ESPECIAL: Primeiras Desimpressões de Vinland Saga - Comprar ou não?

Como foi noticiado nos principais blogs de animes, a Panini vai trazer o (des)conhecido Vinland Saga para o Brasil.

Bem, eu não sei vocês, mas nunca ouvi falar nesse título em toda a minha vidinha de 24 anos, então decidi que seria legal ler os dez primeiros capítulos, analisá-los e tirar as dúvidas de quem também não conhece a série para ver se vale à pena ou não investir seu rico dinheirinho em mais um volume.

Eu analisarei os DEZ PRIMEIROS CAPÍTULOS DO MANGÁ.
Acho que é um bom número e está de acordo com as primeiras desimpressões. Além disso, se alguém se interessar pelo mangá eu sugiro que ajude o autor comprando a versão oficial, licenciada para o nosso país.

DIABO LÔRO

Um dos títulos anunciados pela Editora Panini para o ano da Copa do Mundo: Vinland Saga!

Título original: Vinland Saga
Autor: Makoto Yukimura
Publicado no Japão por: Afternoon / Kodansha
Publicado no Brasil por: Panini em 2014
Status: Em Andamento

Shorando pitangas nevadas com o primeiro capítulo. O cara querendo recompensar o protagonista com APENAS TRÊS MOEDINHAS DE OURO. Como assim, Odin? Esse cara é discípulo de Loki? Porque olha, é muita zoera.

Eu preferi ler todos os capítulos antes de jogar surtos desconexos no post e acho que a missão aqui é informar e passar a ideia do que os brasileiros podem aguardar no ano que vem.

O mangá começou a ser publicado em 2005 e a arte lembra um pouco mangás mais antigos. De qualquer forma, não é nada que prejudique a história ou seja horrível de se ver.

Vinland Saga tem violência que talvez possa chocar em um primeiro momento pessoas mais sensíveis, por exemplo: uma flecha com globo ocular preso nela.
Até o décimo capítulo não vi nada bizarro ou que faça seu estômago querer jogar fora a comida que está digerindo, afinal, estamos falando de um seinen (edit: obrigada, Kaique Miranda, pelo aviso) com história que remete ao passado, a um período de grandes batalhas, portanto, o mínimo que se espera são cenas menos delicadas.

Temos o protagonista apelidado carinhosamente por mim de DIABO LÔRO, apesar de ter um nome científico dado pelo autor: Thorfinn. Temos o primeiro contato com ele durante a invasão a um forte, onde de um lado temos aqueles que defendem o local e, do outro, os francos (franceses, pois são de algum lugar da França) que atacam da forma mais burra possível. Depois os vikings é que são bárbaros e burros, ok.
Askeladd, o tiozão que comanda a trupe de baderneiros vikings, pede para o Diabo Lôro falar com os francos, fazendo assim uma aliança.
Lindo, mortal e com muito ódio no coração, nosso amável Lôro segue para o acampamento dos franceses idiotas. Lá, tratado com desdém, habilmente o garoto rende um dos guardas e grita: "ALGUÉM SABE ONDE MANDO O PEWDIEPIE LER ESSE MANGÁ?". Não, pera. O PewdiePie é sueco. O Diabo Lôro é descendente de noruegueses... PORRA! OS ESLAVOS NÃO ERAM TODOS VIKINGS?

*apaga*

Lá, tratado com desdém, habilmente o garoto rende um dos guardas e grita: "ALGUÉM SABE FALAR NORUEGUÊS?" - Eu não sei.
Depois de conseguir um intérprete, ele é levado ao líder dos idiotas, o Sr. Sapão, porque se ele tem nome eu não fiz questão de gravar na minha memória RAM.
Depois de um chiliquinho básico, o Sapão aceitou a ajuda dos bárbaros.
Obviamente ambos os lados estavam mais interessados em trapacear e levar o tesouro para si sem dividir, contudo, Askeladd, provando ser o tiozão inteligente, deu um olé nos francos quando pôde.
Resumindo para a parte que realmente importa, os idiotas ficaram com o forte (cheio de cadáveres) e foram passados para trás pelos vikings que pegaram o tesouro.
Só que Askeladd não contava com a astúcia do nosso prodigioso Diabo Lôro, que voltou com a cabeça do capitão do forte e deu um belo fanservice com seus cabelos molhados. #sóquenão
Parte da vitória pode ser dada a Thorfinn, já que enquanto o rapaz cortava a cabeças, o inimigo acabou se atrapalhando e deixando o caminho livre para ambos os atacantes. Sabe como é, cabeça de líder tem mais valor em uma negociação e o que Thorfinn desejava merecia um preço um tanto alto: um duelo com Askeladd, o assassino de seu pai.

Os capítulos posteriores são sobre o passado do Diabo Lôro quando este ainda era um pivete remelento. Até o décimo episódio descobrimos qual a razão do tiozão trollador ter matado o pai do menino e como tudo aconteceu. Acredito que não muito depois teremos a sequência do presente com uma leve adiantada ou não do tempo.

