quarta-feira, 23 de março de 2016

Magi - Da 161ª à 165ª Noite

E aí, estão com saudades da angústia? Porque é basicamente isso que teremos neste post com os cinco capítulos analisados.

Lembrando que entre a JBC e os meus posts foi decidido no Voltando pra órbita! quais os nomes que seriam usados aqui.

Nas Noites anteriores o nosso trio de magos doidinhos quase se deu muito mal, porém, a aparente benevolência de Mogamett permitiu que eles prosseguissem sem grandes punições. É claro, tendo que passar pela temida "Reforma Ideológica".

ATENÇÃO!: Este texto contém spoilers do mangá de Magi e consequentemente da 1ª temporada do anime Magi: The Labyrinth of Magic e da 2ª temporada do anime Magi: The Kingdom of MagicLeia por sua conta em risco.

Magi
~161ª Noite: Transformação~
A única rede social em que o pecado é liberado e as guerras de fandom são destrutivas ou abafadas.
"Uma mentira repetida várias vezes, se torna uma verdade".
O que eu mais gosto em Magi é que ele funciona até para explicar a situação atual do nosso país.

E tudo que a gente queria era um moleque de cabelo azul voando em seu turbante mágico, tocando flauta com o amigo e tendo altas aventuras fofas.
Ledo engano. A partir deste post o caldo entorna mesmo.

A Reforma Ideológica funciona quebrando a crença dos alunos "crus", fragilizando-as e dando espaço para dúvidas.
Não que o "questionamento" não seja algo bom, uma vez que, assim podemos nos tornar mais justos ou aprender novos conceitos. O problema é quando um discurso de ódio disfarçado de "boa ação para uma minoria oprimida" começa a não soar TÃO ABSURDO quanto deveria.

No começo alguns estudantes realmente ficam chocados com o modo como são tratadas as pessoas sem magia, porém, para dar veracidade ao seu tom extremo, Mogamett mostra o pior que os Goi podem fazer.

É como dizer que só determinada raça é ruim.
Exemplo: os brasileiros são ruins. Como se apenas existissem pessoas ruins entre os brasileiros. É menosprezo, generalização e xenofobia.

O mais bizarro vem quando assistimos os magos instigarem o Golpe de Estado com Mogamett culpando APENAS os Goi e suas vontades insaciáveis.
Os magos usaram a população e uma parcela de nobres que queriam manter seus privilégios para tirar a família real do poder e transformar Musta'sim em Magnostadt.

É interessante notar como o Aladdin consegue enxergar com distanciamento os fatos. Se por um lado os Goi foram desprezíveis, os magos ali não estavam tão atrás.
E Dunya, por azar do destino, nasceu "família real" e foi condenada apenas por esse título, mesmo não possuindo nenhuma culpa.

Bom, essa história nós vimos no final do Arco de Zagan pelos rukhs da menina e de seu fiel amigo e cavaleiro.

Aí temos Aladdin pianinho.
Por que, OH MAGI, ficaste calado?
Porque o Titus fez o favor, né?

Titus, o cara que tem o teto de vidro mais frágil, resolveu contestar Mogamett. Poderíamos concordar, subir os pompons e gritar "ALELUIA", mas se você não vai para cima com bons argumentos e um teto de diamante, as coisas ficam feias.

Novamente ele cita o 5º Distrito em seu "ataque" ao reitor da academia de magia e cai na besteira de falar de Marga. Não sei se para sensibilizar os outros alunos ou se foi no calor da emoção.

O velho mago diz que Titus pode tirar a menina de lá e pergunta se todo esse exaspero não é para curar um problema pessoal mal resolvido, já que visivelmente ele tem preferência pela Marga, ignorando o restante das crianças na mesma ou em pior situação que ela.

Sim.
Essa doeu até na parte boa da minha alma.

Tendo seu argumento rebatido num home run medonho e com parte de seu teto quebrado, não resta nada ao nosso pequeno Titus se não a quietude e vergonha.

