segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Adventure of Sinbad - Capítulo 101 e 102

DOBRADINHA DE MAGI COMEÇANDO A SEMANA, porque eles tinham que voltar antes do Carnaval! Muitas tretas precisam ser resolvidas antes do feriadão que movimenta o blog TODOS OS DIAS!

ATENÇÃO!: Este texto pode conter spoilers do anime e mangá de MagiLeia por sua conta em risco.

Nos capítulos anteriores batemos os cem capítulos analisados e continuamos penando na dungeon mais chata de todas: a do Zepar. Depois de botar Hinahoho e Mystras para tretarem, foi a hora de ver Jafar e Masrur, com o Fanalis sendo controlado pelo djinn. Só que o final teve plot twist carpado e o Zepar não ficou nada contente.


Adventure of Sinbad
~Capítulo 101~
Serendine, a alma do Natal brasileiro vive na princesa de Partevia.
Essa dungeon de Zepar me lembra a áurea época em que eu jogava Minecraft (Mojang) como se não houvesse amanhã. O problema era sempre quando eu decidia explorar uma caverna.

QUEM NUNCA ENTROU NUMA PORRA DE UMA CAVERNA E FICOU HORAS PERDIDO SEM SABER O CAMINHO DE VOLTA?

GENTE, EU ERA PHD NISSO!
Era entrar numa caverna e me lascar.

Até que um dia tive a brilhante ideia de colocar placas em alguns lugares estratégicos, mostrando para onde era a saída.

Desde então nunca mais me perdi em caverna.

Teve um dia que passei muitas horas cavando para cima, tentando encontrar a saída. Encontrei e foi bem na P#$% QUE PARIU! Era longe demais de onde eu tinha casa. Tive que morrer para spawnar no lugar certo.

Não recomendo.

Agora que já temos uma introdução e aquela velha e básica encheção de linguiça, vamos seguir para a análise e descobrir QUANDO SAIREMOS DA DUNGEON DE ZEPAR!

Tem fim essa desgrama?

Claro que tem fim, né?
Se não tivesse, o Sinbad não apareceria em Magi.

Este capítulo foi basicamente para lembrar que existem outras pessoas além do ex-marinheiro querendo o poder de uma dungeon.

Falando de forma crítica, foi interessante a autora lembrar que existia mais alguém com possibilidade de ser candidato a rei e que a Serendine merecia esse destaque.

Ela é uma princesa legítima de Partevia que precisou fugir de sua terra natal, abandonando sua posição, seu irmão mais novo e sua nação por causa da ameaça de um homem que pretendia dar um golpe de Estado para tomar o poder. Algo que acabou realmente acontecendo e ganhando ares de legitimidade, porque o Barbarossa manipulou as informações e...

Quando você deixa o rato fazer ninho e se reproduzir, te um momento em que nem os gatos da rua inteira darão conta.

Para evitar que a Serendine fosse usada e descartada depois do casamento, Drakon correu para ajudá-la e acabaram todos sendo perseguidos não só pelos subordinados do Barbarossa, mas também pelo grupo de assassinos de elite, que tem como ex-membros notórios: Vittel, Mahad e Jafar.

Uma coisa que eu acho curiosa é que depois que o Sinbad conquistou a dungeon de Baal e começamos a acompanhar sua história, foram brotando outros conquistadores de dungeons que a gente nem sabia que existiam.

Foi o rei Darius de Sasan (não magincorporava), foi a rainha Mira de Artemyra (sabia magincorporar) e por fim o Barbarossa (que magincorpora pela metade).

Eu esperava que a confusão causada pelo surgimento das dungeons gerasse algum bafafá, porém, se vermos as escolhas da autora até agora, faz sentido outras pessoas aparecerem "do nada" com o poder do djinn.

Sasan e Artemyra são nações fechadas.
Imuchakk (onde apareceu a dungeon de Valefar) também é um lugar isolado.
Heliohapt está tentando se abrir para o mundo atualmente, no entanto, por conta da localização da dungeon, o segredo foi mantido, e o país tem a mesma características dos citados anteriormente.

E, bom, depois de obter algumas informações com os capítulos que virão, também fica fácil entender como o Barbarossa conseguiu o poder de um djinn.

Voltando à Chatadaine...

