quarta-feira, 1 de março de 2017

Carnaval 2017: Primeiras Desimpressões de Boku Dake ga Inai Machi/Erased

O Carnaval chegou no Kimono Amarelo!
E se você não quer saber de bloco de rua, marchinha e desfile de escola de samba, venha curtir o feriadão aqui no blog!
De 24/02 a 01/03 com uma programação especial! #SeloLaFolia

Como funcionam os posts de Carnaval:
-Assistirei e comentarei os QUATRO primeiros EPISÓDIOS do anime escolhido;
-Independente de gostar ou odiar o anime não vai ganhar posts semanais;
-Não importa se a história só vai se desenvolver depois de N episódios, o texto traz primeiras impressões, e não "vou ver a série completa".

Não adianta reclamar, chorar ou fazer mimimi. Esse é o esquema do Carnaval por aqui.
Ficha técnica
Título: Boku Dake ga Inai Machi / ERASED
Diretor: Tomohiko Itou tomo não, era mentira
Estúdio: A-1 Pictures
Temporada: Inverno 2016
Total de episódios: 12

Boku Dake ga Inai Machi
1º episódio
Pior que meu humor anda que nem o do Satoru... Quando não, estou rindo de coisas idiotas.
Opinião: Neste ano resolvi fazer uma maluquice suicida: trazer uma votação  em que vocês escolhessem metade dos animes que eu analisaria no Carnaval.

O resultado teve seis vitoriosos, entre eles Boku Dake ga Inai Machi, que ficou em segundo lugar com 162 votos.

OU SEJA: este post contém UM dos SEIS MÉTODOS TOTAIS de tortura à blogueira. Vejamos no final deste texto qual o seu tipo e se teve efetividade em me torturar.

O que eu sei sobre Boku Dake?
Que é superestimado, ou seja, povo exagera que isso aqui é a maior foda já dada pela humanidade, quando tem cheiro de muita pompa e pouco ca$h.

Boku Dake tem um quê de "Edição de Amanhã", uma série que passava na Record há uns bons anos. Só que lá um homem recebia um jornal com as manchetes do dia posterior e tinha que se virar para evitar que aquela notícia acontecesse. Se falhasse o dia se repetiria até que ele conseguisse mudar.

Como já deu para notar eu estou BEM ANIMADA para ver este, que é, GRAÇAS A DEOS MATOBA, o último anime do Carnaval.

Uma curiosidade peculiar é que preferi assistir Boku Dake antes de Shirobako e Yuri On Ice. Achei melhor me irritar ou torturar de verdade primeiro para depois me divertir com animes que prometem mais risos, surtos e vergonha alheia.

De resto, segui a ordem de postagem dos animes analisados neste feriadão.

Começou...
Viu a borboletinha azul, que é o checkpoint da desgraça, né?

Teve necessidade daquele close nas pernas da garota, né?
Olha, em quase quatro minutos eu já estou achando esse anime um porre, superestimado pra cacete e com um dublador muito ruim no papel desse pamonha aí.

Quase cinco minutos e meio e a chatice me consome.
Deos Matoba, bora droppar?

*Deos Matoba: Nesse eu até compactuaria, mas você fez o favor de botar essa droga como opção de votação e... Olha só, ficou em segundo lugar. Dessa vez não dá para te salvar.*

Você nunca me salva... Só comentando.

Viu a borboletinha de novo.

Ok, terminei o episódio e já quero chorar MUITO ALTO, porque tem mais três e eu achei o primeiro uma tortura digna de Tokyo Ghoul.

Se aquele tiozinho spoiler tivesse passado Boku Dake para o Kaneki ver... MALUCO, TERÍAMOS UM GHOUL QUE TRANSFORMARIA TÓQUIO NO INFERNO A CÉU ABERTO.

Por enquanto, acho que essa é a única tortura que realmente faz a pessoa perder a fé na humanidade, sério. Eu estou com vontade de matar um monte de gente só pela quantidade de ódio que cresceu aqui no kokoro.

Bom, já fica o aviso, VOCÊS NÃO ESCOLHEM NADA NUNCA MAIS NESTE BLOG. Nem vocês, nem seus bots e fakes.

E mais uma vez fica comprovado que EU SEI FUGIR DE ANIME MERDA quando ele surge na temporada. Depois vocês ficam com cara de cu comentando mimimi nos meus posts, mas bem que poderiam agradecer.

