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De 09/02 a 14/02, uma programação especial no feriado! #SeloLaFolia
Se você não sabia, o "Relembrar é viver" surgiu primeiro na área de Mangás do blog, depois seguindo para os Animes.
E aproveitando que Carnaval é uma época para relaxar, vou reler três mangás da CLAMP que coleciono e, na época, gostei bastante. Será que eles passam na tal regra dos dez (e mais de dez) anos?!
REGRAS DAS DESIMPRESSÕES TRIPLAS - "Relembrar é viver":
-Análise baseada na leitura dos CINCO primeiros capítulos;
-São PRIMEIRAS desimpressões, não análise da trama completa ou do primeiro arco, por isso não reclame;
-Colecionei as três obras e assisti seus respectivos animes;
-Leitura feita pelo MangaFox e Mangareader.
Na ordem, você verá:
-xxxHolic;
-Card Captor Sakura;
-Tsubasa Reservoir Chronicles.
A Feiticeira da Zoeira
Título original: xxxHOLiC; xxxHolic RouAutor: CLAMP
Publicado no Japão por: Kodansha (editora)/Young Magazine e Bessatsu Shounen Magazine (revista)
Publicado no Brasil por: JBC
Status: Encerrado
Na época que comprei pela primeira vez cada um dos mangás desta desimpressão tripla, foi simples chute.
Eu não conhecia os fansubs de internet, tanto que não lia nenhum mangá (que não fosse comprado na banca) ou assistia animes (que não passassem dublados na TV).
Saber de sua existência, até sabia, só que usar esse meio para descobrir qual história era boa e qual poderia ser dispensada ainda não fazia parte da minha rotina.
xxxHolic foi comprado pelo nome das autoras.
"Bom, CLAMP fez Card Captor Sakura, então deve ser legal" - Foi assim que pensei ao ver a capa e... Dei sorte.
Se o leitor ainda não sabe ou está há pouco tempo no blog, eu sou a pessoa que ADORA histórias com temática sobrenatural que envolva youkais, assombrações e monstros... desde que não seja especialmente de TERROR.
Junji Ito eu fujo como a Sakura Kinomoto FOGE DE QUALQUER HISTÓRIA que inclua fantasmas. Essas coisas realmente macabras e que fazem a gente não dormir à noite, eu dispenso.
No entanto, obras como Natsume Yuujinchou, Nurarihyon no Mago ou Yu Yu Hakusho conseguem me segurar com mais facilidade.
xxxHolic apresenta num primeiro momento dois personagens principais muito divertidos: Yuuko Ichihara e Kimihiro Watanuki.
A primeira é uma comerciante de desejos.
Em sua loja o cliente pode pedir tudo o que imaginar, e que normalmente não consegue em "lojas comuns", porém, é necessário pagar um preço equivalente ao desejo.
Quem já leu Fullmetal Alchemist (Hiromu Arakawa) pode conhecer essa regra como "troca equivalente".
Só que bem longe de toda ciência e matemática envolvida na obra de Arakawa, aqui mexemos com misticismo, folclore japonês e um pouco de psicologia.
O segundo personagem de destaque é um estudante de Ensino Médio que consegue ver criaturas sobrenaturais conhecidas como ayakashis e que gostam MUITO de atormentá-lo.
É assim que o conhecemos quando o destino leva sua mão a tocar o muro da loja da belíssima, e com ar de trambiqueira, Sra. Yuuko.
Uma das razões para tanta comédia é que de um lado temos um rapaz de paciência curtíssima e do outro lado uma mulher sábia, que sabe falar sério na hora certa, mas que ADORA aloprar, beber, comer e testar o temperamento do adolescente.
Os dois iniciam um relacionamento a partir do desejo de Watanuki em não ver e ser perseguido pelas ayakashis.
O pagamento exigido foi trabalhar na loja de Yuuko como um faz-tudo até que atingisse o montante certo para ter seu desejo atendido.
Limpa, cozinha, cuida da roupa e auxilia sua "patroa" em alguns casos, sempre aprendendo algo muito interessante no processo.
