quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Relembrar é viver: Caderno do Deus da Morte Ninja - Série Os Droppados

Daí a pessoa se toca que tem shinigami demais na conversa, só que já era tarde para mudar.
Se Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball e Yu Yu Hakusho podem ser considerados clássicos dos anos 90, que tal falarmos agora dos clássicos dos anos 2000?

Voltamos com o "Relembrar é viver" de mangás, uma espécie de Primeiras Desimpressões Triplas, só que com histórias que já lemos ou assistimos o anime.

Os escolhidos da vez são outro conjunto de renomados mangás da SHOUNEN JUMP:
Death Note de Takeshi Obata (arte) e Tsugumi Ohba (história).
Bleach de Tite Kubo.
Naruto de Masashi Kishimoto.

As regras serão as seguintes:
-Leitura dos três primeiros capítulos de cada obra;
-Neste caso eu cheguei a colecionar mais de dez volumes de cada título e assisti pelo menos um arco de cada anime;
-Vai tudo no MangaReader, porque eu vendi as coleções que eu tinha desses mangás. hoho

Eu queria um caderno mágico
Título original: Death Note
Autores: Takeshi Obata (arte) e Tsugumi Ohba (história)
Publicado no Japão por: Shueisha (editora) / Weekly Shounen Jump (revista)
Publicado no Brasil por: JBC
Status: Encerrado

Cheguei a colecionar o mangá, o que me causou um arrependimento gigante, pois a história foi se tornando cada vez mais cansativa e chata depois de certa reviravolta no meio da bagaceira toda.

Vendi a coleção toda para conseguir mangás mais interessantes e que valeram mais a pena colecionar.

Arrependimentos? Nenhum.

Uma das coisas que eu mais gosto em Death Note é o plot.
A premissa é muito boa, fantástica, e o desenvolvimento até certo ponto tem um bom ritmo e realmente segura o leitor, deixando-o curioso pelo próximo volume.

No entanto, a repetição e um pouco de presunção da história acabaram tornando-a bem monótona para mim.
O fim foi razoável. Era o que o personagem merecia (mesmo eu preferindo vê-lo sofrer um pouco mais, é claro).

Por que Death Note pode ser considerado um "clássico"?
Bom, eu usei o termo no post somente por conta das informações que obtive durante esses anos na internet. Não que a história seja a mais perfeita possível ou que a dupla de mangakás seja extremamente famosa a nível Osamu Tezuka, é apenas sobre o hype, a quantidade de pessoas que conhece a obra e a impressão que ela deixou.

Além das paródias que, vira e mexe, aparecem em outros animes/histórias aleatórias.

Vai bastante de pessoa para pessoa também, óbvio.
Aqui eu considerarei um "clássico" moderno.

Tsugumi Ohba, com a linda arte de Takeshi Obata, nos dá a chance de acompanhar a vida de um rapaz de 17 anos, bastante inteligente, considerado praticamente um exemplo de pessoa, recebendo um poder importante nas mãos: um caderno que pode matar.

Tudo por conta do tédio de um deus da morte que tem como trabalho escrever os nomes dos seres humanos para que eles passem dessa para talvez uma melhor.

O tédio do shinigami e o tédio do humano "perfeito" com uma vida "perfeita", sem desafios, sem aventura.
Não só isso. O adolescente não foi "o escolhido" como estamos acostumados a ver na maioria dos plots de filmes hollywoodianos. Apenas aconteceu de estar na hora certa, no lugar certo e fazer a coisa... certa...?

Ohba nos fez parar e pensar.
Pegaríamos o caderno?
Acreditaríamos nas instruções?
Escreveríamos um nome?
E quando descobríssemos a veracidade do caderno, mataríamos depois de forma consciente?
Como ficaria nossa mente, nossa sanidade?

Ao mesmo tempo uma parte nossa teria o mesmo "sonho" de Light Yagami: livrar o mundo do mal.

Isso mexe num assunto tão "faca de dois gumes" que em países que existe a pena de morte, muitos discutem se temos mesmo o direito de escolher quem vive e quem morre.

Do outro lado, com a violência cada vez mais assustadora e crescente, qual o direito que o ladrão tem de tomar algo que você trabalhou para conquistar e qual o direito dele de escolher se você vive ou morre reagindo ou não a um assalto?

Muitas questões são levantadas, muitos prós e contras, afinal, estamos falando de vidas que compõem sonhos, desejos, frustrações, laços, dor, sofrimento e histórias.

