sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Adventure of Sinbad - Capítulo 113 e 114

PRIMEIRA DOBRADINHA DE MAGI DO ANO... e com um detalhe muito curioso: fiz o post de Magi em outubro e... estou fazendo o de Sinbad agora em janeiro.
 
O Cronograma-senpai me odeia na mesma proporção que eu tento arrumar a programação deste blog com antecedência. Coisas da vida, leitor.

ATENÇÃO!: Este texto pode conter spoilers do anime e mangá de MagiLeia por sua conta em risco.

Nos capítulos anteriores Sinbad pegou Sharrkan como refém... Digo, trouxe o irmão mais novo do rei Armakan para a sua patota, e juntos seguiram ao Continente Negro. Não, espera, ninguém sabe onde fica o Continente Negro. E daí o príncipe de Heliohapt dá uma luz no fim do túnel: o povo de Toran. Um grupo que conhece os confins do mundo e pode ter informações valiosas para compartilhar. O problema é chegar lá inteiro, né, Sharrkan?

Adventure of Sinbad
~Capítulo 113~
Quase três meses depois e vocês querem bolo? VAI UM MINI-CHOCOTONE AÍ?
Primeira dobradinha de mangás da Shinobu Ohtaka deste ano e... Pensamentos de tortura sobre quando é que teremos uma nova dobradinha.

Ô, sociedade, vamos com calma aí.
Curte esse post, se esbalda nas loucuras do Sinbad e sua creche de aventuras, e deixa que a gente pensa no futuro depois.

Como passou a virada do ano, leitor? Teve alguma coisa muito gostosa na sua ceia de Ano Novo?

Gostaria de compartilhar aqui que adorei a invenção dos pedaços tamanho "mordida" (bites) de chocotone coberto com chocolate e dos mini-chocotones. Contem comigo para tudo. hohoho

Agora falando do real assunto deste post...

OS BONITOS CHEGARAM NA VILA DO POVO DE TORAN. AGORA EU QUERO VER AS HABILIDADES LINGUÍSTICAS DO SINBAD PARA PROMOVER A DIPLOMACIA E A PAZ!

Porque o cara não faz nada e o pessoal já vem com quatro pedras na mão.
Melhor que isso só o Jafar, no modo puto feat. exausto, perguntando o que carambolas em calda de açúcar o ex-marinheiro fez desta vez.

Quando a culpa não é do Sinbad, AINDA ASSIM O JAFAR ACHA QUE É.

Bom, basicamente a trupe de azarados chegou na vila e, ao contrário do que se esperava, não foram bem recebidos.
 
A explicação desse comportamento agressivo foi dada pelo chefe, aparentemente o único que fala o idioma do "novo mundo".
 
Pequeno adendo para você que talvez não leia meus posts de Magi: chamo de "novo mundo" o local onde se passa a história de Sinbad, Aladdin e o resto dos condenados.
 
"Toran" era o idioma falado pelos humanos de Alma Toran.
Quando o novo mundo foi criado, Ugo unificou a língua para que todos se compreendessem, acreditando que assim evitaria tretas entre os povos.
 
Coitado.
 
Enfim, adendo feito, o chefe conta que o caminho até sua vila não era cercado apenas de perigos e deserto, que naquela área existiam outras vilas, estas cheias de Fanalis.
 
Mas como tudo nessa vida tem que ter sua cota de desgraça, os mercadores de escravos viram a oportunidade de ganhar dinheiro escravizando essa população de força absurda.
 
E aí podemos comparar com o que fizeram os colonizadores aos nativos das colônias. E nem precisa ir muito longe, o Brasil sozinho consegue dar o péssimo exemplo.
 
Os portugueses chegaram aqui achando que tinham pisado na Índia, por isso os nossos indígenas foram chamados de "índios". Aproveitando-se da boa hospitalidade dos nativos, os europeus além de fazerem escambo com suas quinquilharias europeias, também tiveram a brilhante ideia de escravizar a população local, uma vez que eles eram tidos como "selvagens".
 
O adicional em Sinbad é que os mercadores de escravos usaram medicamentos feitos em Heliohapt para drogar os Fanalis. Tomando as crianças como reféns, eles conseguiram prender os adultos enfraquecidos. E aqueles que resistiam eram assassinados.
 
Não bastasse a caçada aos Fanalis, o povo de Toran também foi expulso de suas terras e perseguido pelos mercadores de escravos. A "desculpa" é novamente relacionada a aparência "selvagem", diferente dos "desenvolvidos" mercadores e seus compradores.
 
Qualquer semelhança com a nossa História não é mera coincidência.
Aliás, uma das coisas que eu mais gosto nos mangás da Shinobu Ohtaka, apesar de umas cagadinhas na trama, são as lições sobre História, política e economia.
E isso que não teve festa para não fazer aglomeração... MUITO MENOS DE PERSONAGEM DE MANGÁ!
Você pode argumentar que os Toranenses (não faz essa cara, leitor) são nativos de Alma Toran e foram transportados para o "novo mundo" pelo Ugo... Bom, leitor, se a gente pensar que, na real, não teve um NOVO MUNDO CRIADO, e sim Alma Toran servindo de "camada base" para uma nova camada que chamamos de "novo mundo"... Então os Toranenses são nativos sim.
 