Aladdin, que escutou tudo calado até aquele momento, se levanta e tenta diminuir a feiura da situação do colega loirinho.
Teria sido bacana se ele tivesse conseguido.

Quando o menino pergunta se é justo manter uma quantidade enorme de pessoas em condições precárias, deixadas praticamente para morrer, só para manter as regalias das pessoas da superfície, Mogamett que tem anos de experiência, responde:


Continuamos com Mogamett possesso por terem vazado seus nudes e fotos de gatinhos de todas as raças possíveis, inclusive aquele que não tem pelo e parece do Egito. Que babado!
"Mas o índice de mortalidade atual é bem menor do que se tinha na época de Musta'sim. Eles não precisam pagar impostos, não sofrem com os desastres naturais, não passam por grande frio ou calor e quando ficam doentes, nós os curamos. Tirando, é claro, doenças congênitas que nem a magia pode curar."

Para encerrar a discussão um rapaz que estava preocupado com os pais Goi se manifesta dizendo que não gostaria de vê-los sendo tratados como gado.
É aí que o diretor lembra que existem pessoas não-magas na superfície, trabalhando. É aquele esquema anteriormente apresentado no próprio mangá. Nesse caso específico, os pais dele ficariam no 3º Nível de Cidadania.

O discurso é tão deturpado que Mogamett começa dizendo que a ideia ali não é oprimir os Gois e segue pelo caminho da segregação, em que pessoas com magia são superiores àquelas sem magia, pois tem controle de seus desejos e inteligência, tornando-os mais aptos a governar do que o outro grupo.

Ele se contradiz.

E para dar AINDA MAIS VERACIDADE aos argumentos contraditórios, ele mexe com o preconceito que os magos sofrem. Infelizmente existente e problemático, fazendo com que assim os alunos "comprem ainda mais" a ideia deturpada do diretor.

Mais tarde vemos os relatos de alguns magos, entre eles, Sphintus que conta um pouco do que se passa em Heliohapto, terra-natal de Sharrkan.
Ele conta que os magos, normalmente médicos, que nascem em sua família são enfiados dentro das intrigas palacianas para assassinarem desafetos da família real. Caso contrário, perdem o status social.

A imagem da esquerda, no final da página, mostra possivelmente Armakhan, o irmão mais velho de Sharrkan, e o citado mais novo.

Quando a garota fala sobre o conceito de magia ser praticamente desconhecido da população no Leste, eu acabo me lembrando do Judal.
No Arco de Balbad o magi vê o passado com a ajuda da Sabedoria de Salomão, usada por Aladdin, e descobre que quando bebê foi sequestrado e teve os pais e sua aldeia inteira assassinada pela Al-Thamen.

O que aconteceria com ele se a Al-Thamen nunca tivesse aparecido e seus poderes se manifestado? Será que também não passaria por esse preconceito?

"Kimono, a gente já tem uma dose normal de angústia em Magi. A gente não precisa de mais. Se foca no mangá, por favor?" - Ok, ok.

O que Aladdin observa é a "transformação", que dá título a este capítulo, das crenças dos colegas que começam a debater e a repetir aquelas ideias junto de outros conceitos que veem em seus países, e acabam "comprando a ideia".

Um país de magos, feito para magos e governado por magos.
É aterrorizante essa transformação.

O capítulo encerra com a forma degradada dos Goi, que é o 5º Distrito.
Qual mago, depois de passar por essa tal Reforma Ideológica, irá ver aquelas pessoas como seres humanos como eles também são?

Superficialmente Mogamett não está errado em dizer que magos são diferentes de Goi, afinal, eles possuem magia e conhecimento para usá-la, talento que os Goi não têm. Só que isso obviamente não os tornam DUAS ESPÉCIES DIFERENTES. Continuam sendo seres humanos, uns com talento e outros sem. APENAS ISSO.

(Pensando se esse capítulo não vai acabar nunca. Já viram o tamanho do texto acima?)

E quando estão lá, Titus pensando se foi realmente egoísta em suas ações e o mini-magi sem saber o que fazer, TEMOS A VISITA ILUSTRE DO REITOR DE MAGNOSTADT.