Particularmente eu gostaria que bandidos morressem. Desde traficantes a estelionatários, de corruptos a estupradores. Mas a que preço?
Sujaria mesmo as minhas mãos escrevendo seus nomes em cadernos? Quem seria eu para julgar quem vive e quem morre? No que sou melhor que os outros?

Eu provavelmente devolveria o caderno intacto ao chão.

Não me acho competente ao ponto de sair matando pessoas que no meu julgamento mereciam morrer (e olha que tem umas que realmente o mundo não sentiria falta).

O preço a se pagar é muito alto.
E "lutar por uma causa" cegamente não faz muito o meu estilo. Talvez algo mais do tipo de pessoas que se juntam a organizações terroristas.

A vida de Light parece tão ajustadinha que ele se julga melhor que os outros e cai dentro dessa espiral de se tornar "deus" em um novo mundo, daquele que a "punição divina" realmente funcionaria contra quem "sai da linha".

Só que pelo caminho o cara sai TÃO FORA DA PRÓPRIA LINHA que os nomes no caderno já não são apenas de bandidos. Até aí a história continuaria bacana se...

SE NÃO TIVÉSSEMOS O DETETIVE QUE NINGUÉM NUNCA VIU MAIS GORDO, O CARA CÉREBRO MESMO, UM VERDADEIRO ARQUI-RIVAL PARA O NOSSO "DEOSINHO GOSTOSINHO SÓ QUE NÃO".

L.
Uma das letras do alfabeto.
Uma letra.
Uma letra legal.

L de laranja.
L de limonada.
L de LESADA.
Sou eu.

No final do 1º capítulo o nosso estranho favorito aparece.

Já no segundo ele mostra que sabe provocar e...
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DO JAPÃO UMA CARTA ARMADILHA VIRADA PARA BAIXO EM MODO DE ATAQUE FOI TÃO PLOT TWÍSTICA!

L provoca o que o povo agora chama de "Kira", a leitura japonesa de "killer" [literalmente "matador"; assassino; pessoa que mata].

E NÃO É QUE O NOSSO AMADINHO QUE QUER SER "DEOS", MAS NÃO PERTENCE A NORAGAMI, FICA TODO REVOLTADINHO QUANDO É CONTRARIADO E CHAMADO DE "PESSOINHA RUIM QUE FAZ O MAL"?

Depois de forjar um comunicado mundial (na real, apenas exibido no Japão, região de Kanto onde a população é maior), mostrar uma cara e um nome verdadeiros, e fazer com que a pessoa morresse ao vivo sem nenhuma influência comum (envenenamento, tiro, facada, etc), L assina seu atestado de "BORA PRA LUTA, OTÁRIO" contra Kira.

Desculpa.
Você realmente pensou que eu escreveria uma resenha sem a típica loucura? Isto não é um guest post, gente. Eu tenho autorização no Kimono Amarelo para ser doida varrida.

Eu gosto bastante dos comentários do Ryuuku nesse capítulo. O shinigami que apareceu assim, como quem não quer nada, simplesmente manja dos paranauê e não é pouco.

"Cada um de vocês está procurando por um adversário que a verdadeira identidade é um mistério. E o primeiro que for descoberto, morre."

Essa frase do Ryuuku é muito boa, ainda que as coisas não tenham necessariamente seguido essa ordem.

Estou tentando evitar dar spoiler, porque... VAI SABER QUANDO UM ALEATÓRIO VIRA OTAKU DO DIA PRA NOITE! Não quero estragar a alegria.

No terceiro capítulo Ryuuku comenta sobre o excesso de confiança que Light tem sobre continuar com essa ideia megalomaníaca mesmo agora sendo oficialmente procurado pela polícia.

Ryuuku descobre que é pelo nosso menino de ouro nº 1 do Japão ser filho de alguém da polícia.

Eu poderia comentar sobre como boa parte dos filhos de policiais tiram proveito do cargo dos pais para cometer atos nem sempre tão dignos, mas vamos prosseguir com o mangá.

O fim do terceiro capítulo já mostra uma grande mudança nas atitudes de Light. Ele descobriu que o Death Note pode funcionar como o Tweetdeck quando preciso programar tweets. Posso sair, estar dormindo, não me preocupar com nada. Uma vez programados eles acontecem.

E a impressão que dá é que o adolescente é tão confiante, megalomaníaco, que não se importa em dar tantas "dicas" sobre o que ele é para seu inimigo jurado, L.

