quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

FINAL: Kyousougiga #10

É, acabou.
Mais uma série que vai dizendo adeus ao Kimono Amarelo e deixando uma lacuna que talvez seja preenchida ou não com o tempo.

No episódio anterior Inari joga tudo para o alto e faz com que Koto comece a destruir tanto a Capital do Espelho quanto os outros universos paralelos.
O único que pode acordá-la é Myoe.

Como dizer adeus a uma obra cheia de entrelinhas e mensagens inexploradas, Kimono?


Kyousougiga
10º episódio
Kyousougiga com certeza vai deixar saudades, apesar de ter finalizado de uma forma boa.
Opinião: Temos a história de um deus que não sabe direito sobre o seu papel no universo, pois mesmo tendo o trabalho de observar tudo, ele também decide o que pode ser criado e o que deve ser destruído. Ele ainda é imaturo para entender o que se passa e também não teve o encaminhamento correto. Faltou diálogo nessa família, na família dos deuses.

Sua existência não tinha rumo e muito menos razão até encontrar o amor da Koto coelha e dos filhos. Ali ele conheceu outro sentido para a palavra família, tudo se completou.
Ainda assim ele tinha um trabalho a fazer e por isso não poderia permanecer com aqueles que amava, escondendo seus filhos em um mundo criado especialmente para eles e trancando a esposa longe das dimensões controlados por seu irmão.

Seu pai, o deus criador que sumiu depois de delegar as tarefas aos filhos, na verdade sempre esteve presente, sem uma forma própria, assumindo qualquer uma e observando pacientemente, enquanto tudo acontecia.
Para Koto ele deixou seu coração, para Yakushimaru o poder da criação, esperando assim que eles assumissem seu lugar. Ele ainda não entendia bem o seu papel e muito menos queria carregar as responsabilidades tão pesadas de seu cargo.
Mesmo no Paraíso, no lugar onde tudo pode ser controlado pela mente, seus filhos não quiseram que ele sumisse, abdicando esse posto.
Inari/Mestre/Myoe ou qualquer que seja o nome dele, aprendeu uma boa lição na base dos melhores argumentos "família" e, é claro, com muita porrada na fuça para aprender que ele é importante, que sua existência cativou outras e que ele não pode simplesmente se desprender por egoísmo.

E Myoe tornou a existência da mãe sólida, criando e renovando-a independente do mundo em que ela viver.
Koto e sua existência se apagando, já que ela é "real" somente no Templo.
É muito falado sobre sonho e realidade, sendo a realidade apenas um sonho. É abstrato demais, apesar de ter um bom tom filosófico. Talvez a morte seja o despertar.

É da união de Koto e Yakushimaru, do desejo de que a Kyoto do Espelho não acabe, que o 13º mundo entra nos eixos, sendo aceito no grupo e restaurando o equilíbrio do universo.

A família retorna. Yase e Kurama que foram "apagados" com a destruição da Capital do Espelho ressurgem.
Mesmo que no começo seus papéis tenham sido de substitutos dos irmãos mortos de Yakushimaru, eles se tornaram algo mais. Yase com seus surtos de demônia e a inteligência e até mesmo frieza de Kurama se destacaram. Apesar de criados para um propósito, eles foram eles mesmos, mantendo-se singulares e não apenas bonecos colocados no lugar de outros.

Uma família quebrada, de certo, mas ainda assim uma família, agora unida.

Isso é Kyousougiga.

Do outro lado do espelho...
Eu preciso dizer que a trilha sonora é simpática, bonita mesmo, só que a repetição acabou me cansando um pouco.
Eu não gostei nem da abertura, nem do encerramento. Nessa parte Kyousougiga não foi o melhor para mim.

Em compensação a arte é belíssima!

Pretendo dar uma olhada no mangá (sim, ele tem um) e ver se esse é o fim ou se teremos mais histórias doidinhas para conhecer, além de tentar desvendar os mistérios da complexidade da trama e de seus personagens singulares.

Eu gostei do jeito que tudo foi conduzido. Conhecemos a pequena biografia de cada um deles para depois sermos introduzidos no conteúdo principal.

Valeu à pena acompanhar a maluquice toda junta e misturada de Kyousougiga!

Nota: Bonito, encantador, complexo
Pretende reassistir algum dia?: Sim.
Recomenda a série?: Sim.
Categoria: Nonsense, mitologia própria, simbolismos, família, deus e anime complexo.
Premiações: Melhor História da Temporada de Outono 2013.
Pontos fortes: Dinâmico, trama interessante, personagens divertidos e arte encantadora.
Pontos fracos: Complexidade e burrice do espectador (leia: eu e não você).

Assim se encerra a participação do enigmático Kyousougiga no Kimono Amarelo.


Por Kimono Vermelho aquela que adorou assistir esse anime - 15/01/2014

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