FINAL: Mashiro no Oto #12

É O ÚLTIMO POST DO ANO?

SIM, É O ÚLTIMO POST DO ANO!

TERMINEI MASHIRO NO OTO AINDA EM 2021! ALELUIA!

 

Nos episódios anteriores... tivemos um verdadeiro Casos de Família (SBT) com muita intriga, fofoca, pressão psicológica e, claro, tretas. Enquanto todo mundo descobria que o Souichi e a Mai não eram filhos biológicos do Kamiki Ryuugen, e que esse cargo ficava com o pobre Setsu, acompanhamos também as apresentações do Exibido de Fukuoka e do Kaji-Kaji da Pomerânia. Agora chegou a vez de Setsu Sawamura mostrar qual som o representa.

 

Vai fazer uma petição para criarem um conselho tutelar nos animes, Kimono?

Mashiro no Oto

12º episódio

A responsabilidade de "herdar" um som que não é seu.

E o momento de crescimento, ao perceber que precisa encontrar seu próprio caminho.

Opinião: Leitor, último dia de um ano que foi horrível em diversas formas, mas que teve seus momentos muito brilhantes, deixando a impressão de que a esperança sempre vence no final.

E é para encerrar este ano tão difícil que eu trago o ÚLTIMO POST de Mashiro no Oto. Encerrando mais este ciclo e com um anime que foi muito bom de acompanhar.

E como se um milagre tivesse mesmo acontecido, o Wakana conseguiu convencer o Setsu a escrever a última carta do anime, reforçando os cuidados que devemos ter durante a pandemia.

Valeu, Wakana!

"Olá, Kimono e seus leitores.

A verdade é que eu não estava muito a fim de escrever essa carta, mas o Wakana me explicou a gravidade da situação e achei melhor fazer a minha parte.

Sei que as coisas parecem mais tranquilas agora que a vacinação está completa em várias faixas etárias, contudo, não é momento para descuidar. As crianças de 5 a 11 anos ainda não tomaram a vacina e os ainda mais jovens talvez demorem para se imunizar, por isso você, que é adolescente e adulto, deve se cuidar para evitar que eles adoeçam.

A covid-19 é uma doença séria e que pode matar. Mesmo não tendo a gravidade agora dos primeiros meses de pandemia, o vírus ainda é mortal e se comporta em cada corpo de um jeito.

Por isso previna-se.

Continue usando máscaras em ambientes abertos e fechados, sempre respeitando as leis mais rígidas do lugar onde você vive. A máscara não só te protege da contaminação, como evita que alguém contaminado espalhe o vírus.

E isso não serve apenas para a covid-19. Outras doenças que se espalham pelo ar, por espirro e saliva também são barradas se você usar a máscara.

Lembre-se de cobrir todo o nariz, não só a pontinha, e a boca.

Estar com as duas doses e a dose de reforço de vacina não garante que você não pegará a doença, e sim que, caso pegue, não fique tão mal e chegue a morrer.

Use álcool 70% nos mãos regularmente ou lave as mãos com água e sabão. A higiene é um complemente na proteção, junto com a máscara. Por isso, quando chegar em casa, coloque toda a roupa para lavar (ou se for reutilizar, coloque aberta num ambiente ventilado) e tome banho completo.

Também limpe todas as compras e acessórios de uso diário (aqueles que usamos fora e dentro de casa, como: celular, óculos, relógio, etc). Dependendo de cada item escolha o melhor jeito de limpar: água e sabão, álcool 70% ou produtos à base de cloro.

Com o surto de gripe e a nova variante da covid-19, redobre o cuidado quando se encontrar com pessoas que não vivem na mesma casa que você. Prefira ambientes abertos ou reuniões com poucas pessoas (e em lugares mais amplos). Retire as máscaras apenas para comer e beber, e evite conversar próximo quando fizer isso.

Para quem vai trabalhar ou frequentar lugares fechados, mal ventilados e com aglomerações, procure usar as máscaras N95 ou PFF2 (sem válvulas), que tem mais camadas de proteção e impedem que o vírus chegue no seu sistema respiratório.

Dê uma olhada em PFFparaTodos para saber como reutilizar, onde comprar, como identificar e muitas outras informações úteis.

E se você pode contribuir de alguma forma, dê uma olhada em Para Quem Doar e Panela Cheia Salva, iniciativas que buscam ajudar pessoas que perderam a renda durante a pandemia, principalmente com doações de cestas básicas. Muitas pessoas estão passando fome e muitas perderam suas casas.

Não sei quando a Kimono vai publicar esta carta, então se ainda for 2021, desejo boas festas. Se for 2022, Feliz Ano Novo!

Assinado: Setsu Sawamura"

 

Awn, Setsu!!! Obrigada pela cartinha!

Agora a gente segue com o último episódio de Mashiro no Oto!

