quinta-feira, 27 de março de 2014

SEMANA DE ANIVERSÁRIO DO KIMONO AMARELO: Shounen X Shoujo

E aí, pessoal?

Estamos na semana de aniversário do Kimono Amarelo, meu bebê de um aninho, e pedi sugestões no Twitter para posts (mais objetivamente, o que vocês curtiriam ver nessa semana).

Se você gostar deste texto, sinta-se à vontade para mandar sua sugestão nos comentários! O tempo limite para enviá-la é 28/03 até o meio-dia.

O tema foi sugerido pelo blogueiro parceiro Carlírio Neto.
Uma breve introdução
Basicamente: shounen [menino] - mangás para meninos / shoujo [menina] - mangás para meninas.

A partir desse conceito simplório podemos entender as categorias das histórias, o que não necessariamente afasta um público de outro gênero.

Mangás shounen contém mais porradaria, sangue, linguajar feio, meninos com grandes poderes e várias responsabilidades...
Mangás shoujo contém mais romance, açúcar, meninas apaixonadas, poderes bonitinhos e arte linda.

Um bom exemplo de diferenciação feita à base do "racha crânio" seria Bleach (Tite Kubo) e Card Captor Sakura (CLAMP). Enquanto na primeira história temos um garoto que vê espíritos e acaba se envolvendo no mundo de seres sobrenaturais poderosos, a segunda conta sobre uma menina do Ensino Fundamental que encontra na biblioteca de seu pai um livro cheio de cartas, que ela acaba soltando e espalhando "sem querer querendo" calamidade ao mundo.

Ambos têm um toque "mágico" e aventureiro, eu sei, mas se eu citasse Zettai Kareshi - O Namorado Perfeito (Yuu Watase) quantas pessoas pegariam o fio da meada?

Meninas ou meninos?
Quando pequena bebi das duas fontes: o shoujo e o shounen.

Minha primeira grande referência feminina foi Sailor Moon (Naoko Takeuchi) com as belíssimas guerreiras de roupas coloridas, marinheiras com poderes especiais que combatiam o mal.
Minha grande referência masculina foi Yu Yu Hakusho (Yoshihiro Togashi) com um protagonista marrento, um feioso bondoso, um anão encrenqueiro e, claro, o bonitão apaixonante. Cada qual com um poder mais incrível que o outro e se juntando por uma boa porrada.

As duas séries eram muito boas, mas com o tempo prevaleceu a adrenalina das lutas de Yu Yu Hakusho.

Mesmo amando aquelas roupas, transformações e questões do coração das Sailors, eu ficava realmente motivada quando via o quarteto se dividindo entre as lutas e usando as habilidades que tinham à mão para vencer.

Ainda existe quem acredite que esse tipo de preferência torne meninas menos femininas. Pois eu acredito que nos torna mais fortes e menos tolas.

Prossegui entre Pokémon (Oriental Light and Magic), Digimon (Akiyoshi Hongo), Corrector Yui (Kia Asamiya) e Sakura Card Captors, até que me firmei como apreciadora de shounens.
Tem porrada, não tem frescura, volta e meia os caras são bonitos, e a história parece render mais.

Chega uma hora na vida que lenga lenga cansa, estressa e você tem vontade de atirar janela afora. Bom, eu ao menos sou prática.

Coisas de meninas

Não vou dizer que não leio típicos shoujos de vez em quando, seria mentira.
Desde os mais grudentos até os sadios e bonitos.

Menções honrosas:
-Natsume Yuujinchou (Yuki Midorikawa): Uma gracinha, tem sobrenatural, é tranquilão e tem quatro temporadas de anime.
-Immortal Rain/Meteor Methuselah (Kaori Ozaki): Sugestão de Mei Linwau, também conhecida Lobo Paranoico, um dos mangás mais bacanas que tive contato ano passado e que conta uma história gostosa de acompanhar com boa dose de humor, romance e ação.

Bons (ou maus) exemplos do que já li:

- A vergonha em forma de mangá
Muitos dos títulos citados aqui foram por ventura encontrados em madrugadas tediosas regadas a muito chocolate, bolo e leite gelado.

De Rinko Ueda, eu tenho a vergonha de lhes apresentar um dos shoujos mais idiotas que conheci e li na minha vida, e olha que Zettai Kareshi é ruim: Hadashi de Bara wo Fume.
Temos uma novela mexicana versão mangá, visto que, a protagonista é uma pobre menina POBRE (sinta o pleonasmo em suas veias) que por conta de uma situação difícil aceita se casar com um bonitão rico que precisa com urgência apresentar uma noiva ao pai/avô/mano do dinheiro, que quer porque quer que o descendente tenha uma família.

