sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Jujutsu Kaisen #02 e #03

SEXTA-FEIRA SOBRENATURAL QUE CHAMA, NÉ, LEITOR?
Exatamente, a Sexta-feira Sobrenatural voltou ao blog com UM ESTREANTE no dia de hoje!
 
Deem as boas vindas a Jujutsu Kaisen!
Que hoje vai fazer parzinho com o nosso velho conhecido de Sexta Sobrenatural: GeGeGe no Kitarou (2018).
 
No episódio anterior... foi a estreia. Acompanhamos a história de Yuuji Itadori, um rapaz comum se não fossem suas habilidades físicas sobre-humanas.
Sem querer, ele acaba dando aos colegas de clube um objeto amaldiçoado muito perigoso e sobra para Megumi Fushiguro, um estudante e feiticeiro jujutsu, tentar resolver a parada. Pena que não é tão simples assim...

Quando que vai sair a sua análise gourmet sobre os dedos do Sukuna, Yudi?

Jujutsu Kaisen
2º episódio
Quem nunca se segurou para não dar uma dessa num rolê, né? QUEM NUNCA?
Opinião: Vocês sabiam que Jujutsu foi o anime MAIS VISTO em 2020 aqui no Brasil? Informação do pessoal da JBox!
 
 
Confesso que acabei contribuindo com... seis episódios, cinco legendados e o primeiro dublado em português.
 
Certo, nem dá para dizer que foi uma contribuição relevante, no entanto, é curioso perceber que o anime que estreou EM OUTUBRO DE 2020, quase no finalzinho do ano, foi um dos mais vistos no Brasil!!!
 
Achei a informação curiosa e divertida!
 
Bom, mas chega de conversa fiada, pois quero despejar aqui todas as minhas considerações e surtos sobre os episódios que vi caladinha na sala, durante o Natal. SIM, NATAL DE JUJUTSU! A CEIA, pelo menos do Yuuji, FOI O DEDO DO SUKUNA!

Professor Cuzão aparece depois de aluno levar uma puta de uma surra e ainda diz que não estava a fim de aparecer por ali. PROFESSOR CUZÃO. E, de qualquer forma, como não amar esse babaca?

"Poxa, Kimono, mas o Fushiguro deve ter dado algum motivo pro Gojou tratá-lo assim" - Verdade, leitor. O motivo se chama: SATORU GOJOU É UM CUZÃO.

Você fica pensando: "O cara deve ser professor novo, né? Vibe de zoeirão, deve estar nos vinte e poucos". Leitor, Gojou nasceu no mesmo ano que eu, 1989, ou seja, em 2020 ele completou TRINTA E UM ANOS! Não é para ter pena não! ISSO É UM VELHO CUZÃO MESMO!

Nossa, Fushiguro, não acredito que você perdeu essa chance.
O KAKASHI VENDADO TAVA TÃO EM CIMA DO ICHIGO-NARUTO, QUE SE VOCÊ DESSE UM EMPURRÃOZINHO, ERA BEIJINHO NA CERTA!

"Depois fica zoando o cara de 31 anos, sendo que tem a idade mental tão parecida quanto a dele" - Problemas dos doidos que nasceram em 1989. Sempre tem um lote que vem com defeito. fufufu

O cabra vai turistar em Sendai (província de Miyagi), comprar um Koufuku/Kikufuku de chá verde recheado com creme para comer na volta para casa, ENQUANTO GENTE ESTÁ CORRENDO O RISCO DE MORRER.

Gojou, sua morte vai ser horrível, tenha certeza disso.

Aí como você faz para mostrar que o seu personagem É FODA PRA CARALHO, além de imitar o Kakashi? Faz uma cena em que ele explica sobre o docinho que comprou e ainda usa Ryomen Sukuna de banquinho, enquanto continua seu TCC sobre o docinho.

Ah, é recheado com chantilly, é?

Como que o Fushiguro não se borrou com o Sukuna assassino, querendo sangue, bem na frente dele. Por mais que o Kakashi vendado estivesse o usando de banquinho, eu teria ficado com o batimento cardíaco irregular só do cagaço.

Gente, as fujoshis não piram no Gojou? ELE FALANDO NO OUVIDINHO DO SUKUNA QUE VAI SE EXIBIR, PORQUE O ALUNO TÁ VENDO!
 
Quem não queria trocar com o Yudi nessa cena, né? Na do dedo do Sukuna tenho certeza que todo mundo dispensa.
A animação é sempre uma das grandes qualidades a serem comentadas, e mesmo numa situação "tão simples" quanto essa luta de menos de dez segundos entre o Sukuna e o Gojou, a gente vê que o trabalho foi bem caprichado.

O que ninguém normalmente vê é o trabalho que os animadores tiveram para transformar cada frame numa sequência fluída. Por isso indico aqui Keep Your Hands Eizouken! para quem estiver curioso sobre como se faz um anime.
 
Também comento durante as análises como o trabalho de animador é bastante exigente e não paga tão bem quanto se imagina, fazendo com que seja difícil morar na cidade que dá as melhores oportunidades de trabalho (Tóquio) e que tem um dos maiores custos de vida do país.

Voltando ao episódio, a recapitulação terminou com o Kakashi vendado dizendo que Yudi Itadori será executado.

Apesar do pedido de Fushiguro com "dá seus pulos, professor" para que o rapaz fosse mantido vivo, parece que um receptáculo do Sukuna andando por aí é sempre uma péssima ideia. Será?

Por enquanto dá para mantê-lo na coleira, como um cachorro dos bem bravos, mas até quando?

E daí a gente tem a conversa que explica um pouquinho mais sobre os dedos do Sukuna e o que pretendem fazer com o Yudi.

O diabão dublado lindamente pelo Junichi Suwabe TINHA QUATRO BRAÇOS e por isso temos no total 20 DEDOS DE MÃOS. A associação de feiticeiros Jujutsu possui seis dedos, o Yudi comeu um, então dão sete. Faltam treze dedos para serem encontrados, comidos pelo nosso protagonista AZARADAÇO e... o tempo que ele ainda tem de vida.