Analisar algo que você gostaria de tacar fogo junto com os fãs não é bem o tipo de texto que pessoas sãs leriam.

Estou tentando encontrar forças para não transformar este post num lugar cheio de xingamentos, pedaço do inferno e desnecessidades desnecessárias. Eu tive a capacidade de escrever de forma decente sobre Cinquenta Tons de Cinza, então serei capaz de superar meu ódio de Boku Dake.

A premissa do anime é que seu personagem principal tem um poder chamado "Reviver", que o permite voltar alguns minutos antes de algum incidente. É claro que o rapaz só percebe isso quando vê uma borboleta azul, o gatilho que o faz reviver a cena para descobrir o que está errado nela.

A primeira vez acontece quando ele está a caminho de uma entrega de pizza, evitando uma criança de ser atropelada por um caminhão que o motorista sofreu um infarto e morreu no volante.
Quantas mães são tão adoráveis e divertidas que nem a do Satoru? Poucas, leitor, poucas.
Ao que parece, Satoru, o personagem principal, não consegue fugir dessa responsabilidade. Um paradoxo, já que o editor de seu mangá diz que ele não se envolve muito na história que desenha, não criando "vínculo" com os leitores.

Por conta do seu envolvimento nesse primeiro acontecimento, ele acaba parando no hospital.

No outro dia, saindo para fazer compras com a mãe, a borboleta passa mais uma vez, só que não é o rapaz que impede a situação, e sim sua mãe.
Satoru pede para que ela olhe envolta e isso acaba fazendo com que um homem, que segurava a mão de uma garotinha, a deixe e vá embora numa van.

Pelas suposições e com alguns spoilers que já conheço da série, esse tal homem, que é o provável verdadeiro assassino da mãe de Satoru, é a chave para acontecimentos do passado e do presente.

Um modo bonito para dizer que o autor dessa história amarrou-a bem.
Vendo Boku Dake sem olhar crítico podemos nos deixar levar pela premissa, que mesmo batida poderia ter sido reciclada de alguma forma mais criativa.

O primeiro episódio parece uma afobação, medo de perder o espectador que por acaso tenha dado uma olhada no título e ficado curioso. Não acredito que a história tenha sido bem trabalhada e a argumentação de envolvimento e não envolvimento ficou bastante pobre.

A comparação pode soar patética, mas perceba, leitor, que é uma das melhores que encontrará neste blog. O primeiro episódio de Boku Dake pareceu um capítulo de uma novela das sete da Globo.

Por que justamente uma "novela das sete"? Porque a trama é fraca, as cenas têm uma precariedade de desenvolvimento e os personagens, até agora, não mostraram um pingo de carisma.

Existem pelo menos três cenas extremamente forçadas e que merecem mais destaque que o resto dos quase vinte e três minutos perdidos da minha vida: a morte da mãe do Satoru, o encontro com o assassino e quando o rapaz se depara com o corpo.

É necessário comprar Boku Dake e abraçar a venda que ele oferece. Ficar cego torna as coisas mais fáceis.

De repente ela reconhece o sequestrador, dá telefonemas, faz investigações/pesquisas e acredita que o homem preso na época que seu filho era criança seja talvez inocente.

Ah, como eu adoro história que força a emoção depois de um choque.
Com a cena da facada, quando vemos que não é Satoru que entra na casa, a história espera que esse "susto" sirva para que o espectador fique embasbacado e pense: "Ah, bem agora que ela conversaria com o filho sobre o passado e blá blá blá".

A mão dela tentando alcançar o celular e depois pedindo desculpas...
A cena poderia ter causado real impacto se tivesse sido melhor trabalhada, o que não foi o caso.

Shouwa Rakugo aumentou a minutagem do primeiro episódio para quarenta a cinquenta minutos totais, nos dando tempo de entender o que estava acontecendo e talvez empatizar com os personagens.

E, ainda que tenham gêneros e temáticas diferentes, Shouwa conseguiu se apresentar dignamente.

Boku Dake teve quase vinte e três minutos e não foi capaz de se apresentar. Uma outra abordagem e algumas modificações poderiam tê-lo tornado um anime realmente interessante. Perdeu a chance de deixar uma boa impressão.

Deveria existir uma tensão quando Satoru passa pelo assassino de sua mãe e a história pensou que criaria algo assim mostrando o olho dele ou o mistério da aba do chapéu abaixado?