Meu resumo em si já é dolorido, agora coloque um pseudo-galã preocupado com a mocinha, mas que na verdade é um vilão e... seu irmão perdido!
Acho que o drama chegou no seu pâncreas, certo? De qualquer forma ainda pretendo fazer uma ampla análise sobre esta obra que felizmente já foi encerrada.

- Bonitinho-inho-inho
A história é de Mizue Tani e a arte fica por conta de Ayuko.
Originalmente uma light novelHakushaku to Yousei conta as aventuras de Lydia, uma "doutora de fadas", e Edgard, o conde do lendário cavaleiro azul, que procuram pela espada que pertence à família do rapaz e está escondida em algum lugar onde apenas fadas e essas criaturas mágicas têm acesso.

A arte é bonita, a história é tranquila, rapidinha, tem romance (um dos principais pontos do gênero) e não é nada demais. Nem ruim, nem pior, nem ótimo.

- Começaram as coisas estranhas...
Da cabeça divertida de Ayumi Komura surgiu Usotsuki Lily, um mangá sobre um garoto que se declara para uma colega de escola que não sabe do seu hobby meio diferente: se vestir de mulher. Imagina a bagunça que rola quando a pobre coitada vê o novo namorado... de "namorada". Sério, com tudo que tem direito... Menos peitos falsos e calcinha, porque ele diz que "não é hardcore".

Dei umas boas risadas dessa bizarrice. É uma comédia louca com personagens típicos e um romance para lá de inacreditável.

- O bom entretenimento
Publicado e finalizado pela Panini Comics, Colégio Ouran Host Club de Hatori Bisco também segue pelo gender bender [se vestir com roupas do outro sexo], no entanto, de outra forma.
Um pobre garota acaba quebrando um vaso que custa mais do que nossas vidas e é obrigada a trabalhar para um clube de anfitriões como assistente, onde ela precisa entreter as clientes vestida de homem.

Eu simplesmente adorei a proposta de Ouran quando vi uma revista sobre o mangá e rezava direto para que alguma editora trouxesse a obra. Dito e feito.
Foi um dos shoujos que vou recordar com carinho. Foi muito bom acompanhá-lo.

- A joça
De Kanoko Sakurakouji surgiu Black Bird, aquele mangá que estou citando por motivos de: não tenho mais vergonha na cara, não tenho dinheiro e preciso de um título aqui para completar o número de citações, então...
Menina ao completar 15~16 anos descobre ser especial, atraindo todo o tipo de criatura vil que deseja vida eterna e otras cositas mas. Ela é salva por seu antigo amigo de infância, um belo youkai-corvo, que decide proteger e torná-la sua noiva. E1t4 que vai rolar altas pepecagens...

Olha... É. Sabe? Então...
É, eu também leio um pouco de putaria. Só um pouco. Só para o meu cérebro pensar em como eu deveria dormir mais e ver essas coisas menos.
Putaria move o mundo, mano.

Coisa de moleque
Eu sou uma garota de shounens. Gente se moendo na porrada, sangue, palavrão, povo mandão, é algo que eu simplesmente adoro. É minha praia.
Muito frufru me deixa azeda.

Dos que li e droppei, temos:
-Bleach: Já passou do tempo de terminar. O começo era bom, começou a desandar depois do retorno da Soul Society e até hoje não me arrependo de ter vendido a minha coleção. Ganhei mais dinheiro do que gastei, na boa.
-Naruto (Masashi Kishimoto): Início bem bacana, febrinha entre os otakinhos brasileiros, arte horrenda de tão feia e história interessante... Até que a Vila da Folha foi atacada. huhu Zoera. Acabei enjoando por conta dos longos ciclos de lutas e blá blá blá, além de personagens cansativos e mesmice.
-D.Gray-man (Katsura Hoshino): Bom plot, personagens incríveis e lindos, até que a autora resolveu adorar Sataná- as fujoshis e cagou tudo. Além do que, jaz morta ou não, Inês?

Menções honrosas:
-Yu Yu Hakusho: meu amor por shounen veio dele.
-Death Note (Tsugumi Ohba & Takeshi Obata): Trama boa que decai com a morte de um personagem-ícone. E se eu não botasse aqui ia ter otaku chorando, então...
-Nurarihyon no Mago (Hiroshi Shiibashi): Youkais são legais, a história é boa, mas o mangaká é perdido. Está como menção honrosa apesar do desgosto com o autor e o "droppamento" da versão brasileira sinhozinho.

