shingeki no Kyojin, Violet Evergarden de Violet Evergarden (Kyoto Animation), Minori Ichinose de Tropical-Rouge! Precure., Fuyutsuki de The Ice Guy and His Cool Female Colleague, YoRha 2-gou B-Gata de NieR:Automata Ver1.1a (A-1 Pictures), Chiyu Haebaru de Shiroi Suna no Aquatope.
Mai Kawai, a póbi que só queria um emprego estável, é dublada por Shion Wakayama.
Seus principais papéis são: Takina Inoue de Lycoris Recoil, Yume Minami de SSSS.Dynazenon (Trigger), Destiny de Takt Op. Destiny (Madhouse, MAPPA).
Takeshi Yamada, o inspetor idiota que eu adoro e que parece um delinquente com esse cabelo ruivo, é dublado por Shinba Tsuchiya.
Seus principais papéis são: Shoutarou Futaba de Bakuten!! (Zexcs), Tatara Fujita de Ballroom e Youkoso (Production I.G), Tsutomu Goshiki de Haikyuu!! 3, Hiroto Kadota de Love all Play, Kai Nakamura de Shiroi Suna no Aquatope, Kouhei Kokubo de Shoot! Goal to the Future (Mgic Bus, EMT Squared).
Tamotsu Houjou, o comandante do Departamento de Investigação Criminal, é dublado por Rikiya Koyama.
Maki Makitaka, a moça que gosta do Shinsengumi e entrou na carreira errada, é dublada por Kana Hanazawa.
Acho que a primeira coisa a dizer, e a mais óbvia, é que o Japão é um país como qualquer outro no planeta. Apesar das pessoas gostarem de idolatrar cegamente, tanto o local quanto as pessoas são passíveis de erros e crimes. Ou seja, os japoneses são ao mesmo tempo esse povo educado que conhecemos e escrotos dentro da sua comunidade.
NADA NOVO NO PLANETA. Ele gira e é arredondado.
Por isso uma das coisas que eu gosto no Police in a Pod é que ele bota parte do Japão real na história, quebrando aquela ideia imbecil que o mundo tem de que a terra dos animes e mangás é perfeita, sem defeitos.
Acho ainda mais interessante quando temos vários casos envolvendo violência contra a mulher, porque é uma realidade também no Japão. Principalmente o assédio e abuso sexual contra mulheres de todas as idades.
A ideia de que o país é seguro só funciona para homens brancos cis héteros.
Minorias como LGBTQIA+, pessoas de outras nacionalidades e tons de pele, além de mulheres, sofrem com a violência fomentada pela ignorância, machismo e pensamentos arcaicos.
Para quem não tem condições de manter TV paga e assistir um pouco dos noticiários da NHK (tv estatal japonesa), recomendo o Twitter Unseen Japan Site (traz conteúdos em inglês e japonês), que sai um pouco da bolha de perfeição japonesa e mostra o que está acontecendo por lá de verdade.
Principalmente a questão LGBTQIA+.
Por esses tempos está acontecendo a discussão da legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo. Tanto o primeiro ministro Fumio Kishida quanto um ex-secretário que ele demitiu por pressão, Masayoshi Arai, têm opiniões negativas quanto ao casamento homoafetivo.
A conversa é a mesma dos conservadores em qualquer lugar do mundo: que isso vai mudar os valores da família, do sistema e da sociedade.
Eu me pergunto o que são os verdadeiros valores da família para esses conservadores. É ter pai e mãe? Então quer dizer que a criança precisa ter alguém responsável por ela, que cuide de sua educação, saúde e formação como cidadão.
Veja só, isso pode ser feito por: dois pais, duas mães, pai solo, mãe solo ou avós.
Ter "pai" e "mãe" não é exatamente garantia de manter os "valores de família", já que existem pais e mães que simplesmente não se importam com os filhos ou que os agridem. E isso não deveria ser considerado "família".
Sem falar que 65% da sociedade japonesa aprova o casamento homoafetivo, justamente por entender que nada vai mudar em suas próprias vidas, uma vez que isso não afeta nada no mundo. Não começa a chover mais, não vai ter ataque de abelhas e muito menos o céu se abrir e descer algum capiroto alado.
Também há muitos casos de stalkers e de gente que se aproveita de alguma situação, como essa de uma mulher que estava dormindo no trem e foi abusada por um homem.
