sexta-feira, 21 de abril de 2017

Magi - Da 206ª à 210ª Noite

Quatro meses depois, Alibaba finalmente chega em Balbad!
SIM, VIAGEM DE NAVIO DEMORA MUITO, MINHA GENTE!

Lembrando que entre a JBC e os meus posts foi decidido no Voltando pra órbita! quais os nomes que seriam usados aqui.

Nas Noites anteriores Alibaba foi convocado por Kouen para retornar à Balbad. No caminho ele precisa lidar com dois tipos de ~piratas~: os que tentam saquear o navio e os que começam a namorar. Enquanto isso em Sindria, Aladdin é convocado para um "clubinho de magis".

ATENÇÃO!: Este texto contém spoilers do mangá de Magi e consequentemente da 1ª temporada do anime Magi: The Labyrinth of Magic e da 2ª temporada do anime Magi: The Kingdom of MagicLeia por sua conta em risco.

Magi
~206ª Noite: À Noite na Casa de um Velho Amigo~
 Meu senhor, com essa janelinha frontal a rapadura vai acabar escapando da sua boca.
Após muito sofrimento, quatro meses, várias caixas de remédio para enjoo e piratinhas fuleiros tentando saquear o navio, a PATOTINHA de Alibabar finalmente põe os pés em terras balbadenses... Ou o que deveria ser.

Caso você queira acompanhar pelo mangá, estamos ainda no 21º volume. Arrependimento é uma lança gigante que fica cutucando a blogueira e a dilacerando por dentro, então não fiquem mais possessos do que eu mesma com toda a demora.

O que mais impressiona em Balbad é que não dá para lembrar praticamente nada da antiga. O país foi todo reconstruído, lembrando uma colônia do Império Kou.

Bom, não é novidade para quem estudou o básico de História mundial na escola, já que vários impérios e reinos "apagaram" a cultura dos países e povos conquistados, obrigando-os a seguir a sua.

E esse tema será discutido durante os próximos capítulos.

"Os países conquistados pelo Império Kou, tornam-se o próprio Império Kou."

A gente pode até acabar esquecendo, mas o Alibaba é um príncipe e recebeu educação como tal. Exatamente por isso, ele precisa analisar muito bem onde vai pisar e "dançar" conforme o ritmo imposto.

Outro fator importante é a posição dele ao retornar à sua terra natal.
Pelo que podemos ver nas palavras do tiozinho nojento que não tem mais idade para ter "janelinha" nos dentes da frente, Alibaba está sendo recebido como embaixador.

Na verdade, o título nem importa, o que esse cocô que se move e o pessoal de Kou por ali quis dizer é que o loiro foi deposto de sua posição de príncipe e que para o seu próprio bem é melhor que ele não tente "nenhuma gracinha".

Uma coisa interessante a ser percebida é que desde o segundo capítulo do mangá nós sabemos que Alibaba é alguém que consegue controlar seu emocional quando é necessário. 

Tanto que por mais provocações que recebesse, nenhuma delas teve resposta.
Alibaba, aproveitando que Kouen estava ausente e só voltaria no outro dia, pediu para fazer uma visita à antiga área da favela.

Acompanhado de dois soldados, ele se depara com ex-colegas da Trupe do Nevoeiro, Zaynab e Hassan, que agora têm um bebê e moram numa habitação popular, tipo aquelas que a gente tem aqui no Brasil feitas pelo governo.

Acho, SÓ ACHO, que essas em Balbad têm menos problemas estruturais que as nossas aqui e são menos superfaturadas.

Não, não vamos comentar sobre como TODO MUNDO SE PREOCUPADA COM A VIDA AMOROSA INEXISTENTE DE ALIBABA SALUJA! Só isso já daria um ótimo 
nome de anime.

É difícil não admirar o modo como a Ohtaka apresenta a história em alguns capítulos (se for para falar dos atuais, eu tenho vontade de enchê-la de tapas).

Aqui nós vemos primeiro a opinião de Zaynab sobre as mudanças feitas pelo Império Kou. Ela conta ao nosso chifrudinho favorito que quando os soldados de Kou tomaram o palácio real e renderam o exército, as mudanças foram feitas em tempo recorde.