É como se Light quisesse fazer com que o detetive também se enchesse de confiança e desse um passo em falso, fazendo com que assim o "deosu do novo mundinho pantanoso" pudesse acabar com ele.

Essa criança não é precavida, sua ingenuidade é mortal e o cérebro parece só funcionar para coisa errada. Death Note é basicamente isso.

P.S.: Antes que alguém apareça aqui e diga que o certo é "Raito", a leitura japonesa para "light" é "raito". O nome do personagem é "LIGHT", lido como "light" (só que japonês não sabe falar/pronunciar inglês), então não me xinguem sem necessidade.

P.S.2: Usei "Ryuuku", mas lembro que também existia "Ryuk". Usei o que estava no MangaReader.

Leria o resto?: Eu li tudo, pois colecionei o mangá. A pergunta é: leria tudo novamente? Não. Tenho histórias melhores para conhecer.
Recomendo?: Com ressalvas, sim.


Não é o Hinata*
Título original: Bleach
Autor: Tite Kubo
Publicado no Japão por: Shueisha (editora) / Weekly Shounen Jump (revista)
Publicado no Brasil por: Panini
Status: Em andamento

De shinigami que usa caderno para shinigami que usa espada.
ACHO QUE MELHORAMOS. Acho. Não tenho tanta certeza assim.

Se bem que tacar o caderno não mata, enfiar a espada sim.

Nas primeiras páginas Bleach é hilário, bom, shounen de batalha que promete ser maneiro... Até boa parte do Arco da Soul Society.
As coisas chatas começam depois que Kubo alonga tanto a história que a gente descobre que o protagonista é, nada mais nada menos, que uma DEUSA GAROTA MÁGICA.

Se isso te lembrar alguma outra obra, a culpa é TOTALMENTE sua. Que fique bem claro.

Quando não existe hype, você já conhece a história e pode falar com certo distanciamento sobre ela, eu diria que Bleach é clichezão.
Mas o que hoje em dia não bebe um pouco (ou demais) dessa fonte inesgotável de falta de ideia melhor, não é mesmo?

O problema é que alguns comportamentos com o tempo começam a irritar, como o protagonismo.
Alguns podem dizer que eu deveria estar acostumada, uma vez que, quando não é pela amizade, é pelo protagonismo puro que o personagem-DIAMOND-PLUS consegue as coisas.

Temos os arcos de treinamento, merda acontecendo, mestres sendo foda e mostrando para os alunos como é que a banda toca, plot que foca em gente aleatória até o protagonista chegar e roubar a cena, daí vem plot twist do cara bonzinho que na verdade era o vilão por trás de tudo...

Uma coisa Bleach não pode reclamar: ninguém esperava aquilo do Aizen.

Enfim, vamos voltar para os três primeiros capítulos.
O primeiro nos apresenta Ichigo Kurosaki, o moranguinho do nordeste do Japão, que tem 15 anos, é obrigado a respeitar um TOQUE DE RECOLHER imposto pelo pai e tem a incrível habilidade de VER ESPÍRITOS! Não satisfeito, o cara ainda pode tocá-los e trocar umas ideias.

Depois conhecemos sua família (se eu souber um nome ali, está de bom tamanho). Duas irmãs mais novas, um pai retardado que tem uma clínica do lado de casa e um pôster enorme da mãe falecida.
Não bastasse, o menino ainda é perseguido por gente morta aleatória.


Sobre a arte do Kubo: é boa, o cara desenha bem e, o pior de tudo, com o tempo ele melhora e deixa a gente babando. Pena que a parte "roteiro" está cada vez mais sambando na decadência.

Como mangá shounen com sobrenatural normalmente não costuma dar ponto sem nó, ainda somos apresentados a um shinigami chamado Ryuuku.

Não, espera, mangá errado.

Somos apresentados a uma shinigami tão pequena que provavelmente é menor que eu, chamada Rukia Kuchiki.

É ela quem explica aos leitores e ao encrenqueiro Ichigo o que ela é, o que está fazendo ali, com o que devemos nos preocupar e quem diabos está matando a família inteira dele.

Assim, no final do primeiro capítulo, temos o estudante de 15 anos se tornando um shinigami e salvando sua família de um fim trágico.