Como disse ali em cima: receptáculo de Sukuna andando por aí é um negócio que tranca o furico de muita gente, imagina dos anciões Jujutsu. Pelo medo do descontrole, eles querem o Yudi morto.

Fushiguro tinha pedido para o professor "dar seus pulos" e a proposta que veio foi...

Kakashi Vendado e seu argumento final para a bancada do TCC: Mas, gente, olha que situação histórica! É a primeira vez que temos um jarrinho de carne com tampa onde podemos colocar TODOS OS DEDOS DO SUKUNA! Está difícil criar selos que aguentem a força da maldição dele, correto? A GENTE TEM UM POTINHO DE CARNE COM TAMPA, MEUS AMIGOS! Se nós enchermos o potinho, depois podemos destruir os dedos do Sukuna quando matarmos o receptáculo! É UMA OPORTUNIDADE TÃO BOA, QUE SÓ QUEM CAI EM FAKE NEWS NÃO VAI QUERER APROVEITAR!

E daí chegou a hora do Yudi escolher: morrer agora com um dedo do Sukuna no potinho e dezenove rolando soltos por aí ou degustar todos os dedos do maldito e morrer no final.

É quase a situação da Bakarina no anime dela, porém, pelo menos existia a opção de exílio, além de morte.
"Preciso mostrar isso pro segundo ano" - O professor dando gás nos seus veteranos para que eles prossigam com o bullying. Que horror, professor...
O que eu gostaria de puxar para essa discussão é o que gostaria de chamar de "ciclo maldito".

Ao que tudo indica o Yudi só tinha um familiar vivo: o avô.
Antes de partir dessa para uma melhor, ele até tentou falar sobre os pais do rapaz, contudo, o assunto não foi para frente.

Não vou gastar seu tempo com teorias agora, pois não é necessário.
O importante é: o único familiar com que o rapaz se importava, faleceu, ou seja, ele está "sozinho no mundo".

Eu até poderia dizer que ele não teve tempo de sentir e compreender seu luto, no entanto, isso acontece sim, bem quando ele e o Fushiguro correm para salvar a vida dos membros do Clube de Ocultismo.

Por que foi mais fácil aceitar a morte do avô? E por que é difícil de aceitar a morte dos colegas?
 
Porque a primeira aconteceu de forma natural, em paz, e por alguém que viveu sua vida. No caso dos membros do clube era algo totalmente atípico. Não era um atropelamento, era um monstro querendo um objeto amaldiçoado QUE O YUDI TIROU DO LUGAR E DEU AOS AMIGOS.

Sem falar que ele nunca tinha passado por uma experiência impactante como a de morte iminente.

E, claro, temos que citar o último desejo do avô que se tornou uma "maldição" para o protagonista: use a sua força, algo que só você tem, para ajudar os outros.

E daí caímos no "se sacrificar para um bem maior" e a ilusória "escolha" de quando isso vai acontecer.

Você pode argumentar, de forma bastante mesquinha, que todos vamos morrer um dia e que, de repente, ter esse "poder de escolha" seja mais interessante. E se fosse você no lugar do personagem? Deixaria de lado os seus sonhos, seus planos para o futuro, só porque precisa servir de recipiente para algo que só pode morrer se for com você?

E o mais interessante, leitor, é que esse questionamento vai bater na porta do Yudi quando ELE estiver na situação de morte iminente.

Não digo isso só por já ter visto os cinco primeiros episódios, e sim por saber que tudo na vida funciona dessa forma: ação e consequência.

E aí, leitor, achou que não ia ter análise no meio do surto, né? LEDO. ENGANO.

No outro dia o Yudi vai ver como os colegas estão, comenta sobre aquelas informações superficiais que o próprio Fushiguro tinha dado a ele na noite anterior e avisa que alguém que pode curar o colega hospitalizado, vai aparecer em breve.

O Yudi se culpa por ter tirado o dedo do Sukuna do abrigo meteorológico e o levado aos colegas. Em parte dá para dizer que a descrença dele no sobrenatural é que trouxe a desgraça toda, mas A CUUUUUUULPA mesmo acho que é da escola por ter uma porra dessas num lugar de fácil acesso.
Respeita teu avô, seu cagadinho! Pelo menos pediu algo bom, né?
Não sei se a época em que vivemos ajuda, mas essa cena do crematório e do Yudi pegando os restos mortais do avô para guardar numa urna funerária, são realmente pesadas. Não sei mesmo se em anos anteriores isso cairia de um jeito tão doloroso como agora.

É da forma que comentei ali em cima sobre "não ter tempo de sentir e entender o luto". Gostaria de pensar que esse tempo que o Yudi ganhou para escolher a "melhor resposta", foi também um gesto de respeito pela perda dele. DUVIDO MUITO que os feiticeiros Jujutsu teriam essa consideração, mas sigo com o pensamento menos babaca.

Bom, o Gojou vai preparando o espírito do protagonista, explicando que se ele escolher virar recipiente para os dedos do Sukuna, verá muitas mortes não-naturais e situações de revirar o estômago, inclusive colocando sua própria vida em risco. Afinal, não é porque adiaram a execução que ainda não pode acontecer alguma tragédia.

E isso serve para complementar o pedido do avô com um adendo: salve quem você tiver condições de salvar, seus braços são muito curtos e seu poder limitado para conseguir salvar todo mundo.

E esse é o problema de quem escolhe ajudar os outros: aceitar que não é capaz de salvar todo mundo. Porém, uma boa mensagem que posso deixar aqui é que a união faz a força. Quanto mais braços, mais gente pode ser salva.

Tivemos também o protagonista ponderando sobre qual bem sua morte poderia trazer ao mundo depois que engolisse os vinte dedos do Sukuna. Ali achei que o Gojou deu uma resposta que satisfizesse os ouvidos do protagonista.

Não é porque o Sukuna É A ENCARNAÇÃO DA DESGRAÇA, que outras maldições não sejam igualmente terríveis. Acontece que sem os dedos dele por perto, talvez as coisas fiquem mais fáceis de lidar ou controlar.

Leitor, você já sabe, né?
Sem Telecurso Gourmet de Dedos do Sukuna hoje, porque estou praticamente parando o episódio para fazer todas essas considerações.