É interessante ter uma personagem feminina forte e que é acompanhada por duas subordinadas muito leais, só que a princesa de Partevia não é carismática, não parece bem trabalhada e está aqui mais como uma muleta para que o Sinbad se desenvolva do que como uma personagem realmente interessante.

E isso é muito triste, principalmente se pensarmos que quem escreve esta história é uma mulher e quem desenha TAMBÉM É UMA MULHER.

Mesmo sendo do gênero "shounen de lutinha", existem outras obras que trabalham melhor suas personagens femininas.

Chovendo no molhado? Fullmetal Alchemist. Escrito e desenhado por uma mulher com personagens femininas carismáticas e fortes, não necessariamente perdendo sua delicadeza e doçura.

Já foi o tempo de pensar que a mulher para ser respeitada precisava se comportar como um homem. E não é necessário pegar em armas para botar banca. A Izumi Curtis só com o punho é do tipo que a gente respeita sem pensar duas vezes.
Zepar já pode ser considerado o djinn das tretas? Acho que ele merece o título.
"Ainn você fica falando isso, mas está aí massacrando a Serendine..." - Não é porque uma personagem compartilha do mesmo gênero que eu, que preciso ficar passando a mão na cabeça dela e amando se a personagem não conquistou.

A história da Serendine fica bastante intensa depois da fuga do casamento com o Barbarossa. Uma princesa que precisa se esconder nos arredores do Império Rem (com quem Partevia faz fronteira) e precisa trabalhar igual a uma plebeia para ter onde dormir e o que comer.

Sem falar nas propostas indecentes que teve que ouvir simplesmente pelo fato de ser mulher. Justamente ela, conhecida por ser uma guerreira.

Na sua primeira aparição, Serendine foi mostrada como uma mulher destemida e que corria atrás de seus objetivos.

Uma comparação que serve aqui é com a princesa Kougyoku.

Por que não usar a Morgiana no caso, que é uma Fanalis e tem uma história ainda mais dramática que a princesa de Partevia? Porque são situações e posições diferentes.

Mesmo em Magi, as personagens femininas não tem o nível de destaque que EU PARTICULARMENTE gostaria de ver. Mesmo com protagonistas do sexo masculino, as outras personagens, entre principais e coadjuvantes, poderiam ser tão bem trabalhadas quanto os rapazes.

Muito bem, falemos de princesas.

A posição na família imperial de Kou é mais baixa do que a da Serendine, que é primeira princesa. Mesmo com a situação da troca de imperadores, nossa querida Kougi é a oitava princesa na linha de sucessão.

Na ramificação do segundo imperador, ela é a única mulher que conquistou uma dungeon (na ramificação do primeiro imperador, temos a Hakuei).

Então isso garantia alguma importância, correto?
Errado. Ela também era vista como uma moeda de troca, sendo usada no Arco de Balbad para selar um acordo entre Kou e Balbad.

Mais para frente na história, e isso pode ser spoiler para quem não leu até o pré-Arco de Alma Toran, ela é novamente incluída numa conversa de casamento.

A Kougyoku não tem muita confiança própria e já passou por seus momentos de paixonite e desilusão amorosa, o que não a desqualificou como uma grande oponente, principalmente quando surgiu no Arco de Balbad e só foi parada pela manipulação de magoi do Sinbad.

E pela beleza, porque ninguém é de ferro.

A primeira vez que ela comandou um exército foi no Arco do Império Kou e mesmo assim continuava um pouco perdida.

A Kougyoku, mesmo em cargos de elevada importância, continua insegura.
E isso não faz com que a personagem seja vista como uma muleta para alguém, afinal, no Arco Final quem está comandando o império deixado por seus irmãos, é ela. E com muito trabalho duro e esforço.

Ela tem uma força durante o discurso e uma presença que a tornam bastante carismática, mesmo que num primeiro momento não tenha sido bem recebida por seus atos. Também acabou caindo numa história problemática que envolvia assédio e falsa comunicação de abuso.

Mesmo assim, a princesa que ninguém dava nada foi sendo bem desenvolvida e terminou o mangá como alguém de destaque. Por mais que tudo se voltasse novamente para os principais personagens masculinos, ela teve ótimos momentos em vários arcos, principalmente no final.

Algo que, por exemplo, faltou para a Hakuei.

