segunda-feira, 12 de setembro de 2022

My Dress-Up Darling #02 e #03

POIS É!
Eu bem disse que ia demorar, né?
Mas como alguns animes foram terminando, pensei com os meus botões: por que não trazer novos títulos para as análises do blog, né?
 
No episódio anterior... foi a estreia! Conhecemos Wakana Gojou, neto de um artesão de bonecas hina, e Marin, uma otaku que gostaria de fazer cosplay da sua personagem favorita. De um lado um rapaz que almeja a mesma profissão do avô e do outro uma garota cheia de energia que gostaria de viver um sonho. Os dois acabam ligados pela costura e pelo amor ao hobby.
 
Como você pede para algo imóvel virar para o lado, Gojo?

My Dress-Up Darling
2º episódio
Às vezes, em questões do trabalho, quando preciso procurar tutoriais para aprender como fazer determinadas coisas... e me sinto assim como o Gojo.
Opinião: Na verdade, leitor, fiquei preocupada que talvez você se desinteressasse por ver tantas análises dos mesmos animes toda semana, daí resolvi incluir My Dress-Up Darling no pacote.

Confesso que o coração ainda fica apertado com o cronograma todo zoado, porém, é melhor seguir em frente enquanto podemos e nos divertirmos um pouco!

Sem falar que... Estou curiosa para saber se aguentarei os fanservices completamente desnecessários e curtirei a história ou serei vencida pela porcaria.
Espero sinceramente criar imagens mentais interessantes em cima dos fanservices desagradáveis.

Bom, chega de conversa, que o esquema aqui é assistir, surtar e depois comentar com mais calma (ou não).
 
Acabo de perceber, com a abertura, que eu estou assistindo este anime POR CAUSA DA COSTURA. É o fim, sociedade. Pode fechar o navegador e ir embora. A PESSOA TÁ A FIM DE VER COSTURA.

"Desculpa... É que eu sou meio lerdo" - Totalmente me identificando com o otaku de boneca hina.

Eu estou sinceramente muito cansada para escrever 500 parágrafos sobre quão problemático é o fanservice feminino (que é feito para agradar principalmente homens) e como isso está ligado ao machismo estrutural e ao reforço do papel de submissão feminino para prazer masculino.
 
Leitor, é um saco.
Cada 3 animes que aparecem no blog, eu tenho que ficar escrevendo a mesma coisa, falando da problemática nos mesmos pontos, EM POSTS DIFERENTES. Eu estou cansada.

E, sim, compreendo que posso simplesmente não escrever, fingir que o problema não existe e não cutucar o dedo na ferida. Porém, não sou esse tipo de pessoa.
 
Como parte da sociedade e tendo alguma influência (se você está lendo meu blog, então isso contra como "influenciadora digital"), acho importante reforçar algumas mensagens para que o mundo se torne um lugar melhor, principalmente para as mulheres.

E por que "principalmente para as mulheres"?
É o mesmo conceito de "vidas negras importam". Quem não entende o peso dessa frase, costuma dizer que "todas as vidas importam". Sim, leitor, todas as vidas importam, então pense em por que as "vidas negras" tiveram que ganhar o destaque.

A partir do momento que você entende que as "vidas negras" são as que mais sofrem violência, que passam por mais dificuldades e que estão numa parcela maior das estatísticas de mortes, você também entende que o "destaque" não é de desmerecimento às outras vidas, e sim de alerta sobre como as "vidas negras" são esquecidas e consideradas menos importantes.

Muito bem.
Se aplicarmos essa explicação que dei ao "tornar o mundo um lugar melhor, principalmente para as mulheres", você compreende que não estou desmerecendo os homens nessa questão, afinal, eles também merecem viver num mundo melhor, assim como todos os seres humanos.

No entanto, a violência contra a mulher é muito mais pesada.
Um homem quando sai na rua à noite, tem medo de assalto. E está certíssimo. Só que ele nunca vai sair na rua com medo de ser assediado ou sofrer violência sexual, apenas por ser um homem.

Isso acontece com a mulher simplesmente por ela ser mulher.