Pode não ser a melhor obra da CLAMP, as pessoas podem torcer o nariz para xxxHolic ou simplesmente acharem que é muito pretensioso, mas eu gosto bastante de boa parte da história e fui pega pelo carisma dos personagens.
Cheguei a assistir todas as temporadas do anime.
A primeira com a dublagem fantástica do Brasil e as seguintes com o áudio original, tão incrível quanto.
Ah, qual é, leitor?
COMO NÃO AMAR TÂNIA GAIDARJI? Não consigo pensar na Sra. Yuuko sem lembrar PRIMEIRO da Tânia e depois de Sayaka Ohara.
Verdade seja dita, a Tânia está na minha memória afetiva, ainda que Sayaka tenha captado a "alma" de trambiqueira e pessoa incrível da feiticeira. Um trabalho não desabona o outro, ok?
Confesso que surto mais com o Jun Fukuyama no papel de Watanuki, do que com o Vagner Fagundes, que tenho memória afetiva como o Touya Kinomoto de Sakura Card Captors (Cartoon Network).
Isso rolou na mesma época que assisti Natsume pela primeira vez, ou seja, antes de blogar, então não exijam muito da minha memória.
Voltando ao mangá, depois que o nosso impaciente preferido se acostuma ao dia-a-dia na loja, uma nova cliente surge: uma mulher que tem um mau hábito que começa a prejudicá-la fisicamente.
A história, além de introduzir Himawari Kunogi, conta que as escolhas que fazemos para a nossa vida interferem diretamente no nosso futuro. Algo óbvio? Com toda a certeza, leitor, só que é como dizem, tem coisa que mesmo estando na sua cara você ainda não vê.
Nesse caso as pessoas costumam jogar a responsabilidade dos acontecimentos ruins para cima de qualquer outro fator, menos da sua escolha consciente e irresponsável.
Por exemplo: se alguém fuma, está com a saúde prejudicada principalmente por conta desse mau hábito e continua fumando, está assinando e aceitando todas as condições do que pode lhe acontecer no futuro, seja uma doença ou a morte.
Com a história da "mulher do dedo mindinho", xxxHolic quis mostrar que além dos fatores externos, nós também temos o poder de mudar ou permanecer em determinado caminho. Depende principalmente de nós o tipo de destino que teremos.
Sem falar que também devemos estar atentos às pessoas que nos cercam, pois já dizia aquele episódio de Youkai Apaato: "De boas intenções o inferno está cheio".
Existe gente que quer companhia para descer ao fundo do poço, há quem transpire inveja e faça de tudo para te influenciar de forma errada e por aí vai.
xxxHolic acaba servindo como um guia de alguns cuidados que podemos ter para não sofrer com consequências mais drásticas posteriormente, além de aprender a dar o devido valor a si mesmo e a se distanciar de coisas e pessoas que não fazem bem.
Yuuko nos conta que o bem e o mal são relativos e fazem parte das nossas escolhas, desmistificando um pouco aquela ideia imbecil de que o vilão é totalmente mal e o herói é totalmente bom, como se pessoas "perfeitas" assim realmente existissem.
"Vilões" também já tiveram momentos de insegurança e medo, enquanto "heróis" já sentiram vontade de fazer algo bastante ruim.
O bom é que atualmente as histórias estão trazendo personagens mais humanos, sejam em filmes, animações e livros, deixando aquela divisão firme de bem e mal um pouco mais sinuosa e tênue.
Um detalhe bem curioso que reparei enquanto lia o mangá é que na minha cabeça, o começo pela JBC pareceu bem confuso, ainda mais com todas as liberdades de tradução que a editora tomou. Pelo scan e em inglês, tudo estava mais limpo e compreensível, ainda que a fonte Comic Sans tenha doído um tantinho no olho.
E falando em scanlator...
Não sei o que aconteceu, mas escreveram "Hajiwara" no lugar de "Ichihara" quando a Sra. Yuuko falou seu nome a Watanuki.
Em kanji, "Ichihara Yuuko" se escreve: 壱原侑子.
"Ichi" é 壱 e "hara" é 原.
Apesar do "ichi" do nome da feiticeira significar "um", ele é diferente, por exemplo, de 一, que também significa "um" e pode ser lido como "hajime".