Bem que eu disse que o caldo entornava.


Magi
~162ª Noite: A verdade sobre Mogamett~
Por favor, não congestionem a caixa de mensagens do nosso adorável loirinho metido, ok?
O mais complicado neste capítulo é que precisamos conviver com aquele ensinamento de que ninguém é totalmente bom e tampouco totalmente mau. É de quebrar as pernas, principalmente quando estamos lidando com o diretor dessa escola de magia.

Mogamett é o Romero Rômulo bem escrito de A Regra do Jogo (Globo).

Naquela tensão toda, o reitor diz a Titus que ele pode levar a tal menina para a superfície e prossegue em tom de piada que, se o mago quiser, pode viver para sempre com ela na superfície, o que deixa o nosso loirinho de feições delicadas bem bravo.

Tanto que ele vai e me solta essa:

"Então quer dizer que agora você tem pena da Marga? De um Goi, uma 'espécie' que você tanto despreza?"

Lembra quando eu disse que Mogamett tem anos de experiência em contra-argumentar? Pois bem, aqui vamos nós com mais uma porrada na cara:


"Mas o único que eu tenho pena aqui é você, Titus. Que, ainda por cima, carrega uma sombra... O que está escondendo? Que é subordinado de Sherazade de Rem?"

Já não bastasse praticamente aterrorizar as pessoas até nos sonhos (mentira), o diretor da barba tão longa que precisa ser carregada no ombro, não para por aí. Continua falando que tem pena de Yamuraiha e Sherazade, "pobres magas" que estão cumprindo missões egoístas dadas pelos Goi e sucumbindo aos poucos.

Inclusive ele cita Yamuraiha, dizendo que para apenas um mago cobrir tamanha área com uma barreira de proteção é praticamente suicídio. E posteriormente levar a óbito.

É meio o que acontecia há setenta anos em Magnostadt, ou melhor, Musta'sim, como visto nas memórias de Mogamett em capítulos passados. Foi assim que a esposa dele morreu. Digo, não por conta de uma barreira, e sim por usar magoi demais e não conseguir repô-lo em tempo.

Se ele queria dar uns cabelos brancos ao pobre Aladdin, conseguiu.

As palavras que se seguiram eram de um mago sonhador que gostaria de construir um país em que todos (os magos) pudessem viver felizes.


Porém, assim como sugere o nome do capítulo, descobrimos que realmente o reitor da academia de magia parece interessado principalmente nos anseios daqueles que possuem magia, desprezando os Goi.

O que mais dói dessas cenas em que Titus pega a Marga no colo, é que eu sei o que aquilo significa e o que a vida dele tem a ver com tudo isso. Parece, claro, que o mago de Rem está se "vendendo", mas...

Bom, a JBC já publicou o 19º volume, vocês que leram até lá sabem do que estou falando.

No scanlator há uma nota referente à fala de Mogamett, quando ele diz que Titus gostou de ter recebido a menina. O termo ali usado é normalmente para se referir a bichos.

Isso ficará ainda mais claro nas próximas páginas.

É impressionante como a Tia Ohtaka sabe fazer não só o roteiro, como a arte, para nos chocar ainda mais.

As outras crianças do 5º Distrito chegam a pedir aos prantos para que o diretor as leve também para a superfície, só que ele chega a chutar uma delas e limpar o pedaço da sua roupa que foi tocado, como se uma coisa nojenta tivesse encostado nele.

Isso depois de dizer que o nosso mago loiro deveria pensar no que fazer com as outras crianças que sofrem no 5º Distrito.

Aladdin fica responsável por mostrar ao leitor que as palavras de Mogamett para os magos não são mentiras, só que os Goi para ele não passam de qualquer coisa inferior, abaixo de um ser humano.

E o nosso mini-magi sabe que esse tipo de segregação pode destruir um mundo.

Meio arredio vendo Sphintus ficar tão empolgado com o diretor da escola de magia enquanto Titus e Marga passeiam pela cidade empolgados, chegamos finalmente no momento de escolher as aulas complementares, de nível mais acima ao do "maref": os "zemi".