Leitor novo: Que raio de "telecurso" é esse?
Kimono: É uma espécie de resumão com análise detalhada do que precisa ser comentado.

Aos que possam achar desrespeitoso o Yudi engolir o segundo dedo do Sukuna (tenho que arranjar um apelido para ele) no ambiente em que o avô foi cremado... Achei a cena emblemática. Como quem diz: "Escolhi aceitar o seu último pedido como um encantamento/feitiço/maldição e já que me meti nesse rolo, agora vou até o fim".

Obviamente o Gojou acompanhou tudo por ser o único que consegue bater de frente com o Malditinho se ele assumir o controle do protagonista. "Malditinho" é muito hilário.

Pô, Fushiguro, você até que está inteirinho. Reclama por quê?
E lá vai Yudi se mudar para Tóquio e estudar na Escola Técnica Superior de Jujutsu. Aprender a mandar maldição pro inferno.

Pessoal que se surpreende que Tóquio tem uns matagais é a mesma que acha que São Paulo É INTEIRA uma selva de pedra. É desinformado que chama, né? Também esperar o quê? Os bolachinhas só ficam andando pelas áreas mais turísticas...

E aqui o Kakashi vendado vai passando as informações técnicas, aquelas para encher linguiça e dar um ar de roteiro desenvolvido. Calma, leitor, não fica puto. Toda boa história tem que apresentar sua base, então nada de novo.

Na fachada a escola funciona como uma instituição particular e religiosa, é uma das duas escolas do tipo. Mesmo depois de formado, o feiticeiro Jujutsu pode recorrer ao local.
 
É como uma base de reunião de informações e para saber quais missões estão rolando. Tipo a Guilda de Aventureiros de Genshin Impact (miHoYo). Sim, leitor, aguenta as referências desse jogo, porque é o que temos de bom rolando desde 2020.

SUKUNA, QUEM DISSE QUE VOCÊ PODIA SAIR PRA SE MANIFESTAR? MALDITINHO TEM QUE FICAR CALADO E SÓ APARECER QUANDO CHAMADO!
Ô, YUDI, AINDA NÃO ADESTROU SEU MALDITINHO?

Ameaçou o Kakashi vendado e ele "oh, que honra".
O nível de "tá bom, querido" foi atualizado!

Ryomen Sukuna é um deus feroz e imaginário, com quatro braços e dois rostos.
Como que a coisa imaginária saiu do imaginário e virou real?
Se ele é imaginário a gente pode "desimaginar" e ter todo mundo uma vida feliz?
Só sei que essa história de dois rostos e mais de dois braços remete bastante aos deuses indianos. Se a gente lembrar que o Japão tem uma grande parcela da população que é budista e que essa religião saiu da Índia e passou por outros tantos países, como a China, e foi sendo resignificada em cada lugar... Não está tão fora do contexto.

Ok, vamos saber um pouco mais sobre o Malditinho: originalmente foi um humano que viveu há mais de mil anos.
 
Pelo que deu a entender da explicação do Gojou, o Malditinho era FORTE PRA CACETE. Não se sabe se era um humano com energia amaldiçoada fortíssima ou simplesmente poderoso espiritualmente e que gostava de causar desgraça. Na era de ouro do Jujutsu, quando existiam feiticeiros aos montes e dos bons, eles se reuniram para desafiá-lo e perderam. Por conta desse poder, ganhou o título de "Sukuna" (宿儺), e mesmo depois de morto continuou emanando energia amaldiçoada por eras, sendo difícil até para os feiticeiros Jujutsu removerem a cera do seu túmulo.

É MUITO TAMAMO-NO-MAE (em inglês)!
Rápida explicação para que o leitor entenda a comparação: Tamamo-no-Mae foi uma youkai raposa extremamente poderosa e maléfica. Diz-se que o local onde ela morreu ficou tão pesado/amaldiçoado (Sesshou seki - em inglês), que nada crescia e tudo que se aproximasse morria.

Curiosidade sobre o que seria "Sukuna".
Peguei os kanjis e joguei num site que dá a leitura e o significado.
 
宿 - (Suku): alojamento; casa; habitação. Leitura Kun: yado, yado-ru, yado-su. Leitura On: shuku. - Antes que você se pergunte, porque não é "Shukuna", no Japão há esse costume de "facilitar" a pronúncia dependendo da sílaba.

- (Na): cerimônia de expulsão de espíritos malignos. Leitura Kun: oniyarai. Leitura On: na, da.

Mais explicação rápida: a Leitura Kun é o "modo" japonês de ler o kanji e a Leitura On é o "modo" chinês de ler o kanji. É uma explicação porca, leitor, mas só para você ter ideia do que está escrito aí em cima antes de ficar "que caralho de leituras são essas?".

Ou seja, a tradução literal de "Sukuna" seria "Casa da Cerimônia de Expulsão de Espíritos Malignos". Aparentemente não faz sentido agora, mas vai saber se no mangá não rolou alguma explicação mais aprofundada sobre isso, né?

Piada: no site Jisho, se você colocar os kanjis de "Ryomen" (両面), dá isso aqui.
O significado é: ambos os lados; dois lados; dupla face.
Talvez tenha a ver com os tais "dois rostos" que o Gojou comentou?

Yudi: Professor, se o Sukuna recuperasse todo o poder dele, quem venceria: você ou ele?
Kakashi vendado: Olha, não vou mentir não, ia dar uma canseira, mas eu vencia de boa.
Kimono: Yudi, já sabemos quem vai te mandar pro Além, caso o Malditinho saia da jaula.

Bom, enquanto essa linda conversa rola, o nosso Kakashi vendado e o Ichigo-Naruto passeiam pelos terrenos da escola, uma vez que, para ter sua matrícula aceita, ele precisa passar pelo diretor.

É tipo o Sir Nighteye querendo que o Midoriya prove que presta para fazer residência na agência dele. Spoiler sem contexto da 4ª temporada de Boku no Hero Academia, leitor.

"Meu tipo de mulher é a Jennifer Lawrence" - Olha, não vou dizer que não é compreensível... Mas que porra de apresentação é essa?

Muito bem, sociedade, terminei o episódio e... FUSHIGURO É MUITO VIBE DE SASUKE MAL HUMORADO, né? Só falta ter aquele discurso do amigo do Naruto e daí o inferno estará feito.