Em tradução livre, o nome da dona da loja de desejos é: "um campo/deserto" (Ichihara) e "criança com urgência de comer/beber" (Yuuko).
E falando em nomes, vá se acostumando com o aniversário em 1º de Abril, pois é o favorito das tias da CLAMP. Tão favorito que até o coitado do Watanuki tem no nome a data de aniversário!
Em kanji, Watanuki Kimihiro é: 四月一日君尋.
Sendo 四月一日 (quarto mês, primeiro dia) e 君尋 (você questiona).
"Você questiona" poderia ser interpretado a partir do comportamento do personagem, que resmunga bastante, retruca e questiona as coisas que é ordenado a fazer.
Está aí um nome perfeito!
Não sou uma grande entendedora de obras da CLAMP, mas o que dizem é que não é novidade os crossovers que existem entre suas histórias. Neste post o caso mais forte com certeza fica com Tsubasa.
Sobre Himawari Kunogi...
Fiquei impressionada que, ao reler esses primeiros capítulos, notei as dicas que a história deu desde o começo sobre o plot entorno da garota.
Yuuko chega a aconselhar Watanuki sobre a influência que a menina meiga e aparentemente de boa índole tem nos acontecimentos de seu futuro. Um grande exemplo é quando a Feiticeira das Dimensões diz que se ele não tivesse se encontrado com ela, provavelmente não teria visto o acidente.
E olha que ainda nem conhecemos Shizuka Doumeki, outro personagem divertido dessa história que sabe dosar o humor com a seriedade.
Foi ótimo reler xxxHolic.
Por acaso minha coleção está ensacadinha e bem guardada. Essa eu definitivamente não vendo!
A história ganhou uma continuação em 2013 com xxxHolic Rei, em publicação unicamente no Japão e que eu li um ou outro capítulo. Esperar um mês para ler o resto da história não faz muito o meu tipo.
Voltaria a reler tudo?: Sim
Recomendo?: Sim
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Capturando Nostalgia
Título original: Cardcaptor SakuraAutor: CLAMP
Publicado no Japão por: Kodansha (editora)/Nakayoshi (revista)
Publicado no Brasil por: JBC (duas versões)
Status: Encerrado
Sakura Card Captors, que é como o anime ficou conhecido no Brasil, me fez cometer algumas loucuras quando tinha meus dez para onze anos.
Como o anime passava quatro horas da tarde e eu estudava exatamente nesse horário, cheguei a cabular alguns dias para assistir a menina que odeia matemática como eu.
Foi correto? Acredito que não.
Tenho arrependimentos? NENHUM!
A única tristeza é que como o canal era por satélite, toda vez que ficava nublado ou chovia a televisão ficava fora do ar.
FIBRA ÓTICA, POR QUE DEMOROU TANTO?
Este mangá foi O PRIMEIRO em que pus as mãos e colecionei, numa época que o preço de capa era de dois reais e uns quebrados. Em compensação o papel sujava mais a mão do que minhas análises ruins na otakusfera brasileira.
E por isso mesmo tenho um carinho enorme por Card Captor Sakura.
xxxHolic e Tsubasa só apareceram quando eu estava na adolescência e já sabia ler o mangá do jeito certo.
Sim, LI UM VOLUME INTEIRO DE SAKURA SEM ENTENDER NECAS DA HISTÓRIA, pois não vi aquela folhinha que avisa qual o "começo certo".
O primeiro capítulo além de fazer uma apresentação dos personagens, explicar como raios uma menina começou a usar magia e mostrar o que ela precisa enfrentar de agora em diante, ainda nos presenteou com uma das artes mais lindas da CLAMP.
E aparentemente as proporções dos corpos eram um pouquinho melhores... eu acho. As outras obras analisadas neste post chegam a dar medo.
Sakura Kinomoto é uma garota cheia de energia, com muitos amigos, um irmão mais velho que pega no seu pé e um pai bastante carinhoso.
A vida era mais do que perfeita até que um dia ela entrou na biblioteca de casa e descobriu um livro diferente dos outros. O problema é que ao abri-lo, ela acabou espalhando pelo mundo (leia: cidade onde mora) umas cartas mágicas, chamadas "Cartas Clow".