Nosso protagonista do cabelo azul todo empenhado em sua missão e Titus comendo bola e fingindo que está mesmo aí para isso tudo.
AINDA VAI TER PLOTE TUÍSTER CARPADO DE DAIANE DOS SANTOS NESSA BODEGA, VAI VENDO!

E olha só os cursos que essa turminha do barulho tem:
-Alquimia de Item Mágico;
-Estratégia Militar Mágica;
-Pesquisa sobre Djinns;
-Pesquisa sobre Goi (QUÊ?);
-Biologia Mágica;
-Prós e Contras das Previsões do Tempo da Maju Futuro;
-Produção de Comida Mágica com Magia;
-Aplicação de Magia Aberrante;
-Possibilidade de Teleportação (plot twist do arco final de Magi - spoiler fora do contexto);
-Propriedades e Alterações dos Rukhs.

Agora confira essa mesma lista VERSÃO JBC:
-Produção de Instrumentos Mágicos;
-Ciência Militar Mágica;
-Estudo de Djinns;
-Estudo de Goi;
-Biologia Mágica;
-Vantagens e Desvantagens da Premonição;
-Produção de Alimentos com Magia (QUAAASE!);
-Aplicação da Magia Transnômica;
-Possibilidade de Transferência Espacial (ai, seus frescos!);
-Propriedade e Degeneração do Rukh.

Como sempre aquele nosso embate técnico.
No fim, nóis se comunica e não se trumbica, certo?

Espero que tenha servido como uma boa curiosidade.

P.S.: Em algum lugar deste post esqueci de dizer que Mogamett sabe que Sheherazade é magi. Bom, vocês leram o mangá, eu também, só estou incluindo agora, pois vai que... "KIMONO, VOCÊ ES-" - Esqueci minha sacola de compra no banco do carro.


Magi
~163ª Noite: Seminário*~
Ih, Aladdin, até ela está achando que foi você que hackeou o computador do Mogamett...
Sphintus, para variar, passa raspando e consegue ter carta de recomendação para assistir seminário de magia do tipo 8 para cura.

Em pensar que esse fresco ficava esnobando o nosso menininho mordível de cabelo azul... UM DIA DA CAÇA, OUTRO DA AMEBA. É a vida... hoho

O seminário funciona como as minhas aulas de laboratório há uma década. Sim, saí da escola HÁ UMA DÉCADA e todo dia agradeço a Deus Pai Todo Poderoso pela graça alcançada. hehe

Depois das aulas regulares eu tinha que correr para pegar a fila no restaurante a quilo ao lado da escola, comer tudo o que podia pagar e aguentar dentro de uma hora, e estar presente em três dias a cada quinzena em aulas chatas de laboratório de Física, Química e Biologia.

Apresentar esse conteúdo em aula regular não dá, né? TEM QUE ME ARRASTAR PARA FICAR MAIS UM POUCO NO INFERNO.

Enfim...
Risos à parte, é basicamente isso que acontece com aqueles que conseguiram se destacar e receber recomendações de "VAI FICAR ESTUDANDO MAIS UM POUCO, SUA DESGRACINHA".

Aladdin com dez cartinhas e Titus com onze.
Combinadinhos como bons cupinchas, eles escolhem determinadas matérias e prometem contar sobre seus conteúdos um para o outro.

Titus fica com a "Produção de Itens Mágicos", enquanto Aladdin se dedica a "Propriedades e Alterações dos Rukhs".

A professora do nosso pequerruchinho é uma tia com nome de vodca: Irene Smirnoff.

A sala dela é cheia de fotos do diretor.
Essa curte uns velhinhos.

O nosso projeto de pepecador até que tenta um contato mais amistoso com a mulher, no entanto, só por ter tomado um cházinho a sós com Mogamett, o garoto já se tornou caçado pela Interpol, afinal, dona Irene é quem queria ter esse prazer.

O melhor é que quando eles entram na sala de aula há a realização de que... TCHARANS! RUKHS NEGROS, MÃE DE FACAS!

