Bom, leitor, boa parte do post foi escrita em outubro de 2020, então releve qualquer coisa meio fora do lugar nas próximas linhas.
Nos episódios anteriores... Kanamoney, Cabeçuda e a Modelo começaram a enfrentar um adversário bastante poderoso contra a sua nova animação: a própria escola. Não querendo que as alunas ganhassem dinheiro com o trabalho enquanto usam o ambiente escolar, a administração faz de tudo para empatar a vida delas. A turma toda só não contava com a sagacidade da Deusa do Dinheiro. Além disso, Asakusa que estava com problemas para acertar alguns detalhes do anime, finalmente recebe uma ajudinha para ligar tudo.
Quer dizer que agora você entende um pouco mais sobre anime, Kimono?
Keep Your Hands Off Eizouken!
12º episódio
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Uma amante de animação não quer guerra com ninguém quando está nesse estado:
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Opinião: Assim como Somali to Mori, este anime também passaria batido por mim se não fosse a mágica que acontece durante as temporadas.
Por mais que os posts de apresentação e primeiras impressões sejam normalmente caóticos, existe um milagre no meio de tanto ódio. E também ajuda da opinião pública sobre algumas obras, como é o caso de Eizouken.
Odiado pelos otakus sommeliers de artes de anime e lombadas de mangás, e aclamado pela Blogosfera Otaku, que costuma entender melhor sobre o assunto e partes técnicas, como: animação, direção, roteiro e tudo mais o que você imaginar.
Com diretor famoso à frente, duas dubladoras novatas no elenco principal e uma arte bonita, só que diferente do que se está acostumado a ver, Eizouken mostrou ao otaku a parte menos glamourosa do conteúdo que ele consome.
Ok, não temos animadoras profissionais, porém... Acompanhamos uma parcela do sofrimento na versão escolar, afinal, otaku que é otaku já viu algum anime se passando na escola.
Odeie ou ame, as garotas do audiovisual deixaram sua marca em 2020 e serão lembradas por muito tempo.
No episódio anterior vimos o problema com a trilha sonora e hoje... EIS QUE TEMOS UMA MENSAGEM DO COMPOSITOR, que simplesmente CAGOU para o que foi pedido e deu seu toque pessoal.
A versão final da trilha sonora tem um solo de piano triste, totalmente diferente da faixa demo que serviu de inspiração para a Mizusaki desenhar as cenas.
E aí temos um embate entre o que quer o animador e o que quis o compositor.
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A Deusa do Dinheiro dizendo que ninguém vai fazer caridade para elas, só porque o projeto é bacana.
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E essas três séries têm o mesmo compositor: Yuki Hayashi.
Exatamente, leitor, o MESMO COMPOSITOR para obras distintas.
A pegada de Haikyuu!! precisa passar aquele dinamismo dos jogos e os sentimentos intensos da juventude.
Em Boku no Hero as músicas precisam ser marcantes para os vilões e para os heróis, além de passar igualmente o frescor dos estudantes que querem se tornar futuros heróis profissionais. Tem que soar um pouco mais épico que seus colegas de comparação.
E, por fim, temos Kaze ga.
Ao contrário dos dois primeiros que se passam no Ensino Médio, este acontece num clube de atletismo universitário. Sim, a única semelhança aqui é com Haikyuu!! por conta do gênero esporte.
Só que obviamente atletismo e vôlei não têm o mesmo estilo.
Em Kaze ga existe uma superação de expectativas, além de ser um esporte de resistência. Não é tão dinâmico quanto uma partida de vôlei, em que a bola reina em quadra e o trabalho de equipe é mais sentido. No atletismo mostrado no anime, os percursos são feitos de forma "solitária". O trabalho de equipe fica mais implícito.
Tudo isso, leitor, demonstra a importância da trilha sonora para uma obra.
E o principal é que o compositor esteja afiado com a equipe para trazer os sentimentos certos ao espectador.
Por isso a mudança da música acabou tirando todo o sentido que a Modelo queria passar em cena.
Não era um projeto aberto em que todos poderiam dar suas ideias e ficaria ok.
Certo, a Cabeçuda tinha que ter checado isso, pois assim poderiam ter falado com antecedência que não queriam aquela nova visão de "sauna de águas no espaço".
E mais uma vez as garotas precisam lidar com o gênio da Mizusaki quando algo não sai do seu agrado.
Elas não têm tempo hábil para encomendar uma nova música e precisam ser práticas, afinal, o anime dos UFO's de Shibahama virou notícia na cidade e elas já deram a data de estreia, então o que precisam fazer agora é apelar para o mais prático.