Além disso a história já bota um gancho que fisga qualquer curioso: quem é o assassino?

Novelas do Brasil usam esse recurso a exaustão e poucas realmente conseguem surpreender atualmente.

A tensão foi forçada, por ter sido rápida e malfeita. Quem já viu animes melhores e tramas mais envolventes pode concordar.

Não falo de mim, leitor, pois vi poucos animes e estou blogueira por pouco tempo.

Por fim, a cena cômoda e previsível.
A sequência de Satoru encontrando o corpo, mexendo nele e a vizinha chegando e acreditando QUE ELE é quem fez algo saiu digno de uma cena da novela das sete.

Usando Rock Story (Globo) como exemplo, o personagem Alex (Caio Paduan) resolveu fingir a própria morte para não ser mais procurado pela polícia e deixar a situação de Júlia (Nathalia Dill) mais complicada.

No começo da novela, ele enganou a mocinha e a fez levar um ursinho de pelúcia para os Estados Unidos. Acontece que no aeroporto, um dos cães farejadores da Polícia Federal foi até ela e descobrimos que a coitada levava droga escondida no tal ursinho.

Isso fez com que ela se tornasse procurada pela polícia.
Mais detalhes é só assistindo mesmo.

Voltando à falsa morte de Alex, a irmã picareta dele foi reconhecer o corpo carbonizado e, já sabendo da mentira, ela confirmou a morte. O mais incrível é que um exame de DNA não tenha sido feito, exame da arcada dentária ou que ninguém tenha notado o sumiço do cadáver que eles roubaram. Afinal, o cara é um fugitivo da polícia.

"Ainn mas é novela" - Ainn Boku Dake é só um anime merda e mal escrito. Uh, agora doeu, né?

Ou seja, precisamos comprar os absurdos, aceitá-los de bom grado, para aproveitar a "viagem". A exigência é um pouco maior do que o espectador está recebendo.

Não consigo crer numa história que se afoba dessa forma.


Boku Dake ga Inai Machi
2º episódio
Miga, isso não é coisa que se pede a amigos, a gente normalmente contrata alguém para. BOM, PELO MENOS É O QUE FAZEM AS PESSOAS DA VIDA REAL.
Opinião: "Ainn você é muito cabeça fechada" - Se eu realmente fosse assim não teria perdido meu tempo escrevendo tantos parágrafos para explicar os erros de Boku Dake. Eu não me daria o trabalho. Bastaria escrever "isso é lixo, é a maior merda que o Japão já produziu" e pronto.

Então chore menos.

Ah sim, esqueci de comentar sobre o uso da trilha sonora para mascarar a falta de competência em criar cenas realmente impactantes. Mesmo a música tentando complementar a tensão, o anime continua falhando miseravelmente em mostrar um nível superior.

É basicamente fingir o que não é e não tem competência para ser.

A seguir... COMENTÁRIOS ALEATÓRIOS.
Por quê? Porque eu sou a Kimono e fim de papo.

O aniversário do Satoru é amanhã gente.
POSSO DAR AQUELA BORRACHA GIGANTE PARA "APAGAR GRANDES ERROS"? Ah, espera, olha que piada linda com o nome em inglês deste anime. PENA QUE ELE NÃO FOI REALMENTE APAGADO, NÉ?

"Ei, você tem 29 anos, se controle" - Amigo, não importa a idade, TODOS SENTIMOS VERGONHA, principalmente a alheia.

Depois de suportar o insuportável, já que Boku Dake conseguiu fazer uma das piores estreias que eu já vi na minha vida, este episódio já conseguiu mostrar alguns detalhes muito bons.

Continua tentando impactar com a trilha sonora, um recurso bastante pobre e que provavelmente será usado de forma exaustiva, uma vez que a história não se mostra capaz de caminhar com suas próprias pernas.

Um detalhe muito interessantes e que talvez tenha deixado os espectadores vidrados para acompanhar o anime (além do pseudo-mistério de "Quem é o assassino de Odete Roitman?") é vermos um Satoru de 29 anos no corpo de uma criança de 10~11 anos.

Ele voltou dezoito anos no tempo com a missão de evitar a morte da própria mãe e de descobrir o que de fato aconteceu com Kayo, uma colega de classe quieta e misteriosa.

Novamente temos aquela forçação de barra com o personagem principal se achando o bam-bam-bam que deve descobrir toda a trama por trás dos acontecimentos de seu passado e presente.