Tomaram todas as posses que a população possuía, independente de serem de classe baixa ou alta, e redistribuíram igualmente. Reconstruíram estradas, fizeram irrigações em cada campo, deram mudas de roupa, comida e muitos outros benefícios.

Esse sistema criado pelo Império Kou dá oportunidade de "mudança de vida" para todos aqueles que pagam os impostos e trabalham direito, ou seja, até mesmo alguém da favela pode ascender socialmente.

Tanto que o sonho da ex-Trupe do Nevoeiro é abrir uma lojinha e ter pessoas trabalhando para ela.

Quando a mulher diz que as coisas aconteceram de forma tão rápida que nem foi possível pensar na bondade ou ruindade das mudanças, podemos perceber que o "sonho do Império Kou" não é tão reluzente quanto se imagina. Principalmente depois da opinião de Hassan.

Uma correção sobre o scanlator: quando Alibaba está passando de carruagem pelas ruas de Balbad, ele vê duas cores de roupas, a prateada e a marrom. Acontece que não é "prata/silver", e sim verde, como você pode observar no mangá da JBC.

Sim, leio pelo scanlator o mangá que analiso aqui, só que a versão brasileira está do lado para ser consultada sempre que precisar.

Hassan nos dá uma visão mais realista e dura das alterações aplicadas por Kou. As roupas que a população balbadense usa é verde, cor dos plebeus. As leis são estritas, dizendo que dependendo da coloração da vestimenta as pessoas têm que obedecer e se curvar às outras.

O branco, que era costumeiro para os marinheiros, as pessoas da favela e até mesmo o tom arenoso das roupas da Trupe do Nevoeiro, é destacado para a nobreza (provavelmente a que vem de Kou, e não a de Balbad).

Hassan nos mostra exatamente a parte da dissipação cultural e da ditadura mascarada, afinal, os balbadenses não podem escolher suas profissões e sequer chegar a um posto de comando. Tudo é decidido por Kou.

E o homem fala que a população está ficando cada vez mais acomodada e estúpida, como se usassem antolhos (aquele item que limita a visão dos cavalos).

É aí que finalmente vemos o que pode acontecer com Balbad nos próximos anos, quando as gerações mais antigas, que conhecem a história do país antes de se transformar numa cópia de Kou, falecerem e não existir mais quem se lembre do que o país foi um dia.


Magi
~207ª Noite: No Túmulo de Cassim~
Meu senhor, já tentou consultar uma blogueira de moda para não passar essa vergonha?
Enquanto Zaynab e a criança estão dormindo, Hassan leva Alibaba até o túmulo de Cassim. Na verdade não há nada enterrado ali, é apenas simbólico.

Mais para frente, daqui a um ou dois arcos, vocês vão entender o motivo do Império Kou ter recolhido o corpo carbonizado do líder da Trupe do Nevoeiro. Ou pelo menos fará sentido.

O homem explica que ele e mais dois companheiros decidiram fazer um túmulo para Cassim, ainda contando que ambos estão bem, trabalhando duro. Um deles até ascendeu socialmente, tendo quatro servos sob seu comando.

É neste capítulo que temos a explicação sobre a segunda cor de roupas da população, as marrons.

Resumindo a angústia de Hassan, vemos uma pessoa que mesmo compreendendo a melhora na condição de vida (podem comer todo dia e têm emprego), contudo, sente falta dos dias em que eram livres para escolher seu próprio caminho e lutar por um futuro diferente.

Debaixo do comando do Império Kou, como esperado, as pessoas que se rebelam contra o sistema de governo são aprisionadas e executadas.
Acho que já devo ter comentado em um dos posts, que Magi é ótimo para entendermos um pouco da História mundial e até mesmo da brasileira.

O ex-membro da Trupe do Nevoeiro, naquela página com os balões pretos, mostra uma intenção nacionalista forte, de quem quer usar sua força pelo país que nasceu, e não para ser mão-de-obra de outra nação.

O problema é que a esposa está esperando mais uma criança, então ele precisa priorizar a proteção de sua família e aceitar a condição imposta por Kou.

De certa forma eles vivem bem melhor sob o governo atual do que na época de Abhmad, porém, sem liberdade para poder se expressar ou lutar por um futuro mais digno como balbadenses, e não "antigo povo de Balbad".