Achou confuso? Está se perguntando quais tipos de drogas estou usando?
Capítulos 321 a 325 de Magi, amades. O PURO SUCO DO CÉREBRO DA KIMONO E SEU ÓDIO PELAS LOUCURAS QUE A SHINOBU OHTAKA INVENTOU PARA EXPLICAR AS COISAS SEM SENTIDO DE SUA PRÓPRIA HISTÓRIA.
 
Derreti meu cérebro lá, então pode-se dizer que aqueles capítulos, esse Arco Final de Magi, são drogas pesadíssimas. Leitor, sério, tenta explicar toda aquela loucura de um modo que faça sentido e sem perder o cérebro, que eu te dou um mini-panetone ou chocotone, você escolhe.
 
Depois de explicar a animosidade por parte dos Toranenses e sobre o que aconteceu com os Fanalis, já que o chefe notou o pequeno Masrur no grupo da pivetada, ele pediu encarecidamente que a turminha saísse na paz.
 
Só que o nosso Fanalis Fofurinha (e que curte dar respostas secas ao Sharrkan) quer ver com seus próprios olhos, partindo para a direção que o chefe disse ter existido uma das últimas vilas.
 
Acho totalmente compreensível a atitude do Masrur.
Agora que ele não está mais aprisionado ou sendo obrigado a lutar num coliseu, tem como escolher o que fazer. E foi exatamente isso que o Hinahoho falou para o pequeno quando o viu deslocado depois de Sinbad retornar à Companhia de Sindria.
 
Não depender e aceitar o que os outros dizem, vendo e vivenciando por si mesmo.
Também há implícito no comportamento dele uma descrença e um misto de emoções, principalmente quando a arte não mostra os olhos do personagem. Isso representa incerteza e sentimentos que prefere não expor.
 
Além de confirmar que o Continente Negro é a terra dos Fanalis (ou pelo menos onde havia uma maior concentração deles), descobrimos que praticamente toda a população foi dizimada pelos mercadores de escravos, espalhando os sobreviventes pelo mundo.
 
E daí podemos também dizer que foi uma sorte o Drakon e o Hinahoho não estarem com eles, afinal, o chefe da vila promoveu uma conversa mais amigável por ver que era um grupo de crianças com UM MINI FANALIS. Logo, a probabilidade de ser um bando de ladrões não faria muito sentido.
 
Se bem que, pensando com a mente cruel do ser humano, poderiam muito bem usar crianças para não levantarem suspeitas e ferrarem a vila Toran, né? Ser humano fala de demônio, mas não se olha no espelho.

Adventure of Sinbad
~Capítulo 114~
Masrur, se serve de consolo, tem pudim de maria-mole na geladeira, que sobrou do Ano Novo, e uns mini-chocotones, porque a versão grande eu acabo não comendo e estraga...
Neste post a creche do Sinbad chegou na vila dos Toranenses e descobrimos que os Fanalis não estão mais no Continente Negro por causa dos mercadores de escravos. É sofrido, é dolorido, ainda mais quando vemos o diálogo/briga entre o Masrur e o Sharrkan no meio de uma vila deserta, que um dia foi morada dos Fanalis.

Quando finalmente vemos o rosto do pequeno ruivo, constatando que o chefe Toran não tinha mentido, ele está chocado. É como se na corrida até lá ainda tivesse algum pingo de esperança.

Conforme o Sharrkan chega e vai conversando, mostrando empatia, vemos a revolta do Masrur. E isso encaixa direitinho com a cena em que o Sinbad diz aos Toranenses que quer mudar o mundo e evitar que aquele sofrimento e medo prossigam.

Os dois cenários se unem a partir de uma palavra que o mundo deveria usar e vivenciar com mais força: a empatia.

Empatia é se colocar no lugar do outro. É compreender o sofrimento e trabalhar para evitar que ele continue acontecendo.
 
Empatia é usar máscara durante essa pandemia e não ficar se aglomerando como se estivesse tudo normal. Empatia é não fazer e nem propagar racismo, denunciando e ajudando as vítimas.

Sinbad, como sempre, tem aquele discurso que estamos cansados de saber.
É um discurso bonito e uma atitude digna que todo ser humano deveria manter.
A escravidão juntamente com a vida difícil que o protagonista teve numa vila pobre de Partevia, fez com que ele tivesse mais consideração pelas pessoas, principalmente pelos oprimidos e mais fracos.