E também despertou o guardião do livro que, por não ter mais o poder de antes, se manifestou como uma espécie de bichinho de pelúcia falante. É ele quem dá a missão de recapturar todas as cartas para a nossa protagonista atrapalhada.
O mais chocante de reler esse mangá é que existem partes MUITO SÉRIAS e de tom um tanto delicado que me deixaram boquiaberta. COMO ASSIM EU NÃO FIQUEI CHOCADA NAQUELA ÉPOCA?
Fiz todo estardalhaço só por causa de cenas que envolveram risco de morte para a Sakura, como o caso da carta Água e da carta Ilusão.
Sem falar que a nossa adorável protagonista perdeu a mãe quando tinha apenas três anos e morre de medo de histórias de fantasmas por causa do irmão, que vivia tacando o terror na coitada.
Falemos agora dos outros personagens...
Kero: Nome completo Kerberus/Cérberos, é o guardião do livro que guardava as cartas Clow, é ele quem auxilia Sakura na busca pelas fujonas.
Touya Kinomoto: Irmão pirracento da protagonista que fica de zoeirinha, mas quando a coisa fica séria protege a irmã com unhas e dentes (vide quando rolou vento forte pela segunda vez - a aparição da carta Alado).
Fujitaka Kinomoto: Pai de Sakura e Touya, é professor de arqueologia (ou algo do tipo) numa universidade. Tinha vinte e cinco anos quando casou com Nadeshiko de... DEZESSEIS ANOS. Vai vendo...
Nadeshiko Kinomoto: Mãe falecida da duplinha dinâmica. Trabalhou como modelo desde cedo e por isso o porta-retratos que mostra a sua imagem sempre está com uma foto nova.
Tomoyo Daidouji: Melhor amiga de Sakura e a única que sabe que a menina sai por aí capturando cartas... ela é responsável por providenciar AS GRAVAÇÕES DAS CAPTURAS e as ROUPAS que a amiga usa.
Todo dia um live-action diferente com essa menina.
Ai, ai, ai, Yukito! Digo...
Yukito Tsukishiro: Melhor amigo de Touya e crush da nossa adorável Sakura. Come mais que o Shinkai de Yowamushi Pedal e vive com os avós, pois seus pais faleceram quando ele era ainda muito novo.
Tanto Touya quanto Yukito são da mesma escola e da mesma classe.
O nome da escola deles é Seijou. Talvez não use o mesmo kanji do Aoba Jousai, mas... JÁ PENSARAM QUE O APELIDO DA ESCOLA DO OIKAWA É "SEIJOU" TAMBÉM?
E se é para falar de Haikyuu!!, vamos aproveitar para tirar sarro do Karasuno que NUNCA VIU A TORRE DE TÓQUIO MAIS GORDA!
Se tivessem lido Card Captor Sakura seriam capazes de diferenciar torres comuns de transmissão da torre mundialmente conhecida.
Bom, se vale o abono, quando eu tinha meus dez aninhos, achei que a Torre de Tóquio era a Torre Eiffel e me perguntava como a Sakura estaria capturando carta na França...
Gente...
Olha essas tecnologias ULTRA AVANÇADAS: fita VHS, filmadora que gravava em FITA VHS, BIP/Pager e telefone celular.
Só que não é esses celulares de tela touchscreen e o escambau.
Parecia aqueles telefones de base móvel GIGANTESCOS. Se bem que hoje em dia os celular estão gigantescos por conta de suas telas, só que naquela época nem tela a coisa tinha.
Ler Sakura hoje em dia é provar que eu já esqueci das tecnologias do passado.
Eu fico imaginando o que Tomoyo não faria COM UM DRONE EM MÃOS! Aliás, um não que a menina é RYCA! VÁRIOS DRONES PARA CONSEGUIR OS MELHORES ÂNGULOS DAS CAPTURAS DAS CARTAS!
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Ainda bem que Sakura foi criado numa época que a gente não tinha TANTOS RECURSOS, porque seria muita informação para uma só cabeça.