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A vida é uma eterna tentativa de equilibrar as coisas, com um dos lados curtindo oprimir o outro.
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Um hora e meia para resolver esse pepino, antes de violar o acordo com a fábrica que vai gravar os DVD's...
Gosto muito da praticidade da Kanamori, que compreende que todo mundo precisa trabalhar em cima de um cronograma acertado. Pedir um tempo a mais do que foi oferecido e pelo mesmo preço, é exigir do livre mercado capitalista uma caridade e, até onde eu sei, o capitalismo não faz caridade, a não ser que ganhe muito bem em troca.
É muito importante o que ela está falando para a Mizusaki, sobre a escola tê-las protegido (dado todos os recursos básicos ou a oportunidade para chegar até eles) e que para o "mundo lá fora" elas não passam de simples estudantes. Era sobre isso que a secretária do Conselho Estudantil estava falando, de precisarem arcar com todo o tipo de consequência do mundo real.
Agora que não tem mais o acordo com a fábrica, Kanamori precisa arranjar outro jeito de produzir os DVD's. Enquanto isso, o resto da equipe pensa no que fazer.
Ajustar toda obra à trilha sonora.
AJUSTAR O ROTEIRO A ALGUMAS HORAS DA ESTREIA PARA O RAIO DA TRILHA SONORA. COMO QUE FAZ ISSO, CABEÇUDA, SUA LOKA?
Obrigada, Kanamori, por sempre estar pronta para dar um mata-leão nessa diretora DOIDA DE LÁMEN!
E daí nossa brilhante Asakusa consegue resolver parte do problema, dizendo que podem retirar a cena da dança e readequar o roteiro. Parece que a conversa da Deusa do Dinheiro sobre o protecionismo da escola e o sistema de trabalho do "mundo lá fora", fez com que a Asakusa percebesse que não existe um mundo com paz prolongada e que nenhuma divisão é 50/50, ou seja, o custo e benefício para ambos não é feito em partes iguais. Alguém sempre quer se dar bem em cima do outro.
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Se essa mulher resolvesse trabalhar em alguma máfia, estaríamos todos fodidos!
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Enquanto Asakusa, Mizusaki e Doumeki trabalham com essa nova linha de roteiro... Kanamoney foi ser praticamente membro de máfia, arrombando portões de ferro com uma serra elétrica portátil. Bom, pelo menos conseguiu que produzissem os DVD's.
E depois de uma noite inteira de trabalho, remixagem e o diabo a quatro...
A Comet-A começou e com ela um público ávido por novidades e que não se importa em gastar com o que chamar sua atenção.
A Comet-A foi baseada no Comiket, um evento que acontece duas vezes por ano em Tóquio, conhecido com a maior feira de doujinshi do mundo. O local mostrado no anime é parecido com a Tokyo Big Sight, que tem como nome oficial "Tokyo International Exhibition Center" (traduzido literalmente como "Centro Internacional de Exibições de Tóquio").
Doujinshi são histórias em quadrinhos amadoras, que podem ser totalmente originais ou se inspirarem em obras já conhecidas, contando com personagens ou abordagens novas. É tipo uma fanfic versão quadrinhos.
A Comiket É MUITO FAMOSA e fica abarrotada de gente, por isso vemos que aos poucos a Comet-A segue o mesmo processo.
E o mais legal aqui é que o clube audiovisual prometeu acesso digital a cenas deletadas animadas pela Mizusaki (em breve com a música certa, né?) a quem comprar o DVD.
MAS, GENTE, É SÉRIO?
Estou vendo o Clube Estudantil, o professor safado que deveria cuidar do clube audiovisual, mas fica de bubuia por aí, o clube de robótica, o moço do restaurante de lámen... E ATÉ MESMO A VICE-DIRETORA DISFARÇADA COM UM CHAPEUZINHO!
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Praticamente o que todo mundo pensou sobre 2020 e seu plot twist nada agradável.
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GENTE, NÃO TENHO CONDIÇÕES! OLHA QUE GRACINHA ESSE BANDO DE IDIOTA DE SHIBAHAMA!!!
Acho que é um pouco tarde para dizer isso, mas... Fui procurar no Twitter e... Realmente tem um @eizoukenn... que é de Shibahama (芝浜)... Estou chocada, pessoal.
KANAMORI, QUANTO VOCÊ COBRA PARA CUIDAR DA PARTE DE MARKETING DO MEU BLOG? TÔ CANSADA DE NÃO TER ALCANCE MAIOR POR SER UMA TOUPEIRA QUE NEM A CABEÇUDA! POR FAVOR, ENTRE EM CONTATO!!!