E olha só que coincidência, são duas personagens ligadas não só pela realeza, mas também pelo Sinbad (sempre ele).

Na minha visão, o que fez o Zepar mudar de opinião quando estavam todos querendo descer para o pau foi a opinião sincera e quase recatada da Tamira, uma vez que, para o contexto da cena, ela não passava de uma simples subordinada e talvez, na sua própria visão, alguém que não merecesse estar naquela conversa.

A Serendine mostrou que tem sangue frio para lidar com situações de risco, ainda que nenhuma das suas companheiras tivessem sofrido nas mãos do djinn, e acabou lembrando bem que se Zepar controlasse um Sinbad magincorporado, estariam todos mortos.

Com o sangue fervendo, nenhum dos rapazes pareceu lembrar qual a posição deles ali e que tipo de poder tinha o dono da dungeon.

Dono da dungeon.
"Minha dungeon, minhas regras".

E não é que o malandro aceitou incluir a Serendine na conversa?
Agora teremos uma batalha épica, daquelas que não envolvem violência física e sangue! Só violência psicológica mesmo...

O EMBATE DE CONVICÇÕES!

Adventure of Sinbad
~Capítulo 102~
E aí, leitor? Para quem você vai torcer? Será que isso vai ser briga de cachorro grande ou acaba rápido? Melhor garantir a pipoca e alguma bebida geladinha!
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Esse capítulo é basicamente o Sinbad tomando uma surra num corredor polonês formado pelos argumentos da Serendine.

Zepar cansado de ver a galerinha trocando porrada e ficando puta com ele, decide botar Sinbad e Serendine para se enfrentarem numa batalha de ideais e argumentação, uma vez que, numa simples disputa de força, o ex-marinheiro ganharia facilmente por causa dos djinns que possui.

Além disso, é bom que os companheiros observem a determinação que seus candidatos a rei carregam e o quanto estão preparados para assumir suas responsabilidades.

Numa balança, Zepar colocou rukhs como representações dos "corações" de cada candidato. Ganha quem fizer o lado do outro inclinar primeiro, ou seja, não adianta manter a calma "do lado de fora", os sentimentos de cada um estarão expostos na balança. 

Essa cena é interessante, pois a dungeon de Zepar está em Heliohapt, país inspirado no Egito e que tem a crença de que os mortos, ao passarem pelo julgamento do submundo, têm seus corações pesados numa balança. Se eles fossem mais pesados que a Pena da Verdade, seus corações eram devorados. Se fossem mais leves, poderiam desfrutar da vida após a morte.

Uma coisa que me incomoda bastante no design da Serendine é esse peitoral com o formato dos seios. É exclusivamente para fanservice masculino, já que na História, quando mulheres iam ao campo de batalha, usavam peitorais idênticos aos dos homens ou com leves alterações. Nada tão sexualizado quanto vemos por aí.

E antes que alguém reclame, acho fanservice um negócio desnecessário para o plot ou a apresentação do personagem. O que importa é como se comporta, e não se expõe mais ou menos o corpo.

Voltando ao capítulo...
A primeira pergunta feita pelo djinn é: se você ganhar o receptáculo de metal, como pretende usá-lo?

Sinbad, que é precoce e nasceu de três meses, se adiantou para responder com aquele discurso que estamos cansados de saber.

É bonito, todo mundo adora, só que... o mais legal aqui é que a Serendine vai trazendo o ex-marinheiro para a dura realidade.

Ela fala sobre como o "mundo perfeito" no discurso dele é vago e que, por todos já terem sofrido alguma injustiça e se revoltar contra ela, a conversa soa atraente e todos acabam aderindo.

E qual a utilidade de fundar um país se Sinbad como representante de uma companhia comercial já formou alianças com outras nações?

O que realmente torna interessante este capítulo é perceber que ambos tem desejos egoístas, mas que a princesa de Partevia possui mais conhecimento e um objetivo mais palpável.

É a briga entre a realeza, que é desde muito cedo ensinada sobre como governar um país, contra um plebeu que sofreu fortemente as injustiças do mundo e acredita que pode mudá-lo.

Com o passar dos capítulos aqui e em Magi vamos percebendo que Sinbad, apesar de todo o poder, ainda tem problemas para aceitar até onde vai sua capacidade. Mesmo depois do balde de água fria que foi o Arco da Escravidão, ele continua se fixando na ideia de ser uma singularidade e de ver o fluxo do destino.