É, Aladdin, hoje não é o seu dia... MAS O SEMINÁRIO É MUITO IMPORTANTE!

Sobre esse negócio de "doze anos atrás", já deve ter sido citado e eu simplesmente não lembro, porque minha memória apaga muita informação e ficamos por isso mesmo.

Só sei que esse menino é uma peste e daquelas espertas, esse não nega os genes que têm! hehe

Ele confronta a professora sobre o tal incidente e questiona se a academia de magia tem ligação com "certa organização". Ela desconversa, dizendo que não sabe do que ele está falando, e assim a aula termina, com ares de mistério para o nosso pequeno magi que fica surpreso com o "quanto" de conhecimento Mogamett tem por ele. Aliás, até que ponto o diretor sabe sobre o nosso menino?

Naquela noite Titus conta a Sherazade o que descobriu e deixa todo mundo pensativo sobre a razão de Magnostadt não estar aliada ao Império Kou, que é praticamente a sede da Al-Thamen.

Dica: uma explicação é spoiler e a outra é algo importante que vimos no discurso do reitor ali em cima.

Goi, né, minha gente?
Império Kou é governado por Goi.
Vai mesmo acreditando nesse vovôzinho super simpático adorando Goi. Não leram os capítulos anteriores?

O que mais dói é toda essa situação do Titus, principalmente nesse capítulo que deixa no ar uma informação amedrontadora: a possível e breve morte do rapaz.

E vemos que Sherazade está preocupada com todo esse apego que o mago está mostrando, seja pelas coisas que presenciou pela primeira vez, pelo cuidado com a Marga ou até mesmo por estar simplesmente vivo.

Ela sabe se isso trará transtornos mais a frente e que tornará tudo mais difícil para Titus. Ainda mais quando a pequerruchinha que ele praticamente adotou demonstra uma saúde muito debilitada e uma semelhança desconcertante com a história dele.

E Titus sabe que não vai poder cumprir aquela promessa. Sua missão tem hora marcada para acabar. E quando eu digo "missão"...


Magi
~164ª Noite: A verdade sobre Titus~
Pense num menino que hackeou o computador do diretor para ESPALHAR WI-FI NO 5º DISTRITO e aloprar, porque achava que assim poderia vingar o pessoal. Ledo engano.
Começamos com Marga recebendo um tratamento que retarda os efeitos do seu problema congênito do coração, que precisa ser feito com regularidade e por magos de alto nível.

Bom, aqui tem uma informação bastante importante e que seria bacana que vocês tentassem lembrar até o arco final deste mangá (daqui a dois/três arcos), pois vai fazer sentido e explodir mentes como está acontecendo agora comigo.

Acho que tudo vai fazer ainda mais sentido quando Magi terminar e nós fazermos tipo uma maratona de leitura. Tem muita ponta solta que com o passar dos tempos eu esqueço que foi citada/comentada em capítulos mais recentes e a gente fica com aquela cara de tacho. Acontece.

Novamente citando esse raio de...
Espera. ESPERA. O QUE ACONTECEU 12 ANOS ATRÁS NÃO FOI O GOLPE DE ESTADO EM MUSTA'SIM? Ohhh... OOOOOOOHHHHHHHHH... Parece que foi isso mesmo (reli os capítulos 103 e 104, só que falava sobre 10 anos).

Se por um lado nós conhecemos as Ferramentas Mágicas primeiro com a Tia Madaura, parece que não é privilégio de Actia ou dos arredores de Magnostadt, o uso desses itens também apareceu no Império Rem com saqueadores.

Ao que tudo indica, para criar essas armas eles estudaram um item mágico vindo de uma dungeon, mas a produção em massa começou apenas há dois, três anos.

Por enquanto, como eles conseguiram esse instrumento ainda é um mistério, visto que, como magos não podem ser conquistadores de dungeon, eles precisaram de algum Goi. Ou de quem tivesse acesso a um Goi conquistador de dungeon.

A magi de Rem pede para que o rapaz investigue mais a fundo e, caso Magnostadt esteja distribuindo essas armas para oprimir o império, ela tomará as medidas necessárias para proteger sua terra.