Bom, esse é só o caso "sair na rua à noite".
Ainda temos outros tipos de violências sofridos principalmente por mulheres com seus companheiros, como: patrimonial (quando ele é quem controla o dinheiro), verbal (xingamentos), psicológica (chantagem), física (agressões) e também a sexual (exigir ou forçar relações, porque "tem que honrar o casamento" ou "servi-lo").

Tem também o feminicídio, motivado principalmente pelo fim de um relacionamento.

Sim, leitor reacionário, as violências citadas acima e a morte por fim de relacionamento também podem ser praticadas por mulheres, pois, veja bem, o ser humano é imbecil e deveria fazer terapia em vez de machucar os outros. Só que os números mais gritantes são os de vítimas femininas. São elas que estão constantemente no noticiário e nas estatísticas. Os homens, como vítimas, estão principalmente na parte de violência urbana e "balas perdidas".
Gente, neste episódio o Gojo teve as melhores reações para printar.
"Tá bom, Kimono. E o que isso tem a ver com a menina gostar de um joguinho com fanservice feminino?" - Bom, leitor, antes de seguir para o problema da questão, você precisava ter o mínimo de referência. E mesmo assim, com certeza vai ter gente incapaz de entender e que vai defender com unhas e dentes o seu direito a punhetar.

Querido, a pica é sua, você faz o que quiser com ela e é um problema exclusivamente seu.

O que me incomoda como mulher, é esse reforço na sexualização do corpo feminino EXCLUSIVAMENTE para PRAZER MASCULINO: o dito fanservice feminino.

A gente não tem a mesma coisa no fanservice masculino, que é feito para agradar as mulheres.
 
No fanservice masculino, os homens não são colocados em posição de humilhação para excitar as mulheres. Normalmente temos peitorais de fora, umas carinhas sexy e olha lá.

O corpo do homem não é visto como objeto com a mesma naturalidade que o corpo da mulher. E isso faz parte do machismo, que entende que a mulher é um ser inferior e, que por isso, tudo bem ser visto de forma indecente e tocado mesmo sem sua permissão.

Uma pessoa saudável mentalmente, vai ver o fanservice, podendo achar ou não excitante, e bola pra frente. Não vai levar esse conceito para um relacionamento real ou forçar expectativas no mundo real.

Só que a maioria, ainda mais se tratando de públicos mais jovens, como pré-adolescentes e adolescentes que ainda não tiveram seus primeiros relacionamentos de verdade (inclui a parte boa e a ruim, como brigas, traições, etc), vai acreditar que as coisas têm que ser assim.

Vão romantizar situações que podem não acontecer e acabar em frustrações, pois não entendem que se relacionar com outro ser humano É MUITO MAIS COMPLICADO e não tem um redator por trás, para "dar um jeitinho".
Daí o fanservice vai servir para distorcer ainda mais a visão de "mulher ideal" ou do que eles esperam que as namoradas/peguetes/companheiras façam.

Aí você vai me questionar sobre a culpa do fanservice em si, já que ele é apenas uma ferramenta dentro da narrativa.

Uma arma de fogo também é apenas uma ferramenta, leitor.
O estrago que ela causa depende de quem a tem nas mãos.
Porém, o mais importante: será que é bom dar tantas armas nas mãos de tantas pessoas? Será que não deveria existir um controle sob todo esse armamento? Ou pelo menos uma conscientização sobre a quantidade e o uso?

Sim, as armas existem. Não tem nada que possamos fazer contra isso. Não dá para incinerá-las, pois existem por algum motivo (segurança).
 
O fanservice é um recurso narrativo para atrair público e trazer algum tipo de alívio para a trama. Em si, não é um problema.
O problema vem a partir do momento em que ele é usado para reforçar conceitos e ideias que podem levar a situações desagradáveis no mundo real, como potencializar o machismo.

A questão não é o recurso, e sim como ele pode ser usado para atingir seu objetivo (entreter determinado público) sem causar danos posteriores.