A primeira coisa que as pessoas vão dizer é que "ela não deveria estar dormindo", ao invés de "ninguém tem o direito de tocar outra pessoa sem o seu consentimento e é preciso mudar a sociedade para que esse tipo de comportamento seja erradicado". Não, é sempre mais fácil culpar a vítima.
A mulher não pode estar cansada, a mulher não pode usar determinadas roupas, a mulher não pode sair na rua dependendo da hora, a mulher não pode estar sozinha... Tudo é "a mulher não pode". Onde uma sociedade dessas é boa para alguém?
E, percebam, o que eu escrevi nos dois parágrafos acima servem para QUALQUER LUGAR DO MUNDO. Se inclua, Brasil, porque você não é tão melhor que o Japão nesse quesito.
Esse artigo do Unseen Japan Site fala sobre uma mulher que está lutando há SETE ANOS na justiça contra a província de Nagasaki depois de ser abusada no JET Programme (um programa de intercâmbio e ensino no Japão - Wikipédia em inglês).
O que eu quero com tudo isso é:
1- Fazer com que o otaku médio e que vive mais de fantasia do que informação, abra os olhos para a realidade;
2- Que as pessoas entendam que mesmo o Japão sendo "primeiro mundo" e tendo tantas coisas boas, não é um país perfeito com um povo perfeito.
A outra coisa que eu quero é que não virem de 8 a 80. As opiniões extremistas são coisa de gente otária, então, sim, o Japão não é perfeito, mas também não é um lixo completo. Ele só é, veja só, UM PAÍS COMO QUALQUER OUTRO.
Também me irrita profundamente a ideia das pessoas de que se trata de um lugar exótico, assim como a sua população.
Brasileiro, se você se revolta com aquelas séries que dizem que aqui só tem selva e macaco, também não generalize e torne exótico um país e um povo que você não conhece. É basicamente isso.
Certo, hora de falar especificamente sobre o episódio.
Na primeira parte, nossa dupla de policiais encontram uma garota menor de idade perdida. Na segunda, elas lidam com um caso de violência doméstica e como é trabalhar rodeadas por homens.
Bom, o primeiro caso é de uma menina de 16 anos que fugiu de casa, pois era abusada pelo padrasto, e trabalhava como prostituta.
Como eu sei que muitas pessoas têm um pensamento conservador e não entendem como o abuso pode levar a prostituição e as duas coisas são ruins, vou explicar.
Ela está numa situação de vulnerabilidade.
A família não tem estabilidade financeira, por isso a mãe precisa trabalhar à noite.
O que pode ter levado a menina à prostituição, aliciada por algum adulto, conseguindo assim ganhar certa quantidade de dinheiro. Se é para ajudar em casa ou comprar coisas que ela gosta, não sabemos, e numa visão geral não é importante.
As leis sobre prostituição no Japão (Wikipedia em inglês) são cheias de brechas, não dando a devida punição a aliciadores e cafetinos/cafetinas, muito menos deixando as leis mais completas. Sem falar em toda a estrutura social que segrega com força homens e mulheres.
No Japão, assim como no restante do mundo, nem toda a população é rica ou tem boas condições de vida. Muitas passam por dificuldades e isso facilita a exploração dessas crianças e adolescentes.
Acho que uma das piores piadas (ironia aqui) sobre a história da prostituição no país, é que na época em que grupos puritanos e religiosos pediam o fim dessa atividade, o governo dizia que não podia acabar de uma vez, pois isso aumentaria os casos de estupros e crimes sexuais, já que os homens não teriam como saciar seus desejos.
Aparentemente homens são animais que precisam ser enjaulados, incapazes de conviverem em sociedade por não conseguirem conter seus desejos. (Mais uma dose de ironia e de mão na cara de tanta vergonha pelo absurdo.)
É realmente curioso.
Será que enquanto a sociedade tratar os homens assim, as coisas podem melhorar? O certo não seria ensinar que nem tudo que se quer dá para ter naquele momento? Que devemos respeitar os outros e principalmente seus corpos? Que existe um negócio chamado controle? Será que dar liberdade demais a um grupo não é a causa de violência do outro?
Porque a impressão que passa é que os homens são animais e eu acho essa uma visão errada. Homens são humanos, assim como mulheres, e dentro de uma sociedade todos devem conviver seguindo regras e leis para termos harmonia e podermos viver em paz.