Mas pelo que deu a entender, o Fushiguro só é ranzinza.
Tanto é que mesmo não conhecendo o Yudi, ele pediu ao professor para intervir pela vida do rapaz por "sentimentos pessoais".

É, gente, também adoraria dar uma de fujoshi aqui e formar um casalzinho, no entanto, o que deu a entender é "não posso deixar esse cara morrer depois de ter salvado a minha bunda e os amigos de serem comidos pelas Maldições".

Antes de entrarmos naquele rolê maluco que foi a entrevista com o diretor e dar um mini-surto bem otaku, FALEMOS DE KAKASHI VENDADO.

"Kimono, lá vem..." - "Lá vem" porra nenhuma! Ele é basicamente quem está explicando todo o rolê pra gente. E isso inclui... YUDI SENDO UM RADAR DE DEDO DO SUKUNA.

Já vimos que o Malditinho só está esperando a oportunidade para tomar o corpo do Yudi e fazer estrago na Terra, então de fato seria interessante para ele absorver mais do seu próprio poder, ainda que eu entenda a desconfiança do protagonista.

Yudi: Será que ele vai ajudar?
Kakashi vendado: A gente encontra um meio termo entre custo-benefício.
Kimono: Esse Kakashi é tão de bubuia que chega a me dar medo.

E como dito anteriormente no episódio, são três primeiranistas.
Os dois tapadinhos a gente já conhece e, ao que tudo indica, a terceira é a moça que está no trem.
Mais chocante do que a sua apresentação? Acho que não. E tinham uns que nem eram tão fofos assim, Yudi...
Ok, leitor, falemos da fatídica entrevista.
MENTIRA, DEIXA EU CONTAR UM NEGÓCIO ANTES!

Takaya Kuroda dubla o diretor Masamichi Yaga da escola de Jujutsu e... ele também dublaa um diretor em Mairimashita! Iruma-kun, o Sullivan, que é demônio é avô adotivo do protagonista de lá.

EU PIREI TANTO quando reconheci a voz dele e nem pude TER UNS TRECOS, porque estava maratonando esse anime em pleno dia de Natal.

Gente, Takaya Kuroda muito vibe de diretor diferentão de escola macabra, né? hihihi

Certo, vamos agora falar do hobby do Sr. Masamichi Yaga, que é fazer feltragem com agulha. Bom, não é exatamente um hobby, né? Ele faz os bonecos "fofos" e pode usá-los para todos os fins, colocando sua energia amaldiçoada neles.

Inclusive, a prova para ter sua matrícula aprovada, além de dar uma resposta satisfatória à pergunta do diretor, é enfrentar um boneco com cara de cão, mas características de Kappa (em inglês).

Kappa é uma criatura sobrenatural japonesa que lembra muito uma tartaruga. Eles têm essa careca, que chamamos de "prato".

A pergunta do diretor era simples: "Por que você quer entrar nesta escola?"
E ele vai pressionando o Yudi até que o rapaz apresente uma resolução mais forte do que "alguém me mandou".

Como bem disse o diretor e eu já tinha adiantado anteriormente, não vai dar para salvar todo mundo e você deve priorizar eliminar a Maldição, mesmo que hajam corpos pelo caminho. O serviço do feiticeiro Jujutsu é evitar que mais mortes aconteçam a partir daquele ponto.

E para aguentar o tranco é preciso, além de um tantinho de loucura, uma decisão quase inabalável.

Gosto quando ele fala que se continuar com aquele pensamento de "estou fazendo porque alguém mandou", o protagonista em algum momento estaria amaldiçoando o avô, ou seja, culpando-o em vez de assumir suas próprias responsabilidades.

É uma mistura do treinamento do Urokodaki com a prova para se tornar exterminador de onis em Kimetsu no Yaiba.

Também gosto quando o diretor joga na cara do Yudi que um monte de gente que ele não conhece morre de outras causas não relacionadas a maldições. Por que agora ele se importa?

Esse estilo de "tacar o dedo na ferida" é natural para evitar que gente mole, preguiçosa e fraca emocional e mentalmente entre para a escola Jujutsu. Por isso ele vai insistindo até que o Yudi diz que, agora que sabe das coisas e meteu dois dedos do Sukuna para dentro, não pode fingir que está tudo bem. Ficaria se remoendo e pensando no que poderia ter feito. E já que ele vai acabar sendo executado em algum momento, prefere escolher a forma como vai viver sua vida, no caso, ajudando a diminuir pelo menos um problema no mundo: Malditinho e seus dedos malignos.

Só não entendo uma coisa nesse anime: qual a tara que todo mundo tem de sacanear o coitado do Fushiguro? Achei o fim da picada o Yudi achando graça em ver o colega TODO FODIDO, vindo entregar um dedo do Sukuna enquanto ele fica de bubuia.

GENTE, NÃO É PORQUE O MOLEQUE TEM AURA DE SASUKE QUE ELE PRECISA SER TÃO PISADO, TADINHO!

Por que estou defendendo o moço?
Porque ele é dublado pelo Yuuma Uchida. Porque ele teve toda a paciência do mundo para explicar as coisas e ainda salvou a vida do Yudi gratuitamente, quando poderia muito bem ter dado o foda-se e falado para o Gojou se livrar do moleque.

Bom, leitor, eu disse que não ia ter Telecurso, visto que, a análise saiu junto com os comentários soltos e surtos sobre o episódio.

BORA PRO PRÓXIMO?
 
Jujutsu Kaisen
3º episódio
Quando o anime mostra esse tipo de imagem é porque vai ter mais desgraça do que tempo de lazer. Confia, já assisti shounen de lutinha o bastante...
Opinião: E aí, leitor? Como o segundo episódio rendeu MUITA CONVERSA, vou colocar aqui as informações técnicas, ok?

 
A abertura maravilhosa e viciante é "KAIKAIKITAN" de Eve e o encerramento bonzinho é "LOST IN PARADISE" de ALI ft. AKLO. As animações são ótimas em ambos, mas a minha preferência fica na música de abertura, que tenho escutado em loop. Digamos que é o meu mais novo "Gurenge" (de LiSA, abertura de Kimetsu no Yaiba). 
 