A Marin poderia continuar gostando de uma personagem gostosa, que no começo da história mal sorri e que depois começa a mostrar um pouco mais outras reações... sem apelar para caras e bocas pornográficas, que existem apenas para reforçar conceitos machistas e fazer telas de computador ficarem cheias de "reboco".
 
Bom, aqui cabe um grande adendo: nas questões comentadas, não incluí os fanservices de Boy's Love e Girl's Love, porque não são o assunto. E quando friso "mulheres" sobre o fanservice masculino, estou usando a palavra apenas para contrastar com o público do fanservice feminino (em sua maioria, homens cis e héteros). Obviamente o público do fanservice masculino vai além das mulheres cis e héteros.
Pronto, Gojo. Pare de se sentir mal por gostar das bonecas hina e vai ser feliz!
Certo.
Hora de ver o resto do episódio, depois ir pro próximo, e descobrir se My Dress-Up Darling PASSA deste post.

Depois de 500 parágrafos de problematização, pensando seriamente em dropar o anime, pois a minha paciência com fanservice ficou em RPG Real Estate... Aparecem Gojo e Marin com uma revista sobre cosplay, combinando de começar os preparos do cosplay da garota na segunda-feira... e um entendendo os gostos do outro... Bom, na real, o Gojo entendendo a Marin primeiro.

QUE INFERNO, ANIME! NÃO ME ENCHA DE ESPERANÇAS, SUA DESGRAÇA!

Gojo, que tanto de curativo no dedo é esse? MANO, TU NÃO SABE COSTURAR SEM SE MACHUCAR, NÃO?

Espera.
Amiga, tu não fez isso.
AMIGA, TU NÃO FICOU APERTANDO A CAMPAINHA DA CASA DO MOÇO NO FINAL DE SEMANA! AMIGA, PELO AMOR DE DEOS MATOBA, TU NÃO CONSEGUE ESPERAR ATÉ SEGUNDA-FEIRA?

Ok.
OLHA UM PÁSSARO VOANDO ALI FORA! QUE BONITO! É AZUL COM AS PONTAS DAS PENAS VERDES!!! AI QUE GRACINHA!!!

*Deos Matoba: Na verdade, a Marin está naquela posição desnecessária observando os materiais que o Gojo usa para pintar as bonecas.*

TÁ SUANDO, NÉ, GOJO?!
NUNCA VIU UM PÁSSARO TÃO LINDO NA SUA VIDA, NÉ? AINDA MAIS COM AS MINHAS DESCRIÇÕES, QUE SÃO IGUALMENTE MARAVILHOSAS!!!

Gojo não está sabendo lidar com outro ser humano, além dele e do avô, no quarto dele. Parabéns, costureiro!!!

Se o Gojo infartar, eu posso ficar com os pincéis e a máquina de costura dele?
Sim, uma hora ele vai infartar e eu quero ser herdeira dos pincéis e da máquina de costura. Esse moleque vai infartar e eu quero ser herdeira.

Eu gosto que a Marin nunca, JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA, cogitou que o Gojo talvez não esteja acostumado A VER MULHERES DE BIQUÍNI... Afinal... ELES NÃO MORAM NUMA CIDADE LITORÂNEA PARA ISSO SER COMPLETAMENTE NORMAL, NÉ? E numa cidade litorânea de algum país mais ok, que tudo bem as pessoas usarem roupas de banho na rua, super normal.

Mas... Por que ele tá medindo a cabeça dela?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH, PERA! A TAL DA SHIZUKU-TAN TEM UM TRECO DE CABEÇA, NÉ? É tipo um chapeuzinho de pano, né?

Sim, prestei zero atenção no cosplay da guria.
Sim, estava mais interessada em falar sobre o machismo estrutural e o reforço na imagem de sexualização do corpo feminino.

Sim, Gojo, uma bunda. Parabéns, tu viu a sua primeira bunda na vida. Bom dia.
Um quarto realmente com uma frequência bastante baixa de visitas...
Gojo, que sangue é esse que saiu do seu nariz. Foi dos tapas que você deu em si mesmo? Sim, Gojo, parabéns por entender que não tem que ver maldade, porque a menina só quer fazer um cosplay e não se exibir pra você. Bom dia, Gojo.