Voltando ao caso da menina, acho muito importante ela ser atendida justamente por policiais mulheres. Também foi essencial a experiência da Fuji em perceber que o "pai" estava estranho e não ter liberado a menina de uma vez.
Veja que apesar de todos chamarem o homem de "pai", ele é padrasto, uma vez que a menina contou que a mãe tinha casado de novo.
E, não, leitor, a culpa não é da mãe por querer ter um companheiro ou uma figura paterna para a filha. A culpa é do homem que se aproveita dessa situação.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2018, 76% dos casos de estupro de vulnerável (crianças e adolescentes menores de 14 anos) o agressor é uma pessoa próxima da família ou um parente. (vide Universa UOL)
Existe ainda essa ideia de que abuso só acontece com agressores estranhos, em determinados lugares e ocasiões, contudo, vale um pouco o que eu disse sobre o ladrão oportunista no outro episódio. Pessoas próximas e parentes normalmente têm a confiança dos responsáveis da vítima, facilitando o acesso. Sem falar que, por ter essa relação de proximidade, pode chantagear a vítima com ameaças para que ela não denuncie.
Leitor, eu sei que é chato falar de coisa séria no meio do anime, mas quando há prerrogativa, é importante informar e explicar por que a situação é grave.
Uma equipe bem preparada consegue atuar em todas as frentes, assegurando a segurança da vítima e a denúncia contra o agressor.
E apesar desse "final feliz", o que entristece tanto no Japão quanto no Brasil é que criminosos sexuais nem sempre são presos ou têm suas vidas destruídas, como é o caso das vítimas. Vide o caso Mariana Ferrer.
Pelo menos deu para ver que existe algo parecido com o conselho tutelar no Japão e que a menina conseguiu viver com a mãe em casa, só as duas.
Pois é, algumas experiências você só adquire com o tempo. |
E é no meio desse reboliço que conhecemos Maki Makitaka, uma fofa que trabalha justamente no departamento do pessoal de cara feia, que entrou para a polícia por adorar história e o Shinsengumi.
Sobre esses bunitos, vou me parafrasear na Temporada de Julho 2022 com Bucchigire!:
A primeira coisa é o Shinsengumi,
uma tropa especial de espadachins que serviam ao xogunato e estavam sob
comando direto do Domínio de Aizu, como bem vimos no anime. Sua missão
era proteger a capital Quioto e manter a ordem por lá.
Só que a melhor parte DO EPISÓDIO INTEIRO foi a Fuji distribuindo patada.
Aquilo foi arte.
Bastou o Yamada cutucar a onça com vara curta, que ela METEU O LOUCO.
Falou que quando prendem um yakuza, não dá para saber quem é o cara, pois os policiais parecem bandidos. Usam topetão para marcar alguma presença. E mais uma porrada de zoeira que apenas palmas servem de reação.
Melhor que isso é o comandante deles ser dublado pelo Koyama.
Se não deu para perceber, leitor, eu amo o Rikiya Koyama dublando. E sou otaku de dublador e dublagem. Bem-vindos ao meu blog!
Queria entender o que acontecia com o fodido do Yamada passando de uma lado para o outro na tela e, em dado momento, DE CUECA!
Provavelmente é para mostrar que, apesar da cara de mau, o pessoal ali é tudo tonto mesmo. hahahahaha Tadinhos...
**Loucademia de policiais com topete: Referência ao filme "Loucademia de Polícia" (Hugh Wilson).
Police in a Pod
3º episódio
À primeira vista, totalmente shipáveis... Até que você começa a perceber como os dois são terríveis e a póbi da Kawai deveria ter escolhido outro trabalho. |
Opinião: É DAQUI QUE PEDIRAM O REI DOS TONTOS? Um episódio com Minamoto, que coisa maravilhosa!
Minamoto e Fuji tretando. Esse é o meu tipo de entretenimento.
Não aguento.
A mulher furta num supermercado PRA PODER FALAR COM O MINAMOTO.
Daí fica uma briga do Yamada com a Fuji no rádio para ver quem vai atender o chamado e... EIS QUE O SUBDELEGADO MANDA A FUJI SE VIRAR, PORQUE CHAMOU O MINAMOTO NA CHINCHA POR CAUSA DA MULTA.
"Em vez de encarar aquele velho careca, prefiro me encontrar com a Sra. Warusaki" - Estou jogada no chão cheio de confetes e serei enterrada por mais confetes que caem do céu.