Se já não soasse forçado o bastante, temos Kayo que é tão simpática e carismática quanto Satoru.

Certo, não dá para cobrar de uma criança de dez anos que provavelmente é espancada pela própria mãe, visto que são esses os indícios que somos levados a crer pelas informações dadas neste segundo episódio.

Outro personagem relevante até o momento é Kenya, uma garoto inteligente e que acaba dando algumas dicas para Satoru, aquele que veste a capa de heroísmo da série.

Neste segundo episódio Boku Dake continua mostrando um nível muito abaixo do que sugeriu com toda a sua pompa e circunstância, tendo um único trunfo na manga: o personagem principal com a mentalidade adulta preso no corpo de uma crise e com a missão de desvendar o mistério.

É fascinante imaginar um retorno ao passado de quando éramos crianças com a mentalidade que temos agora. Nisso o anime acaba acertando em cheio para chamar a atenção.
As melhores partes são o adulto Satoru no corpo da criança Satoru PASSANDO VERGONHA.
Claro que pessoas que tenham cagado fortemente para a obra continuem dando o dedo do meio e achando tudo um porre, seria o meu caso se eu estivesse de fato "com a mente fechada".

No quesito citado algumas linhas acima, Boku Dake consegue uma boa sobrevida. Outra coisa, ainda relacionada a isso, que deixou a história mais interessante é: a memória do Satoru.

O fato de não terem tornado o rapaz num protagonista de shounen battle que tem poderes fantásticos, tipo, o de lembrar trivialidades do passado, como onde ele sentava na classe e quais eram os nomes dos amigos e assuntos da época na ponta da língua. Deu veracidade e mostrou que ele precisa se adaptar à situação.

Temos também algumas coincidências: Satoru e Kayo moram com suas mães e fingem comportamentos sociais. Sendo que o nosso "tentarei ser herói" acaba até comentando que aquela imagem de "indiferente" da colega é uma maneira de não deixar transbordar as emoções aos outros, que não têm nada a ver com sua vida pessoal.

Quando Kayo fala de "matar alguém", fica a impressão de que, para ter intimidade com ela, de ser amigo como o Satoru tanto quer, talvez seja necessário lidar com os sentimentos destrutivos que ela carrega.

E o garoto respondeu que ama a própria mãe, deixando Kayo com alguns pés atrás, do tipo "ele não vai entender que eu tenho problemas com a minha mãe".

Aproveito aqui para comentar algo que me incomodou no primeiro episódio e prossegue neste: a interpretação do dublador do Satoru.

Shinnosuke Mitsushima só tem esse personagem nos créditos do MAL.
Entendo que ele precise passar a indiferença e o "não envolvimento" do Satoru, porém, a interpretação fica muito a desejar.

Digo isso por ser uma expert em dublagem? Uma atriz? Dubladora profissional? Não, digo apenas como ouvinte.

O Mob de Mob Psycho 100 também não é a pessoa com a voz mais animada, ainda que tenha momentos que peçam emoções, igualmente o Satoru.

Setsuo Itou, o dublador de Mob, também é um novato, contando apenas com dois papéis em seus créditos no MAL.: Shigeo Kageyama de Mob Psycho e Ryouhei Ameyama de Pupipo! (AIC Plus+).

Personagens com mais ou menos parecidos no quesito "indiferença" e mesmo assim temos uma interpretação muito boa da parte de Itou, nem parecendo um novato.

Mizushima deixa muito a desejar e o carro-chefe do personagem é principalmente a sua voz. Diferente de uma pessoa real que tem linguagem corporal, um personagem 2D fica muito limitado.

Não comentei no primeiro episódio sobre elenco de dublagem, pois ele não conta com nomes que eu conheça. Falo sobre os dubladores, e não as dubladoras, uma vez que as vozes femininas são muito mais parecidas que as masculinas e eu não sou muito boa em reconhecer.

A abertura é "Re:Re" de Asian Kung-Fu Generation e o encerramento é "Sore wa Chiisana Hikari no Youna" de Sayuri. Não gostei de nenhuma das duas, o que a esta altura do campeonato não parece ser novidade.

"Ai, Kimono, que cu esse texto, esse não é o seu estilo de análise" - Pois é, leitor, animes ruins pedem medidas desesperadas. fufu
Desculpa, eu tinha que extravasar meu desgosto.