Teu futon é sujo por que, Gojo?
GOJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO, O QUE TU FAZ NESSE FUTON, GOJO?
Dorme. E baba. Deve babar dormindo, por isso está sujo. E peida.

Sim, esse anime é feito por homens e para homens. A quantidade de fanservice por minuto provavelmente não vence SEQUER um anime ecchi. Ou chega pertinho.

E os gêneros dessa joça são "romance, slice of life".
Enfiaram o ecchi onde? No c—

*Deos Matoba: Aguardem um momento, por favor...*

Ah... Para fazer os braços do Gojo tremerem, usaram computação gráfica.
Sim, meus olhinhos são afiados. Achei a movimentação muito mecânica. E acertei.

A cada hora surge uma nova medida mais constrangedora que a outra.
Daqui a pouco ela vai medir a distância da $%# dela até a #$%& dele.

PORRA, AMIGA, AGORA QUE TU FICOU VERMELHA? ELE ENCOSTOU EM VOCÊ, POR ACASO?

GOJO, POR AMOR A SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA, TU NÃO TÁ DE BOA FALANDO COM O SEU AVÔ ENQUANTO JOGA ESSA PORNOGRAFIA. GOJO, ONDE O SEU CÉREBRO FOI DEIXADO? VOCÊ MORREU POR DENTRO? POR FORA? DOS DOIS LADOS? TÁ AO AVESSO? GOJOOOOOOOO????!!!!!!

Ainda bem que a análise vai ser mais rápida de fazer do que abrir a boca para bocejar com sono.

Bora de Telecurso "Eu vim pela costura, mas enfiaram tanto fanservice que eu congelei naquele print do Gojo falando que queria morrer".

Se a gente tirasse o lixo, essa história seria um romance muito bonitinho.
E é exatamente isso que todo mundo fala e eu concordo pra caramba.

Rola certa empatia do otaku de boneca hina pela otaku de joguinho pornô, pois ao contrário de seu trauma na infância, Marin acredita que independente de gênero, as pessoas devem ser livres para gostar das coisas.

E ela é uma das primeiras pessoas que vemos ficar fascinada sobre as bonecas hina e compreender o hobby do rapaz. Ela não julga por ele ser um garoto e mexer com bonecas. Bom, nem faria sentido qualquer preconceito, se pensarmos que a família dele é de artesãos.

E ainda que não tivesse nada a ver e o moleque colecionasse Barbie, O QUE CARALHOS ALGUÉM TEM A VER COM ISSO? Não está fazendo mal a ninguém e não é usado para fins ilícitos, então tem mais é que ser feliz.

Bom, é claro que para fazer uma roupa sob medida é preciso... tirar as medidas da pessoa. Mas será que precisava mesmo da garota de biquíni?

Ela foi de shortinho: tranquilo pra medir as pernas e coxas.
Precisa da cintura? Era só ela ter levantado a blusa.
Ah, mas tem o busto... Maluco, aquela roupa dela é fina, não é um tecido grosso, dava muito bem para ter tirado a medida COM ROUPA!

A distância entre os mamilos... Foi o autor que tirou do c—

*Deos Matoba: Aguardem um momento, por favor...*

Sabe de que forma seria impossível pegar as medidas? Se estivesse no inverno e a garota usasse roupas pesadas. Eles estão no verão.

E o rabetão da Marin virado pra lua? Era anunciação de que tinha chegado seu dia de sorte, afinal, alguém mais capaz faria um cosplay digno.
Sim, Marin, aceita que tu não manja de costura.

Tirando todas as cenas desnecessárias e espremendo o que realmente importa: o Gojo finalmente está interagindo com alguém que o compreende.

Até podem não gostar das mesmas coisas, só que o jeito que a menina leva a vida e seus gostos parece ser um bom exemplo para ele seguir. Por que ter vergonha de algo que você gosta e que não faz mal a ninguém?