Yuuji Itadori, nosso Yudi Sem Playstation, é dublado por Junya Enoki.
Seus papéis de destaque no blog são: Horikawa Kunihiro de Touken Ranbu, Tarou Jou (Jouta) de Kaze ga Tsuyoku Fuiteiru e Seiji de Tsukumogami Kashimasu.
Outros destaques: Shin de Dorohedoro (MAPPA), Pannacotta Fugo de JoJo no Kimyou na Bouken Part 5: Ougon no Kaze (David Production).
 
Megumi Fushiguro, Sasuke do cabelo espetado, é dublado por Yuuma Uchida.
Seus papéis de destaque no blog são: Seigi Nakata de The Case Files of Jeweler Richard e Yuuto Shinkai de Yowamushi Pedal: NEW GENERATION.
Outros papéis de destaque: Kyou Souma de Fruits Basket (2019) (TMS Entertainment), Ritsuka Uenoyama de Given (Lerche).
 
Satoru Gojou, o Kakashi vendado, é dublado por Yuuichi Nakamura.

Masamichi Yaga, o diretor que faz feltragem com agulha, é dublado por Takaya Kuroda.
Seus papéis de destaque no blog são: Sullivan de Mairimashita! Iruma-kun, Misuzu de Natsume Yuujinchou, Gaogao-chan e Gorou Hamada de Udon no Kuni no Kiniro Kemari.

Ryomen Sukuna, Malditinho, é dublado por Junichi Suwabe.

Conforme novos personagens forem aparecendo, vou comentando nos respectivos posts sobre seus dubladores.

Agora, sociedade otaku, HORA DE VER A BELEZA DESSE TERCEIRO EPISÓDIO DE JUJUTSU KAISEN!

E que domingo abençoado, hein, leitor?
Sim, estou escrevendo sobre o terceiro episódio no domingo, quando foi anunciada que as vacinas do Instituto Butantan com o laboratório Sinovac e da Fundação Oswaldo Cruz com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca FORAM APROVADAS NO BRASIL em caráter emergencial e com UNANIMIDADE.

E a primeira brasileira a tomar a vacina em solo nacional foi a enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, moradora de Itaquera (Zona Leste da cidade de São Paulo) e com alto risco de complicações da covid-19 (obesa, hipertensa e diabética). Ela estava trabalhando no Emílio Ribas, um dos hospitais específicos para doentes da covid-19 em SP, e foi voluntária nos testes da vacina do Butantan com a Sinovac.
Imagina a alegria da Nobara e do Yudi com esse professor! Só imagina!
É o começo de uma longa caminhada.
A prioridade agora é vacinar os voluntários que receberam placebo, os trabalhadores da área da saúde, indígenas, quilombolas e idosos.

Você que, assim como eu, não está nessa lista da primeira prioridade, continue se cuidando. É só mais algum tempo para sairmos desse inferno e podermos ter uma vida com um pouco mais de alívio. Não é hora de afrouxar nos cuidados e nem na responsabilidade!

Os hospitais estão lotados de casos, principalmente depois das festas de fim de ano e irresponsabilidade de quem não consegue aquietar o cu em casa EM MEIO A UMA PANDEMIA!

Por favor, se vocês são incapazes de ter empatia pelo outro e prefere esperar a morte vir carregar um dos seus, TENHA SÓ MAIS UM POUCO DE PACIÊNCIA, a vacina já está aprovada e em tempo recorde, então logo ela vai atingir o braço de todo mundo.

Bom, agora que já cumpri com a minha responsabilidade social, VAMOS DESCOBRIR O QUE ROLA NESSE TAL DE JUJUTSU!

Morta com esses três patetas em Harajuku, área em torno da estação que leva o mesmo nome e fica no bairro de Shibuya, na cidade de Tóquio.
 
Harajuku é um lugar legal, da moda, cheio de novidades, cafés temáticos, coisas bonitinhas e adoráveis e... é uma área que abriga muitos pontos turísticos, como o Templo Meiji e o Parque Yoyogi.

Por ser um ambiente de moda, claro que teríamos um agente procurando por modelos... E lá vai a nossa terceira primeiranista da Escola Jujutsu QUERENDO SABER POR QUAL MOTIVO O TIOZINHO NÃO A ABORDOU PARA SER MODELO.

Amada, para que ser modelo SE VOCÊ PODE SER FEITICEIRA JUJUTSU, hein? Me diz. Muito melhor sair exorcizando coisa ruim do que pisar numa passarela... Se bem que a passarela deve pagar melhor.

É, é melhor ser modelo mesmo.

Nobara Kugisaki.
A gente já sabe que se não repetirem "Kugisaki" por uns dois anos, eu não vou decorar, ENTÃO VAMOS DE "NOBARA"!

"Regozijem, garotos. Sou a única menina do grupo" - É uma pena, poderíamos ter seis dúzias de garotas tretentas que nem você nessa escola.

"Kimono, não fala isso..." - Leitor, vi cinco episódios, respeita as minhas ideias erradas.
Ainda bem que o Fushiguro é o único que não se ilude com os papos do professor.
Aí hoje na abertura, bem no finalzinho, temos a Nobara e o diretor junto do Yudi, Fushiguro e Kakashi vendado, além de um moleque que cobre o olho com o cabelo e que ainda não apareceu na história. Ele está lá desde o primeiro episódio. Será que é para fazer número ou o moço é realmente importante?

Sem spoilers, leitor, por favor. É um questionamento para "se pensar no futuro".

Adoro mesmo é a cena do Fushiguro com vergonha do Yudi turistando em Tóquio.
AMADO, ELE É DA PROVÍNCIA DE MIYAGI! EU JÁ FALEI SOBRE O KARASUNO COM VOCÊS, NÃO FALEI?

Não, aparentemente não me aproveitei dessa fato ainda no blog. Só devo ter pensando mesmo. (Fui checar no post de "primeiras impressões")

Sempre me ocorre em algum momento: "Nossa, isso vai ser muito divertido de comentar num post". Kimono, eternamente pensando em trabalho.