BORA PEGAR A PIPOCA E VER SE VAI TER FOFOCA!!! HEHEHEHEHE!!!

Espera.

Eu fiquei louca ou esse é a PRIMEIRA ABERTURA do anime?

EU TÔ ASSISTINDO O EPISÓDIO CERTO? Editado: Infelizmente estava.

PUTA MERDA!

A CARA DO KAMIKI!

GEEEEEEEEEEEEENTE! O KAMIKI TÁ CHOCADO!

ALGUÉM ME ACODE AQUI QUE EU NÃO TÔ SABENDO REAGIR AO KAMIKI CHOCADO! GENTE, EU VOU PRINTAR ESSA IMAGEM PRA POSTERIDADE!!! OLHA ISSO! QUE INCRÍVEL!!!

Gente.

EU NÃO ESTOU CONSEGUINDO LIDAR COM O KAMIKI NÃO.

Eu sei que rolou a apresentação do Setsu, tem muita coisa legal pra comentar, MAS O KAMIKI EM CURTO-CIRCUITO É UM DOS POUCOS DIVERTIMENTOS QUE EU VOU TER NESSE FINALZINHO DE 2021! Além do FIM DE 2021 propriamente dito, né?

Dando um total de zero atenções para o Souichi tocando.

NÃO.

UMEKO DESGRAÇADA.

CARALHO, UMEKO, EU VOU DAR NA SUA CARA!

Ok, terminou o episódio.

Nada vai ser tão divertido quanto o Kamiki chocado durante a apresentação do Setsu.

Hora de largar o último Telecurso de Mashiro no Oto E DO ANO!

Bora de Telecurso da Frustração - CONSELHO TUTELAR, QUANDO TEREMOS NOS ANIMES?.

Não acredito que exista outra forma de descrever este episódio, além da palavra "frustração".

É frustrante para o Setsu e é frustrante para o espectador.

Eu particularmente não gosto desse tipo de história, ainda mais dentro de um ano que fez tudo para destruir qualquer chance de saúde mental. Porém, acredito muito no poder transformador da derrota e da frustração. É um caminho extremamente perigoso, que nem todo mundo consegue achar um "fio da meada" para seguir. Pode se tornar algo totalmente destrutivo, ainda mais se você não tiver apoio.

Sentimentos negativos podem ser o estopim para uma grande transformação, só que estamos acostumados a ver pessoas sendo consumidas por eles, se arruinando.

O que esse final de episódio quis mostrar é que o Setsu precisava de um tempo para digerir tudo o que aconteceu e daí seguir com motivação para o objetivo escolhido.

O problema, é claro, foi esse final aberto.

É uma chamada para uma próxima temporada? Seria interessante, mas... Isso só aconteceria se o anime tivesse chamado muita atenção. O que não parece ser o caso.

Dos criadores de conteúdo otaku que sigo, quase ninguém citou Mashiro no Oto, e olhando para as visualizações que tenho no blog, o post de estreia de Vanitas teve mais leitura em três dias do que o penúltimo post de Mashiro em quase quinze dias.

"Poxa, Kimono, sacanagem também, né? Vanitas nem é do mesmo estilo/gênero de Mashiro!" - Leitor, eu fiz uma comparação simples, não uma métrica detalhada, mesmo porque teria que levar em conta uma série de fatores que não vêm ao caso agora.

Por isso que um dos papéis de um criador de conteúdo é fazer com que aquele consumidor abra seus horizontes para algo fora do "costumeiro".

Tem galera que só assiste o shounen de lutinha e nada mais.

Tem galera que só curte anime com muito fanservice feminino e zero roteiro.

Tem gente que adora um drama.

Ok, pessoal, assistam o que vocês quiserem, mas experimentem sair um pouco da bolha e encontrarão histórias fascinantes. Algumas capazes de roubarem totalmente a sua atenção e o seu coração.

Mashiro no Oto tem num dos seus temas principais a música. Especificamente a música de um instrumento que não é tão conhecido do brasileiro: o shamisen.

A sonoridade é diferente, às vezes bonita, nem sempre tão tranquila e outras tantas vezes envolvente.

Segue um pouco o estilo de anime de esportes, tendo até mesmo um campeonato. O que deixa Mashiro um pouco mais distante desse gênero é justamente os problemas pessoais do protagonista.

Do começo ao fim ele foi visto apenas como um objeto pela mãe, Umeko. Alguém que traria a glória ao nome de seu falecido pai, algo que ele nunca procurou obter em vida, desejando apenas tocar seu som em paz e alegrar os ouvintes.

E daí nós temos a relação da Umeko, do Wakana e do Setsu com o som do Matsugorou, possivelmente a única coisa que os une além do sangue.

