segunda-feira, 8 de junho de 2015

Magi pela JBC - Volume 2

PESSOAL!!!
Estou muito doente (gripe forte e escrota), por isso não vou prometer posts para esta semana além deste. Sim, doença atrasa a vida de todo mundo, eu sei, mas não tem jeito.
Nos vemos em breve e espero que com melhores notícias!

Caso você esteja procurando pela análise da história do mangá, vá na parte Magi. Aqui é só para comentar termos e nomes escolhidos pela Editora JBC, dando as devidas explicações aos fãs. #Magi2 #MagiJBC #KimonoAmarelo


Magi: o labirinto da magia
Volume 2
Volumes da esquerda são os japoneses e da direita o brasileiro.
Por que fazer review de um mangá que já teve o seu e é comentado semanal/mensalmente no blog?

Porque os fãs de Magi ainda fazem várias perguntas e têm uma sacola retornável gigante de ódio (às vezes bem fundado e outras vezes totalmente sem noção).

Kimono Amarelo está aqui para solucionar parte das suas dúvidas e servir como uma ponte de compreensão entre a editora e os fãs. Não, eu não tenho nenhuma regalia com a JBC ou parentes trabalhando lá. Estou fazendo por conta própria, pois me sinto mal de ver que nós, fanáticos por Magi, estamos nos desfazendo em ódio quando amamos a mesma obra.

Por isso o blog trará uma review completa do volume brasileiro, não falando da história, e sim dos termos usados, possíveis erros no mangá, entre outros detalhes.

Para ler a review completa de outros volumes brasileiros: Magi pela JBC (Volumes).

E então, aceita embarcar nesta aventura comigo?

ABRA-TE, SÉSAMO!

Capa
O nome do mangá foi traduzido para o português ficando: Magi: O labirinto da magia.

Algumas diferenças do volume original:
-Saiu o título em katakana "マギ" com uma pequena romanização dentro de "マ" e entrou a romanização "magi" com uma fonte que lembra bastante a japonesa.
-O subtítulo "the labyrinth of magic" em inglês foi traduzido para o português "o labirinto da magia" e tem a mesma fonte do mangá japonês.
-Não gostaram da capa? Quer importar o modelo francês ou o modelo inglês? Bom, o dinheiro é seu, mas se me permite um adendo, de TODAS AS CAPAS de Magi já vistas pelo mundo, a BRASILEIRA é com toda a certeza a segunda mais bela (perdendo para a original, é claro).
-O mangá é recomendável para maiores de 14 anos.
-Capas internas com impressões coloridas.
-Não tem capa dupla espelhada, de um lado temos a capa do mangá e do outro uma imagem diferente (é o mesmo esquema e imagens das capas originais).

A capa do 2º volume de Magi tem o rosto do outro protagonista: Ali Babá Saruja (e Aladim ao fundo).

Capítulos
Neste volume temos dez capítulos além da última parte do extra sobre a autora.
Em Magi os capítulos são chamados de "noites" em alusão As Mil e Uma Noites.
8ª Noite: Quem é o Aladim
9ª Noite: Déspota
10ª Noite: Nostalgia
11ª Noite: Necrópoles
12ª Noite: Lugar para arriscar a vida
13ª Noite: O mago da criação
14ª Noite: Chefão da dungeon
15ª Noite: Conquistado
16ª Noite: Promessa
17ª Noite: O dia da partida
Extra no meio do mangá: Sobre mim, Shinobu Ohtaka

Aqui no blog as análises dos capítulos podem ser lidas em:
-6ª a 10ª Noite, 11ª a 15ª Noite e 16ª a 20ª Noite (a leitura é feita via scanlator inglês)

Nomes e Termos
A lombada original (esq.) com um vermelho mais vivo e a lombada brasileira (dir.) com tom mais escuro.
Nomes
JBC/Scanlator: Ugo