Além disso, as habilidades de costura do Gojo estão sendo usadas para algo além de seu hobby e que traz essa interação entre os dois.
Para ninguém reclamar que não teve Marin nos prints... Toma a cota de fanservice!
Quem nunca ficou com tanta vergonha na vida, que não quis se enfiar num buraco no chão, né? Pensei que o menino ia infartar. Ainda bem que o coração está bom.
Claro que o garoto ia ficar todo nervoso com uma menina popular e bonita no quarto dele (não é GL/BL, é um romance hétero). Então, assim, é até engraçadinho vê-lo tão nervoso e passando altos males... Daí o Gojo percebe que não deveria ter esse comportamento, não deveria ver maldade, já que está ali para ajudar uma pessoa que foi legal com ele e pediu um favor.

Ainda assim, em alguns momentos, parece ser demais para o coitado.

Engraçado que só lá no finalzinho a própria Marin percebe que está de roupa de banho, na frente de um garoto e no quarto dele.

O episódio inteiro foi sobre a tensão sexual de um provável casal adolescente hétero. Ok, legal. Mas com certeza poderíamos ter visto um trabalho ainda melhor desenvolvido, se não fosse a quantidade de fanservice. Tirando isso, talvez as cenas ficassem mais pacatas, então era só enfiar um pouco de criatividade e... TCHARANS! TERÍAMOS A PORCARIA DE UM ROMANCE DECENTE!

A impressão que tenho é que o autor não queria fazer um romance meloso, algo que normalmente não interessa os homens, e falou: "Pô, como eu faço um romance que até mesmo os homens consumam? AH! JÁ SEI! VOU METER A GURIA NUMAS POSIÇÕES INDECENTES E DESNECESSÁRIAS!!!"

Aí você perde o que realmente importa: o romance.
E vira uma merda mais interessada em sexualização do que na trama.

Queria entender como não tem "ecchi" nos gêneros desse anime no MAL.
 
My Dress-Up Darling
3º episódio
Aquele momento que Wakana Gojo não sabe se fica triste ou feliz pelo "dropado".
Opinião: Ah. Bom dia, Gojo. Parabéns por ter seu provável primeiro sonho erótico e com a coitada da otaku de joguinho sem vergonha. Isso que dá ficar jogando aquele treco antes de dormir...
 
Espera.
NÃO, NÉ?
Vou fingir que não entendi o que eu entendi e irei me focar NO QUE FIZ ANTES DE ASSISTIR ESTE EPISÓDIO: resolvi ver The Vampire Dies in No Time, porque agora está na Crunchyroll com o nosso lindo padrão de plaquinhas.
 
E, gente, como eu ri.
EU ME DIVERTI HORRORES!!!
Simplesmente não sei o que fazer, amei demais!
Tem umas vergonhas alheias que doem e talz, mas... que anime divertido e... JOHN. Eu quero um John na minha vida. Um tatuzinho de pelúcia, por favor!!!

Vou pensar na diversão de Vampire Dies e tentar seguir com Bisque Doll, porque... Tem várias palavras que eu poderia usar depois do "porque", só que não consigo pensar em nenhuma que saia adequada. Tudo vai parecer ruim.

Amiga, ele está transtornado, pois teve um sonho erótico e precisou... "arrumar as coisas" antes de ir pra escola sabe...
Saudades, Ronald e Draluc. Saudades do John...

Ah, agora entendi.
Normalmente quando se fala de "romance escolar", as pessoas já pensam no "SHOUJO de romance escolar", que é basicamente o romance visto pela perspectiva da garota.

Aqui nós temos um "SHOUNEN de romance escolar", que ao contrário de Love All Play (quem pegar essa referência, pegou), entra mais na parte real carnal do negócio do que um simples romancinho água com açúcar.

Abraços, Kento Yusa!

A Marin vai ser a causa do infarto desse menino, vai vendo!
Aliás, amei da doida gritando na quadra vazia pelo Gojo!!!

Emocionada que o garoto não só desenhou a roupa de três ângulos diferentes, como fez uma lista de tudo que precisavam e ainda pensou no tipo de tecido que deveriam comprar, baseado na história do jogo.