Bacana, maneiro, sensacional, se não fosse a saga de "agora que eu fiquei sem meus poderes shinigamis, já que você os tomou completamente de mim, vai ter que fazer o meu serviço até eu me recuperar", que é basicamente Rukia explicando a situação para o nosso idiota no segundo capítulo.

Ele terá que lidar com muito mais do que salvar fantasminhas camaradas que ainda não subiram aos céus, terá que lidar com os Hollows (espíritos malignos) e a verdade sobre suas identidades.

É basicamente isso que cobrem os segundo e terceiro capítulos.

Infeliz ou felizmente quando um mangá fica famoso e tem um número interessante de vendas ele precisa ser alongado. E aí que mora o perigo.
A Shounen Jump não é conhecida como a revista mais adorável do mundo. Yoshihiro Togashi, o autor de Yu Yu Hakusho e HunterXHunter, por exemplo, passou maus bocados na época que produzia o primeiro mangá citado.

As aventuras de Yusuke Urameshi seguiriam por um caminho, o das histórias e interações com fantasmas, e não se alongariam muito. Mas como a série fez sucesso o editor de Togashi pressionava. Não foram bons tempos, tampouco boas lembranças.
E, caso não se lembrem ou tenham começado a colecionar o mangá agora, o final não foi satisfatório. Dava para perceber o cansaço do autor e a sua vontade de jogar tudo para cima.

Por isso hoje Togashi faz e desfaz a bel prazer com HunterXHunter. Ele exigiu todos os direitos humanos que lhe faltaram em YuYu com as aventuras de Gon e sua turma.

Bom, Togashi pode.
Mas e o Kubo?

No mangá eu parei de ler até o resgate da Rukia.
No anime acompanhei alguns episódios até o Hueco Mundo.
Pela internet, entre comentários em redes sociais e análises do mangá em blogs, vi até os fullbringers ou algo do tipo.
Reunindo todos os spoilers que sei, Ichigo é uma garota mágica e está rolando guerra entre dois grupos aí.

Sem esquecer a falta de desenho no fundo e os poemas/poesias/frases soltas.

Bleach tem alguns bons personagens, os carismáticos, os da porraloka, os que a gente ama, os que a gente odeia...

Só que para mim já deu de repetição "porrada, inimigo, porrada, inimigo mais forte, ferrou, treinamento/cura, inimigo mais forte se ferra, porrada, inimigo, inimigo mais forte ainda, fodeo geral, cura/treinamento/rezar pra papai do céu, porrada, inimigo mais forte ainda derrotado" e por aí vai.

Gosta de Bleach? Seja feliz.
Não gosta de Bleach? Tem outros mangás.

"Clássico" moderno? Pela visibilidade.
É um mangá bem famoso, difícil de alguém não conhecer ao menos o nome ou algum personagem aleatório.

*Não é o Hinata: piada idiota com o protagonista de Haikyuu!! que também tem cabelo laranja.

Leria o resto?: Segundo os sofredores que ainda leem Bleach, não está valendo à pena. E eu sinceramente não vejo o que ganharia na vida lendo isso. Tenho mais o que fazer e hypar.
Recomendo?: Não. Tem coisa melhor na Shounen Jump.

Finalmente, sem shinigami aqui
Título original: Naruto
Autor: Masashi Kishimoto
Publicado no Japão por: Shueisha (editora) / Weekly Shounen Jump (revista)
Publicado no Brasil por: Panini
Status: Encerrado

Setecentos capítulos.
Vocês que leram SETECENTOS CAPÍTULOS, parabéns.
Eu estou morrendo com quase trezentos de Magi, imaginem.

O menino começa o mangá sem pai, sem mãe e sequer sabendo o nome deles, e termina com a sua própria família. É por essas e outras que eu acabei voltando só para ler essa "segunda geração" com os filhos do povo.

Sim, isso foi spoiler.
Só não conto quem casou com quem, porque seria um SPOILER SPOILENTO.

A coisa que eu mais gosto de saber boa parte do que acontece com os personagens é ver o quanto o Naruto foi desprezado e incompreendido nesses primeiros capítulos e no final de tudo conseguiu ser reconhecido pela sua força, e não apenas por carregar a tal Raposa de Nove Caudas que trouxe tanta desgraça, morte e sofrimento à vila.

Nesse ponto eu fico impressionada com o crescimento do personagem, com sua coragem, busca pela força, insistência e vontade de proteger.

Eu não lembrava do primeiro capítulo ser tão bom.
Tão cheio de emoção.
QUASE CHORANDO, MALDITO KISHIMOTO DOS INFERNOS!