Boku Dake ga Inai Machi
3º episódio
Capeta surge pegando você com a boca na botija. E tudo que ele queria era uma data de aniversário.
Opinião: Acho que é a terceira ou quarta vez que a Kayo pergunta se o Satoru é idiota. MIGA, TÁ NA CARA QUE ELE É.

Miga, SÓ NESTE EPISÓDIO VOCÊ PERGUNTOU SE O COLEGUINHA É IDIOTA TRÊS VEZES, AUMENTANDO A COTA PARA SEIS A SETE TOTAIS. É assim que você se comunica?

Muito bem, terminei de assistir o episódio.

"Lá vem a chata", deveriam dizer todas as pessoas de bem a partir de agora.
Vamos falar sobre essa interpretação truncada do dublador do professor. É, Kimono é chata, vocês estão cansados de saber disso.

Ao contrário do dublador de Satoru, quem dá voz ao professor Gaku Yashiro é Mitsuru Miyamoto, um profissional mais experiente. Mesmo assim achei a interpretação meio truncada.

Pensei que não conhecia essa voz, mas acabei descobrindo que ele também a emprestou para o chefe da Máfia do Porto de Bungou Stray Dogs: Ougai Mori.
É claro que pode ser a voz dele que dê essa impressão.

Saindo desse assunto... e chocando o leitor, porque a blogueira é uma pessoa ruim: eu sei quem é o sequestrador de criancinhas e assassino.

VOU ESFREGAR O SPOILER NA SUA CARA? Leitor, eu sou uma pessoa ruim, não um esgurmito da desgraça.

Quem sabe, sabe. Quem não sabe, leia o mangá ou assista o anime.
Como descobri? Na época que Boku Dake ainda passava, li spoilers no Tumblr e no Twitter. Sim, fui no MAL hoje para confirmar.

Falando em mangá, o anúncio de seu término foi dado muito depois que o anime já tinha acabado, mesmo assim ambos tiveram o mesmo final.
Ou seja, não encontraremos grandes discrepâncias.

Continuamos acompanhando Satoru e sua tentativa detetivesca de impedir que sua colega de classe Kayo seja raptada e morta. Mesmo se agarrando de forma grotesca ao clichê do mistério e do susto, como naquela cena que Satoru quer ver o livro com as datas de aniversário e acaba sendo surpreendido pelo professor, o anime ainda consegue sobreviver com fortes suspiros.

Ainda que tenhamos uma estreia horrorosa, os episódios seguintes começam a entrar nos eixos e ter um bom ritmo. Boku Dake tem vários bons trunfos na mão e bastante potencial, o problema foi a divisão do desenvolvimento de sua história nos episódios.

E, claro, os clichês pessimamente utilizados.
Você pode me perguntar "como é possível utilizar BEM clichês", uma vez que esse recurso já soa como um erro, uma falta de criatividade imensa, e é aí que eu respondo...
Não sei as raposas, mas vocês parecem um casal de crianças assustadas.
Com "quebra de expectativa".
É só ter um pouquinho de criatividade. Nem é preciso mexer demais na cena, talvez modificar o momento de impacto, não se apoiar tanto na trilha sonora, esse tipo de coisa.

Eu não sou uma expert no assunto, leitor, mas sei o que acho legal ou não assistir.

Enquanto Satoru vai lembrando minúcias de sua infância, ele também vai montando as peças do quebra-cabeça do futuro rapto e morte de sua colega.
Descobrimos que Kayo faz aniversário no mesmo dia que Satoru e seu corpo foi encontrado...

HOJE.
Dia 1º de Março.
Se eu tivesse combinado NÃO SAIRIA TÃO PERFEITO.
Pois é, leitor, eu não sabia desse detalhe.

Claro que não estamos falando do mesmo ano, eu sei, não despiroquem desnecessariamente.

Além disso ficam constatadas as agressões da mãe à Kayo e descobrimos que o Conselho Tutelar já estava investigando, tanto que o professor Yashiro (tive que copiar dali de cima) é quem acabou dando informações a mais ao nosso detetive Xeroque "Satoru" Roumes.

AH É, QUASE IA ME ESQUECENDO.
Xinguei uma criança, projeto de esgurmito, durante este episódio. Sim, é aquela guria escrota que disse que a Kayo tinha roubado e dinheiro do almoço.