Apenas no outro dia que Alibaba fica sabendo quem são as pessoas que usam roupas marrons.

No caminho para se encontrar com o governador geral, príncipe Kouen, a patota do embaixador se depara com um acidente. Uma criança é atropelada por uma carroça e ninguém ao redor faz nada.

Balbad que antigamente não tinha escravos, agora possui um regime escravocrata, uma vez que em Kou a escravidão é permitida.

Lembrando que a Morgiana sofreu por muitos anos como escrava e quem a libertou das correntes visíveis e invisíveis foram Aladdin e Alibaba. Ou seja, esse assunto é bastante importante para o trio e apenas um ou dois anos se passaram desde que a Fanalis conseguiu sua liberdade. 

Não fosse o bastante, o VELHO ESCROTO DE JANELINHA NOS DENTES DA FRENTE ainda diz que não há nada com que se preocupar, uma vez que os escravos são trazidos de outros lugares, como se tudo ficasse melhor por não serem cidadãos de Balbad.

Os escravos são propriedades nacionais e por isso ninguém deve interferir ou poderá sofrer com as consequências.

Quando ele fala sobre educar as crianças é de banalizar a existência dos escravos, como se eles fossem seres inferiores com os quais não você não deve se misturar ou importar.

Um dos soldados, a mando desse velho que já deveria estar esquentando uma cova, dispersa as pessoas que estão ao redor atormentadas com a cena, ameaçando-as de perderem suas mordomias.

Traduzindo: o "sonho construído pelo Império Kou" segue o estilo de uma ditadura. Enquanto você andar de acordo com o que o governo impõe, nada de mal lhe acontecerá, agora se quiser ir contra, por mais que esse seja o certo, as consequências não serão nada agradáveis.

Ainda chocado com essa informação, Alibaba pede para que levem aquela criança para o médico. Bom, do jeito que esse pessoal tem um coração amável, a primeira vala que virem será o túmulo perfeito para essa criança.

Magi
~208ª Noite: O Homem Chamado Ren Koumei~
Aquele momento que você está tão puto que cutuca a onça com o próprio dedo.
AH, COMO EU ADORO ESTE CAPÍTULO! ALIBABA NUNCA FOI TÃO "OLHA AQUI, VADIAS, VOCÊS VÃO TER QUE ME ENGOLIR"!

Lembra do tiozinho da janelinha frontal? POIS BEM, ELE TEM UMA CORJA DE BABA-OVO QUE GOSTA DE CRIAR INTRIGA.

Ah, espera, não é a corjinha do tio da janelinha, é um general de meia-pataca que começa com a putaria.

O povo berra num retardo mental que chega a dar desgosto.
"Ainn que esse guri do chifre que não consegue arranjar namorada precisa se curvar diante do PICA DA GALÁXIAS HOMÃO DA PORRA PRÍNCIPE-REGENTE PRÓXIMO IMPERADOR DO PLANETA, Ren Kouen".

Para não dizer que foi um simples inútil, O TIO DA JANELINHA fecha com chave de merda a introdução desnecessária deste capítulo.

"AIEN, MAGINA! ELE NÃO É NINGUÉM DE BALBAD! NEM PRÍNCIPE! ELE É SOMENTE UM EMBAIXADOR DE SINDRIA, ESSE POBRE COITADO QUE NEM DEVE TER O QUE COMER SE SAIR DO PAÍS DAS BALADAS".

Chifrudinho se mantém firme, apesar dos ex-soldados de Balbad estarem quase morrendo por dentro com os comentários babacas.

MAL SABEM TODOS ESSES TROUXAS QUE ALIBABA TÁ MAQUINANDO A VINGANÇA. FUFUFUFU

Dois capítulos atrás, Kimono, o papo era tão sério...
Limbosfera Otaku, leitor desavisado. Leitor desavisado, Limbosfera Otaku. BEM-VINDO AO MEU REINO DE DESPIROCAGENS E LESEIRAS!

A treta que fica na cabeça da galera é:
-Se ele se curvar, está lambendo as botas de Kou;
-Se ele não se curvar, está pouco se lixando para Balbad.