Bom, vamos esperar a cena icônica para eu meter as outras crianças de Miyagi na conversa.

EXTREMAMENTE MORTA NA TORTA COM AS IMPRESSÕES DA NOBARA SOBRE OS COLEGUINHAS! Chamou o Yudi de idiota e o Fushiguro de insensível. Uau. VAI CHAMAR O KAKASHI VENDADO DO QUÊ?

Gente, e o Yudi pulando no professor que disse que eles iriam turistar?
Eu estou quase shippando esses dois. No episódio anterior foi quase beijinho e agora isso...

TDL que fica tem Chiba, bairro chinês que fica em Yokohama...

Yokohama faz parte de Tóquio onde, Yudi?
YOKOHAMA É UMA CIDADE DA PROVÍNCIA VIZINHA, CHAMADA KANAGAWA!
 
E o destino de hoje é Roppongi.
Melhor que isso é o Fushiguro com cara de cu ao fundo, pensando: "Deos, quanta gente iludida em poucos metros quadrados".

Muito bem, leitor, deixa eu dar o contexto do rolê antes de partirmos para MAIS UM EXORCISMO DE MALDIÇÕES!
 
O quê? Achou que ia ser só festa?
Difícil pensar em Jujutsu com uns episódios fillers em que todo mundo vai curtir os pontos turísticos de Tóquio. Amados, estamos num shounen de lutinha não patrocinado pelo governo do local, então sigamos com o cronograma.

Bom, fui dar uma pesquisada para saber de onde a Nobara é e... Não encontrei informação. Eu sei que no episódio passado ela falou algo sobre "ser um milagre ter chegado até Morikawa" e tentei rastrear, mas... minha rápida pesquisa não deu frutos.

De qualquer forma, pelo que disse Kakashi vendado, dois dos três pivetes ali são DO INTERIOR. Deixa implícito que o Fushiguro é dali de Tóquio ou redondezas.

E daí temos Yudi Sem Playstation, nosso amadinho da cidade de Sendai da província de Miyagi.

E o que tem Miyagi, leitor? É a província de um outro bando de caipirinha adorável: o Karasuno de Haikyuu!!.

Na segunda temporada acontece um acampamento de treinamento, onde o time de Miyagi vai treinar com outras equipes de outras províncias, entre eles o pessoal de Tóquio e da província de Saitama.
Expectativa X Realidade em quatro atos.... Digo, prints.
Acontece mais de uma vez do pessoal do Karasuno ver uma simples torre de transmissão e perguntar se é a Torre de Tóquio. E isso mesmo quando estão em Saitama.

O Karasuno então acaba sendo apelidado de "caipira" pelo pessoal "da cidade", os city boys (ou shit boys, já que a pronúncia em japonês é parecida e o Tsukishima gosta de tirar sarro).

E sabe quem RI DESCARADAMENTE da caipirice dos nossos mocinhos? Ele, o capitão do Nekoma, Tetsurou Kuroo. E qual a melhor piada? O Gojou e o Kuroo têm o mesmo dublador: Yuuichi Nakamura. O que faz a cena em Jujutsu ser uma piada ainda mais gostosa de acompanhar.

A Nobara queria ir na TDL, que eu descobrir ser a Tokyo Disneyland. Sim, tem um parque temático da Disney no Japão e, apesar do nome, fica na cidade de Urayasu, na província de Chiba, vizinha de Tóquio.

Já o Yudi queria conhecer o bairro chinês, Chinatown (Chukagai Motomachi), que é um ponto turístico da cidade de Yokohama, na província de Kanagawa, que também é vizinha de Tóquio.

E para explicar a vocês o que é Roppongi, eu tive que fazer uma pesquisa e... Descobri que sou tão ou mais caipira que os personagens principais. Eu não sabia que Tóquio, além do nome da cidade, também é nome da província.

Bom, se lembrar que um tempo atrás eu descobri que as Marginais Tietê e Pinheiros ficavam em locais diferentes e não são tipo uma única "avenida" que muda de nome a partir de algum ponto, como é o caso da Rua Domingos de Morais e da Avenida Jabaquara.

Geografia nunca foi meu forte, não caçoem de mim.

Roppongi é um distrito de Minato, uma região especial de Tóquio.
Pelas informações do Wikipédia e ao saber que esse lugar tem um prefeito, duas explicações cabem aí: Minato poderia ser um bairro com uma subprefeitura, no estilo São Paulo, ou uma cidade da região metropolitana de Tóquio, assim como é Santo André para a cidade de São Paulo.

Sim, leitor, estou tentando trazer exemplos ligados ao Brasil para ficar mais fácil de compreender.

E provando que este anime tem um humor maravilhoso, enquanto o Gojou explica que apareceu uma maldição num prédio abandonado, próximo a um grande cemitério, a Nobara está lá puta, reclamando e perguntando se ele sabe quem é que faz o arroz que ele come.

No interior a área rural é maior e por isso há muitas plantações de arroz. Subetende-se então que o arroz comercializado nas grandes cidades vêm do interior (nada novo). Mas será que isso basta pro professor não tirar com a cara deles?

Melhor ainda é o Fushiguro contando que o Yudi só está no rolê, porque comeu um objeto amaldiçoado de classe especial.

Nobara: Eca, que nojo! Anti-higiênico!
Fushiguro: Né.
Yudi: CARA, EU SALVEI A SUA VIDA FAZENDO ISSO, SABIA? <- Perdeu a chance de argumentar...

Além dos chiliques dos nossos caipirinhas favoritos, descobrimos que chegou o dia da prova prática: sim, os dois terão que exorcizar a Maldição que está no prédio.

"Kimono, só você usa maldição com letra maiúscula. Por quê?" - Porque quero diferenciar as criaturas chamadas "maldições" do sentido da palavra. Apesar de entender que talvez não haja lá uma necessidade, às vezes pode acontecer de querer falar sobre o sentido da palavra e não da criatura, então fiz isso para deixar claro ao leitor.

E como o Yudi não vai aprender a usar os poderes do Sukuna do dia para a noite e nem fazer milagre todo dia, ele ganha um item com energia amaldiçoada, a Tozama, um facão bacana. Queria um desses para cortar carne, junta de osso de frango... Seria uma maravilha.