O problema é que com isso, o tempo de Titus vai correndo mais depressa, como areia numa ampulheta. Logo sua missão terminará e ele não terá mais "serventia".

Sherazade reconhece o esforço de seu clone e promete cuidar de tudo até o momento que ele se for. Titus até pensa em retrucar, porém, desiste.

E a gente sabe desde o Arco de Balbad com Alibaba, que quando o personagem faz essa cara de paisagem, quer dizer que aí vem merda! E DAS GRANDES!

Por conta dos estudos de Titus, Aladdin liga os piratas e os saqueadores com as Ferramentas Mágicas produzidas pela academia, acreditando que eles estão tramando alguma coisa com esse plano.

Sabe de nada, Aladdin, sabe de nada...

Sphintus que parece não ter muita estamina para acompanhar a pequena Marga, nos mostra mais uma de suas habilidades: cozinhar!

Sim, por mais incrível que pareça, esse jovem da nobreza decadente é um ótimo cozinheiro e também rancoroso. Ele disse que vai cobrar a família de Titus por tê-lo salvo, que ele apenas esperasse mais um ou dois anos.

E é depois de um dia tão divertido como aquele e das palavras de Marga pedindo para que ele esperasse cinco a dez anos para que a menina pudesse retribuir toda a ajuda, que o mago não consegue mais se segurar e procura pelo reitor da academia de magia.

É, prepara o coração para a dor que agora ela vai começar e nunca mais terminar. Vai por mim, ainda vem MAIS SOFRIMENTO.

"Eu... ainda não quero morrer."


Magi
~165ª Noite: Origem**~
Pronto. Acabou a saga do Mogamett expondo a vida virtual de seus alunos "sacripantas".
O que dói nesse capítulo além do sofrimento do Titus, é a atitude do Mogamett, que daí torna aquele sentimento de ojeriza e raiva do leitor em algo complexo. Por isso não é estranho ver o próprio Aladdin se questionando se o velho mago é uma pessoa "boa" ou "má". Infelizmente o conceito é relativo e muito amplo, tornando a vida um pouco mais tortuosa do que ela já é normalmente.

Descobrimos que Titus nada mais é que um ser criado da carne e dos ossos da magi Sherazade, um clone que compartilha de seus rukhs, e que nasce com uma missão específica para que, depois de cumprida, pereça. E como ela comentou no capítulo anterior, o nosso loirinho metido não foi o primeiro e único que serviu para este fim.

O problema é que nenhuma magia, como a que está prolongando a vida de Marga, pode ajudar o pobre rapaz. Ele tem inveja dos amigos e das outras pessoas que podem viver livremente, que podem fazer planos para o futuro sem uma sentença de morte pendurada em seus pescoços.

Mesmo criatura, ele não aceita ter nascido apenas para cumprir uma missão, pois dilacera o fato de que ele conheceu as dores e os prazeres da vida e sequer poderá escolher ficar por aqui ou não. Simplesmente foi tomada a decisão de que em mais um mês ele vai deixar de existir, e não poderá cumprir a promessa que fez à Marga.

É curioso como Mogamett se desespera com o processo de "queda em depravação" do Titus, quando vemos Aladdin estudando o uso dos rukhs negros para a criação de vidas artificiais, chegando aos Djinns Negros.

Não tem problema usar o ódio dos Goi para obter tal material, mas fica problemático quando temos um mago "decaindo".

O diretor fica cada vez mais apavorado com a possibilidade da reversão dos rukhs e quando começa a pensar num modo de trazê-lo a si, os rukhs de dentro do jovem brilham com força.

É quando Sherazade se manifesta em Titus.

E provando que essa tia com cara de loli pode muito e não está para brincadeiras, ela oferece um acordo quase indecente: que Magnostadt se junte ao Império Rem, tornando-se uma de suas províncias, ou espere para se tornar um país subordinado ao Império Kou, que pretende em breve guerrar contra Rem.