Pessoal quer ver o mundo pegar fogo E SÓ!
Ainda bem que aqui no Brasil é feriado e EU VOU PODER DORMIR O DIA INTEIRINHO! hoho
O menino vai lá, ESCOLHE A TERCEIRA OPÇÃO, a de se prostrar e...
"Aqui em Balbad, nós temos um antigo costume. O ato de encostar a testa no chão é uma prece para que as grávidas tenham um bom parto. Tudo bem para você?"

OUVIRAM ESSE HUE HUE HUE BALBAD BALBAD BALBAD?
Como os trouxas não conhecem a cultura do país, foram totalmente trollados pelo ex-príncipe.

Vocês sabem que não foi o Hong-Yan que passou vergonha com isso, né? OS BABA-OVOS QUE SE FODERAM LEGAL! Tanto que, acreditando totalmente na mentira de Alibláblá, os otários pedem para todo mundo se levantar, uma vez que, vossa alteza PICA DAS GALÁXIAS HOMÃO DA PORRA IMPERADOR DO UNIVERSO não é uma mulher grávida. 

Falando em Lian Hong-"Barba de Bode", ele dá risada e pede para o pessoal sair. Curto gente que não tem tempo para frufrus retardados como os de seus baba-ovos.

A sós com Alibaba, Kouen dispensa o protocolo e conta que a diferença de linhagens não importa, até porque ele mesmo há alguns anos não estava tão próximo da linha de sucessão.

Depois de ouvir algumas indagações do príncipe de Balbad, a beleza do HOMÃO DA PORRA cansa e ele chama Meimei para participar da conversa, ou melhor, ficar no seu lugar.

A desculpa é que há coisas mais urgentes acontecendo no mundo e que sentar para entrar em acordo não é a opção mais rápida.
Fica maquinando coisas erradas na cabeça, que tu vai acabar levando uma invertida em breve!
A gente não dá nada pelo Meimei, só que ele é O MAIS PERIGOSO dos irmãos Kou! Mentira, todos eles são perigosos em pé de igualdade! Um é sádico, o mais velho dá medo e esse daí que não parece nada TEM UMA MENTE MAQUIAVÉLICA!

Ao contrário do que todos pensavam, o cérebro por trás de todas as mudanças de Balbad não era o de Kouen, e sim do segundo príncipe, Ren Koumei.

Ele deseja que as novas gerações sejam criadas acreditando que a única família imperial é a de Kou, apagando quaisquer vestígios da existência da realeza Saluja.

Tudo isso para unificar o mundo.

Tanto que ele diz duas coisas muito interessantes. A primeira é que uma mentira repetida várias vezes se torna realidade. A segunda é que, se for para um bem maior, não tem problema mentir mesmo que a mentira seja absurda.

Ainda que este blog não seja político, há vários pontos em Magi que podem ser comparados com a situação atual e dos últimos anos do Brasil. Da manipulação de informação (no mangá ministrada pelo Império Kou), reestruturação com falsa impressão de que tudo melhorou e banalização de atos hediondos.

Magi
~209ª Noite: Ideologia de Unificação~
Pensa numa pessoa que vai fazer baldão de pipoca e tomar dois litraços de refrigerante no próximo arco!
AQUI COMEÇA O 22º VOLUME DE MAGI!
Vamos falar sobre um capítulo difícil de ser comentado, porque a burrice ocupa mais de 90% do meu cérebro. Bom, tentar explicar toda essa bagaça não machuca, né?

A ideia que Kouen e seus irmãos estão tentando implantar no mundo é o título deste capítulo. Não importa se eles precisarão usar de males necessários para atingir seus objetivos, como usar a escravidão.

Segundo Koumei, o sistema escravo do império é mais humano, proibindo maus-tratos e libertando essas pessoas depois de cinco anos de trabalho.

No começo da conversa, o príncipe pergunta qual a situação mais provável de acontecer: as pessoas se entenderem na base da conversa ou brigarem por diferentes pontos de vista?

E o mais interessante neste capítulo é que vemos a teoria dos irmãos Kou sendo praticada. Eles acreditam na segunda opção, de que as pessoas não conseguem entrar em acordo com uma simples conversa, pois nenhum dos lados vai ceder.