Ebisu?
EBISU?!
Ebisu.

Ah, não é o deus da fortuna, dos comerciantes e pãns.
Que pena.

Sei lá.
Li os três capítulos.

Por que estou hypando?
Não entendo.
Droppei o mangá.

Que sentimento bizonho é esse?

Essa sou eu depois de ler os três capítulos iniciais de Naruto.

Angústia, dor e sofrimento, desgraça pouca é bobagem e promessa de que acompanharemos uma grande aventura. Essa é uma das verdades sobre essa série, que obviamente não tem a arte mais linda do universo, mas que conta com um roteiro um pouquinho melhor que a história analisada anteriormente.

Em suma, eu diria que é uma história razoável. Poderia ter diminuído algumas coisas, não ter matado algumas pessoas, não ter se embrenhado por caminhos tão desagradáveis, enfim, o mangá acabou tendo um bom encerramento. Melhor até do que poderíamos esperar.

É shounen de batalha, tem muitos sentimentos envolvidos, uma provável homenagem ao Kurama de Yu Yu Hakusho e o fim, para mim, é satisfatório.

Eu gosto mais de como as coisas são levadas em Naruto do que em Death Note e Bleach.

Também teve seus momentos cansativos, sagas chatas que davam dó dos fãs, personagens que poderiam não existir e vilões tão apelões que poderíamos jurar que Tite Kubo tinha passado por aqui, mas em suma, na minha opinião, foi um mangá razoável para bom.

Sem esquecer que foi um dos "culpados" pelo BOOM de crescimento de interesse por mangás e animes no final dos anos 2000 para a primeira década do século XXI.

É um grande título que eu considero um "clássico" moderno.
Afinal, pergunta para esses jovens aí e vê se eles desconhecem o ninja mais encapetado dos mangás e da Vila da Folha.

Leria o resto?: Atualmente não tenho paciência.
Recomendo?: Sim, mas com ressalvas.

Foi chato, porém, necessário

Como eu fiz um especial no Carnaval passado com três clássicos de antigamente, resolvi fazer um com esses clássicos mais atuais... BOM, NEM TÃO ATUAIS ASSIM, AFINAL, OLHA QUANTO TEMPO JÁ PASSOU, NÃO É MESMO?

De qualquer forma é mexer no vespeiro.
Este é o terceiro post que me arrisco a ser destroçada pelo fandom de alguma obra. O primeiro foi quando falei de One Piece e o segundo foi sobre Cavaleiros do Zodíaco.

Sobrevivi até eles, vamos ver o que me aguarda com este.

Fontes:
MangaReader para a leitura dos mangás - Google Imagens para as fotos das respectivas obras - Google e Wikipedia para informações adicionais

Por Kimono Vermelho aquela que está morrendo de calor, pois o ventilador circula ar quente - 04/02/2016 

6 comentários:

  1. Escritora às suas ordens: como vai?

    Pela primeira vez, posso falar de três séries que pude acompanhar. De mangá, pude ler a primeira etapa do Naruto, como também parte de suas versões em anime; os demais vi em suas versões animadas. Vamos a análise, seguindo a ordem que colocou no post.

    Death Note: vi apenas o anime e tenho o volume 13 que é a enciclopédia da série; por muito tempo, antes de ter o volume 13, pensava que a série era um gekigá (mangá para o público adulto, tipo Akira) pela forma narrativa e pelo traço, então, foi uma surpresa ao saber que era um shounen e mais por ter sido publicado pela Shounen Jump; sinceramente, nada a ver,mas, tive de engolir a descoberta. Basicamente, a história foi muito boa e pra sua surpresa, odiei praticamente o elenco de personagens todo, exceto o Matsuda; tenho raiva declarada do Light e do L, pra mim, ambos mereceram aqueles finais e olha que raramente fico com raiva de protagonistas de animes/mangás. Amo a versão dublada, que foi mais interessante que a original e que vi mais de três vezes.

    Bleach: este vi todos os episódios e os filmes, ficando somente os OVA's que não vi; considero um dos melhores shounens de batalhas em termos de anime, ao lado de Dragon Ball Z, Shijou Saikyou no Deshi Kenichi e Ushio to Tora (TV). Quando ainda estava em exibição, era o que via com mais frequência, tiro o chapéu para a produção da Pierrot, que até soube acelerar o ritmo da história e com fillers mais fáceis de engolir em relação ao Naruto Shippuuden - estes nem dá pra dizer que valem... - fora que tem um elenco mais ativo que o ninja loiro que tanto conhecemos. Guardo a série com o maior carinho e refiz os desenhos de dois dos meus personagens favoritos, Ishida e a Inoue. Quem sabe, tomo coragem e desenhe o Hitsugaya, que é um dos meus capitães favoritos.