Com o pessoal de "patente alta" o rapaz nem sempre é tão gentil, usando de sua habilidade ardilosa para convencer por bem ou por mal que a aliança com ele é um ótimo negócio. Vimos o "por mal" em Sasan (a ameaça com a magincorporação) e o "por bem" em Imuchakk, quando ofereceu ser uma ponte entre os produtos locais e o comércio exterior.

E como todo mundo precisa de garantia que nenhum dos lados vai romper com o acordo por qualquer motivo... Temos aí a "tomada de reféns", como comentado no post anterior.

Assim, não é uma certeza total, isso fica implícito, mas o comentário do Armakan faz todo sentido. Se é proposital ou não esse "sequestro", aí são outros quinhentos.

Acredito que seja a primeira vez que o povo de Toran vê um estrangeiro/forasteiro dizer que não pode deixar a situação como está, agora que sabe pelo que eles têm passado. Mostrar que se importa com o outro, talvez seja algo novo aos Toranenses, que provavelmente sempre foram vistos apenas como mão-de-obra escrava, e não um povo que merece tanto respeito quanto qualquer outro.

Por que o Sinbad deixou o Sharrkan ir atrás do Masrur e não o Jafar?
Provavelmente por causa da faixa etária e da situação semelhante, e daí posso finalmente entrar no cenário Sharrkan-Masrur.

Apesar de ter uma família e um lar (Heliohapt) para voltar, o nosso adorável príncipe rabiscador de tumbas nunca esteve rodeado de pessoas que se preocupavam com ele ou compartilhavam momentos juntos.

Não lembro mais se a mãe do garoto seria condenada à morte, mesmo merecendo pela gravidade dos crimes cometidos e seu envolvimento. Contudo, ele ainda tem o meio-irmão mais velho, Armakan.
 
E ainda assim o vínculo afetivo não existe/não foi cultivado.

O Masrur não tem família (provavelmente foi separado dela bem cedo, quando ainda era menor) e não tem mais um lar (o Continente Negro só não está vazio por conta da vila Toran). Só que depois de ser libertado por Sinbad, ele foi morar na Companhia de Sindria, tendo Hinahoho como uma figura paterna de força parecida e amigos que se importam e querem o seu bem-estar.

Por isso o Sharrkan fica possesso com o garoto, a ponto de chorar, quando o ouviu dizer que "não tem mais nada". Aos olhos do príncipe, ele agora possui essa família repleta de pessoas queridas.

Então é muito bonitinho quando o Masrur é alcançado por essa empatia e nota que não está mais sozinho.

Também é bastante interessante quando o Sharrkan, agora fora de sua bolha, percebe que os medicamentos do seu país são causadores de sofrimento e que a escravidão, vista como normal em Heliohapt, é algo grotesco.

Esses questionamentos e pensamento crítico só reforçam a ideia de que, sim, somos ensinados a ter preconceito e a naturalizar a dor do outro.

E, gente, como o Sharrkan é pura emoção, né?
Aquela apatia e medo de quando era controlado pela facção do antigo rei foi sumindo conforme a jornada com os novos companheiros seguia e...

POXA, MASRUR!
CUSTA NÃO JOGAR NA CARA DO COLEGUINHA, QUE ELE NÃO CONSEGUE FAZER NADA SOZINHO?

E só para instigar ainda mais o caos, o que que me aparece no Continente Negro? MERCADORES DE ESCRAVOS QUERENDO LEVAR OS TORANENSES!

Ih, Sharrkan, se for esperar menino Masrur ir correndo com você até a vila para avisar a galera, tu está bem lascadinho.

Em pensar que essa dupla em Magi causa de um jeito maravilhoso durante a luta, né? Vide aquela saída da dungeon de Zagan que foi treta!

E agora, galera?
Teremos Masrur e Sharrkan encarando os mercadores de escravos? Sinbad vai aparecer de repente? A vila de Toran vai ter sossego algum momento nessa vida?
 
Cenas para os próximos capítulos! ;)

Faltam 35 capítulos
A piada é que eu mesma não tive bolo de aniversário, porque tava me recuperando ainda...
Sim, pelas minhas contas é isso que temos até Adventure of Sinbad ser encerrado, como comentei no Edital de Magi e Sinbad.

Serão 18 posts, sendo o final com apenas um capítulo comentado.
Bom, ainda temos muito chão até lá, leitor, então sugiro que vá comprando uns lanchinhos gostosos e arrume a cadeira para ficar mais aconchegante!

Na versão brasileira oficial algumas coisas mudaram, então se você ficou confuso, consulte abaixo:
 
-Aladdin: Aladim
-Alma Toran: Alma Turran
-Drakon: Drákon
-Heliohapt: Heliohapto
-(Aum) Madaura: (Om) Madhra
-Sasan: Sassan
-Sinbad: Simbad
-Sindria: Simbária

Nos vemos nos próximos capítulos de Adventure of Sinbad!

Por Kimono Vermelho aquela que está longe de ser perfeita, mas pelo menos tem uma reputação melhor que a do Sinbad na visão do Jafar! hahaha - 08/01/2021

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