Sabia que foram 20 animes assistidos, entre droppados e acompanhados semanalmente?
Ah, espera... Miraculous Ladybug não dá para contar como "anime".
Digamos então que foram VINTE SÉRIES assistidas, todas animações, nem todas desenhos.
No episódio anterior... rolou o Festival Takamatsu com direito a GaoGao-chan, muitas fofurices do Poco e certa cobrança para cima do Souta, já que ele está criando o "filho de um amigo". Além claro do plot twist a lá novela em que Poco acaba deixando seu rabo de tanuki aparecer.
Como é quase perder para o choro, Kimono?
Udon no Kuni no Kiniro Kemari
12º episódio
Cola na Kimono que ela sabe! Eu não disse que tinha uma ligação entre o Poco e o Souta? |
Olha, se está planejando maratonar essa série ainda no final de 2016, desista, dói demais. |
É um episódio com forte carga emotiva.
Udon no Kuni é uma série que vai te dando pequenas doses de sofrimento ao decorrer dos episódios, chegando no último com um caminhão que despeja uma tonelada de sentimentos que fazem você ficar com aquele nó horrível na garganta e olhos inchados.
Então já deixo a minha dica, caso você tenha ignorado a legenda da foto acima: NÃO MARATONE ESTE ANIME NO FINAL DO ANO. Tira da sua lista. Só prossiga se realmente for insensível ou masoquista.
Apesar desses toques que dilaceram corações, eu gosto do fator "ambiente" também. Claro que não fazemos uma visita mais técnica aos pontos turísticos de Kagawa, porém, o cenário é bastante bonito e no meu ponto de vista bem explorado.
Mesmo não tendo a mesma temática de Amaama to Inazuma e contando com algumas semelhanças hilárias, foi um ótimo substituto aqui no blog.
A melhor coincidência foram os protagonistas compartilharem o mesmo dublador, Yuuichi Nakamura.
"(...) que uma família mesmo fisicamente separada está junta mesmo na morte" - Ainda que o fansub não tenha escolhido as melhores palavras, essa frase do monge DJ nos últimos minutos do episódio foi bastante marcante e bateu forte.
Os poderes sobrenaturais de Poco mostraram o que Souta não via enquanto estava em Tóquio. |
E é uma das mais belas mensagens que deveriam ser passadas, principalmente neste ano que tantas vidas foram perdidas em coisas fúteis como guerras e atentados de ignorância.
É um tipo de conforto.
Verdade seja dita, ainda que eu tenha adorado esse anime não sei se o desenvolvimento para que toda essa mensagem chegasse ao público foi bem estruturado, bem montado, sabe?
Isso também pode ser por causa das análises semanais, e não uma maratona. Talvez fizesse mais sentido da última forma.
Ainda assim estava na cara que receberíamos uma quantidade de carga emocional suficiente para encher um copinho cachaça. Daqueles pequenos, não os enormes que servem em bares de novela.
As duas reclamações que deixei no post anterior foram concluídas aqui.
Vimos a ligação do Poco com a "família Tawara" e o acidente que machucou a perna do Souta. Minhas previsões estavam certas.
Serei tachada de chata e tosca se eu disser que adoro quando consigo pegar o fio da meada e descobrir o que vai acontecer mais para a frente? Não acho que isso me desmotiva (tirando algumas exceções escabrosas).
Bom, você pode até achar irritante que eu seja repetitiva, leitor, mas se puder ler o meu conselho e pensar com carinho nesse final de um ano tão conturbado, eu diria que evitar um arrependimento como o do Souta é muito importante.
Em pensar que aquele caderno de receitas foi escrito para o Souta, hein? Muito amor mesmo. |
O Souta bateu nessa tecla de não ter conversado melhor com o pai, coisa que não é pouco comum em família japonesa, vai por mim. Digamos que isso ainda é um problema sério lá e em outros lugares: falta de saber como se expressar.
No fim, o rapaz só queria encontrar algo que também lhe desse a satisfação que via no rosto do pai ao fazer udon.
A impressão que eu tenho é que esse anime é uma espécie de crítica ao que continua ocorrendo na sociedade japonesa principalmente, da obrigatoriedade de assumir os negócios da família, falta de diálogo e de não saber como se expressar melhor, do distanciamento que poderia ser evitado com a tentativa de se compreenderem.
E não só uma crítica, Udon no Kuni é também uma lição que deveria ser olhada com um pouco mais de carinho.
Não, leitor, a blogueira não pagou ninguém para fazer uma análise menos despirocada e louca das ideias, de vez em quando meu cérebro entra nesse tipo de sistema e temos algo mais sério.
Deve ser a idade... fufu
Estou ficando velha e com o coração mole.
Mesmo achando um tanto estranha a reação da galera ao "Poco = tanuki", o modo como todos lidaram com aquilo foi do tipo que aquece o coração.
O apoio que eles deram ao Souta foi ainda mais importante.
♫ Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi... ♫ Ah não, pera... É "sorri" no lugar de "sofri"... Bom, sinto muito Roberto Carlos e sua música "Emoções", mas só sofri. |
Nota: Doeu muito, mas é fofo
Pretende reassistir algum dia?: Talvez. Não digo "sim", porque é um série que traz uma carga emocional que eu não gostaria de sentir
Recomenda a série?: Com certeza!
Categoria: sobrenatural, turístico, Kagawa, udon, país do udon, mundo do udon, tanuki, amor, dor e sofrimento, aqui tem fofura, GaoGao, alienígena que parece leão, elenco de dublagem bom, comida, região turística, Japão.
Premiações: Melhor Anime de Fofura e Sofrimento, Melhor Fofura de 2016 - Poco, Melhor Dublador de Pai de 2016 - Yuuichi Nakamura, Melhor Lugar do Japão - Kagawa.
Pontos fracos: dor e sofrimento, estresse emocional, doze episódios, final meio agridoce.
Pontos fortes: Poco, Souta, a maioria dos personagens, o anime em geral.
Assim se encerra a participação do extremamente adorável Udon no Kuni no Kiniro Kemari no Kimono Amarelo.
Por Kimono Vermelho aquela que escreveu este post movida a refrigerante num copo com várias pedras de gelo - 26/12/2016
Seguir @KimonoAmarelo
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