Ela enfiou sacos na cabeça da Modelo e da Cabeçuda, o que acabou gerando curiosidade, E AUMENTANDO A VENDA DOS DVD'S! Eu sinceramente não consigo acreditar... Esse ser humano SABE FAZER O DINHEIRO CHEGAR.
Kanacoach, ajuda a gente!!!
E FINALMENTE VAMOS VER O QUE RAIOS FOI ESSA GUERRA DE UFO's/OVNI's EM SHIBAHAMA!!!
Gostei da composição mostrando o pessoal se preparando para assistir o anime e depois vários quadradinhos com todo mundo botando o DVD para rodar.
Gente... As naves que parecem águas-vivas mecânicas... Que genial!
E aqui estão os ataques sem luzinha, que você só sente o impacto e vê a cápsula saindo.
Eizouken é tão incrível que permite ao espectador participar do projeto, observando cada detalhe e problema, para no fim conseguir ver o resultado.
É sinceramente incrível.
E terminei o episódio.
Este anime foi uma experiência muito agradável do início ao fim.
Bem feito, bem trabalhado, bem executado, bem desenvolvido.
Eu gostaria de sinceramente ver mais animes como este nas próximas temporadas, para sair do lugar comum do shounen de lutinha da Shounen Jump ou isekais que visam mais o fanservice do que o roteiro.
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Uma das coisas que mais gostei nas animações foi a falta da "linha-guia", deixando a arte mais solta, não sendo limitada pela lineart.
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Eizouken foi didático e trouxe o tema "fazer anime" para um ambiente familiar ao otaku: a escola.
Enquanto Shirobako tem aquela arte fofinha, acompanha a vida adulta de um grupo de garotas que fazia anime no Ensino Médio e que tem que lidar com pormenores complicados da indústria, aqui vemos uma versão escolar que foca mais na produção de anime.
Em Shirobako falava-se de dublagem, do trabalho maçante dos animadores e dos prazos curtos, das mudanças da direção mesmo quando o produto estava prestes a ser finalizado (se bem que isso acontece aqui também), entre outros assuntos.
Eizouken é focado na animação com alguns comentários sobre a trilha e os efeitos sonoros. Para a proposta apresentada, trabalhou bem.
Mas se o leitor quiser ter uma ideia mais completa do que é a indústria de animes no Japão, recomendo dar uma olhada em Shirobako também.
Acredito que a história tenha encerrado bem, redondinha, sem necessidade de incluir mais episódios ou florear com fillers. Acompanhamos o cotidiano dessas adolescentes em seu clube de anime disfarçado de "audiovisual".
Ou seja, essa é só uma parte, um trecho, das aventuras de Asakusa, Kanamori e Mizusaki. E eu gosto de histórias assim, que deixam um gostinho de "quero mais", só que encerram a trilha por ali.
É claro que há uma inegável diversão ao acompanhar todos os anos de escola dos personagens principais, porém, depende muito do que está ali para ser contato. E em Eizouken não é necessário se alongar, o mais importante nós já vimos.
"Ah, eu esperava mais!" - Será que a gente não está muito acostumado a animes que querem contar jornadas épicas demais? Qual o problema de curtir de vez em quando algo que termine por ali, que não fique tentando criar novos desafios e "inimigos" a serem superados?
Pelo menos é assim que eu me sinto com esta série.
E confesso que não esperava muito dela, porque minhas preferências são outras na hora de escolher algo para assistir. (Adendo: nem sempre tenho bom gosto, aliás, sou totalmente estranha e aleatória)
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Quando o perfeccionismo ataca e você, analista como sempre, vê defeito em quase tudo.
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Nota: Anime bom sobre anime
Pretende reassistir algum dia?: Sim
Recomenda a série?: Muito
Categoria: Anime, bastidores, produção de anime, escolar, clube escolar, adolescentes, interessante, Kanacoach, Kanamoney
Premiações: Melhor Coach - Kanamori, Melhor Diretora - Asakusa, Melhor Trabalho em Equipe - Clube de audiovisual, Melhor Chamadora de Dinheiro - Kanakori, Melhor Compreensão Sobre Animação - Mizusaki, Melhor Mascote - Mizusaki Coelhinho da Asakusa
Pontos fortes: Animação, roteiro, arte, elenco de dublagem
Pontos fracos: Kanacoach não dá palestras no nosso mundo
Assim se encerra a participação do divertido e instigante Keep Your Hanfs Off Eizouken! no Kimono Amarelo.
Por Kimono Vermelho - 06/01/2021
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