    Naruto: este vamos por partes e a divisão será a do anime, pra não haver enganos; fase clássica foi ok!, teve um bom desenvolvimento e consenso em relação aos personagens apresentados, até aí, a série é boa; a coisa foi na fase seguinte e neste ponto, boto metade da culpa no próprio Kishimoto e a outra para a Pierrot - se tivessem encerrado lá na sétima temporada do anime, tudo ia ficar bem, apesar das falhas - acontece que ambos espicharam a obra e houve o que houve. Tanto o mangá quanto o anime simplesmente decaíram em qualidade de história, bem diferente do Bleach que ao menos, está esclarecendo as coisas e não fica boiando ou nos fazendo de idiotas e sim, é simples em sua execução e entendo as suas falhas - defendo sim, porque acho a série muito discriminada em relação a outras do mesmo estilo de história - vou parar por aí. Tenho uma relação de amor e ódio com esta série, portanto, se desse uma nota de zero a dez... fase clássica nota 8, fase Shippuuden, nota 5.

    Bem, esta é a minha opinião sobre as três séries. Espero que tenha a agradado e nos vemos por aí: até mais!!!

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  2. Death Note foi um dos primeiros animes que eu baixei (isso já deve ter uns 5~6 anos, o tempo voa!). Eu estava acostumado com Dragon Ball Z, Cavaleiros dos Zodíaco, Pokémon, basicamente shonens de batalha, e ai eu fui assistir esse anime e minha cabeça explodiu! Totalmente diferente de qualquer animação que eu já tinha visto.

    Hoje em dia eu percebo os problemas da história, principalmente a Misa (ô criatura chata!) mas Death Note continua sendo um dos meus animes favoritos.

    Eu assisti os 2 ou 3 primeiros episódios do anime de Bleach e meus parabéns para quem conseguiu continuar assistindo. Achei muito chato, foi tudo bem clichê, não deu pra mim. E olha que na época eu assistia qualquer porcaria (até a primeira temporada de Sword Art Online toda) mas não tive vontade nenhuma de continuar com Bleach, e pelos comentários que eu vejo, eu não perdi muita coisa.

    (Dúvida: tem algum motiva pra Bleach ter esse nome?)

    Naruto é um caso especial, quando ele passava no SBT (em 2007, eu acho) eu já me apaixonei por ele. O primeiro anime que baixei foi justamente Naruto, graças a (e por culpa de) ele eu entrei no universo otaku.

    A minha história pessoal não é importante, continuando:

    Até a Guerra Ninja, Naruto era um ótimo mangá (não vou nem falar do anime porque hoje em dia é melhor só ignorar ele) durante a Guerra o Kishimoto claramente se perdeu, ele havia criado muito personagens e espalhou eles e depois não conseguiu manter o ritmo da história. Eu nem vou comentar sobre a Kaguya porque aquilo obviamente foi coisa da Jump, dá pra perceber a diferença brutal entre o arco da Kaguya e o confronto final entre Sasuke e Naruto, que foi o arco final do mangá.

    Naruto é um dos meus animes/mangás preferidos, e deve continuar sendo pro resto da minha vida, mas eu dificilmente recomendaria ele pra alguém, a não ser que pedissem a minha opinião sobre ele. Existem animes/mangás melhores (e bem menores também) por ai.

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    1. Olá, Magno!

      Pois é, Death Note é explodidor de mentes quando a gente é bichinho de shounen de batalha. XD Eu também pirei.
      Você conseguiu ver SAO? XD Queria ver o que poderia acontecer se eu tentasse assistir esse. hehe
      Acho que deve ter um motivo para se chamar Bleach, mas como não tenho certeza prefiro não arriscar.
      Não acredito que tu é tão novo no mundo otaku. XD Sou a única caduca que está nisso desde os anos 90.
      Bom, eu vejo Naruto pelos olhos das fangirls que são as que eu mais conheço do fandom, então a história majoritária é bem ignorada.

      Obrigada pelo comentário!