Isso acontece durante toda a conversa, Koumei contando sobre a ideologia de unificação e Alibaba a rejeitando por não seguir os princípios que ele considera os certos.

Por isso mais para frente os irmãos Kou conversarão entre si e chamarão o chifrudinho de "hipócrita". Nem vem que isso não dá para ser considerado um spoiler!

O príncipe que dorme até de pé explica que é inerente do ser humano destruir outras comunidades e ideologias diferentes da sua. Na minha opinião isso ocorre pela junção da ignorância e do extremismo.

Não é basicamente o que vemos com o Estado Islâmico?
No caso, uma distorção religiosa e um discurso que cria uma ideia de aventura e heroísmo que só existem em mentalidades que não pretendem se "enfraquecer" sendo razoáveis, ouvindo o que os outros têm a dizer e ponderar sobre isso.

E se o exemplo ficou muito longe da nossa realidade, que tal lembrar o leitor sobre os anos de 2014 à 2016 com um país dividido entre aqueles que vestiam amarelo e os que vestiam vermelho? Comparação um tanto infeliz, visto que meu blog é amarelo e minha alcunha é Kimono Vermelho.

Cegos por suas "ideologias" e incapazes de aceitarem os benefícios de seus "adversários" e os erros de seus "aliados", a maioria das pessoas chegou ao ponto de cortar relações com gente realmente querida.

E não se engane, leitor, os partidos políticos envolvidos em ambos os lados só tacaram mais gasolina na fogueira. O interesse deles era jogar a população contra si mesma enquanto aproveitavam o desfoque em cima deles para fazerem acordos, que, ao que tudo indica, não favoreceram E NEM IRÃO FAVORECER o povo. Fica a dica.

A guerra que aconteceu nas planícies centrais citada por Koumei é da história do Império Kou, unificado pelo primeiro imperador, o pai de Hakuryuu e Hakuei.

Esse caso de "ódio" já foi mostrado em Balbad anteriormente com a Trupe do Nevoeiro e em Magnostadt com a diferenciação "goi x magos". O primeiro por querer possuir o que a realeza e nobreza tinham, o segundo por desprezar aqueles que não eram magos, considerando-os uma "raça inferior".

Basicamente o que eles pretendem é unificar o mundo de modo que não existam países e ideologias diferentes, apagando até mesmo da história esse passado "desnecessário", tendo apenas um rei para liderar a todos.

E é relativamente fácil distorcer a História, desde que todas as testemunhas daqueles acontecimentos tenham morrido, "uma mentira repetida várias vezes, se torna realidade".

Não lembro se foi na Record ou na Globo que eu vi uma reportagem sobre o nazismo e os campos de concentração, em que a preocupação era manter de alguma forma essa história viva (se não me engano, num museu), uma vez que restam poucos sobreviventes do holocausto.

Imagine que as gerações mais velhas, que conheceram a antiga Balbad, faleçam com o tempo e sobre apenas as gerações que foram ensinadas sobre o Império Kou.

Aliás, não sei se fica explícito em alguma parte do mangá, mas... Essas crianças provavelmente não chamam Balbad de "Balbad", né? Pelo que disse Koumei, elas devem chamar esse local de "Império Kou".

O segundo príncipe ainda explica que com uma classe social ABAIXO da população regular as rebeliões diminuem. Não sei se por medo de se tornarem escravos ou de ir contra uma regime restrito que aprisiona e mata QUEM SE REBELAR, né?

O interessante desse discurso todo é que SINBAD, o Rei das Baladas, pretendia fazer mais ou menos a mesma coisa, lembram? E ainda assim Kou quer tretar com a Simbalândia. Hipocrisia come hipocrisia aqui.

Magi pode soar um tanto repetitivo, já que os temas vêm e voltam, como é o caso dessa tal paz para o futuro, e não apenas algo passageiro. Mantenham isso em mente, pois vai fazer sentido quando estivermos nos volumes 30 para cima.

Depois de toda essa conversa, Kouen retorna, crendo que o príncipe balbadense tinha compreendido a ideia e faria o favor de abaixar a cabeça e apenas concordar.

Acontece que nosso chifrudinho é teimoso e testa os limites da paciência dos irmãos ao questionar Meimei sobre o agora, de abrir seu coração para a população de seu país ao invés de esperar pelo futuro.