- Sigam-me os bons
Um dos primeiros mangás que comecei a acompanhar na fatídica época do cursinho foi Fullmetal Alchemist da vaca leiteira Hiromu Arakawa. Não me arrependi, conheci um trabalho incrível e... MELHORES AUTORAS ANIMAIS. q
Conhecemos os irmãos Elric. O mais velho, Edward, que perdeu o braço direito e a perna esquerda, e o mais novo, Alphonse, que perdeu seu corpo, ambos tentando trazer a mãe de volta à vida com alquimia. Agora eles embarcam em uma jornada para recuperar seus próprios corpos.
É um dos mangás mais profundos que já li, além de possuir uma qualidade ímpar (e que parece faltar nas febrinhas por aí).

HUEHUEHUE BRBRBR
Outra autora mulher que faz muito bem no gênero "para meninos" é a minha favoritinha: Shinobu Ohtaka.
Você pode ler por aqui mais sobre o mangá Magi, Adventure of Sinbad e a 2ª temporada do anime Magi: The Kingdom of Magic.
Não preciso nem me dar ao trabalho de comentar... huhu

- O mais por acaso dos acasos
Do mesmo autor de Detective Conan, Gosho Aoyama, Magic Kaito traz as aventuras de Kaito, um estudante que acaba descobrindo um antigo ofício do pai: além de mágico, ele era um grande ladrão de jóias. O garoto acaba por assumir o lugar do falecido quando é revelado o verdadeiro motivo de sua morte.

Uma tristeza é que os scanlators lá de fora pararam de traduzir a obra o autor é lesadinho e faz mais hiato do que o tio Togashi, e acho dificílimo alguma editora se interessar pelo mangá que não tem tanto apelo no mercado nacional. É de fato uma pena, pois Magic Kaito é divertido, tem uma arte canastrona e um enredo interessante.

- Extraterrestre maneiro

Assassination Classroom de Yuusei Matsui é um dos mangás que mais estou curtindo acompanhar por ter uma ótima dose de humor, ação, loucuras e um plot muito diferente.

Uma turma de um conceituado colégio é preparada para o assassinato de um professor (!!!), mas não é qualquer professor. Ele é um extraterrestre conhecido como Korosensei (difícil de matar) que acabou com parte da lua e já avisou, se até o prazo de um ano não conseguirem matá-lo, ele irá destruir a Terra.

Eu via o pessoal comentando bastante sobre a série no Twitter e resolvi dar uma chance quando escrevi as minhas primeiras desimpressões triplas.

- S-Shounen?
Pois é. Minha cara quando o Batoto diz que Kuroshitsuji de Yana Toboso é shounen... Enfim, vai como está lá.

Eu até colocaria vários outros exemplos no lugar de Kuro, porém, acabei me deparando com categorias bem longínquas das propostas (josei, seinen, não entram aqui).

No século XIX um menino de apenas 13 anos comanda a grande empresa da família, enquanto faz trabalhos sujos para a rainha. Ao lado dele seu fiel "escudeiro", um mordomo chamado Sebastian que não aparenta ser o que de fato é: um demônio.
Tem lutinha, tem shipping, tem sangue, tem uma trama interessante e... Não consigo ver Kuro como shounen, apesar dos quesitos... Sei lá, parece muito "menininha" ainda.


A arte é de encher os olhos.

Repararam que dos cinco shounens citados, apenas dois são desenhados por homens? Sério, eu amo o século XXI e o talento feminino para fazer alarde.


Estou esperando...
Sim, estou esperando a sua sugestão!!! hehe

Era para este post ter saído antes, só que a saúde não ajuda, os remédios estão me deixando mole, estou tentando comer mais frutas e a mãe da blogueira resolveu cair de cama também, então imaginem a zona de guerra em casa.

Que em 2015 a semana de aniversário do blog seja menos turbulenta...

Por Kimono Vermelho aquela que está com sono e que adoraria estar dormindo, mas a mamãe também está doente e alguém precisa cuidar dela - 27/03/2014

10 comentários:

  1. Saudações


    Ficou muito interessante o seu post, nobre Red Kim.