Os três são grandes admiradores do som que o velho Matsugorou tocava, porém, o Wakana não ficou preso nisso, ao contrário da Umeko e do Setsu.

 

A Umeko queria mostrar a grandiosidade do pai para o mundo.

E o Setsu se agarrou ao som do avô por ser o único vínculo emocional que lhe dava estabilidade. Mesmo assim, no fim da vida, Matsugorou também o rejeitou.

Sim, o que ele queria era que o neto parasse de imitá-lo e buscasse o seu próprio som, já que tinha habilidade para isso. Mas o jeito de "dar esse chacoalhão" não foi bom. Tanto é que o Setsu sai de casa determinado a não tocar mais shamisen, até descobrir que a sua ligação com o instrumento é uma das poucas coisas que ainda lhe proporciona alguma alegria.

Em certo ponto eu concordo com as críticas sobre ele ser "mimado", mas também fico pensando se não foi um jeito de segurar as pontas sem ter apoio emocional.

Para falar disso, teremos que analisar a situação familiar do Setsu.

O problema é ele não ter "pai e mãe" ali? Não acho que uma família precise ser estruturada em "pai e mãe", e sim em apoio emocional, amor, respeito e confiança. E isso era algo que o Matsugorou supria na vida do protagonista.

 

Boa parte das memórias do Setsu é mais com o avô do que com o irmão mais velho. A Umeko e o Ryuugen são apenas progenitores (basicamente, só fizeram sexo e o guri nasceu). Ambos tratam o Setsu como o herdeiro do som do Matsugorou.

Setsu é um ser humano para eles? Não.

Setsu é um indivíduo? Não.

Setsu é o jeito do som do Matsugorou continuar vivo? Exatamente.

Ou seja, zero apoio de pai e mãe biológicos.

Olha essa desgraçada... E AINDA FOI FALAR NO OUVIDO DO SETSU UM BANDO DE MERDA! MANO, EU VOU QUEBRAR A CARA DESSA DISGRASSA!

Não sei até que ponto dá para reclamar do Wakana. Ele não é um adulto (apesar de parecer), também não teve apoio emocional dos pais e igualmente dependeu do carinho e atenção do Matsugorou. De qualquer forma, parece que ele é mais independente.

Acontece que mesmo o Wakana não sabe lidar muito bem com todas as facetas do Setsu e isso é completamente normal. Laços de sangue não fazem com que ninguém vire adivinho ou o responsável perfeito.

O problema do Wakana é o mesmo que temos no resto da nossa sociedade: não saber lidar com relações humanas. Bom, a notícia triste é que ninguém sabe, o importante é tentar.

O que mais me incomoda é isso de deixar a pessoa sozinha "acreditando que ela mesma conseguirá resolver o problema". Gente, não é porque alguém não pede socorro que ela simplesmente pode ser deixada ao Deos dará!

Sim, entendo que tem gente que precisa de espaço, mas... POXA! FALA ALGUMA COISA! FAZ ALGUMA COISA! Até a menininha que trabalha com o pai no restaurante pareceu ter um pouco mais de pena do garoto do que o resto do elenco!

Aliás, é um absurdo adultos (Umeko e Ryuugen) colocarem tanta pressão em cima de uma adolescente de 15~16 anos que não tem o mínimo de apoio psicológico.

O Setsu ficou em 3º lugar na sua primeira competição e o que a Umeko entregou para ele? Um troféu quebrado, rejeição e mais frustração. Algo que ele estava aprendendo a lidar SEM A PRESENÇA DELA.

A principal ideia que esse último episódio passa é que o mundo dos adultos no shamisen é estritamente egoísta. Apesar de talentosos a ponto de tocarem o coração do público, são pessoas frias que buscam o que querem sem se preocupar com o que estiver pelo caminho.

Toda a relação de companheirismo que foi criada com os colegas de escola parece ter existido até o final da apresentação em grupo. Apesar da torcida, de estarem querendo consolá-lo, o peso dessa relação não pareceu muito importante nesse final. O Setsu teve que aguentar tudo sozinho.

E mais uma vez o apoio veio das lembranças do avô, fazendo com que novamente ele aprendesse com a rejeição e a frustração.

Alguns comentários nesse episódio me chamaram a atenção: a importância da técnica, muito mais do que o "talento" autodidata. E isso faz muita diferença numa competição, que preza exatamente por isso e não pelo sentimento que o som possa vir a trazer aos espectadores.

Bom, se competição não tiver regra, vira o Kimono de Ouro, né? hahaha

Espera... TAMBÉM TEM REGRAS LÁ, POXA! Kimono sabotando Kimono.

E falando em competição... O Souichi venceu principalmente por dominar a técnica e usá-la a seu favor. Dentro da sua personalidade egocêntrica, de quem só olha para o próprio umbigo e para os outros com certo desdém, o campeonato não foi nenhuma novidade. Afinal, ele está habituado a esse tipo de coisa.