Prioridades primeiro, correto?
Por que não tentar desde agora a mudar essa situação? Não foi o segundo príncipe que disse que no lugar de lamentações pelo que já aconteceu, mudarem a raiz do problema?

É aí que o pessoal lembra Alibaba de um fator importante: ele está sozinho na base inimiga.

"Neste momento, você não é um príncipe ou qualquer outra coisa. Você é apenas um prisioneiro. Nada mudará neste país por mais que você berre!"

E quando o personagem mais odiado por Shinobu Ohtaka achava que morreria, Kouen vem com uma proposta... Ou melhor, PRATICAMENTE UMA ORDEM!

A família Saluja poderia ser revivida, desde que o rapaz cortasse relações com Sindria, jurasse lealdade a ele e trouxesse uma proposta melhor de governo. Não exatamente nessa ordem, ainda que eu acredite piamente no desejo do Kouen de que Alibaba SEGUISSE ESSA ORDEM.


Magi
~210ª Noite: Condições~
Gente, deixa o Alibaba morrer sem saber dessas coisas! OLHA A FRUSTRAÇÃO!
Enfim chegamos ao último capítulo do post. OBRIGADA, DEOS MATOBA, PELA GRAÇA ALCANÇADA! HORA DE DAR O ÚLTIMO GÁS!!!

Encurralado, Alibaba vai sendo cada vez mais pressionado por Kouen para levantar sua espada contra Sinbad e a Aliança dos Setes Mares.

"Por qual motivo você conseguiu esse poder? Qual é a coisa que você mais quer proteger? Não é Balbad?"

A situação chega num ponto que o príncipe balbadense se rende e deixa claro que não ficou nenhum pouco contente com a metodologia do príncipe da "Barba de Bode", que o pressionou de maneira quase insuportável.

Depois de dar uma prensa em Alibaba, Kouen abre caminho para que Koumei explique as condições da aceitação da proposta. Praticamente as mesmas já comentadas ali em cima com o diferencial de que a lealdade deve ser dada à família imperial Ren.

E para manter a linhagem dos Saluja ele deve se casar com uma princesa de Kou. É nesse momento que a gente sente o cheirinho fresco da merda chegando.

Ao se recusar a entrar num casamento arranjado, os irmãos Kou se irritam. Koumei chega a propor que, se isso o satisfizer, ele poderá ter uma ou várias concubinas.

NOSSA, FALOU DE CONCUBINA COM UM GAROTO QUE NÃO SUPORTAVA ESSE COMPORTAMENTO DO PAI E...

Aquele momento que o Koumei diz: "Até parece um virjão que nunca pegou mulher". Rapaz... RAPAZ. O ARPÃO DILACEROU O CORAÇÃO DE ALIBABA SALUJA.

Fica aquela situação constrangedora e... KOUEN RINDO LOUCAMENTE, ROLANDO PELO CHÃO DO SALÃO E BATENDO NA MESA DE TANTO GARGALHAR.

E por fim dizendo que despreza o Alibaba ainda mais.
DESPREZA O MENINO, PORQUE ELE É VIRGEM? VAI DAR CHUCHU NO MATO, REN KOUEN "BARBA DE BODE"!

Um dia o rei escolhido por Aladdin ainda ficará vacinado dessa trollagem cruel. PESSOAL NÃO DEIXA O MENINO EM PAZ!

E quando a gente acha que ficou tudo legal, tudo resolvido, Meimei enxota o loiro da sala, aproveitando o que parece ser o bom-humor do demonho de barba, e diz que o príncipe da antiga realeza do país deve se decidir de uma vez por todas.
Gente, se for para o Alibaba passar por esse trauma, mostra o link da minha análise.
Ou seja, deram mesmo um tempo para ele ponderar e responder.
Para alguma coisa essa humilhação serviu, Alibaba.

Enquanto sua mente está fervilhando ele dá de cara com Kougyoku, a sua provável futura noiva. O principal problema é que a garota não faz ideia do que seus irmãos estão "aprontando".