    De alguma maneira, tu canalizaste bem a sua opinião sobre estes públicos/gêneros, de uma maneira que eu realmente aguardava por tais. Uma boa prerrogativa está nas obras que tu usou de modelo para explanar o seu ponto de vista...

    Fico contente em ver que minha dica teve uma utilidade digna neste espaço. Ficou muito bom mesmo o seu trabalho, amiga Red Kim.^^


    Até mais!

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    1. Olá, Carlírio!
      Hahahaha... Acho que não apareceu nada de diferente do que você está acostumado (a ver por aqui ou pelo meu Twitter), né? XD
      Obrigada pelo comentário!

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  2. no meu caso eu prefiro shoujo.sou romântica mesmo sempre fui.quando pequena eu só via animes bem de menininha mesmo como:as super gatinhas(tokyo mew mew),sakura card captors,kaleido star e nadja(que tenho até o dvd).alias ate hoje gosto de poucos shonens violentos e adoro animes mais infantis(vejo pokémom no carton kkkkk)e não gosto muito nem dos shoujos mais maduros,os chamados ''smuts''.eu sou do tipo ''já não basta ver tristeza na vida real?eu quero é ver final feliz na ficção''.parte o meu coração ver gente sofrendo e tenho pena de todo mundo.quanto a parte de ser menina significar gostar de tudo direcionado á nos discordo que nem você.uma amiga minha ama filmes de hérois e ação e é romântica que nem eu.isso não tem nada ver.é o mesmo que falar que todo homem que é homem joga futebol.

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    1. Olá, angel!
      Bem, cada um tem seu jeito e deve seguir por ele. O importante é se divertir e viver de bem com a vida, né?
      Obrigada pelo comentário!

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  3. Interessante post!

    Eu também prefiro Shonens, adoro a emoção que eles carregam, aquele espírito de aventura...!! Mas também curto um shoujo, apesar de eles me fazerem querer socar o computador(na maioria das vezes, leio online mesmo)... Se algum dia for fazer algo assim novamente, poderia falar o porquê de não curtir muito o gênero de esportivo...ou isso já foi falado em algum lugar?

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    1. Olá, Yuuki!
      Legal saber de mais alguém que como eu prefere mais shounen do que shoujo. XD
      Olha, eu já falei bastante desse assunto. Você pode encontrar mais informações nos meus posts de Yowamushi Pedal.
      Obrigada pelo comentário!

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  4. Eu já assisti alguns animes shoujo bem legais, como Tonari no Kaibutsu-kun e Sukitte Ii na yo. Bom, legais pra mim, não sei se eles são tão bons para alguém acostumado com shoujo.

    Mas definitivamente obras shoujo não me enchem os olhos. Eu sempre acho que o anime/mangá não vai me agradar porque eu não sou o público alvo. O que é uma grande bobagem, tem muito shoujo que pode agradar ao público masculino, como Tonari no Kaibutsu-kun, que tem pouco romance e muita comédia.

    Assassination Classroom merece o sucesso que tem. Te recomendo Shokugeki no Souma, tem uma história bem diferente também (culinária, mas sem relação nenhuma com Toriko) e a arte é simplesmente a melhor que eu já vi em um mangá!

    Que tal aproveitar para falar sobre seinen e josei também? Os seinen que eu já vi são bem melhores que a maioria dos shounen, e eu tenho curiosidade sobre as obras josei.

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    1. Olá, magno!

      Putz! Agora que lembrei de Tonari no Kaibutsu-kun! =P
      Shoujo é para um público específico e não estou dizendo "meninas", estou falando sobre pessoas que curtam o estilo lerdindo de água com açúcar.
      Já ouvi falar sobre esse Shokugeki, mas a vontade de olhar é mínima. Mesmo assim obrigada pela indicação.
      Nem acho que renderia um post. Se li um seinen na vida foi muito. E josei, pelo que me lembre, só leio um.

      Obrigada pelo comentário!

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  5. Muito bem, já que pediu recomendações de shounens e shoujos, aí vai: de shounens recomendo muito "Detective Conan" - o anime tem uns 219 eps legendados e o mangá tem sido lançado pelo Mangatrônia - "Silver Spoon" e "HunterXHunter"; de shoujos que tal "Karekano", "Shugo Chara" e "Kaichou wa Maid-Sama"?

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    1. Olá, Anon!

      A recomendação que eu tinha pedido era de temas para a semana de aniversário do blog, não de mangás.
      Mas ficam suas sugestões aos leitores que vierem parar neste post.

      Obrigada pelo comentário!

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