MINAMOTO GALANTEADOR. NÃO É POSSÍVEL!
É por isso que toda senhorinha QUER FALAR COM ESSE IMPRESTÁVEL!
Rapaz, Minamoto chamou a família da senhorinha e ela quebrou com o neto.
ELA SIMPLESMENTE QUEBROU COM O NETO. ALTOS RISOS, MALUCO!
Espero que valha o xingão que tu vai levar do subdelegado, Minamoto!
Sério, essa primeira parte do episódio é muito fofa. Daí você cai no erro de gostar do Diretor Minamoto... "Cai no erro", porque... nos outros episódios ele dá umas mancadas.
Ô, tristeza, as moças prontas para devorar um almoço digno... e daí rola chamado de dois delinquentes extorquindo um jovem no parque.
ADIVINHA QUEM SÃO OS DELINQUENTES? EU AMO ESSE ANIME PELA PALHAÇADA!!!
Lembra da polícia científica, leitor? Japão bota os próprios guardinhas para fazer a coleta das coisas, inclusive necropsia quando há morte fora do hospital.
Ah tá... Isso fica com o pessoal da Investigação Criminal, que também pede ajuda da polícia do postinho...
Primeira necropsia da Kawai e ela está como? DESGRAÇADA, coitada.
Carai... Tem 3 policiais da Investigação Criminal (o comandante, o Minamoto e o Yamada), duas policiais do postinho (Kawai e Fuji) e o médico legista chegou.
Bom, o episódio acabou e apesar de não ter gerado muito comentário solto enquanto eu assistia, acredito que teremos uma boa conversa por na parte final do post.
Portanto, seguimos com o Telecurso da Polícia - As Bem Ferradas***!
Começando, claro, pelo elenco de dublagem, que é a parte mais tranquila de fazer!
Seiji Minamoto, o "craque" da Investigação Criminal, é dublado por Ryota Suzuki.
Seus principais papéis são: Keisuke e Junichi Wanima de Blue Lock (8bit), Ryuusui Nanami de Dr. Stone: World (TMS Entertainment), Yuu Ishigami de Kaguya-sama: Love is War, Hayashi de Net-juu no Susume, Bisco Akaboshi de Sabikui Bisco (OZ), Ryouhei Yamanouchi de Tsurune: Kazemai Koukou Kyuudoubu.
Yuta, o delinquente que perdeu o avô, é dublado por Jun Fukushima.
Seus principais papéis são: Wynton Styles de Bakugan: Battle Planet (TMS Entertainment), Reiji Kirio de Cheat Kusushi no Slow Life: Isekai ni Tsukurou Drugstore (EMT Squared), Kazuma Satou de Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! (Studio Deen), Yoshihisa Manabe de Kotoura-san (AIC Class), Oragon de Monster Strike (Studio Hibari), Urashima Kotetsu de Touken Ranbu: Hanamaru (Doga Kobo), Shoukichi Naruko de Yowamushi Pedal.
E o anime ainda conta com a participação (mais para frente) de Takaya Kuroda (Sullivan de Mairimashita! Iruma-kun).
Bom, assim como em episódios anteriores, tivemos duas historinhas que seguem o cotidiano das nossas policiais favoritas! (Ou não, vai que tu gamou no Minamoto e no Yamada, né?)
Finalmente conhecemos o membro da Investigação Criminal COM A MAIOR LÁBIA DE TODAS! Infelizmente comete umas mancadas aqui e ali, mas acho que faz parte. Ele tem cara de otário mesmo.
Só sei que as senhorinhas são gamadas nele e se pudessem casavam com ele ou empurravam as filhas ou as netas. Eu acho simplesmente hilário.
Além de servir como apresentação para um personagem que terá relevância nos próximos episódios, essa primeira parte mostra que cada um tem algo em que é melhor, mesmo não tendo as melhores notas da academia.
Daí vemos que o Minamoto está no setor correto. O cara é ótimo para conduzir interrogatórios e acaba resolvendo os problemas além dos que caem na posto policial.
Aliás, leitor, a gente está acostumado com tudo acontecendo em delegacia, uma vez que as coisas funcionam assim no Brasil. Mas no Japão, parece que a delegacia é o "prédio principal" onde se reúnem outros departamentos, enquanto em bairros é mais comum ter o posto policial.
Numa comparação, a delegacia onde fica a Investigação Criminal seria o nosso DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa - de São Paulo) enquanto o posto policial seria o 1º Distrito Policial (esse fica no bairro da Liberdade, em São Paulo).