JBC: Aladim
Scanlator (via Batoto): Aladdin

JBC: Ali Babá Saruja
Scanlator: Alibaba Saluja

JBC/Scanlator: Goltas

JBC/Scanlator: Jamil

JBC/Scanlator: Morgiana

JBC/Scanlator: Amon

JBC/Scanlator: Rei Salomão

JBC: Simbad
Scanlator: Sinbad

Locais
JBC: Qishan
Scanlator: Chisan/Chaasan/Qishan

JBC/Scanlator: Continente Negro

JBC: Império Remu
Scanlator: Império Rem

JBC: Catargo
Scanlator: Katargo/Katalgo

JBC: Quarto resistente
Scanlator: Quarto da fortitude

JBC: Barbad
Scanlator: Balbad/Balbadd

JBC: Simbária
Scanlator: Sindria

Termos

JBC/Scanlator: Dungeon

JBC: Turran
Scanlator: Toran/Torran

JBC: Abre-te... Sésamo...
Scanlator: Abra-te, Sésamo!

JBC/Scanlator: Djinn

JBC: Receptáculo de metal de djinn
Scanlator: Recipiente de metal de djinn

JBC/Scanlator: Fanalis

JBC/Scanlator: Magi

JBC/Scanlator: Magoi

JBC: Simbariano
Scanlator/Blog: Sindriano

JBC/Scanlator: Rukhs

Adendos
Amon é o djinn do respeito e da austeridade.
Tem adendo para "airag", palavra mongol para leite de égua fermentado e acidificado (seria uma coalhada?).

Traduções, Adaptações e Versões
A "outra" capa. Lindas no original (esq.) e versão brasileira (dir.), bem caprichadas.
Nomes dos personagens
Ali Babá, Aladim e Simbad causaram estranhamento em boa parte dos fãs que estavam acostumados com as grafias inglesas: "Alibaba", "Aladdin" e "Sinbad".

A equipe explicou que estão usando as versões brasileiras encontradas nas traduções de As Mil e Uma Noites.
Há uma versão mais nova da coletânea que foi traduzida por Mamede Mustafa Jarouche e a que eu gosto de citar, caso alguém se interesse pela fonte de onde titia Ohtaka andou bebendo.

Ah, sim...
Aos perdidos que falam que gostam de Magi, mas entendem tão bem quanto uma toupeira sabe fazer vidro, a história é sim inspirada em As Mil e Uma Noites.

A própria autora deixa isso bem claro no extra do segundo volume.
Não me façam passar vergonha, ok?

"KIMONO, OS NOMES CHIN-"
Não chegamos ainda nessa galera, então aquiete o seu popozão.
Cada volume terá a sua própria explicação, aguarde.


Nomes dos Djinns
Neste segundo volume conhecemos Amon em pessoa, o 7º djinn.

Os djinns (tirando o Ugo) foram inspirados nos 72 demônios de um documento chamado "A Chave Menor de Salomão", que ensina como invocar, usar os poderes de cada demônio e enviá-los de volta ao raio que o parta inferno.

Está aí a ligação do Rei Salomão (em breve falaremos mais dele) e de seus djinns (pelo menos fora de Magi).

Ao que tudo indica, a editora está se baseando na lista da Wikipedia sobre "A Chave Menor". Por isso pode haver discrepâncias entre algumas escolhas e a sua leitura no scanlator. Por exemplo: Valefar pelo scan é "Valefor" e pela JBC ficou "Valefar".

Nas análises do mangá eu também uso essa lista quando surge um novo djinn.

Nomes de locais
Dentre todos com certeza o que mais causou polêmica e estranheza foi "Simbária".

A troca de "Balbadd/Balbad" por "Barbad" não gerou muita controvérsia, ainda que no produto oficial a cidade de Ali Babá seja escrita como "Balbad" (como visto na Original Soundtrack da 1ª temporada do anime).

Segundo Cassius Medauar, conforme palestra na Bienal do Livro, a equipe pensou em como a autora criou aquele nome, no que se inspirou e como poderia adaptar para não perder o sentido daquela criação.

Originalmente o país de Simbad se chama "Sindria" e em japonês o nome dele é pronunciado como sendo "Sindbad" - シンドバッド (apesar de nos produtos oficiais estar "Sinbad").