Toda animada ela conta que está feliz em revê-lo e também em retornar à Balbad, um lugar que decidiu o impasse de sua vida. Eu fico me perguntando, quando ela fala de se casar com alguém da família real daquele país, SERÁ QUE NÃO PASSA PELA CABEÇA DELA QUE VAI SER JUSTAMENTE O ALIBABA?

É nessa hora que os shippers AliMor começam a passar mal e ligar para o Samu, né?

MAS NÃO FIQUEM GASTANDO O TEMPO DA EMERGÊNCIA À TOA! Kimono vai contar para vocês um spoiler que não é spoiler: confia no seu ship e separa um chá de camomila, pois o sofrimento está garantido até os capítulos mais atuais, viu?

O pior é que a garota acredita piamente que os irmãos irão até a conferência para se acertarem com Sindria e viverem todos felizes para sempre.

Como ela e Alibaba se tornaram amigos, justamente em Sindria, o rapaz se sente AINDA PIOR ao saber das condições impostas para ele voltar e retomar Balbad, com a promessa de futuramente governar o país sozinho.

Ah, e agora a menina ganhou o título de general.
MIGA, QUANDO ISSO ACONTECE É QUE TÁ CHEGANDO ALTAS TRETAS PARA FODEREM SEUS ESQUEMAS DE PAZ, vai por mim.

Nesse meio tempo, os irmãos maquiavélicos comentam sobre a importância de ter Alibaba sob seu comando, transformando até mesmo o governo de Balbad em algo mais aceitável, já que ele tem apelo com a população.

E principal: se Alibaba cortar relações com Sindria, Aladdin meio que será obrigado a vir até seu candidato a rei, correto? É ISSO QUE O KOUEN QUER, a fonte de informação.

Além disso, os dois discutem sobre a relação entre Rem e a Aliança dos Sete Mares não ser tão superficial e recente.

Enquanto isso Mu Alexius chega para falar com Morgiana.
SIM, SURGE MU ALEXIUS EM BALBAD, PORQUE KOUEN ATIRA PARA TODOS OS LADOS. Acontece, gente.

O assunto que o belo conquistador de dungeon remano tem a tratar com a nossa fofurinha de força bruta é só um: Fanalis.

O que nos espera daqui a MAIS QUATRO MESES, minha gente?
Não vale caçar no seu volume 22 e vir encher de spoilers, que eu corto suas asinhas, quiança engrassada.

Zoeira, pessoal. Tentarei trazer o post com menos tempo de espera. Só lembrando o que já comentei várias vezes no Twitter, estou passando por instabilidades que talvez só me deixem em junho. Agradeço pela paciência.

Onze volumes atrás
Estou basicamente onze volumes atrás do Japão. A boa notícia disso é que vocês ainda terão um tempo para curtir Magi pelo blog, mesmo quando a história já tiver acabado.

Não, galera, não sei o que aconteceu com a Kimono de Outubro de 2016 que fez QUATRO POSTS de Magi naquele mês. Se serve de consolo, estou comentando a primeira temporada do anime. Os posts saem mais rápido do que as análises do mangá. fufu

Vocabulário de termos:
-Alibab's/Alibabar/Alibláblá, etc: Apelidos carinhosos que dei ao Alibaba.
-Meimei: Apelido carinhoso que dei ao príncipe Ren Koumei.

Magi pela JBC
Na versão brasileira oficial algumas coisas mudaram, então se você ficou confuso, consulte abaixo:

-Abhmad: Abmad
-Aladdin: Aladim
-Alibaba Saluja: Ali Babá Saruja
-Balbad/Balbadd: Barbad
-Cassim: Qasim
-Império Kou: Império Huang
-Império Rem: Império Remu
-Ren Hakuei: Lian Bai-Ying
-Ren Hakuryuu: Lian Bai-Long
-Ren Kouen: Lian Hong-Yan
-Ren Kougyoku: Lian Hong-Yu
-Ren Koumei: Lian Hong-Ming
-Sinbad: Simbad
-Sindria: Simbária
-Zaynab: Zainab 

Nos vemos nas próximas noites de Magi! 

Por Kimono Vermelho aquela que madrugou para trazer este post e vai aproveitar o feriado dormindo - 21/04/2017

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P.S.: Eu costumo responder de forma humorada os comentários, então não ache que cada apontada de dedo é diretamente para o seu umbigo.

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