O mangá é com certeza um dos clássicos do gênero "garotas mágicas", tendo diversos detalhes que fazem os olhos dos leitores brilharem, como arte linda, personagens bastante carismáticos, ritmo gostoso de leitura e nenhuma grande exigência intelectual para entender e gostar da história.
O problema fica por conta da pedofilia.
Talvez até caberia a palavra "incitação" na frase acima, já que além do escândalo que é a mãe da Sakura ter apenas DEZESSEIS ANOS quando se casou com um homem de VINTE E CINCO, ainda temos o fatídico caso de uma aluna que é apaixonada por seu professor.
"Ainn Kimono, você nunca se apaixonou por um professor?" - Olha, leitor, acho que é um negócio normal de acontecer, né? O problema é quando sai do platônico e é sustentado PELO ADULTO.
Lembrando aqui, Sakura e suas amigas têm entre dez e doze anos, e um professor mesmo que de Ensino Fundamental tem mais de vinte, correto?
Se você não se choca com uma adolescente tendo relacionamento e casando com um adulto, O QUE JÁ É UM GRANDE ABSURDO, vai mesmo passar a mão na cabeça de uma relação entre UMA MENOR DE CATORZE ANOS com um MAIOR DE DEZOITO ANOS?
E essa era um dos detalhes que mais me incomodou quando conheci a história de Sakura, mesmo com a minha pouca idade, o relacionamento entre a Rika e o professor Terada.
Um adulto não deve flertar com uma criança, não deve alimentar o sentimento do menor de idade e se aproveitar dessa inocência para crer que há consentimento nessa relação, pois não há.
Do pouco que entendo de lei, isso aí é certeza.
Tirando essa parte preocupante do plot, nós temos as insinuações de relações e sentimentos homoafetivos, um dos mais famosos casos é Touya e Yukito.
Problema algum? Problema nenhum.
Pedofilia é preocupante, gente da mesma faixa etária e do mesmo sexo gostando uma da outra NÃO (é normal, aceita que dói menos)!
E, curiosidade, Watanuki e Sakura fazem aniversário no mesmo dia!
Ainda me pergunto se é obsessão das tias da CLAMP ou uma data realmente MUITO auspiciosa.
Ah, a partir deste mangá precisei ler pelo Mangareader, porque o Mangafox estava com os links quebrados de algumas imagens.
E agora na Temporada de Inverno 2018, Card Captor Sakura voltou com o Clear Card-hen, passando-se dois anos depois dos eventos da primeira série.
Voltaria a reler tudo?: Talvez
Recomendo?: Sim
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CLAMP, chega!
Título original: Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLEAutor: CLAMP
Publicado no Japão por: Kodansha (editora)/Weekly Shounen Magazine (revista)
Publicado no Brasil por: JBC
Status: Encerrado
É neste obra que a CLAMP começa a bagunçar feio a história, os crossovers e parte do plot de xxxHolic.
Sinceramente um dos mangás mais cansativos de se ler, talvez até vencendo Negima! (Ken Akamatsu) e Hunter X Hunter (Yoshihiro Togashi) que tinham tanto texto que eu desistia de ler o volume na metade.
Enquanto Sakura vai demorar para trazer Syaoran na captura das cartas Clow, Tsubasa já começa com o garoto escavando ruínas num reino chamado Clow, onde ele é filho do professor Fujitaka, um arqueólogo que faleceu, e melhor amigo da princesa Sakura, irmã de Touya, o rei de Clow, e melhor amigo do sacerdote Yukito.
Sua história se entrelaça com xxxHolic, então como na época colecionei os dois eles meio que se completavam. Cenas que poderiam parecer aleatórias em uma história, tinham explicação em outra.
A ideia é até interessante, mas quando as tias da CLAMP começaram a viajar na maionese complicando o que não precisaria de tanta camada desnecessária, se tornou um suplício colecionar esse mangá.
Foi difícil ler os cinco primeiros capítulos e não ficar exausta. O ritmo não é agradável como Sakura ou instigante como xxxHolic. Soa truncado e mal trabalhado.
E assim como a história de Yuuko, as proporções físicas deixam muita gente perturbada.