Kakashi vendado: Ah! Yudi.
Yudi: Oi.
Kakashi vendado: Sukuna na jaulinha, viu? Se ele sair as Maldições da área somem, mas as pessoas são afetadas também. Por isso te dei o facão. Usa o facão.
Yudi: Sim, senhor. Sukuna na jaulinha.
Supondo que o professor come algo que não sejam docinhos charmosos...
Gente, Nobara, você deveria ter mais consideração pelo coleguinha caipira. Só porque ele não sabe das coisas mais básicas? Ele entrou nesse rolê por capricho do destino, poxa.

E ainda joga na cara do menino que ele não pega ninguém...

Gente, e eu que morri quando vi o monstro pedindo nota fiscal na primeira vez que vi esse episódio?

Kimono no Natal vendo série amaldiçoada: Ué? Tá perguntando se vai querer nota fiscal? Por quê? Dá pra pedir reembolso de alguma coisa depois que te exorcizar, bicho?

Enquanto a Nobara e o Yudi se separam no prédio zicado, professor e seu aluninho favorito ficam do lado de fora conversando sobre como os coleguinhas são estranhos, a começar pelo protagonista.

Olha, Kakashi vendado, eu acho que a ficha do rapaz ainda não caiu não.
Ele só meteu o louco naquele dia, pois os colegas de clube estavam em apuros, ele tinha acabado de perder o avô e "receber" aquela missão de ajudar. Ele estava tão anestesiado, que tocou o foda-se e não se abalou pela bizarrice das criaturas. Se é para matar, então que seja.

Na minha opinião o protagonista está indo no automático, porque ainda não viu nenhuma desgraça real acontecer: mortes.

No caso da escola dele o Fushiguro estava lá e, como eu já disse, tudo aconteceu só no instinto de fazer alguma coisa. Hoje o prédio está abandonado, então também não vemos nenhuma vítima como refém. <- Eu sei, leitor, calma.

Mas fica o questionamento: e quando a situação for diferente? E quando pessoas morrerem na frente dele ou se deparar com os corpos que foram mutilados antes da sua chegada, como já comentou o Gojou anteriormente?

Bom, pelo que deu para entender, um dos pré-requisitos para estudar e se tornar um feiticeiro Jujutsu é ser "doido". E em qual sentido? No sentido de ir até o fim com a missão, mesmo que você tenha que ver coisas grotescas pelo caminho. Se tiver coração mole ou estômago fraco, um erro e ocasiona em morte.

Não é ser insensível, e sim ter frieza.
Esse é o "doido", aquele que se adapta às situações sem se prender muito, apenas flui para conseguir atingir o objetivo: exorcizar as Maldições, causando o menor número de mortes possível.

Acho muito interessante a relação do sobrenatural com o ser humano nessa história, pois se youkais de alguma forma conseguem um poder que os transformam em youkais, estamos lidando aqui com sentimentos humanos.

Quanto mais gente por perto, mais forte fica a Maldição, e por isso obviamente as do interior não chegam a ser tão fortes quanto as de uma capital, com uma densidade populacional muito maior.

RAPAZ, GOJOU, EU CAÍ DE NOVO NISSO! EU NÃO ACREDITO!
EU FIQUEI PENSANDO EM FORÇA E ELE LEMBROU QUE OS BICHOS FICAM MAIS INTELIGENTES... Eu não lembrei disso...

Bom, Natal do ano passado, né, amores? QUASE UM MÊS JÁ SE PASSOU E EU NÃO ESTAVA ANALISANDO NADA NAQUELA ÉPOCA... Quer dizer, não no nível de blogagem...

É, Nobara, não dá para ficar de bobeira não. O negócio era ter pego o moleque pelo braço e saído fora, MAS TU FOI SENTIR AQUELE PESO NA AUTOESTIMA, NÉ?

E agora a Maldição tem o menino como refém.

Moça, como que você se desarma e espera que a Maldição largue o refém? MOÇA, TU É BURRA MESMO OU ISSO FOI SÓ PRO YUDI APARECER?

Aí acabei de lembrar que tinha prometido falar neste post sobre os shikigamis e Cães Divinos do Fushiguro e... esqueci. Agora tem que juntar com o "boneco de palha" da Nobara.

Hum...
Apesar do anime ter saído em 2020, a história sugere que os eventos estão acontecendo em 2018. Poxa, Gojou, então não posso dizer que você era um trintão? Que sacanagem... tiraram a minha zoeira favorita com ele...

E terminei o episódio.
Muito bem, antes de fazer mais pesquisa, preciso comentar um negócio que reparei e achei que era coisa da minha cabeça. Algumas vezes a Nobara troca as síladas de ordem: uma hora quando fala de sushi (shisu) e outra no pós-episódio sobre Ginza (zagin). Será uma mania? Achei bonitinho.
Yudi, amado, ao contrário de você, ela sabe que esse anime é um shounen de lutinha e em shounen de lutinha ninguém pega ninguém a não ser na porrada.
Já adianto que vou dar uma olhada no episódio especial narrado pelos dubladores do Yudi e de um Todou, que ainda não apareceu por aqui. Nem vou procurar quem é para evitar o spoiler para mim mesma.

Certo, chegamos naquela hora majestosa de quase todo post de análise de anime: TELECURSO DA MALDIÇÃO!

Ok.
Este blog já "dá aula" de demonologia em Iruma-kun, então imagina o que a família tradicional cristã brasileira não vai falar de mim depois dessa, né?
Como se a família tradiciona cristã brasileira acessasse a Limbosfera Otaku, pfff...

Vamos ao Telecurso da Maldição (porque esse nome ficou hilário)!

Conhecemos Nobara Kugisaki, uma garota que veio de uma cidade do interior, para se tornar feiticeira Jujutsu. O nosso trio adorável de homens patetas se encontra em Harajuku e logo dá de cara com a figura notável de Nobara.

Com a promessa de ir à Roppongi, uma região com vida noturna agitada, os caipiras do rolê se animam, achando que estão à passeio. LEDO. ENGANO.
Kakashi vendado não faz as coisas de graça e mandou a duplinha do interior para dentro de um prédio amaldiçoado. A missão parece muito simples: exorcizar as Maldições de lá.