A melhor parte foi o Satoru colocando a mão debaixo da carteira e comentando que esperava ser mais esperto, já que tinha 29 anos e não deveria cair numa dessas. Supostamente ele é quem deveria estar com o dinheiro.

O professor e o coleguinha loiro ajudaram a abafar o caso e tirar a Kayo da reta.

FALANDO NISSO, no final do episódio vimos O PROFESSOR E O COLEGUINHA LOIRO À NOITE CONVERSANDO. Mais uma tentativa falha de criar todo um mistério provavelmente desnecessário? Veremos.


Boku Dake ga Inai Machi
4º episódio
Crianças da quinta série do Ensino Fundamental não deveria ficar tão chocadas.
Opinião: Sim, eu gosto bastante do recurso em que Satoru adulto e criança falam ao mesmo tempo alguma frase e depois escutamos o arrependimento de sua versão adulta.

Quem não ama a mãe do Satoru, não ama nada nesta vida.

Mais um "Você é idiota?" para a coleção. Obrigada, Kayo.

Ah, 1988 foi ano bissexto? 29 de fevereiro.
E o pobre do garoto vai lá e diz que a menina está bonita... NO MEIO DA CLASSE. CARALHO, SATORU, O POVO NÃO VAI MAIS LARGAR DO SEU PÉ!

Sim, miga, ele é idiota, tão idiota que decidiu salvar sua vida e sentou a bunda na neve para te esperar nesse frio dois de março.
Miga, de novo você pergunta se ele é idiota. MIGA, EU JÁ DISSE QUE ELE É.

Está feliz, Satoru? Pois não deveria. É só o quarto episódio de um total de doze. Acha que tudo vai terminar bem assim? VOCÊ É IDIOTA?

Eu avisei.

Ok, pessoal, terminei de assistir Boku Dake e minha opinião mudou: não acho mais apenas uma bosta.

AÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!! QUEM DISSE QUE DEOS MATOBA NÃO OPERA MILAGRES?

Este anime é mal aproveitado.
Os mesmos pontos que critiquei em Bungou Stray Dogs podem ser usados aqui.
Todo um potencial jogado fora por incapacidade e talvez falta de maturação da ideia.

Ainda que não morra de amores pelo tema viagem no tempo, o anime consegue trazer uma nova roupagem a algo já desgastado.
Apesar das semelhanças com outras obras, nos focamos num grande problema aqui: evitar uma série de acontecimentos que levará a mãe de Satoru à morte.
Concordo e amo muito a mãe do Satoru. Pervertidos são os adultos, as crianças são escrotas mesmo.
Fico me perguntando quantas vezes mais essa criatura vai repetir isso. fufu
É claro que com uma só tentativa o mangaká não seria capaz de resolver tudo, então já pressupõe-se que novos problemas aparecerão e o "vai e volta" se tornará de alguma forma rotineiro até Satoru encontrar o real culpado pelos crimes.

Não vou entrar aqui na piração que é discutir viagem no tempo, linha temporal e esses blá blá blás que você pode até mesmo encontrar em podcasts de nerds ou textos desse povo.

Guardo meu "despirocamento" para o que realmente é necessário.

Quem está acostumado com séries desse tipo não foi pego de surpresa quando, após um grande período de tranquilidade, houvesse uma ruptura abrupta.

Uma das cenas interessantes neste episódio foi exatamente quando Satoru acaba prevendo alguns instantes enquanto ele e Kayo estão passeando, tendo uma sensação estranha de déjà vu. Junto com essa impressão, o garoto vai recordando aqueles momentos, como se a história estivesse sendo reescrita.

Claro que também podem ter acontecido na primeira linha do tempo, aquela que acompanhamos durante boa parte do primeiro episódio.

Pessoalmente não gosto da mecânica de ficar voltando no tempo para corrigir isso, depois precisar corrigir aquilo e continuar mudando incessantemente a história de modo que, em determinadas obras, a coisa saia completamente dos trilhos e vire uma bagunça desnecessária.

Continuo achando o anime superestimado e a nota do MAL um pouco absurda para o que vi em quatro episódios de doze. Neste mesmo feriado comentei sobre animes que conseguiram me captar no primeiro episódio e só foram melhorando a partir daí.

Se eu tivesse que escolher entre assistir ou não Boku Dake baseada em sua estreia, este anime não ocuparia nem a sombra de um pedaço da minha memória.