Sindbad - Sindria
Simbad - Simbária

Sindria seria algo como a "terra de Sinbad", então a editora adaptou o nome do país para que seguisse o estilo que Shinobu Ohtaka tinha criado.

Não é de hoje que a JBC "ignora" nomes próprios e os traduz ou adapta. Vide Doutor Morte (Death Shinigami-sama) em Soul Eater de Atsushi Okubo e Sem Pescoço (Kubinashi) em Nurarihyon no Mago/Nura: A Ascensão do Clã das Sombras de Hiroshi Shiibashi.

Podia ser pior, podia ser "Simbalândia" (é sério).
Nota pessoal: "Simbalada" faria muito mais sentido e-

Todas as grafias abaixo estão corretas:
-Sinbad
-Sindbad
-Simbad
-Simbá <- agradeçamos por não ter sido esta a escolhida... Muito feia.

Outra coisa muito importante de lembrar é: os japoneses são lesados.

Acertar a romanização de alguns nomes escritos em katakana (silabário dedicado as palavras estrangeiras) é sempre difícil, vide o scanlator com as trezentas formas de escrever "Qishan". Japonês é um idioma desgraçadamente complicado por conta disso.

Ai, como dói
"Simbária" é com certeza um dos termos que mais doeu de ler e de escutar.
Confesso que eu fiz um escândalo daqueles quando li o que para mim naquele momento era o "MAIOR ABSURDO DO MUNDO".
A palavra não se tornou mais bonita, porém, é fato que comecei a aceitá-la depois das explicações de Cassius na Bienal.

Aqui no blog as análises continuam saindo com "Sindria", eu falo e escrevo "Sindria", mas também considero "Simbária" correto.

Segura as lágrimas negras da sociedade para os próximos volumes.

Ficaram iguais
Termos que preocupavam bastante e se mantiveram:
-Rukhs
-Magoi
-Magi
-Djinn
-Dungeon
-Fanalis

Eles fazia parte da "teoria do medo", aquela de que a equipe da JBC transformaria o mangá em uma desgraça, o que felizmente não aconteceu.

Alguns nomes foram apenas traduzidos:
-"Salomão" era originalmente "Soromon/Solomon".

Considerações Finais
Até o 11º volume já deu para perceber que a editora não é nenhuma mocinha popozuda leviana e que está fazendo um trabalho digno com a história que amamos. Os termos mais cruciais do mangá se mantiveram, algumas grafias foram modificadas para se adequar ao nosso idioma e mesmo as adaptações de piadas caem facilmente no gosto da galera.

E se ainda estiverem insatisfeitos, bom, sempre teremos o scanlator para nos consolar.

Oh, fanáticos por Magi, esta humilde serva pôde aplacar vossa raiva por este volume? Então nos vemos no próximo!

Por Kimono Vermelho aquela que sofre cada vez que tenha que ler algum volume antigo de Magi, pois lembra a depressão que está o arco atual - 08/06/2015

4 comentários:

  1. É que nem eu tava pensando outro dia, que eu até sei como os fãs de Magi se sentem, porque eu leio Magi apenas pela JBC, e nesse ponto (vol. 11) acho nomes como Sindria ou Balbadd/Balbad sem graça. Não sou de me apegar a esse tipo de coisas, e se lesse Magi antes não falaria muita coisa sobre as mudanças, mas acho que sei um pouco como se sentem.
    PS: Não sei sobre o cara de Nura, mas acho justo termos uma tradução do nome do Death de Soul Eater, afinal, os japas têm a deles (Shinigami-sama).

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    1. Olá, RAf's¨64!

      Isso que dá pegar Wikia por não lembrar o nome do personagem!!! Vou lá corrigir para "Shinigami-sama".

      Obrigada pelo comentário!

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    2. O wikia não tava errado. Death é como o nome do Doutor Morte/Shinigami-sama consta no databook de Soul Eater. Por isso disse que o nome "Shinigami-sama" é uma adaptação pro japonês :p

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    3. É que eu realmente não lembrava (não sou fã de Soul Eater, mas li uma época).

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