A delegacia é chamada de "quartel-general" e repassa os chamados para os postos da cidade, tem um delegado, um subdelegado, diretores e inspetores. No posto policial ficam os guardinhas. Pessoal que faz patrulha, atende chamados da região, aplica multas... esse tipo de coisa que já vimos nos episódios anteriores.
Saindo de infrações menos danosas como jovens fumando, às vezes os casos são mais complexos e precisam de uma atenção maior de algum órgão. No anime é a polícia.
E isso acaba nos mostrando como a sociedade precisa de uma série de serviços essenciais, que poderiam melhorar a vida como um todo.
No caso da menina que era abusada pelo padrasto e se prostituía, a assistência social entrou depois que o posto policial recebeu a denúncia. É ótimo que em situações como essa, o poder público tenha como atender as vítimas e dar algum apoio. Só que o principal seria uma reformulação na sociedade para evitar que homens se tornem abusadores e agressores.
Na primeira parte do episódio, vimos uma idosa furtando pela segunda vez um supermercado. Pelo que deu para entender, a pessoa é autuada, alguém responsável assina uns papéis e todo mundo vai para casa feliz.
Nessa nova tentativa, descobrimos que o problema vai além de um distúrbio (cleptomania) ou de necessidade (por não ter como pagar e querer comer), é simplesmente por uma carência emocional.
Eu passei mal de rir nesse episódio, pois tivemos outro Yuta neste Carnaval e ele é um docinho de coco que derrete na boca. PÓBI DO YUTA AZARADO! |
E antes que você ache que é "besteira", vamos relembrar a vida da Sra. Warusaki.
Ela vivia sozinha com o marido, pois a filha e o neto moravam num apartamento.
Depois que o marido morreu, ela foi parando de fazer comida e começando a comprar coisas meio prontas, até que em um dado momento ela diz que "passar no caixa, se tornou trabalhoso".
Dá para perceber que a falta do marido e a solidão foram se tornando cada vez maiores, ao ponto de ela não se importar muito com a vida. A partir do instante que o Minamoto cuida do caso dela e se mostra uma pessoa gentil e acolhedora, ela encontra algo que a renova. Infelizmente, para rever o moço, ela comete outro delito.
Todo mundo já ouviu falar no desespero do Japão para aumentar o número de nascimentos no país e que a população está envelhecendo. Bom, ignorando o fato de que é um ciclo vicioso que nenhum governante está realmente preocupado em arrumar, há cada vez mais pessoas idosas vivendo sozinhas. E a assistência social deveria estar acompanhando essas pessoas de perto.
Tanto é que a Kawai e a Fuji nos dão dois dados importantes: há mais idosos furtando e muitos deles estão morrendo sozinhos em casa.
É aquele velho esquema: mulher e homem se casam e têm filhos, esses crescem, saem de casa e se casam, tendo os próprios filhos. A mulher ou o homem morre e o outro cônjuge permanece vivo e fica na casa em que os dois moravam.
Na rotina insana do mundo capitalista é difícil conseguir um tempo livre e, quando se consegue, as pessoas querem passear, ficar em casa ou fazer qualquer outra atividade que não envolva visitar o idoso que "sobrou".
Claro que em alguns casos, vemos como uma nora pode ser dedicada, assunto principal da segunda parte do episódio.
Yuta, o garoto delinquente que faltava à escola e ficava fumando por aí, vive com a mãe e o avô paterno.
Descobrimos que a mãe do Yuta cuidava do sogro acamado com todo o respeito.
Para quem nunca passou por isso ou não conhece alguém que tenha passado, quando as pessoas doentes ficam na cama a ponto de perder boa parte da mobilidade ou total, passar muito tempo com as costas na cama causa feridas.
Para evitar que essas feridas apareçam ou que, já estando lá, infeccionem, é preciso fazer a higiene. E, minha gente, independente do peso da pessoa, corpo é um negócio pesado. Então quem não tem muita força muscular pode acabar penando nessa situação.
Provavelmente a apatia da mãe do Yuta, quando foi buscá-lo no posto policial, é por ela já ter algo realmente importante para cuidar em casa e simplesmente não ter energia para ficar dando murro em ponto de faca.
Tanto é que o garoto abriu os olhos a partir da morte do avô e dos comentários da Fuji. Foi aí que ele notou o estado das mãos da mãe.