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  3. Eita, conheço quase tudo desses citados /o/

    Death Note foi uma febre! Carambaaa, o que dava de ~L~ espalhado nesses eventos de cultura japonesa! kpsoakosapks Lembro que fui para São Paulo em 2012 visitar uma amiga e fomos ao Anime Friends, onde o namorado dela na época estava de L. É, ele e a torcida do Flamengo, porque né kpsoaksapska
    Lembro de ter assistido o live action, onde Ryuuku devia ser a coisa mais bizonha do mundo -q Eu gostava bastante da ideia. Meio que coloca o espectador contra a parede, nos obrigando a pensar se usaríamos ou não o caderno. Como você bem pontuou, o certo e o errado difere de cada pessoa e o seu bem maior pode não caber a todo mundo, do mesmo modo que erradicar o mal do mundo possa parecer até aquelas promessas de Miss Universo e afins. Mas, se a gente for riscar da listinha todos aqueles que consideramos errados, vai sobrar quem? Nem nós mesmos estamos livres disso, já que não existe bem ou mal absoluto. É de entrar em conflito jaisaspaojskpaos
    Light deixou o poder subir, como aconteceu com muitos nomes catastróficos da nossa História. Quer saber como uma pessoa é? Dê poder à ela. DN mostrou bem isso, mas concordo, com o andar da carruagem ficou meio mé, mas ainda considero muito bom, principalmente por causa desse conflito entre certo e errado ^

    Bleach eu vou pular, porque vi muito pouco, pouquíssimo mesmo e o máximo que lembro é do Ulquiora virando cinzas com a Orihime estendendo a mão pra ele (???) Ou isso ou eu boiei e troquei de anime, sei lá

    Naruto. Naruto. N A R U T O. Gente, sete anos acompanhando essa desgrama, eu sofri tanto com as enrolações do mangá, larguei mão do exagero desnecessário de fillers no anime e surtei como louca com o final NaruHina. Foi o primeiro shipp meu que deu certo, me deixa ;^; (Sailor Moon não vale na contagem).
    Gosto de Naruto porque todos têm uma história, um trauma, algo a superar, medos próprios e todo um drama interno digno de protagonização. Eu adorei como Naruto amadureceu ao longo do mangá, porque lembro que, certa altura da leitura, eu não botava muita fé nele se tornando Hokage, pois seu comportamento era muito imaturo e ficaria sem sentido ele levar o posto apenas por ser o protagonista. Felizmente eu mordi a língua e a história, mesmo com trancos e barrancos, avançou bem. Considerei algumas mortes desnecessárias também, algumas explicações wtf???, Sasuke me tirava a paciência, Orochimaru sumiu e briga de fandom, como sempre, reinou, mas não dá, eu pirei horrores com Naruto kpsoaksopaopsk E fiquei muito feliz com aquele final de novela da Globo, todo mundo casado e com filho. Isso sem falar do meu husbando Gaara :v (?)

    Mesmo adorando Naruto, não colecionaria. Nem Naruto, nem DN e Bleach não em desperta tanta curiosidade, mas concordo com a colocação de clássicos modernos. Quais serão os próximos clássicos da virada de 2010?

    Divertida análise como sempre, Kimono! /o/ Sempre vale a pena parar e ler seus posts! /o/

    Até mais /o/

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    Respostas
    1. Olá, Natália!

      Eu vi o live-action.
      Não sei como não aumentou o grau das lente dos meus óculos com tamanha barbaridade naquele filme. Tão feio, tão porco, tão tosco, que a gente só gostaria de chorar. Espera. ESTAMOS FALANDO DO FILME OU DA SÉRIE? Eu não vi a série, dizem que é melhorzinha, eu vi o filme. NÃO VEJA O FILME, ELE DÓI!

      Eu lembro. L é o cosplay mais fácil de fazer. XD

      Sobre Bleach: acho que foi isso mesmo que você contou. Não cheguei a colecionar ou ler essa parte do Hueco Mundo.

      Sobre Naruto: LOL Seu comentário é o que eu vi acontecer no fandom, principalmente, feminino. Enquanto boa parte dos garotos achou um horror, as meninas permaneciam ali, firmes e fortes pela causa do shipping. Acabei me divertindo mais do lado de fora.
      Eu colecionei, porque não usava internet para otakices naquela época.

      Próximos clássicos?
      Espero não ter que fazer, porque... Realmente não sei o que seria "clássico" aí.

      Obrigada pelo comentário!

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