segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Magi: The Kingdom of Magic #15

É, mais nove episódios e infelizmente Magi nos abandonará...
Entrando na contagem regressiva para as últimas impressões.

No episódio anterior estreou a abertura mais spoilenta da temporada.
Titus, Sphintus e Aladdin descobrem um local proibido para os estudantes magos: o 5º Distrito, onde as pessoas que vivem lá servem única e somente como fonte de magoi para as Ferramentas Mágicas do país.

Vai se manter firme e forte ou se entregar a lobotomia, Aladdin?


Magi: The Kingdom of Magic
15º episódio
Juro que quando vi isso no mangá achei que o Aladdin estaria ferradérrimo e, bem, nem tanto, né?
Opinião: Esse episódio é mais um daqueles que nos faz pensar e debater, aliás, essa é uma das coisas que eu adoro em Magi e que a autora faz divinamente, mixando entretenimento com conhecimento.

Pegos no 5º Distrito, o nosso trio de magos se rebela entrando em combate com o irmão da instrutora Myers e salvando não só Marga como outros gois que foram jogados ao abismo.

Mais uma vez contrariando o pensamento de todos, Matal Mogamett não pune nenhum dos alunos e os envia para o Curso de Ideologia que nada mais é que uma palestra de lavagem cerebral com argumentos bastante sólidos, porém, não tão razoáveis.

Fica claro como Magnostadt nasceu e se tornou uma nação.
Conhecemos pelos olhos de um Mogamett mais jovem as dificuldades de antigamente no reino de Musta'sim, além do poder da inveja, da crueldade e da ambição humana.
Por mais que seja totalmente compreensível a ideologia que o diretor deseja passar aos alunos, ela segrega ainda mais os magos dos não-magos e provoca um preconceito desnecessário.

A história de Magi é feita de danos colaterais que a partir de algum momento tomam as mesmas decisões de quem os colocou naquela situação, montando assim um efeito dominó.
É só lembrar do governo intolerável de Balbad ou pegar como exemplo o próprio país de magos. Dunya, a princesa de Musta'sim, não tinha culpa pelo que seus pais e ancestrais fizeram aos magos, sendo condenada à morte apenas por seu sangue real. Salva pela Organização que manipula Kou atualmente, ela foi alimentando seu ódio e se tornando uma ferramenta de destruição com o recipiente de metal negro (que deu trabalho nos últimos episódios da 1ª temporada).

Ao mesmo tempo que a existência dos magos é algo incrível e admirado pela população, eles não passam de escravos da família real. Justamente em uma época em que usavam magia até se esgotarem, pois não existiam fórmulas que controlassem o efeito e a quantidade de magoi usada para existir um equilíbrio. Foi assim que tanto a filha de Mogamett quanto a esposa morreram.

O endeusamento dos magos por parte do povo, deixou os nobres enciumados, já que seus egos não permitiam outra resposta ao "Espelho, espelho meu, quem é mais amado pelo povo do que eu?".
Algum tempo depois uma epidemia suspeita correu o reino e junto dela informações de que os magos eram os culpados. Novamente na palma da mão dos governantes, o povo era conduzido sem pestanejar, enquanto os magos lutavam no front contra os soldados de Partevia (que por ambição para conquistar mais territórios, resolveu entrar em guerra com Musta'sim). Na verdade, servindo apenas como escudos-humanos.

Como alguém que acreditava no poder de mudança da magia igual a Mogamett poderia aguentar calado os mandos e desmandos dos egoístas não-magos? Todos esses anos de brincadeira custaram a vida de sua família e dos seus companheiros. Mogamett que disse a filha que ser mago não era um fardo como ela pensava, e sim uma forma de bênção para ajudar os outros.
Como esperar que alguém que tenha perdido tudo ainda acredite na raça humana com olhos ingênuos? Não é difícil tomar partido dele, no entanto, é complicado botar todos os gois na mesma medida. Generalização nunca é caminho para razão.
O único lugar em que os magos podem cuidar de seus próprios interesses: a busca pelo conhecimento.
Mas o governo de Magnostadt é perfeito?
No esquema de comparação que fiz no post sobre o episódio passado, fica claro que nenhum dos citados é. E aí eu os chamo para o debate: qual o melhor modo de governo? Aquele que deixa o povo escolher seu próprio caminho e não tem condições dignas de sobrevivência ou aquele que oprime rigidamente, mas tem boas condições de vida?
Novamente recomendo a leitura do mangá aqui, principalmente os capítulos atuais que estão mostrando exatamente a segunda opção.

É engraçado como o olhar do Mogamett contrasta durante todo o episódio. Seja na hora em que ele fala de Yamuraiha para Aladdin ou na imagem do print acima. Vocês ainda não conheceram o lado cruel do diretor da escola de magia e, acreditem, não existe pior veneno do que o ódio. A única cura é o amor e isso vai ficar claro no final do Arco (se o anime mostrar as cenas que estou imaginando).

De qualquer forma, ainda temos um tanto assim de chão para chegar até o grande clímax. Tenho medo de que em nove episódios as coisas pareçam corridas demais ou cortem boa parte da tensão do que está por vir.
Bem, o que nos resta agora é esperar... E desejar logo uma 3ª temporada para 2015!

O 16º episódio promete muito! Principalmente para conhecermos a verdade sobre a existência de Titus, que sofre com o peso do passar do tempo, além da discussão entre os alunos para ver quem comprou a ideologia de Magnostadt e quem ainda está com um pé atrás. Vocês irão se surpreender!

Nos vemos no próximo episódio de Magi: The Kingdom of Magic!

Por Kimono Vermelho aquela que não consegue deixar de gostar dessa história - 20/01/2014

2 comentários:

  1. Saudações


    Vamos falar de sociedade e como a mesma é trabalhada no universo de Magi...

    Tenho por mim que os motivos apresentados pelo Mogamett são até compreensíveis. Ele perdeu a filha por causa do governo dos Góis e de toda uma "tribulação" provocada por tal. É uma dor natural (perda de um ente querido) somada a um desejo de vingança extra-forte (por uma coalizão de magos ante o poder dos Góis).

    Mas embora sejam motivos compreensíveis, não são perdoáveis.

    O Mogamett está apenas desenvolvendo o ódio com as suas ações. Não há uma construção saudável de sociedade dos Magos da forma com a qual ele tem desenvolvido a mesma...
    Assemelha-se ao dito [poder pelo medo], pelo [domínio da mente] e pela [força das palavras e ações]. Muitos governos da história da humanidade assim ergueram-se perante os seus povos, o que não é surpresa...

    Por isso julgo este arco de Magi II como sendo muito instigante.
    Muito mesmo...

    Muito bom, nobre Red Kim! :)


    Até mais!

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    Respostas
    1. Olá, Carlírio!
      O bom de Magi é que a partir deste ponto a história (como um todo) entra em uma trama bem mais complexa, trabalhada e instigante de acompanhar, pois as escolhas de Mogamett e seu ódio vão gerar situações que continuarão ressoando no futuro.
      Obrigada pelo comentário!

      Excluir

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