Uma história precisa prender antes que olhemos o relógio, o número da página ou qualquer outra coisa com mais interesse do que os parágrafos que nos contam sobre o que é aquele livro, por exemplo.

Anti-horário
Levou um post inteiro para eles começaram a limpar o anime de TANTA CONFETIZAÇÃO!
Eu estou tão desanimada depois de assistir este anime que penso sinceramente em procurar por Mob Psycho e me divertir um pouco. Acho que mereço esse mimo depois de tantos dias trabalhando loucamente para trazer essa programação especial para vocês.

VIDA DE GLAMÛ E LUSHO? Só se você estiver falando dos blogueiros famosos da mídia especializada. Eu sou Rainha do Limbo, só sofro e me fodo.

Seguindo a bobagem comentada lá em cima, Boku Dake tem o "tipo de tortura" conhecido como: uma mistura de frustração e chatice que deixaria até mesmo o diabo desgostoso.

Joga confete e serpentina, que esse é o Carnaval no Kimono Amarelo!
Oferecendo desde 2014 uma programação diferente para quem quer fugir de "carnaval"!

Nos vemos daqui a meia hora com o encerramento oficial do Carnaval!

Por Kimono Vermelho aquela que está se livrando de um peso enorme... ADEUS, BOKU DAKE, DESCANSE EM PAZ! - 01/03/2017

2 comentários:

  1. COMEÇAREI A COMENTAR PELO FIM. Não precisa fazer sentido, só vâmo que vâmo ksaopksaopkas xD

    Fiquei muito feliz em ver essa opção para votação, já que eu sei que dependendo de ti Boku dake não teria espaço aqui tão cedo xD Já esperava uma grande negativa em cima da obra, mas tudo bem, faz parte xD

    Confesso que entre o anime e o mangá eu prefiro o mangá. Narrado em primeira pessoa, é quase um monólogo melancólico do Satoru e cria uma ambientação mais pesada, mas é questão de preferência, mesmo. A ideia de volta no tempo é bem clichê e já foi - e ainda será - usada a exaustão. Acho que o melhor filme que vi retratando esse efeito borboleta é a obra de mesmo nome "Efeito Borboleta", pelo menos o primeiro, não vi o resto da franquia. Como coisas que mudamos no passado podem melhorar o agora e destruir a longo prazo? Seria essa a única forma de salvar uma situação trágica?

    Embora um dos meus preferidos da enxuta lista de animes que acompanhei em 2016, Boku dake teve suas falhas. O uso da trilha sonora estourada em certas cenas parecia mal encaixada, os estouros mais eram jump scare do que condizentes com o clima e a raiva passada com o vilão previsível da história foi ó, bem chata :v Isso sem falar na pressa para concluir o enredo em doze episódios, sendo que, pessoalmente, se eles tivessem fechado exatamente metade da trama em um cour, futuramente uma segunda temporada de doze episódios teria fechado melhor, e em cima do roteiro do mangá. Acredito que pela popularidade do anime (brindado com um filme no final do ano passado e agora com planos para se tornar série pela Netflix), eles teriam conseguido essa oportunidade, mas né, algo falou mais alto e eu nem imagino o que poderia ter $ido.

    Tirando o desfecho apressado e com o clímax jogado pro espaço, eu gostei da obra e continuo recomendando :') É um dos guilty pleasure que levo para a vida, tipo Yuri on Ice :v

    Ainda em relação ao anime, uma das coisas que eu mais gostei foi na questão da abertura; depois de certo acontecimento, ela é levemente alterada, indicando a alteração das memórias do protagonista. O encaixe ficou muito bacana, na época :3 mas faz mais sentido se você acompanha o mangá, então comprometeu quem apenas assistiu. Falta de planejamento né, apostaram baixo nesse anime :T

    ME PERDOA TER VOTADO NESSA OPÇÃO, KIMONO E NÃO ME DESADOTA :'D Embora não tenha aprovado, gostei muito de ler sua análise dos episódios, acho que foi muito justa com o que a obra apresentou e a opinião sincera, porém phyna u-u, fechou muito bem a resenha /o/

    Até o próximo post! <3

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    1. Olá, Natália!

      Pois é, merecia ser desadotada e deserdada, mas amo muito essa minha filha doida para fazer isso. hoho
      Obrigada por compartilhar sua opinião de quem além de assistir o anime, também acompanhou o mangá, então sabe de vários detalhes interessantes.

      Obrigada pelo comentário!

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