EXTREMAMENTE EM CHOQUE.
MOLEQUE BRABO DAS COSTURAS!!!

Amiga, pelo amor da vergonha alheia, tá dando "mimo" pro menino, MOSTRANDO A CALCINHA? É SÉRIO, AMIGA?!
Bonitinha demais essa cena, que quase rendeu outro infarto ao Gojo!
GOJO, POR DEOS MATOBA, VOCÊ FALOU O QUE NO MEIO DA RUA?!
MAAAAAAAAAAAAAAAAAANOOOOOOOOOOOOOOOOOO... ERA MELHOR SER O OTAKU DE BONECA HINA, AMADO! OLHA A SITUAÇÃO!

Hora da dramatização...
Gojo: E quando será o evento?
Marin: Hum... Vejamos...
Kimono de zoeira: Daqui a duas semanas...
Marin: Daqui a duas semanas!
Kimono: ... *entrou em morte instantânea por choque de coincidência*

COMO ASSIM EU FALEI O NEGÓCIO DE ZOEIRA E... ERA MESMO?
Nossa, Gojo está lascadaço! Vai ter que costurar dia e noite, noite e dia, para esse cosplay ficar pronto. MEUS PÊSAMES, IRMÃO!!!

E agora a gente vai de Telecurso do Cosplay - Inveja da loja de perucas!

Leitor, eu sou uma pessoa cansada.
Não tenho ânimo pra ficar xingando anime, por isso dropo. Não tenho ânimo pra continuar anime pra falar mal, por isso dropo. Eu basicamente não tenho ânimo e só mantenho as análises que vão me dar algum retorno emocional, seja com surtos, empolgação ou algo bem maravilhoso.

Sim, você entendeu direitinho, eu vou dropar My Dress-Up Darling.
Agora o que você provavelmente não esperava, seria o meu pedido: continue com o anime.

Agora que já deixei pessoas confusas, vamos aproveitar para explicar por que você deveria continuar assistindo o anime.

Principalmente nesses dois episódios, compreendi qual é o esquema da história. Temos um "SHOUNEN ecchi de romance", uma trama com ênfase no entretenimento para o público masculino e que usa o gênero romance como pano de fundo.

Sabe quando as pessoas dizem "ah, a série tal é 'série de adulto'"?
É uma tentativa desesperada de colocar uma série num patamar de maior importância, mesmo muitas vezes não sendo tão bem escrita, só porque tem violência, sexo e drogas. Pois isso é bem "coisa de adulto".

Um "SHOUNEN de romance" é um romance que o garoto vai poder acompanhar, já que não é melosinho e "bobo". Por mais que o protagonista não seja alguém com experiência em relacionamentos, ele é "normal" no sentido de "igual a todos os outros garotos". Ou seja, tem desejo sexual.

Apesar do hobby com as bonecas hina, isso não influencia sua sexualidade.

E aqui cabe um grande adendo: apesar das aspas em normal ali em cima, gostaria que o leitor não julgasse de forma errada. Como estamos tratando de um romance hétero e entre pessoas cisgênero (que se identificam com o sexo biológico que nasceram), usei a palavra normal apenas para fácil entendimento.
Assexualidade, que é a falta ou pouco interesse sexual, é algo que também faz parte da normalidade e deveria ser tratado de forma natural.

Enfim...
Para mostrar que o hobby não afeta ou influencia a sexualidade do Gojo, vemos neste episódio o garoto tendo um sonho erótico com a Marin vestida de Shizuku-tan.
A menina procurando o coleguinha por toda a escola...
Esta é a melhor cena do episódio. A doida numa quadra vazia berrando.
Pois é. Interessante que mesmo jogando o jogo, ele não sonhou com as personagens, e sim com a menina de carne e osso que esteve em seu quarto com pouca roupa.

Ele então acorda excitado, provavelmente com uma ereção, e se masturba.
Como eu sei disso? Por causa da cena da caixa de lenços.
Se você não tem a referência e não sabe dessa representação, ela pode simplesmente passar batido.