O personagem é um ótimo exemplo de que mesmo as pessoas com os maiores e melhores talentos ainda podem errar e não são capazes de fazer tudo como se fossem deuses.

É mostrar que todos têm limitações, sem exceção.

A grande sacada deste capítulo é que pela primeira vez na vida alguém questionou as ideias do Sinbad e apresentou os pontos falhos dela.

Sim, é uma disputa para ver quem ficará com o poder do Zepar, contudo, é também uma oportunidade única na vida de receber críticas que poderiam ajudar na evolução de quem o Sinbad poderia se tornar.

É sempre difícil ouvir que não estamos certos logo de cara e é ainda mais importante absorver o que foi dito e usar numa autocrítica.

Ninguém é dono de uma verdade absoluta, por isso é bom escutar todo o tipo de verdade e sentir quais delas fluem para a escolha de um melhor caminho. Assim podemos nos tornar pessoas melhores.

Serendine DEU UMA AULA do que é um país, quais responsabilidades ele traz consigo e o que significa ser um rei.

A cerejinha do bolo é quando ela diz que o Sinbad não serve para ser rei... mesmo depois de elogiar tudo o que ele é e conquistou nesses anos de companhia sindriana.

Confesso que esta segunda leitura está me fazendo enxergar a princesa de Partevia com outros olhos. Eu tinha uma bronca com essa menina por causa dos chiliques quase diários que ela dava quando surgiu em Rem, então imagina como essa quantidade de cenas com ela me deixava.

Simplesmente exausta.

E a moça quer esse poder para arrumar a situação caótica que vive o seu país, retomando o trono, melhorar a política exterior e proteger seus cidadãos.

Quando ela diz que é muito natural dar prioridade ao seu próprio país, podemos fazer uma ligação com o Arco Final de Magi, que traz exatamente o mesmo pensamento por lugares diferentes, como Magnostadt, Balbad, Heliohapt e até mesmo o Império Rem de Mu e Titus.

Sinbad não parece ter esse sentimento de "cercadinho", sendo mais uma pessoa "do mundo". Também, o que esperar depois de sofrer tanto em Partevia e perder os pais por conta das decisões egoístas de seus governantes?

O conquistador de múltiplas dungeons tem o desejo de criar um país para começar do zero um ambiente em que, todos que se sentem rejeitados por suas nações, possam encontrar um lugar para chamar de lar. Onde não precisem passar pelos mesmos sofrimentos e possam deixar o passado para trás.

Os dois têm boas convicções, mas nessa briga por firmeza, quem será que vai levar o poder de Zepar?

E o mais importante: quando que acaba o arco dessa dungeon, pelo amor de Deos Matoba?!

Princesa versus conquistador de dungeon!
AINDA BEM que o Zepar não permitiu contato físico, senão esses dois estariam se moendo na porrada!
Resolvi que vou voltar a ler os capítulos mais recentes (na verdade, os que deixei acumular) para ter aquele primeiro impacto e depois reler quando for o momento de analisar no post.

As ideias se organizam melhor e acabo percebendo detalhes que na primeira vez passaram batido.

Isso também acontece com você, leitor?
Ou só uma leitura já basta para que você se satisfaça?

Vocabulário de termos:
-Chatadaine: apelido dado à princesa Serendine, brincando com outro apelido antigo que era usado aqui, Serendaine.
-Kougi: apelido carinhoso dado à princesa Kougyoku.

Magi pela JBC
Na versão brasileira oficial algumas coisas mudaram, então se você ficou confuso, consulte abaixo:

-Alma Toran: Alma Turran
-Balbad: Balbadd
-Drakon: Drákon
-Equipamento de Djinn/Djinn Equip: Magincorporação (incorporar magia, do original "masou")
-(Ren) Hakuei: (Lian) Bai-Ying
-Heliohapt: Heliohapto
-Império Kou: Império Huang
-Império Rem: Império Remu
-(Ren) Kougyoku: (Lian) Hong-Yu
-Sasan: Sassan
-Sinbad: Simbad

Nos vemos nos próximos capítulos de Adventure of Sinbad!

Por Kimono Vermelho aquela que voltou a produzir posts na madrugada e com sono - 11/02/2019

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