Como Yudi tem que manter o Sukuna na jaula, Gojou passa para ele um item com energia amaldiçoada, UM FACÃO DE CORTAR CARNE BEM ESTILOSO!

Enquanto esperam pelos caipiras, os "garotos da cidade" conversam sobre o que precisa ter um feiticeiro Jujutsu e qual o nível da macabrice que pode se encontrar numa cidade grande.

Depois de vermos que Nobara também usa ferramentos, no caso, pregos e um martelo com um coraçãozinho, descobrimos o que o Kakashi vendado estava querendo dizer com o negócio do "nível".

E falando em descobertas, ficamos sabendo por qual motivo Nobara resolveu se tornar exorcista de Maldições: sair do interior.

Quando era criancinha de tudo, a menina conheceu uma garota um pouco mais velha chamada "Saori" (que não é Kido). Por algum motivo hostilizaram a menina, que se mudou de Tóquio para a cidade do interior, dizendo que ela odiava o pessoal da roça. Pode ser o típico caso de preconceito e inveja, uma vez que, a menina vinha da cidade grande e não queriam que ela fosse o centro das atenções. Ao contrário do que se esperava, a menina era super gentil com a pequena Nobara, compartilhando até mesmo doces caseiros diferentes e comentando sobre os que tinham nas padarias de Tóquio.

A impressão é que a moça ficou com tanta raiva das atitudes preconceituosas dos companheiros de cidade, que resolveu sair de lá e conhecer o ambiente onde viveu sua querida Saori, talvez até a encontrando por lá. Por que não, né?

E morar em Tóquio é caro pra chuchu, no post de Eizouken #04 e #05 comentei sobre animadores em começo de carreira e no vídeo a animadora contava sobre isso (vi originalmente num tweet da Tati Mafort - Para quem se interessar: esse é o canal no YouTube, legendas apenas em inglês). Estando na escola, Nobara não precisa se preocupar com moradia e altos custos em outras áreas, podendo juntar um dinheirinho.

Divertido como o Yudi leva de boa e ainda diz "ter um motivo grandioso ou sério não quer dizer que a pessoa é melhor", foi bastante compreensivo e legal da parte dele. Fico pensando se vai chegar a hora que a gente vai acabar shippando o Yudi com qualquer personagem que se mova nessa série, porque ele e a Nobara são duas gracinhas.

Parece aquelas crianças que chegam no primeiro dia da creche e ficam implicando e brincando junto.

Acho que a parte mais divertida entre esses dois são as discussões.
A moça fica chocada que ele quebrou uma parede de concreto e ele...

Yudi: Mas nem era concreto reforçado.
Nobara: Cacete, moleque, MAS TU QUEBROU UMA PAREDE! UMA PAREDE DE CONCRETO, SEU LOUCO!
Deveria trocar por: "Regozijem, garotos. Sou a única porraloka do grupo".
Aí depois vem a treta do que comer.
Ele bifão, ela sushi. Depois de perder no "pedra-papel-tesoura"/jokenpô/jankenpo, Yudi então sugere SUSHI DE ESTEIRA.

Sério, são duas crianças que acabaram de se conhecer na creche e implicam até pelo lanchinho!

E o bom é que o Yudi combina perfeitamente com qualquer um deles em cena.
As coisas fluem divertidas com qualquer um que você botar ao lado dele: Fushiguro, Nobara, Kakashi vendado...

E o humor de Jujutsu é do tipo que me diverte.
Nada muito rebuscado, nem "sujo" demais ou que necessite de muita referência para entender. Aquela cena do protagonista perguntando se o dedo era gostoso, eu ainda dou risada.

Acredito sim que uma boa história, por mais seriedade que ela tente passar ou independente do peso, deve ter uma boa comédia para complementá-la, afinal, a vida é um conjunto de sofrimentos, tristezas e alegrias, não só as duas primeiras.

Agora, leitor, hora de aprender mais sobre maldição folclore japonês.

Shikigami (link em inglês) é um espírito invocado por um conjurador.
Ele pode ser poderoso e tomar diversas formas, como animais ou até youkais, fantasmas e seres humanos.

Os Cães Divinos do Fushiguro são "shikigamis" e funcionam como "familiares", seres com quem se fazem "contratos" de servidão, daí sempre que você precisa é só chamar. Mas é claro, tudo tem seu preço.

Wara Ningyou (link em inglês), o boneco de palha, é usado em diversos tipos de rituais, na maioria das vezes para o mal. Os materiais usados às vezes podem conter pedaços do corpo da vítima, como unha, fio de cabelo ou, no caso da Nobara, UM BRAÇO DECEPADO DE MALDIÇÃO.

Você transforma aquele boneco de palha em uma versão daquilo que você quer atingir, por isso ela o joga em cima do braço deixado pela Maldição na fuga e o atinge com um de seus pregos.

Aliás, o uso de pregos e martelo para esse tipo de ritual não é incomum, como visto na arte de Matthew Meyer em Ushi no koku mairi, um tipo de ritual específico de maldição.

Curiosamente, no link sobre o boneco de palha, usavam versões grandes e colocavam nas estradas acreditando que as pragas tomariam o boneco em vez das pessoas, ou seja, era um jeito de enganar o mal também.

Bom, leitor, sempre que aparecer alguma coisa "fora do comum" no anime e eu puder pesquisar para trazer a vocês, farei com todo gosto. É sempre legal ter esse tipo de referência quando se assiste esse tipo de história. Contem comigo pra isso!

Nobara Kugisaki é dublada por Asami Seto.
Seus destaques no blog são: Ichiyou Higuchi de Bungou Stray Dogs, Kurokami no Onna de Death Parade, Yui Michimiya de Haikyuu!!, Asagi Aiba de Strike the Blood.

Última piada do post: o "bara" do nome da moça tem o mesmo kanji de "rosa" (薔薇), só que ela é puro espinho, né? hehe
 
Este anime foi assistido na Crunchyroll.

Nos vemos no próximo post de Jujutsu Kaisen!

Por Kimono Vermelho aquela que se cruzasse com essa turminha na rua, mudava de rua - 22/01/2021

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