Desculpa se você não sabia.

E para que os lenços?
Bom, leitor, se você lembrar da sua aula de Biologia, vai saber que pessoas com testículos e pênis costumam produzir esperma, que é um líquido que contém espermatozoides. Se esse líquido entrar em contato com um óvulo, um dos espermatozoides sortudos pode se tornar um bebê em, pelo menos, nove meses.

Sim, o lenço é para evitar que voe esperma.

Termina aqui a nossa seção Hataraku Saibou.

Particularmente, acho uma gracinha o modo como o Gojo trata as situações.
Ele tenta ao máximo ser educado e não se aproveitar em nenhum momento da Marin. O que é o mínimo que eu espero de qualquer ser humano.

Acho compreensível ele ficar excitado em determinadas cenas, afinal, ele sente atração sexual pelo sexo oposto. Isso nem entra em questão.
O interessante nisso tudo é ele ter o mínimo de discernimento de entender, que a pouca roupa dela ou as posições que ela faz, não são um convite para toques e outros avanços.

O otaku de boneca hina é mais gente do que os homens que mexem com mulheres desconhecidas na rua, ou dos "amigos" que acham que a intimidade proporcionada pela amizade lhes permite alguma coisa.

Por mais homens com discernimento como o nosso querido Gojo.

Daí leitor eu vou dar um nó na sua cabeça: tirando o fanservice exagerado, que neste episódio até pegou leve, a história dos personagens é bastante cativante.

Confesso que não sou uma amante de animes de romance, contudo, entre os poucos que assisti e o único que envolvia um protagonista masculino contando sua história de amor, esses detalhes "sujos" ficaram de fora.

Quer queira ou não, sexo é um tabu.
E normalmente quando falamos de sexualidade masculina heterossexual, ela costuma ser mostrada de forma machista e com ênfase no fanservice feminino, que é para agradar o público.

Aqui vemos um adolescente tendo um sonho erótico com uma colega, ou melhor, uma amiga e que entende muito bem que entre eles não rola nada. A resposta física dele não é sentimental, é puramente sexual.

E por conta de suas inseguranças, ele não consegue ver um relacionamento com ela. Aliás, nem amizade num primeiro momento, que dirá as fofocas sobre namoro.

Gosto desse desenvolvimento do personagem.
Não é o cara do romancinho água com açúcar e muito menos o rei do harém que quer passar o pinto por aí. É alguém mais palpável, por quem podemos ter empatia.

Numa indústria em que temos tantos personagens masculinos fazendo um desserviço desgraçado, é bom ver o Gojo tendo desejo sexual e sendo um cara com inseguranças, e que não pensa em se aproveitar da aproximação da Marin.

Não bastasse isso, que gracinha esse menino falando sobre o tecido fosco e uma cor e tamanho diferente da peruca. Ele embarcou nessa doideira da otaku, de fazer o cosplay, e realmente se dedicou.

Outro detalhe muito legal da relação dos dois é a compreensão da Marin sobre como a palavra "bonito" é especial para o garoto, além do sentimento de acolhimento que ela sentiu quando ele DE FATO jogou o jogo.

É como ela mesma disse, recomenda pros amigos, eles dizem que é interessante e o assunto morre por aí.

Tudo bem que não é lá A MELHOR CONVERSA PARA SE TER EM PÚBLICO.
Mais normal a Bakarina e a Acchan falarem sobre como conquistar o príncipe de coração de gelo do que... Marin e Gojo discutindo sobre como lidar com a ejaculação do personagem de um jogo erótico de harém.

Gente.
MORTA.
E eu nem estava na fila do restaurante...

E é por isso, leitor, que eu vou dar um PLOTE TUÍSTE CARPADO na sua cabeça e revogar meu "dropado" ali de cima. Sim, vou continuar.

Depois de escrever a análise, eu realmente fiquei interessada para acompanhar a parte realmente necessária da história.
 