Não é o tipo de mangá que gosto, pois acho a trama muito fechada e cansativa.
As cenas de batalha para mim são bem desenhadas, porque haja paciência para enfiar flechas em tantos lugares e em tantas pessoas.
Para quem gosta de saber como eram os combates na Idade Antiga, nomes de armas e esses detalhes interessantes, Vinland é uma boa pedida, além de descobrir se você tem alguma semelhança com eles, por exemplo: banho só aos sábados. Quando eu vi que o povo só tomava banho de sábado eu precisei gargalhar bem alto. Se é pelo frio, eu até entendo, mas se não... GENTE, O QUE DEVIA SER O CHEIRO DAQUELES AMADINHOS, HEIN? E O BACALHAU, CHACRINHA? E A LINGUIÇA DEFUMADA? DEOS MATOBA ME SALVE DESSA VISÃO INFERNAL!

Apesar de não prosseguir a leitura ou comprar o mangá licenciado para o nosso país verdin amarelin, eu recomendo para aqueles que querem ter uma nova experiência com shounen e/ou só vivem de Naruto e Bleach. Além de ter um incrível conteúdo histórico e apresentar uma cultura praticamente morta, o mangá promete muita vingança, aventura, flechada no olho e DIABO LÔRO.
Pessoas que não abrem os horizontes para novidades não passam de gente com mente fechada que reclama por ser incompreendido. Amigo, nem eu e muito menos os seus pais temos que ter paciência com quem vive fechado em um mundinho pequeno. Conquiste novos territórios e transforme seu mundo em algo grande.

Eu decidi ler pela Central de Mangás ao invés do Batoto, pois não teria saco o suficiente para aguentar dez capítulos em inglês, sendo que há tantas informações em notinhas de rodapé e eu não morria de amores pela história.

Só queria que me avisassem se o Thorfinn aparecer sem roupa em alguma página.
Que foi?
QUE É?
VOCÊ FICA AÍ VENDO SUAS GURIA 2D SEM ROUPA E EU NÃO POSSO FALAR UM "ABECEDÁRIO" DO DIABO LÔRO? QUE PORCARIA É ESSA DE DIREITOS IGUAIS? O BLOG É MEU E EU FALO DE HOMEM PELADO SE EU QUISER! Aliás, quando falam do banho no sábado tem homem pelado, viu? Tem o Thorfinn mijando no mar também.

Kimono - A cada post uma nova polêmica.

Vou continuar lendo?: Não.
Recomendo: Sim.

Considerações finais
O porre de tudo isso eu acho que é a briguinha entre as pessoas que não conhecem o mangá e os que conhecem. Acho que ambas as partes deveriam admitir a derrota. Vinland Saga não é tão conhecido como outras obras e não estou fazendo comparação entre Naruto (Masashi Kishimoto) e Bleach (Tite Kubo), pois qualquer otaku que se preze já ouviu o nome de um dos dois, mas é preciso admitir: Vinland Saga não é um Tenjo Tenge (Oh! great) ou Level E (Yoshihiro Togashi).
E quanto aos que reclamam "ainn só trazem coisa que ninguém conhece" ou "ainn nunca trazem o que eu peço", vocês não têm noção de mercado, contratos e negociações, então parem de assumir tão fortemente esse lado de brasileiro reclamão. Nem tudo o que você quer vende, nem tudo o que você quer é fácil de negociar com o autor, nem tudo o que você quer tem chance de ser traduzido por conta de descaracterização de piadas ou enormes notas de rodapé.

Assumo que tirei um sarrinho da Panini por ela trazer um mangá que nunca vi mais gordo e nem acho que vale essa Coca-Cola toda, NO ENTANTO, meus caros, é a chance de conhecermos uma nova cultura (vikings loiros vem ni mim) e uma história que tem várias flechadas no olho. Parece, de coração, bacanudo. Mas não contem pros fãs de Vinland ou eles irão encher o saco aqui.

Eu adoraria apostar em Crystal Dragon (Yuho Ashibe e Akita Shoten) com a vinda de Vinland por ter algumas (poucas) semelhanças, como uma cultura não muito conhecida, uma grande saga do protagonista e uma história diferente das que estamos acostumados, porém, sou realista. Crystal Dragon é um mangá antigo, portanto a arte poderá não agradar e, olha só como o mundo dá voltas, é um mangá desconhecido.
Não entendo de mercado e nem é meu trabalho, então não sei se venderia, só que é interessante as pessoas perceberem que existe muita coisa boa (ao mesmo tempo que tem tanto lixo no meio) por aí e que basta parar de picuinha e se abrir para novas experiências.

Eu gostei de conhecer Vinland, não foi nenhuma perda de tempo e pelo menos agora eu tenho argumentos para defender ou atacar, mesmo sendo uma pessoa normalmente política.
É uma boa aposta da Panini que andava BEM APAGADA por conta da JBC que tem o editor mais marqueteiro das galáxias, Cassius Medauar. Esse homem é um perigo eminente e, acreditem em mim, ele não vai parar enquanto não conquistar todos os salmões que vivem nas águas geladas da Noruega... Não, pera. Ainda assim, em questão de marketing e aproximação do público a JBC está dando uma bela chinelada na Panini. Amiga italiana, é melhor correr atrás do prejuízo já que o Cassius está ganhando posições muito rápido.

Fontes: Fotos - Google Imagens / Leitura do mangá - Central de Mangás / Informações sobre o mangá no Brasil - Todas foram via Twitter, mas eu vou deixar o link para o post do Gyabbo e do ChuNan.

Por Kimono Vermelho aquela que adora loiros por achar que eles são erros genéticos - 09/12/2013
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