Gingitsune #02

Eba!!!
Um anime com uma estreia tranquila, mas talvez não tão cativante quanto outras.
Gingitsune não é uma história para qualquer um. Ela não tem grandes cenas de luta ou romances delicados, estamos falando sobre a passividade de um templo, onde sua sacerdotisa tenta ajudar como pode quem a procura.

No episódio anterior fomos apresentados a Makoto, sacerdotisa de um templo Inari que consegue ver o emissários dos deuses: uma raposa chamada Gintaro.

Será que você aprenderá logo o significado de ser uma sacerdotisa, Makoto?

Gingitsune

2º episódio

Acho que sempre segui o conselho do Gintaro sem perceber. hehe

Opinião: Já disse que a abertura desse anime é tão fofa que tenho vontade de chorar? Bem, agora vocês já sabem uma das minhas fraquezas.

Gingitsune é tão amor que ele é capaz de preencher o seu coração e transbordar.
Não é o grande anime da temporada, não tem o que a maioria gosta de ver (lutas e ação e fanservice pra punheteiro) e nem tem a pretensão de se mostrar imponente perante os outros. Ele é simplesmente humilde, segue seu caminho e brilha sozinho, sem exibicionismo ou pescotapas. Ao menos respeito ele merece.

Este episódio foi propriamente de harmonização e lição para conhecer o outro antes de julgar. Bom ensinamento, afinal, o que menos falta neste mundinho de meu Deos Matoba lindo é gente escrota achando que é sem ser e pisando em quem está tentando sobreviver de forma digna.

Confesso que no começo achei a menina de óculos um porre, mas quando você conhece melhor a pessoa, entende o seu comportamento. Não que seja certo, no entanto, saber e reconhecer são os primeiros passos para mudar.
Aliás... OUTRA PERSONAGEM DE ÓCULOS VERMELHO NA TEMPORADA? Kyoukai no Kanata mandou abraços, viu?

Apesar de terem surgido muitas comparações com o adorável Natsume Yuujinchou (Yuki Midorikawa), ambas as histórias não têm tanto em comum. Natsume ainda viaja na onda de lutas, ação e tramas com Deos Matoba e vadjea Natori. Gingitsune é mais tranquilo, apesar de também ter um ser sobrenatural turrão como a outra obra citada, Gintaro ainda é mais confiável que nosso fofo Nyanko-sensei.

A raposa que adora laranjas, mesmo com sua preguiça e resmungos, tem um carinho especial pela Makoto, afinal, a menina perdeu a mãe muito cedo e acabou herdando o poder de enxergar o emissário dos deuses. É assim que funcionam as coisas no templo Inari que é dedicado a um deus da agricultura (bem, fertilidade e agricultura são relacionados a deuses raposa mesmo) nesta história.
Gintaro esteve desde sempre com Makoto e não é de se estranhar que ele seja o pobre coitado que tenha que escutar as lamúrias da garota.

Chega a ser engraçado e recorrente neste 2º episódio, uma espécie de "banalização" do divino. Coisas/criaturas que eram normalmente adoradas e consideradas inalcançáveis são tratadas de forma mais mundana, talvez até liberal.
Imagina só trocar confidências com Hermes, o mensageiro dos deuses gregos? Com esse exemplo você já pode fazer suas próprias deduções com a religião que desejar.
É aproximar a crença do crente, torná-la menos distante e mais palpável.

Sei que a conversa pode ter sido inconveniente para quem não acredita nessas coisas ou simplesmente odeia tudo ligado à religião, no entanto, devo alertá-lo de que toda e qualquer história que envolva um ser sobrenatural com certa divindade, se trata sim de conteúdo religioso, que nem sempre pode ser ofensivo. Leões de pedra podem se tornar monstros se você permite que se tornem, então, por favor, evitem o chilique por conta da religiosidade no texto.

Bom, vamos falar de coisa boa?

Nada melhor do que ter uma vida despreocupada como estudante, crianças!

Eu não decorei o nome das outras meni- Mentira, decorei o nome da doidinha do cabelo comprido e claro, é Yumi. Só isso que eu decorei.
NÃO RECLAMEM! AO MENOS SEI AS SENHAS DOS MEUS 8 E-MAILS, 4 CONTAS DE YOUTUBE, DO DEVIANTART E- Tá, parei. Mas eu realmente sei de cor as senhas...

As pessoas normalmente adotam comportamentos para a sociedade e algumas delas infelizmente são impostas pela família. Esse é o caso da menina de óculos (a do print).
Os pais são provavelmente severos (assim como a maioria das famílias tradicionais japonesas), ela não recebe o amor e o carinho como filha, é sempre cobrada para ser perfeita, ter uma postura de adulta e ser responsável. Não que isso não seja bom, só que todos devem conhecer também a liberdade de serem quem são por dentro, fora de suas máscaras. Ajuda como crescimento pessoal Se você não se conhece, como espera conhecer os outros e entendê-los?

Até mesmo Makoto que não gosta de se envolver em problemas, acaba mostrando que se importa sim com os outros e gosta de harmonia, assim como a menina de óculos que extravasou no banheiro dando aquele pequeno chilique.
Também não vou esquecer da menina do cabelo claro e comprido (está na esquerda do print acima), ela aprendeu a ser mais humilde e menos injusta. Tudo bem que ainda é uma bela de uma maluquinha, só que o primeiro passo foi dado. Acredito, assim como Gintaro, que essas três serão grandes amigas no decorrer da história e se ajudarão muito.

O final foi um amorzinho.
A Makoto dizendo que ama o Gintaro e o pobre emissário dos deuses corando foi muito gracioso. SABE COMO É, CARO LEITOR, EU TAMBÉM AMO RAPOSAS. Segundo o Deus Inari, só gente ruim é que não gosta de raposas. Espero não ser castigada pela insolência. hehe

Continuarei assistindo e babando arco-íris com essa verdadeira tranquilidade açucarada (piada com Nagi no Asukara).

Confira também o texto do querido Carlírio Neto do Netoin! sobre o 2º episódio de Gingitsune: A calmaria tem nome!

Por Kimono Vermelho aquela que deseja uma raposa de estimação - 17/10/2013
Seguir @KimonoAmarelo