E mesmo sendo uma família no estilo "tradicional", o pai é ausente por ter sido transferido sozinho à trabalho, sobrando a mãe, o sogro e o filho.
Eles não são ricos o bastante para pagar um asilo hospitalar e nem insensíveis a ponto de abandonar o idoso. Ainda assim, é uma situação complicada.
Num primeiro momento, o que passou pela cabeça da Kawai foi o mesmo que passou pela minha: mãe e filho culpados pela morte do idoso.
Talvez por conta da aposentadoria? Algum seguro de vida?
E, no final, a apatia era não saber como se sentir. Pareciam em estado de choque.
Até que a mulher cai no choro no final da necropsia por sua dedicação ter sido notada e talvez assim sentir que fez tudo o que pôde pelo sogro.
Outra parte muito legal foi o respeito que eles tiveram durante a necropsia.
Antes de começar o trabalho, rezaram. E no fim pediram para acender um incenso.
Como eu já bem disse, no Japão não há uma religião predominante e nem todo mundo tem mesmo alguma crença. Boa parte faz por ser um "ritual" costumeiro.
Ainda assim, foi legal ver esse tipo de respeito, independente de religião.
Como um cadáver costuma soltar os líquidos depois de um tempo, eles também limparam o corpo e o devolveram no melhor estado possível.
A grande questão com Police in a Pod é entender o tipo de humor que ele carrega para ser considerado uma comédia, já que vemos tantas situações sérias e algumas bem desagradáveis.
Não é uma série cômica, é um drama policial com alguns toques de humor cotidiano.
É um anime interessante por sair um pouco da nossa costumeira bolha de fantasia, sobrenatural, isekai, esportes, shounen de lutinha, comédia pastelão e romance.
Porém, é importante ressaltar que alguns casos podem ser BASTANTE perturbadores.
Dando spoilers sem contexto, há um acidente de trânsito que embrulha o estômago da Kawai e o nosso vai junto por tabela. Sem falar que teremos mais casos de crimes sexuais, portanto, se esse é um assunto delicado, reforço que você deve assistir com cautela ou evitar.
Não é que ele mostre explicitamente as situações, mas têm cenas que deixam a entender muito bem e é bastante desconfortável.
Spoiler com contexto: Tem uma cena que é bizarra de reconstituição de uma importunação sexual/assédio e o molestador tem que fazer com o Minamoto, o mesmo que ele fez com a vítima.
No meio disso, há o cotidiano da polícia, Minamoto fazendo jus à primeira multa que levou neste episódio e algumas interações divertidas entre o nosso quarteto de policiais tretentos.
Em suma, é uma boa série para quem quer algo com menos fantasia e poderes. Principalmente se você quiser aprender mais sobre a sociedade japonesa.
Apesar de ser uma dramatização, a autora serviu a força policial por 10 anos, então muitos detalhes vêm da experiência dela.
Gostei da experiência de trabalhar com esse anime, mesmo tendo temas que me geram certo incômodo. Foi o meu primeiro anime na primeira temporada de 2022, então sempre terei Police in a Pod num cantinho especial do coração.
E aí, leitor? Talvez role maratonar a série nesse Carnaval? Vai deixar para um próxima oportunidade? Assistiu quando estava no catálogo da Funimation?
***As Bem Ferradas: Referência ao filme "As Bem Armadas" (Paul Feig).
Não sabia que "porcos" era um jeito ofensivo de chamar a polícia
A constatação de Kawai: se tornou aquilo que mais detestava. |
E antes que alguém realmente se ofenda, não tenho nada contra a polícia.
Acho que ela é necessária em alguns serviços, mas discordo de certos comportamentos de indivíduos e da corporação num geral.
Ainda assim, não sou desrespeitosa com eles.
Enfim, chega de falar de polícia, VAMOS FALAR DE COISAS RELAXANTES, VAMOS FALAR DE DEITAR NUMA CAMA DE CONFETES E SE ENROLAR EM SERPENTINA! HYAHYAHYAHYAHYA!
Hoje ainda tem CarnaKimono!!!
Chuva de confete com serpentina
Sobreviver nesse feriadão sendo otaku
É muito mais fácil do que você imagina! #CarnaKimono2023
Por Kimono Vermelho aquela que não tem vergonha de dizer que JÁ TRABALHOU COM POLIÇA... A POLIÇA DOS ANIMES! - 18/02/2023
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