Ela ainda explica que pela lado Remano não há discriminação entre magos e Goi, só que mesmo assim Mogamett se recusa e diz que vai continuar com o ideal de um país de magos governado por magos.

A magi então ordena que ele entregue o loirinho deprimido, pois o que é de Rem a Rem, contudo, o reitor se recusa novamente e diz que Titus ficará em Magnostadt.

O reitor não consegue aceitar que o rapaz seja forçado a um destino cruel como o que o espera em Rem, então acaba comprando briga com um império.
"Helena de Troia"? HELENA DE TROIA, ESSE TITUS.
"
Eu não o devolverei para você! Nem que tenha que ter o Império Rem como meu inimigo!"

E assim os rukhs da magi são expulsos de Titus, a nossa MAIS NOVA "Helena de Troia".

Nota: No Batoto, que é por onde a tia que vos escreve lê o mangá, tem o anúncio de MAGI: ADVENTURE OF SINBAD, o protótipo, aquele de 70 páginas. Como eu não sei/lembro se essas scans aparecerão mais para frente, abaixo desta nota eu já vou comentá-las. Não, elas não estão no volume da JBC, pois são originárias da revista Shounen Sunday, que é por onde Magi é publicado.

Basicamente temos Mogamett, Gyokuen, tia Sherazade e Yunan sentindo o furor dos rukhs com o nascimento de Sinbad. Considerado uma anormalidade de alta classe, nasce a peste que vai nos dar ainda muitas dores de cabeça. Vai vendo, cambada.

Assassinato
Não é que Magi seja ruim, gente. O problema é a quantidade de sofrimento que temos que lidar.
Então...
Eu li os capítulos 298 e 299 de Magi essa semana e surtei feito uma louca desvairada. É tanto plot twist que eu terei pena das minhas lágrimas quando chegarmos lá com essas análises.

Espero lembrar desse sentimento de "Ohtaka, devolve a minha paz, sua maldita". Quando sair pela JBC, vai ter gente tacando o mangá longe.

Vocabulário de termos:
*Zemi: No scanlator está como "zemi" e na JBC como "seminário". Optei por usar a versão da editora, visto que, é um termo mais compreensível. (No final do capítulo 162 o scanlator coloca uma nota sobre o zemi, dizendo que é "laboratório" ou "seminário")
**Genesis: No scanlator está como "genesis" e na JBC como "origem". Optei por usar a versão da editora, visto que, é um termo mais compreensível.

Magi pela JBC
Na versão brasileira oficial algumas coisas mudaram, então se você ficou confuso, consulte abaixo:

-Actia/Aktia: Actia
-Aladdin: Aladim
-Alibaba: Ali Babá
-Balbad/Balbadd: Barbad
-Ferramentas Mágicas: Instrumentos Mágicos
-(Ren) Gyokuen: (Lian) Yu-Yan
-Heliohapt: Heliohapto
-Império Kou: Império Huang
-Império Rem: Império Remu
-Judal: Judar
-(Aum) Madaura: (Om) Madhra
-"Queda/Cair em depravação": decaimento
-Sherazade/Sheherazade: Sherazade
-Sinbad: Simbad
-Yamuraiha: Yamlikha

*Al-Thamen: é o termo oficial (da JBC) para a Organização que não encontrou unanimidade entre os scanlators, que usavam Al Sarmen, Al Tharmen e variações. Foi escolhido para ser usado aqui também.


Nos vemos nas próximas noites de Magi!

Por Kimono Vermelho aquela qu descobriu o sofrimento no mundo 2D com Magi, porque antes era tudo MUITO MAIS FICHINHA que esse mangá arrancador de corações23/03/2016

2 comentários:

  1. kkkkkkkk.
    Ler magi pensando que vai ser leve e divertido é uma roubada, vai por mim.
    Tia Ohtaka não tem coração...

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    Respostas
    1. Olá, Clara!

      Eu que o diga! A quantidade de dor que já tive em todos esses arcos e nos próximos, já estourou a cota desta vida e da próxima encarnação.

      Obrigada pelo comentário!

      Excluir

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