Quase esqueci de falar um pouquinho mais sobre a Marin!!!
Apesar do fanservice e talz, se você prestar atenção no comportamento dela, a garota faz tudo com muita ingenuidade. Não é para provocar, atiçar. Tanto é que no episódio passado, a ficha acaba caindo nos últimos momentos da medição e ela fica vermelha.
 
Até porque a Marin não olha o Gojo como um interesse sexual, e sim como um amigo. Alguém com quem ela se sente tão bem e tão à vontade, que age mais naturalmente e faz coisas que faria na frente das amigas.
 
O Gojo também não a vê como "interesse sexual".
Como eu já disse, é só um estímulo visual. Por enquanto isso não parece ser feito de propósito (na cabeça dele, de pensar exatamente nela para ter o estímulo físico).
 
O fanservice a gente continua reclamando e problematizando, pois o blog é meu e eu falo o que quiser nele. Não gostou, o Google está aí para recomendar coisas melhores.
Quando o pagamento cai na conta e você pode se mimar à vontade... até o dinheiro acabar.
Muito bem, agora que My Dress-Up Darling ganhou uma sobrevida, vamos falar de informações técnicas! SIM, TINHA QUASE ESQUECIDO que prometi no post de primeiras impressões... ohoho

A abertura é "San San Days" de Spira Spica e o encerramento é "Koi no Yukue" de Akari Akase. Não considero músicas memoráveis... Tanto é que eu pulei nos dois episódios. ohohohoho

Marin Kitagawa é dublada por Hina Suguta.
Tem poucos papéis creditados.
Além da Marin, ela fez a Touko Kirigaya da franquia BanG Dream! (SANZIGEN).

Wakana Gojo é dublado por Shouya Ishige.
Também tem poucos papéis creditados.
Seus destaques são: Yun Arikawa de Godzilla: S.P (Bones, Orange) e Yuusaku Fujike de Yu-Gi-Oh! VRAINS (Gallop).
Ele também faz o Ludo Shubarie de Lucifer and the Biscuit Hammer (NAZ).

Nowa Sugaya, a menina do cabelo bicolor e que gosta de pirulito, é dublada por Larissa Takeda Tago.
A lista de papéis é razoavalemente pequena.
Fez personagens principais em: Sonata de Bermuda Triangle: Colorful Pastrale (Seven Arcs Pictures), Shizuku Ariyama de Boku no Kanojo ga Majimesugiru Sho-bitch na Ken (Diomedéa, Studio Blanc) e Aoi Shachigashira de Yakiniku-ten Sengoku.

Curiosidade: A Larissa é filha de mãe japonesa e pai brasileiro 3ª geração de japonês (seria neto de japonês?). Ela nasceu na província de Aichi, no Japão.

Rune, amiga da Marin que tem cabelo comprido e clarinho, é dublada por Akira Sekine.
Seus papéis de destaque são: Kei Tanigawa de Akebi-chan no Sailor-fuku (CloverWorks), Lily Lipman de Birdwing: Golf Girls' Story (Bandai Namco Pictures), Tokime de Fuuto-Pi, Anaak Jahad de Tower of God (Telecom Animation Film), Toto de RPG Real Estate.

Daia, a amiga da Marin que perguntou se ela não estava enchendo o saco do Gojo, é dublada por Yuuka Amemiya.
Só tem três papéis creditados, entre eles a Daia, e nenhum é principal.
 
Kaoru Gojo, o avô do Gojo costureiro, é dublado por Atsushi Ono.
Seus papéis de destaque são: Ryuurou Hirotsu de Bungou Stray Dogs, Edgar de SPYxFAMILY.

Bom, o elenco em si tem muitos nomes desconhecidos, que são novos no ramo ou que têm poucos trabalhos.

Ainda assim, a interpretação está muito boa.
Espero que os dubladores da Marin e do Gojo apareçam em mais trabalhos nos próximos anos. São vozes gostosas de ouvir.

Este anime foi assistido na Crunchyroll

Nos vemos no próximo post de My Dress-Up Darling!

Por Kimono Vermelho aquela que é libriana e por isso mesmo tem o direito de viver momentos de indecisão - 12/09/2022

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