Tsubasa começa a se movimentar quando a princesa Sakura vai até as ruínas levar o almoço para seu amado amigo. Ela acaba abrindo um portal com os tais poderes citados pelo sacerdote Yukito anteriormente e isso faz com que suas memórias, agora em forma de penas, se espalhem pelo universo.
E ao contrário de Card Captor Sakura, as memórias da menina REALMENTE SE ESPALHAM, porém, não é apenas por UM MUNDO, o que obrigará Syaoran e entrar numa jornada pesada para encontrar o que foi perdido.
Para isso ele é encaminhado até Yuuko, a Feiticeira das Dimensões, e lá conhece seus dois companheiros de viagem, que também desejam viajar por vários mundos, um não querendo retornar de jeito nenhum e o outro querendo voltar a todo custo.
Os opostos são, respectivamente, Fai/Fye/Phi e Kurogane.
Depois de cada um pagar o preço determinado, recebem da feiticeira um Mokona, criatura que assim como Kero, indicará onde estão os fragmentos de memória da princesa e que possibilitará a viagem dos quatro.
A interação entre os personagens vai começando a se desenvolver num ritmo um pouco mais lento, uma vez que não adianta correr para nenhum canto, pois estão presos aos seus desejos e uns aos outros.
E para dificultar ainda mais a vida dessa turminha, temos um senhor que chegou a mandar soldados para o reino de Clow com o intuito de sequestrar a princesa e o seu fantástico poder.
Apenas com esses primeiros cinco capítulos o leitor pode imaginar que acompanhará uma grande aventura, o que não deixa de ser uma verdade, no entanto, até mesmo com a tradução da JBC as coisas vão ficando cada vez mais complicadas.
Como alguém que leu as três séries completas, posso dizer que a melhor história fica com Sakura, seguida por xxxHolic e terminando com o desastre que foi Tsubasa.
No começo nenhum personagem é muito carismático, por mais que os dois menos conhecidos até se esforcem (Fai e Kurogane), enquanto boa parte dos outros apela para a nostalgia, já que são personagens de outras obras.
O que também pode cansar um pouco é o ar de Saori Kido na Sakura. Compreensível por não ter boa parte de suas memórias e não lembrar mais da existência de todo o carinho que tinha por Syaoran, já que esse foi o preço que ele pagou para poder viajar com a menina pelos diversos mundos.
Ainda assim, o ar de fragilidade e de típica mocinha que pode até tentar fazer alguma coisa, mas não chega nem perto de uma personagem realmente forte, incomoda.
Por mais frágil e amedrontada que Sakura Kinomoto estivesse, ainda era dela a responsabilidade de capturar as cartas, dando o poder nas mãos de uma menina que tinha garra para continuar a sua missão.
Já a Sakura de Tsubasa é insossa e não merecia ter o mesmo nome e aparência da garota da chave das trevas.
É bem verdade que a história pode se tornar um bom entretenimento para quem leu outras obras da CLAMP e consegue pegar as referências. Se não, essa parte mágica acaba passando batido e perdendo seu real intuito.
Voltaria a reler tudo?: Não
Recomendo?: Não
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Volte à forma humilde que merece, Mangá da CLAMP!A experiência não foi tão ruim, principalmente porque conheço as obras e tenho certa nostalgia com algumas delas.
O que eu não contava é que o post seria muito mais complicado e trabalhoso de se fazer do que uma simples análise de anime. Sei lá, o fato do desenho se mexer e contar com vozes e trilha sonora parece bem mais empolgante para mim.
De qualquer forma, se alguém estava com saudades de mangás sendo analisados no blog (além dos recorrentes) aqui está um post DE TRÊS!
Sim, mais duas desimpressões triplas como esta participarão da programação especial do feriado! Espero que tenham gostado!
Joga confete e serpentina, que a marchinha de Carnaval no Kimono Amarelo é regada a muito anime e mangá! Vem curtir o feriadão comigo! Vem pro CarnaKimono!
Nos vemos daqui a uma hora com Mahoujin Guru Guru!
Por Kimono Vermelho aquela que há pouco mais de um mês estava trabalhando neste post - 09/02/2018
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