O Souichi é privilegiado.

Tem talento, domina as técnicas, tem o apoio da família e tem estabilidade emocional.

Algo que falta para a Mai e principalmente para o Setsu, já que a garota pelo menos recebe suporte da mãe.

Não sei se sou uma boa julgadora para os sons, já que minha torcida foi para o Setsu, mas a impressão que tenho das apresentações de quem "não gosto" é que elas não caem bem para o meu ouvido.

O jeito como o Souichi toca é meio irritante, não é agradável.

Diferente do Kaji-Kaji da Pomerânia, do Rai e, olha só, também do Exibido de Fukuoka. Mesmo a MaiMai trouxe uma sonoridade instigante.

Outro que me irrita um pouco é igualmente da Escola Kamiki, nosso queridíssimo Seiryuu. Se bem que comparado ao Souichi, até o Seiryuu sai melhorzinho.

Bom, não sou especialista em shamisen, então voto com o coração e com as sensações que tenho durante as apresentações.

E falando no metidinho de óculos... Adoraria vê-lo treinando o Setsu. Acho que ele tem muito mais jeito do que o Ryuugen pau no cu ou qualquer outro instrutor (o Matsugorou morreu, então a gente não vai incluí-lo nessa conversa).

E se não for para "treinar", já que tem um ar de rivalidade entre os dois, que seja pelo menos para dar algumas dicas. Nesse último episódio achei o Seiryuu muito inclinado a apoiar a "volatilidade" do Setsu e nesse movimento de fazer com que todos respeitem esse tipo de som.

Continuando nessa conversa, acredito que o título "O Som em Branco", trate exatamente do caminho que o Setsu vai começar a trilhar a partir de agora. O som dele que parecia uma cópia do avô, ainda está em branco, ou seja, está sendo construído.

Uau, leitor, que jornada!

Ainda que eu tenha algumas ressalvas com Mashiro no Oto, fico feliz de ter conseguido assistir esse anime e ficado um pouco mais próxima de um instrumento musical que gosto tanto.

A serenidade de quem ainda está descobrindo o seu caminho.

Contra a segurança de quem está estabilizado e domina todas as técnicas.

Se eu ainda tiver um blog até lá, gostaria muito de assistir uma 2ª temporada, agora com o amadurecimento do Setsu e preferencialmente ver alguém abalar o altar santificado das vitórias do Souichi. De qualquer forma, acho que a 1ª temporada, apesar do final aberto, também fecharia a história de forma satisfatória.

Não pra mim.

Eu ainda quero ver a Umeko e o Ryuugen se ferrando.

PENA QUE O JAPÃO NÃO CONHECE A EXISTÊNCIA DE CONSELHO TUTELAR, PORQUE, OLHA, TAVA PRECISANDO PRA CARAMBA!!!

Acho que encerrar 2021, justamente no último dia do ano, com Mashiro no Oto é fazer uma retrospectiva. Alguns momentos de alegria, de autossuficiência e o resto de derrota e frustração.

A principal mensagem para 2022 é: vamos mais uma vez levantar, apesar das circunstâncias, e transformar esses sentimentos ruins em motivação para dias melhores.

 

Este anime foi assistido na Crunchyroll.

 

Nota: Frustração com trilha sonora
Pretende reassistir algum dia?: Provavelmente não
Recomenda a série?: Com ressalvas
Categoria: Esportes, música, shamisen, Casos de Família (SBT), drama, cotidiano, escolar, problemas familiares, CHAMA O CONSELHO TUTELAR, frustração, falta de apoio emocional e psicológico para adolescente, pais negligentes, sofrimento, trilha sonora boa
Premiações: Piores Pais - Umeko e Ryuugen, Melhor Tocador de Shamisen - Rai, Prêmio Moleque Insuportável - Souichi Tanuma e Exibido de Fukuoka, Melhor Cachorrinho - Kaji-Kaji da Pomerânia, Prêmio de Maior Exibido do Anime - Kamiki Seiryuu, Prêmio Casos de Família - Mashiro no Oto
Pontos fortes: Música, elenco de dublagem, arte e animação
Pontos fracos: Falta de um conselho tutelar nos animes, final aberto e a existência da Umeko e do Ryuugen

Assim se encerra a participação do empolgante e frustrante Mashiro no Oto no Kimono Amarelo.

 

P.S.: Não estou sendo patrocinada pelo site PFFParaTodos ou recebi dinheiro para falar deles. Na verdade, fui influenciada pela @hey_mika no Twitter. O mesmo vale para Panela Cheia Salva e Para Quem Doar.

Por Kimono Vermelho aquela que deseja um Feliz Ano Novo a você... que 2022 seja melhor do que a falta de estrutura psicológica e familiar do Setsu - 31/12/2021